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Cooperativas catarinenses reúnem 4,2 milhões de cooperados e movimentam R$ 85,9 bilhões por ano

O ramo agropecuário continua sendo o mais expressivo, economicamente, respondendo por 64% do movimento de todo o sistema cooperativista catarinense. Balanço do setor foi apresentado pela Ocesc, que também fez projeções para 2024.

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O cooperativismo surgiu em Santa Catarina há mais de 130 anos e se transformou em um modelo de negócio que envolve mais de 4,2 milhões de catarinenses e movimenta R$ 85,9 bilhões por ano, tornando-se uma extraordinária força social que impulsiona o desenvolvimento em todos os setores da economia.

Balanço do setor foi apresentado pelo superintendente da Ocesc Neivo Luiz Panho e pelo presidente Luiz Vicente Suzin – Fotos: Divulgação/MB Comunicação Empresarial/Organizacional

O balanço do setor foi levantado pela Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) junto às suas 249 associadas e anunciado na última segunda-feira (29), em Florianópolis (SC) pelo presidente Luiz Vicente Suzin e pelo superintendente Neivo Luiz Panho.

O crescimento das receitas, em 2023, foi de 3,7%, acima, portanto da expansão do PIB (produto interno bruto) brasileiro no período (2,9%).

Um dos dados mais relevantes do levantamento é a expansão do número de associados (cooperados) que cresceu 9,6% no ano passado com o ingresso de mais de 370 mil pessoas. No conjunto, as cooperativas reúnem, agora, 4,2 milhões de catarinenses, o que representa mais da metade da população barriga-verde vinculada ao sistema cooperativista.

As que mais atraíram associados foram as cooperativas de crédito que têm atualmente 3,3 milhões de cooperados, as de infraestrutura que atuam em distribuição de energia elétrica (449.147 pessoas), as de consumo (382.728) e as agropecuárias (83.850). As cooperativas de saúde têm 14.172 associados e, as de transporte, 5.500 cooperados.

As cooperativas do agronegócio foram, novamente, as mais expressivas na geração de empregos diretos e de receita operacional bruta, respondendo por 64% dos postos de trabalho e também por 64% das receitas globais do universo cooperativista.

As cooperativas de crédito consolidaram duas conquistas: o maior crescimento em receitas totais – 23,5% para R$ 19,1 bilhões – e o maior número de associados, com 3,3 milhões de catarinenses cooperados. Isso significa que 78% dos cooperados em Santa Catarina fazem parte das cooperativas financeiras.

A carga tributária não poupou as cooperativas. Em 2023 elas recolheram R$ 3,4 bilhões aos cofres públicos em impostos sobre a receita bruta, um crescimento de 5% em relação ao exercício anterior.

O patrimônio líquido, no conjunto das cooperativas, cresceu 12,3% e atingiu R$ 31,6 bilhões.

Presidente da Ocesc, Luiz Vicente Suzin, realçou que um dos dados mais relevantes é a expansão do número de associados que cresceu 9,6% em 2023

Para atender seus associados com ações e serviços de qualidade, as cooperativas mantêm quadros funcionais qualificados. Em 2023 contrataram 8% mais e criaram 7 mil  novos postos de trabalho. Juntas, elas agora mantêm 95.400 empregados diretos.

As exportações das cooperativas catarinenses atingiram R$ 9,9 bilhões no ano passado com aumento de 2% e foram suportadas, basicamente, pelo agronegócio. As vendas externas de proteína animal responderam por 75% dos negócios no mercado internacional, seguindo-se cereais in natura, cereais processados, frutas e derivados, fertilizantes, sementes e leite e derivados. As projeções para 2024 indicam um aumento de 5% nas vendas das cooperativas catarinenses ao mercado mundial, o que significam R$ 10,4 bilhões em divisas.

O presidente da Ocesc prevê que continuará expressiva a participação das cooperativas nas exportações do agronegócio, que respondem por cerca de 30% do PIB catarinense e por 70% das vendas catarinenses no exterior, decorrente da imensa presença das cooperativas nas cadeias produtivas de grãos, leite, suínos e  aves.

Desempenho setorial

O ramo agropecuário continua sendo o mais expressivo, economicamente, respondendo por 64% do movimento de todo o sistema cooperativista catarinense.

As 49 cooperativas agropecuárias fecharam o ano com 83.850 cooperados, aumento de 2,7% no quadro social que foi encorpado com mais 2.221 associados. O setor também foi o que mais criou vagas – gerou 4.771 novos empregos – e, agora, as  cooperativas sustentam 60.827 postos de trabalho, o que representa um aumento de 8,5%.

A receita operacional total dessas cooperativas recuou 3% e totalizou R$ 54,7 bilhões. Queda de preço no mercado mundial e baixo desempenho no mercado interno explicam essa queda nas receitas. A recuperação ocorrerá em 2024: a previsão da Ocesc é de um crescimento de 15% para R$ 62,9 bilhões.

O ramo crédito ganhou uma cooperativa a mais em 2023: agora são 66 cooperativas financeiras que, no conjunto, reúnem o maior número de associados do sistema cooperativista catarinense: são 3,3 milhões de catarinenses. O quadro associativo desse ramo aumentou 10%, com o ingresso de 309.575 novos cooperados. O quadro funcional também cresceu 8%, com a contratação de 1.311 empregados e totaliza, agora, 17.845 trabalhadores nas agências e unidades administrativas.

As cooperativas de crédito contabilizaram receitas totais de R$ 19,1 bilhões, incremento de 23,5% em relação ao ano anterior. O crescimento, em 2024, deve situar-se em torno de 25%.

Evento oportunizou destacar que no conjunto as cooperativas reúnem, agora, 4,2 milhões de catarinenses

O ramo saúde cresceu 11% no ano passado em receitas totais, atingindo R$ 6,6 bilhões no exercício de 2023. Criou, no período, 1.061 vagas de empregos. As 30 cooperativas de saúde em operação no território catarinense mantêm 10.781 empregados e reúnem 14.172 associados (quadro associativo aumentou 3,4%). Em 2024, o ramo saúde tem expectativa de uma expansão de 10%.

O ramo de infraestrutura dedica-se, fundamentalmente, ao fornecimento de energia elétrica para extensas regiões do território barriga-verde. São 39 cooperativas que atendem 449.147 associados – número que evoluiu 5,6% no último ano. A receita operacional bruta aumentou 9% e fechou o ano em R$ 1,8 bilhão. É o segundo ramo em número de associados.

O ramo de consumo, dedicado a manutenção de supermercados entre outras atividades, é representado por 15 cooperativas que, em 2023, obtiveram receitas totais de R$ 1,6 bilhão – faturamento 9,6% superior ao ano anterior. O número de associados cresceu 11% e agora são 382.728 cooperados. O número de empregados manteve-se em 3.238. Em 2024, o crescimento projetado é da casa de 10%.

O número de cooperativas catarinenses do ramo de transporte baixou de 41 para 39, em 2023. Em consequência, o número de cooperados encolheu de 6.617 para 5.500. O desempenho econômico, entretanto, foi positivo e as cooperativas tiveram receitas no valor de R$ 1,9 bilhão, resultado 11,5% acima do ano anterior.

As 11 cooperativas do ramo de trabalho, produção de bens e serviços registraram discreta variação em seus índices de desempenho e encerraram o exercício com 1.377 cooperados e R$ 28,5 milhões em receitas

Fonte: Assessoria Ocesc

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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