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Cooperativas do Paraná ultrapassam R$ 85 bi de faturamento em 2019
Projetação é investir R$ 3,8 bi a partir de 2020
As 216 cooperativas paranaenses vinculadas ao Sistema Ocepar seguem apresentando resultados positivos a cada e ano e em 2019 não foi diferente, de acordo com o levantamento preliminar apresentado pela entidade no Encontro Estadual de Cooperativistas Paranaenses, na sexta-feira (06), em Medianeira, no Oeste do Estado. “Apesar das adversidades climáticas vivenciadas no início de 2019, das quais ninguém esteve imune, as cooperativas do Paraná devem confirmar um crescimento no seu faturamento, ultrapassando R$ 85 bilhões, com resultados positivos na ordem de R$ 3,5 bilhões e R$ 2,6 bilhões em impostos arrecadados”, afirmou o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, em pronunciamento no evento. Em relação à 2018, o faturamento alcançado pelo setor registrou crescimento de 1,67%, já que no ano passado a movimentação econômica atingiu R$ 83,7 bilhões. Atualmente, as cooperativas do Paraná possuem mais de dois milhões de cooperados e 107 mil profissionais contratados.
Ainda de acordo com ele, o cooperativismo também deve elevar, a partir de 2020, o montante relativo aos investimentos. “Temos convicção de que, para a viabilização do plano safra ainda é fundamental e estratégica a disponibilização de linhas de crédito rural para investimentos de longo prazo e custeio a juros compatíveis com a atividade produtiva. Neste contexto, as cooperativas do Paraná demandam o equivalente a R$ 3,8 bilhões para projetos de agroindústrias, armazenamento, tecnologia, infraestrutura e distribuição, para atender quase 60% da produção agropecuária que passam por nossas cooperativas no Estado”. Em 2018, as cooperativas do Paraná contabilizaram R$ 1,95 bilhão em investimentos, o que significa que o novo valor projetado pelo setor em melhorias representa um aumento de mais de 70% em relação ao ano passado.
PRC 100
O presidente do Sistema Ocepar também destacou que, dando continuidade ao Plano Paraná Cooperativo (PRC100), o planejamento do setor, as cooperativas do Paraná mantêm o propósito de atingir R$100 bilhões de movimento econômico ao ano. Ele ressaltou ainda que a opção do setor sempre foi pelo desenvolvimento das pessoas, cooperados, cooperativas e comunidades. “Esse é o nosso compromisso. Sempre com organização econômica e responsabilidade social”, acrescentou.
Ricken disse ainda que o momento reserva boas expectativas. “Governos novos, sinais de retomada econômica, grande demanda por investimentos, principalmente em relação à infraestrutura e maior acesso a mercados. Enfim, há sinais que nos animam e nos levam a acreditar no futuro. Para o cooperativismo paranaense, o ano de 2019 foi positivo, nos mantivemos firmes na estratégia de investimento e busca de novos mercados”, disse.
Ele avalia que, em âmbito mundial há grandes oportunidades para o Brasil, devido à demanda por alimentos, especialmente proteína animal. “Cabe a nós identificá-las, contratá-las e nos organizar para atendê-las com muita competência. No passado, a lógica era produzir mais e buscar mercado. Agora, o nosso desafio é identificar mercados e atendê-los com profissionalismo e qualidade. O mundo sabe do potencial do nosso País. Gradativamente, o Brasil vai conquistando liderança na oferta de muitos produtos no mercado internacional. Temos que saber lidar com essa nova realidade e valorizar nossos produtos, combatendo falsas informações que circulam a nosso respeito, alimentadas pela concorrência comercial que se estabeleceu no mundo. Para sobreviver a isso, nunca foi tão importante estreitar relações com os consumidores dos alimentos que ofertamos”, frisou. “Com a coordenação do Ministério da Agricultura, haveremos de conquistar os avanços necessários na sanidade agropecuária. A condição de área livre de aftosa sem vacinação e a segregação do Paraná do grupo de 14 Estados sem peste suína clássica são medidas importantes para a conquista de mais espaço para nossas carnes no mercado mundial”, acrescentou.
Reforma tributária
Ricken lembrou também da necessidade de implantação de medidas que possibilitem às cooperativas recuperar créditos tributários acumulados. “Precisamos encontrar formas junto ao governo federal, no âmbito da reforma tributária, para a recuperação dos créditos tributários acumulados nos balanços das cooperativas referente às exportações, que poderiam alavancar projetos de inovação, tão necessários para nosso setor. Sabemos da complexidade do assunto, mas nos colocamos a disposição para estudar formas para solucionar a questão. É importante observar que o setor cooperativo opera com produtos de grande demanda por financiamento, baixa rentabilidade e grande risco climático. Em média, as margens não ultrapassam de 2 a 4% sobre o movimento econômico. Nos causa grande preocupação a iniciativa de algumas Unidades Federativas que defendem a revogação da Lei Kandir e a tributação sobre as exportações. Isso já foi testado em países vizinhos e causou enormes prejuízos aos produtores e cooperativas”, afirmou.
