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Coopera Paraná abre inscrições e oferece até R$ 100 milhões

Programa promete o maior volume de recursos da história para impulsionar cooperativas e associações da agricultura familiar no Estado.

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Foto: SEAB

Foram abertas nesta quinta-feira (11) as inscrições para o edital de chamamento público do Programa de Apoio ao Cooperativismo da Agricultura Familiar do Paraná (Coopera Paraná), que deve liberar, no total, até R$ 100 milhões em recursos financeiros com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar, impulsionando o cooperativismo no Estado.

É o maior valor disponibilizado até hoje pelo programa. Na edição anterior foram R$ 31,5 milhões. Coordenado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), o programa contempla cooperativas e associações ligadas à agricultura familiar que desejam ter mais competitividade nos negócios e desenvolvimento sustentável no campo. As inscrições vão até 1º de fevereiro de 2026.

Para o secretário estadual da Agricultura, Marcio Nunes, o trabalho realizado pelo programa tem impacto direto na vida das famílias que vivem do campo. “Esse é o maior Coopera da história do Paraná. Com ele avançamos fortalecendo cooperativas, diversificando a produção e promovendo práticas que fomentam o crescimento das comunidades rurais”, ressalta.

“Esse fortalecimento aumenta a renda dos produtores porque é preciso botar dinheiro no bolso do produtor rural. Além disso, o Coopera organiza melhor as cadeias produtivas e promove um desenvolvimento rural baseado na sustentabilidade, garantindo que o crescimento econômico venha acompanhado de preservação ambiental”, completa.

Segundo a coordenadora do Coopera Paraná, Julian Mattos, do Departamento de Desenvolvimento Rural (Deagro), depois de analisadas as propostas e habilitadas as organizações proponentes, o programa vai liberar até R$ 2,2 milhões em recursos financeiros às cooperativas e associações da agricultura familiar com Projeto de Negócio aprovado. No edital anterior, os valores eram de até R$ 300 mil para associações e R$ 720 mil para cooperativas.

Ela destaca que, no edital, o Coopera Paraná inovou com uma padronização de objetivos, metas e indicadores de resultado para facilitar a elaboração dos projetos e, na sequência, dos planos de trabalho das organizações. “Assim, é importante que as pessoas leiam com cuidado o edital, prestem atenção aos formulários, aos modelos de documentos e aos prazos de cada etapa”, avisa a coordenadora.

Julian explica que o foco do Coopera Paraná é promover ações integradas entre os setores público e privado, assessorando as cooperativas em áreas como gestão e governança, e acesso a mercados e a crédito. Também inclui a capacitação de dirigentes, técnicos e equipes administrativas, além da implementação de políticas de apoio financeiro para investimentos.

Entre os requisitos estão sede no Paraná, dois anos de existência com CNPJ ativo, possuir o Cadastro de Agricultura Familiar (CAF) ativo e a média de faturamento anual, nos últimos três anos, não pode ter ultrapassado  R$ 300 milhões. Esse último item, em especial, amplia o leque de organizações aptas a participar do edital, já que antes o teto de faturamento era de R$ 40 milhões.

“Nós desejamos apoiar organizações que apresentem Projetos de Negócio técnica e economicamente viáveis e com elevado potencial de gerar impacto positivo, contribuindo para a geração de trabalho e renda para agricultores familiares, a promoção social de produtores e trabalhadores rurais, a preservação do meio ambiente rural e a soberania e segurança alimentar do Estado do Paraná”, explica Julian.

Apoio

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), junto com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop-PR) e a União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) são parceiros importantes do Coopera Paraná.

“O BRDE busca consolidar-se como agente financeiro atuante dentro do Coopera Paraná. Desde sua entrada no comitê, em 2019, o banco adota posturas para ampliar o acesso ao crédito e abrir portas para um público que praticamente não tinha acesso ao sistema financeiro formal”, diz Carmem Truite, gerente de Convênios no BRDE.

Para ler o edital do Coopera Paraná 2025 e fazer sua inscrição no programa, acesse AQUI e AQUI.

Fonte: AEN-PR

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Sistema OCB anuncia Tania Zanella como presidente executiva

Reforma de governança inaugura novo ciclo de modernização e profissionalização da entidade.

