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Cooperativa Integrada usa silo bag para armazenar excedente

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Criatividade pode fazer toda a diferença em alguns setores. E em outros pode ser literalmente “a salvação da lavoura”. Pelo menos está sendo em Guaíra, a exemplo de várias outras regiões do Brasil. A Integrada Cooperativa Agroindustrial, cuja sede fica em Londrina, precisou de meios alternativos para solucionar na sua unidade de recebimento em Bela Vista do Oeste, em Guaíra, um problema que ocorre em todo o país. Neste ano, a unidade recebeu, em curto período um grande volume de milho safrinha e, para armazená-lo, optaram pelo silo bag ou silo bolsa. A alternativa já é bastante conhecida no Mato Grosso, onde muitas vezes a produção acaba ficando por várias semanas a céu aberto.
Em Bela Vista, explica o coordenador das Unidades de Recebimento da Integrada, Edson Munhoz, houve dois motivos acumulativos para que a cooperativa optasse pelo silo bolsa. O primeiro deles foi o grande volume de milho recebido em um curto período, bem mais do que em 2012, o que extrapolou a capacidade local. Quando isso acontece, a Integrada costuma deslocar os grãos para armazéns disponíveis mais próximos. E aí surgiu o segundo motivo. Munhoz explica que a produção foi recebida na época em que o frete fica mais caro, justamente em função da colheita da safrinha. Assim, o cálculo do custo-benefício foi óbvio. “Teríamos que transportar a produção até Maringá e o frete ficaria muito mais caro do que armazenarmos nos silos bolsas”, justifica o coordenador.
Produção
A Integrada está utilizando 80 silos bolsas com capacidade de 180 toneladas cada. A medida amenizou o déficit de armazenagem local. Segundo o gerente da unidade de recebimento de Bela Vista, Erivaldo Alves, neste ano, sua unidade recebeu dos seus produtores em torno de 32 mil toneladas de milho, mais cerca de 13 mil toneladas de  transferência de outras unidades. Bem mais que em 2012, quando foram recebidas 22 mil toneladas dos agricultores locais e mais 12,4 mil toneladas de transferência. Conforme Alves, o aumento nos índices se deve tanto ao aumento do número de produtores quanto da produtividade de cada um. Ele pontua que a média de produtiva ficou em cerca de 210 sacas por alqueire, mas muitos agricultores registraram de 300 a 350 sacas por alqueire.
Não usual
Segundo Munhoz, a utilização do silo bolsa não deve tornar-se uma medida usual da Integrada. Neste ano, explica, foi uma solução emergencial. Ele avalia que Bela Vista foi a única onde precisaram utilizar a medida e que no local a capacidade estática estava aquém da demanda de instalação de um silo. “Porém, tivemos uma safra muito boa este ano e a colheita foi rápida. Além disso, os produtores não vêm fixando o produto conforme a entrega e a cooperativa negocia conforme a fixação do produtor. Assim, optamos por fazer a experiência com o silo bolsa”, ressalta.
De acordo com o responsável pelas Unidades de recebimento da Integrada, até agora, a avaliação do silo bag tem sido positiva. “O produto (milho) está padronizado seco e limpo. A qualidade está sendo mantida”, avalia, ao citar que a medida é paliativa e que a cooperativa faz seu planejamento para que não seja necessário utilizar os bags nas próximas safras, mesmo que o material seja descartável e fácil de ser utilizado.
Sugestão
A Associação de Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) já apresentou a sugestão de que os agricultores, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos, tenham suas unidades de estocagem. A medida, avaliam os dirigentes da entidade, seria um dos pontos para amenizar os problemas de armazenamento no país. Segundo o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Carlos Fávaro, os produtores, cada vez mais, têm segurando o produto, negociando em períodos diferentes, mas colhendo grandes volumes em um mesmo período, complicando a vida das cerealistas. No Mato Grosso, o uso do silo bag está cada vez mais comum, não apenas por cooperativas e empresas, mas também pelo próprio agricultor. Porém, Fávaro enfatiza que a medida é paliativa e apenas emergencial. “O problema de armazenamento é uma questão de logística no Brasil”, diz.
O governo federal lançou um plano de investimento em construção de silos. A proposta segue modelo existente nos Estados Unidos da América, em que são implantados armazéns nas propriedades rurais, além é claro, de incentivar cooperativas e empresas privadas. O investimento proposto pelo governo é de R$ 25 bilhões em cinco anos para a construção de silos e também auxiliar o escoamento da produção de grãos. Objetivo é ampliar a capacidade nacional de armazenamento em um total de 65 milhões de toneladas. Superando o déficit atual que é de quase 40 milhões de toneladas. A FAO, órgão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, recomenda que os países tenham 20% a mais de capacidade estática de armazenagem.

Fonte: Luciany Franco – O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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