Segundo o presidente do Sistema Ocepar, a questão que mais preocupa as cooperativas atualmente e que poderá comprometer a estratégia de investimento do setor é o adequado enquadramento na Lei 13.288/2016, que trata da relação entre integradores e produtores integrados na produção animal. “Ocorre que a Receita Federal, em entendimento de Solução de Consulta de Integração – Cosit 11/2017, não reconhece a relação vertical entre cooperativas e cooperados, concluindo que toda a produção entregue à cooperativa é sujeita à incidência do Funrural, enquanto as outras integradoras recolhem, no máximo, a 10% do valor do produto, apenas sobre a parte efetiva do produtor”
Ricken também destacou a necessidade de solucionar diversos outros gargalos, com o propósito de elevar a competividade do Brasil. “Nosso desejo é que sejam implementadas as reformas condizentes com a realidade do País, que equacionem as deficiências estruturais existentes, principalmente em relação à demanda por investimentos em infraestrutura, tais como portos, ferrovias, rodovias, energia, dentre outras, que são a origem dos custos elevados da logística e têm penalizado a nossa competitividade, em especial nas comunidades mais distantes dos centros consumidores”, disse.
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Sindirações apresenta dois novos associados
Sul Óxidos e Purefert do Brasil passam a integrar o quadro de associados da entidade, reforçando a cadeia produtiva na promoção de parceiras estratégicas.
O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações anuncia a chegada de duas novas empresas no seu quadro de associados: Sul Óxidos e Purefert do Brasil. No total, a entidade representa cerca de 90% da indústria de alimentação animal. Para Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, essa movimentação vai de encontro com um dos principais objetivos da entidade, que é dar voz para as empresas e defender os principais interesses do setor.
Com mais de 20 anos de experiência, a Sul Óxidos é referência na produção de óxido de zinco e sulfato de zinco, além da comercialização de ânodos, zinco metálico e outros metais não ferrosos. Comprometida com a excelência, a empresa foca na melhoria contínua de seus processos e na garantia da qualidade de seus produtos, atuando com responsabilidade ambiental e priorizando a redução de resíduos sólidos e efluentes, a fim de minimizar os impactos ambientais.
De acordo com Jorge Luiz Cordioli Nandi Junior, Engenheiro Agrônomo da Sul Óxidos, “a filiação ao Sindirações é vital para reforçar sua presença no setor de alimentação animal e fomentar parcerias estratégicas. A associação garante acesso a informações essenciais sobre tendências do mercado, regulamentações e práticas de excelência. Além disso, a Sul Óxidos se posiciona para defender os interesses da indústria, moldando políticas que beneficiam o segmento. A colaboração com outros líderes do setor facilita a troca de inovações e conhecimentos, fortalecendo a competitividade e a sustentabilidade da empresa nesse nicho crucial”, comenta.
Já o grupo Purefert atua como fornecedor de fertilizantes premium para clientes em todo o mundo. Com contratos estratégicos de fornecimento de longo prazo com fornecedores líderes, a Purefert está na vanguarda das mais recentes inovações em qualidade de produto e agregação de valor à cadeia de fornecimento para seus clientes. A empresa é líder de mercado em produtos à base de Fosfato.
“A associação da Purefert ao Sindirações é estratégica por proporcionar acesso a informações técnicas e regulatórias, participação em grupos de trabalho que definem tendências do mercado, suporte em questões jurídicas e tributárias, além de oportunidades de networking para parcerias e inovações. Essa conexão fortalece a competitividade e a conformidade da empresa no mercado”, afirma Thiago Janeri, trader da Purefert.
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Epagri divulga Boletim Agropecuário de Santa Catarina referente a outubro
Para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha.
A Epagri divulgou a última edição do Boletim Agropecuário, publicado mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa).
Milho
Em outubro, o preço médio mensal pago ao produtor de milho em Santa Catarina apresentou uma alta de 5,3% em relação ao mês anterior. Segundo o documento, os preços refletem a maior demanda interna pelo cereal, a entressafra no Brasil e a concorrência com as exportações.
De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias, para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha. Assim, espera-se um aumento de 11% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,24 milhões de toneladas de milho”, diz ele.