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Foto: Divulgação/Sistema OCB

Em um movimento histórico para o cooperativismo brasileiro, a OCB aprovou, nesta terça-feira (9), reforma de governança que aprimora sua estrutura organizacional e inaugura uma nova fase de modernização institucional. Entre as decisões, destaca-se a nomeação de Tania Zanella como a primeira mulher a ocupar a Presidência Executiva da entidade, com foco na gestão da entidade.

A mudança foi aprovada durante a 28ª Assembleia Geral Extraordinária, realizada na Casa do Cooperativismo, em Brasília, que reuniu lideranças de Organizações Estaduais de todo o país. O novo estatuto consolida o modelo dual de governança, separando de forma mais clara as funções estratégicas e institucionais — agora sob comando do presidente do Conselho de Administração, Márcio Lopes de Freitas — das funções executivas, assumidas por Tania.

Ao assumir o novo cargo, Tania emocionou o plenário ao reconhecer o simbolismo da nomeação. “É uma honra assumir esta missão. Sei da responsabilidade, especialmente por ser a primeira mulher nessa posição. Estou pronta para conduzir a gestão com coragem, diálogo e foco em resultados para as cooperativas. Vocês podem contar comigo”, afirmou.

A escolha de seu nome foi amplamente celebrada pelas lideranças regionais. Conselheiros destacaram sua capacidade técnica, trajetória no Sistema OCB e postura dialogada. “Ter a Tania como presidente executiva é um reconhecimento merecido — não apenas pelo seu trabalho, mas pela liderança exercida com competência, serenidade e diálogo”, afirmou Luís Alberto Pereira, representante do Centro-Oeste. Para André Pacelli, do Nordeste, o momento simboliza “um avanço na profissionalização e na inovação que o cooperativismo exige para os próximos anos”.

Fortalecimento

A reforma estatutária é resultado de um processo robusto, construído ao longo de 2024 e 2025 com participação de comitês técnicos, consultorias especializadas e representantes de todas as regiões. Segundo Márcio Lopes de Freitas, a atualização representa um marco evolutivo. “Construímos um modelo mais moderno, equilibrado e transparente, capaz de garantir sustentabilidade institucional para os próximos anos. O cooperativismo amadureceu — e a OCB precisava dar esse salto”, destacou.

Além da nova governança, a Assembleia aprovou o plano de trabalho e o orçamento para 2026, que reforçam a agenda de modernização da representação cooperativista nacional. Entre as prioridades estão: educação política, acompanhamento da aplicação da reforma tributária, uso estratégico de inteligência artificial, fortalecimento do marketplace do cooperativismo e ampliação de ferramentas de inteligência de dados.

Estrutura de governança da OCB

Conselho de Administração

. Márcio Lopes de Freitas – presidente do Conselho de Administração
. Ricardo Khouri – conselheiro representante da Região Norte
. André Pacelli – conselheiro representante da Região Nordeste
. Luís Alberto Pereira – conselheiro representante da Região Centro-Oeste
. Edvaldo Del Grande – conselheiro representante da Região Sudeste
. Darci Hartmann – conselheiro representante da Região Sul

Presidência Executiva

. Tania Zanella – presidente executiva

Fonte: Assessoria Sistema OCB
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Mudanças de mentalidade vão nortear as próximas gerações

Com foco no empreendedorismo, Geraldo Rufino propôs reflexão sobre hábitos simples para fomentar o desenvolvimento pessoal e profissional.

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Fotos: Divulgação/Sistema Faep

 

“Não há pobreza que resista a 16 horas de trabalho, 16 horas de dedicação a um propósito. Aprendi isso com a minha mãe”. Foi com essa energia que o especialista em positividade e motivação, Geraldo Rufino, conduziu sua palestra durante o Encontro Estadual de Líderes Rurais 2025, promovido pelo Sistema Faep. O palestrante nasceu na roça, onde seus pais produziam café e mandioca, em Minas Gerais. Cresceu em uma favela de São Paulo e, hoje, é um empresário de sucesso.

No palco, Rufino envolveu os mais de 4 mil produtores e produtoras rurais com reflexões sobre família, espiritualidade, força feminina, diversidade e empreendedorismo. Convidou o público a olhar para dentro de si, reconhecer a própria força e recomeçar sempre que necessário. “Vamos olhar mais para o para-brisa e menos para o retrovisor. No para-brisa, vemos o futuro”, afirmou.