O Boletim Agropecuário traz os dados atualizados do acompanhamento das safras e do mercado dos principais produtos agropecuários catarinenses. Confira mais detalhes de outras cadeias produtivas:
Trigo
Em outubro, os preços médios recebidos pelos produtores catarinenses de trigo ficaram praticamente estabilizados, mas com uma pequena variação negativa de 0,34%. Na variação anual, em termos reais, registrou-se uma alta expressiva de 22,07%. Em todo o estado, até a última semana de outubro, cerca de 39% da área destinada ao plantio de trigo nesta safra já havia sido colhida. Para as lavouras que ainda estão a campo, 20% da área estava em fase de floração e 80% em fase de maturação.
Com relação à condição de lavoura, em 94% das áreas avaliadas a condição é boa; 5% a condição é média e, 1% a condição é ruim. A área plantada estimada é de pouco mais de 121 mil hectares, redução de 11,8% em relação à safra passada. A produtividade média estadual está estimada em 3.582kg/ha, um aumento de 60,1%. Até o momento, a expectativa é que a produção estadual deverá crescer 41,3%, chegando a aproximadamente 435 mil toneladas.
Soja
No mês de outubro, as cotações da soja no mercado catarinense apresentaram reação de 2,7% em relação ao mês anterior. No início de novembro, nos 10 primeiros dias do mês, na comparação com o preço médio de setembro, é possível perceber movimento altista de 2,6%. A menor oferta interna do produto no mercado interno tem favorecido as cotações, no entanto, fatores de baixa estão se projetando no mercado futuro.
Para essa safra, deveremos ter um aumento de 2,09% da área plantada, alcançando 768,6 mil hectares na primeira safra. A produtividade média esperada deverá crescer significativamente: a expectativa é um incremento de 8,56%, chegando a 3.743kg/ha. Com isso, espera-se um aumento de 10,8% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,87 milhões de toneladas de soja 1ª safra.
Bovinos
Nas primeiras semanas de novembro registrou-se de alta nos preços do boi gordo em relação ao mês anterior em praticamente todos os estados brasileiros. Em Santa Catarina, o preço médio estadual do boi gordo atingiu R$295,34 em meados deste mês, o que representa uma alta de 8,8% em relação ao mês anterior e de 20,3% na comparação com maio de 2023. A expectativa é de que se verifique a continuidade desse movimento de alta nas próximas semanas.
A reduzida oferta de animais prontos para abate e a elevada demanda, tanto no mercado interno quanto externo, são responsáveis por esse acentuado movimento de alta observado na maioria dos estados. A forte seca que atingiu grande parte do país, em especial a região Centro-Oeste, tem sido um fator crucial na redução da oferta.
Frangos
Santa Catarina exportou 105,5 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em outubro – queda de 0,03% em relação aos embarques do mês anterior, mas alta de 27,1% na comparação com os de outubro de 2023. As receitas foram de US 212,8 milhões – queda de 4,8% em relação às do mês anterior, mas crescimento de 32,9% na comparação com as de outubro de 2023.
De janeiro a outubro, Santa Catarina exportou 961,8 mil toneladas, com receitas de US$ 1,88 bilhão – alta de 6,7% em quantidade, mas queda de 1,6% em receitas, na comparação com os valores acumulados no mesmo período do ano passado.
A maioria dos principais destinos apresentou variação positiva, na comparação entre o acumulado deste ano e o mesmo período de 2023, com destaque, mais uma vez, para o Japão (crescimento de 35,6% em quantidade e 13,4% em valor).
Suínos
Santa Catarina exportou 68,0 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em outubro, altas de 10,6% em relação ao montante do mês anterior e de 44,8% na comparação com os embarques de outubro de 2023. As receitas foram de US$169,4 milhões, crescimentos de 12,7% na comparação com as do mês anterior e de 61,5% em relação às de outubro de 2023. Esse é o segundo melhor resultado mensal de toda a série histórica, tanto em quantidade quanto em receitas, atrás apenas de julho passado.
De janeiro a outubro, o estado exportou 595,3 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$1,39 bilhão – altas de 10,5% e de 6,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. Santa Catarina respondeu por 56,7% das receitas e por 55,0% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.
Leite
Até setembro/24, as indústrias inspecionadas brasileiras adquiriram 18,331 bilhões de litros de leite cru, 1,2% acima dos 18,116 bilhões adquiridos no período de 2023. Essa quantidade, somada à quantidade importada, mostra que, até setembro, a oferta total de leite foi 1,6% maior do que a do mesmo período de 2023.
De janeiro a outubro/24 foi importado o equivalente a 1,888 bilhão de litros de leite cru, 7% acima dos 1,765 bilhão de litros do mesmo período de 2023.
Em novembro, houve diferentes movimentos nos preços aos produtores catarinenses: estabilidade, alta e baixa. Com isso, pelos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio de novembro fechou em R$2,75/litro, quase idêntico ao preço médio de outubro, que ficou em R$2,76/litro.
Leia a íntegra do Boletim Agropecuário de novembro, clicando aqui.
Notícias
IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.