Especialista em positividade, Geraldo Rufino, fala sobre empreendedorismo e desenvolvimento pessoal

Especialista em positividade, Geraldo Rufino fala sobre empreendedorismo e desenvolvimento pessoal

Ao abordar o tema do empreendedorismo, o palestrante destacou que empreender não é apenas abrir um negócio, mas um movimento constante e silencioso que faz parte do cotidiano das pessoas. De forma bem-humorada e reflexiva, Rufino relembrou sua própria trajetória: saiu do “paraíso”, como ele descreve a vida simples que levava com a família na roça, para enfrentar a realidade dura da favela. Essa mudança aconteceu quando seu pai decidiu ignorar a intuição de sua mãe.

Na época, o pai de Rufino perdeu tudo trabalhando com agricultura e sua mãe insistiu que o caminho era recomeçar, reconstruir, persistir, já com um espírito empreendedor. Porém, o patriarca da família optou por abandonar tudo e tentar algo completamente novo, enfrentando uma jornada ainda mais difícil. Com essa história Rufino reafirma seu conceito que empreender é ter coragem de recomeçar sempre que necessário: “É tentar até dar certo”.

Ao aprofundar o tema, Rufino enfatizou que o empreendedorismo começa dentro de casa, antes mesmo de qualquer plano de negócios. Para ele, atitudes simples como oferecer carinho e dar atenção aos familiares são formas de construir relacionamento e influência. “Estamos fazendo network sem perceber”, afirmou. Com seu jeito espontâneo, brincou que conquistar a sogra ou levar um café para a esposa, recebendo em troca uma oração por um bom dia, já são exemplos de uma rede de contatos bem-sucedida. “Existe network melhor do que esse?”, provocou o público, arrancando risos e reflexões.

Rufino também destacou a importância do produtor rural em um mundo cada vez mais tecnológico. Segundo o palestrante, todos se tornaram mais dependentes da inteligência artificial, dos celulares e de diversas tecnologias, mas ainda conseguem viver sem elas. Porém, o mesmo não ocorre com o alimento. “O agricultor e o pecuarista produzem a comida que nos mantém de pé. Isso mostra a importância de cada um que está no meio rural”, ressaltou.

Especialista em positividade e motivação, suas palestras são conhecidas por trazer lições práticas que podem ser aplicadas no dia a dia profissional e pessoal. Empreendedor e autor de dois livros (O Poder da Positividade e O Catador de Sonhos), Rufino começou a passar seu conteúdo por meio de suas redes sociais. “Acredito que empreender é um estilo de vida. Comecei como catador de latinhas na periferia de São Paulo, mas o empreendedorismo sempre esteve em mim. E foi isso que fez eu me tornar um empresário de sucesso”, disse.

Sustentabilidade

Rufino propõe reflexão sobre família, espiritualidade e empreendedorismo

Tema central na agricultura atual, a sustentabilidade foi lembrada por Rufino como algo que nasce em pequenas atitudes do dia a dia. “Quando qualquer pessoa usa menos toalhas de papel para secar as mãos, está sendo sustentável. Quando economiza água também. São nessas ações que damos o exemplo.”

Para o palestrante, não há faculdade renomada, nem estudo de ponta que ensine alguém que não esteja disposto a mudar a mentalidade. “É nossa responsabilidade orientar a nova geração. Precisamos ser modelos”, afirmou.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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“O Brasil é a maior potência agrícola do mundo”, afirma Paulo Guedes

No encontro promovido pelo Sistema Faep, ex-ministro relacionou desafios globais, avanço da China e oportunidades para o agronegócio brasileiro.

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Fotos: Divulgação/Sistema Faep

“O Paraná é forte porque a agricultura é forte. O Brasil é forte porque tem Estados como o Paraná”. Com essa frase, o ex-ministro da Economia Paulo Guedes abriu a palestra no Encontro Estadual de Líderes Rurais 2025, promovido pelo Sistema Faep. Durante sua fala, Guedes ainda abordou o atual cenário geopolítico mundial e como o país tem as ferramentas necessárias para crescer e se tornar uma potência global.

Segundo o ex-ministro do Governo Bolsonaro, uma das potencialidades à economia nacional é o crescimento da população mundial em cerca de 2 bilhões nos próximos 25 anos, atingindo próximo de 10 bilhões até 2050. Com menos terras disponíveis no planeta para o cultivo de grãos e, consequentemente, menos matéria-prima para ração animal, o Brasil, diante da pujança do setor, segue como um dos principais players do agronegócio mundial. “Para alimentar essa população global precisaremos de proteína. A China, os Estados Unidos e a Índia não têm recursos hídricos para suprir essa demanda. Por isso, o Brasil é uma potência do agronegócio”, explicou.

Ex-ministro apontou potencialidades para o Brasil crescer no mercado internacional

O ex-ministro dividiu a apresentação em três momentos: o primeiro sobre como a geopolítica global se estabeleceu após a Segunda Guerra Mundial; seguiu sobre os desafios da economia com a entrada da China como superpotência; e, por fim, as oportunidades do Brasil em meio a esses cenários.

O primeiro episódio, intitulado “Grande Ordem Liberal”, narra como os Estados Unidos se tornaram a principal potência global após o fim da Segunda Guerra Mundial. Guedes cita que as bombas atômicas lançadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki foram as ferramentas de domínio norte-americano.

Além disso, no pós-guerra, os EUA pregaram a pacificação e reconstrução dos países envolvidos no conflito. Somente via Plano Marshall, 12 bilhões de dólares foram injetados em nações europeias envolvidas no conflito, como Alemanha Ocidental, França, Itália e Reino Unido. Mesmo fora desse pacote econômico, o Japão também foi beneficiado com investimentos norte-americanos.

O ex-ministro ainda apontou que o pós-guerra intensificou fluxos migratórios em países afetados pelo conflito bélico, especialmente nas nações do Eixo (como Alemanha, Itália e Japão) e do Leste Europeu (como Polônia e Ucrânia). “Democracia, liberdade e mercados são as palavras-chaves desse período. Os imigrantes chegaram no Brasil e já começaram a produzir. Não tinha burocracia do governo para atrapalhar. Eles geravam emprego e receita, seja no agronegócio ou na indústria”, complementou Guedes.

Desordem mundial

Paulo Guedes relacionou crescimento de líderes conservadores com crise econômica e social

A segunda parte da palestra de Guedes desenhou o atual momento da geopolítica global. Chamada pelo ex-ministro de “Desordem Mundial”, o movimento coloca a China como uma superpotência e diversos fatores que levaram políticos conservadores a ganharem espaço em países de primeiro mundo.

Para Guedes, a China se tornou essa superpotência após adotar um capitalismo agressivo, o que impactou em empresas consolidadas dentro do mercado. “A China é o elefante na piscina das crianças, que é a globalização. Ameaças empresas já estabelecidas em diversos setores, como os automóveis e o aço. Isso com o capitalismo mais agressivo do mundo, onde existe o trabalhar, mas não existe leis trabalhistas”.

O ex-ministro também apontou que uma das consequências dessa mudança geopolítica é a retomada da alta nos fluxos migratórios, em especial na África, América Latina e Oriente Médio. Esse volume de imigrações gerou ondas de protestos em diversos países, o que facilitou a eleição de novos líderes conservadores pelo mundo. Casos como o de Donald Trump nos EUA, Giorgia Meloni na Itália, Karol Nawrocki na Polônia e Viktor Orbán na Hungria têm aumentado ao redor do planeta e esse movimento deve seguir nesta toada nos próximos anos.

“O mundo liberal vai demorar para voltar. As palavras-chaves hoje são geopolítica e força. Na maioria dessas vitórias [dos partidos de centro-direita e direita] houve alianças entre conservadores e liberais para vencerem candidatos e lideranças da esquerda”, contextualizou o ex-ministro.

Agro de oportunidades

Guedes encerrou a palestra ao apontar caminhos para o Brasil crescer exponencialmente nos próximos anos. “O Brasil é a maior potência agrícola do mundo. Poderíamos estar crescendo 5% ao ano, com juros e inflação baixas, com o Mercosul atuando dentro da Organização para a Cooperação   Desenvolvimento Econômico. Porém, precisamos fazer a lição de casa para sermos uma potência. Mas, ao contrário, estamos nos descredenciando, nosso capital institucional está esgarçando”, declarou o ex-ministro.

Outro rumo apontado por Guedes é melhorar a destinação de recursos públicos para investimentos. Desta forma, o Governo Federal daria mais autonomia para poderes estaduais e municipais decidirem as áreas prioritárias para receberem essas verbas, o que, na visão do ex-ministro, potencializaria áreas chaves da economia. “O Brasil oferece um cenário positivo nos setores do agronegócio e energético. Nossos principais problemas são os internos. Mas, diante deste cenário, nós precisamos ter resiliência e esperança”, finalizou Guedes.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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