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Coopavel vai registrar a maior recepção de milho da história
Recebimento deve ultrapassar 9 milhões de sacas, 30% acima da meta inicial; avanço é impulsionado por clima favorável, genética e capacidade logística.

A Coopavel deve confirmar nesta safra a maior recepção de milho safrinha da história da cooperativa, que chegará aos seus 55 anos de atividades em dezembro. Serão recebidas, da primeira quinzena de junho até o fim de julho, cerca de nove milhões de sacas, 30% a mais que a meta inicial de 7,2 milhões.
A média de caminhões recepcionada todos os dias nas filiais da Coopavel, no Oeste e Sudoeste do Paraná, é de 600, com descarregamento entre 18 mil a 20 mil toneladas de milho safrinha a cada 24 horas. “Estamos muito felizes com o resultado. O clima ajudou e a região colhe ótimos resultados, o que confirma mais uma vez a força do nosso agro”, comenta o presidente Dilvo Grolli. No Paraná, a expectativa é colher recorde de 16,5 milhões de toneladas, com produtividade acima de 10,4 mil quilos por hectare. A área plantada foi de 2,76 milhões de hectares.

Foto: Shutterstock
Dilvo aponta que a supersafra de milho safrinha é resultado também de avanços no melhoramento genético e da expansão dos índices de produtividade e qualidade dos grãos. Tudo o que a Coopavel recepciona é transformado em ração, que alimenta as cadeias de produção de proteínas de frango e suíno. “Essa condição especial, que alia qualidade e produtividade, permitirá a fabricação de ração superior e altamente competitiva, com benefícios a toda a cadeia de carnes da cooperativa”.
Estrutura
A recepção recorde de milho safrinha conta com outros fatores importantes, conforme Dilvo. Um deles é a ampla capacidade de recebimento e armazenamento da Coopavel, atualmente em 22 milhões de sacas por ano (aumento de 4,5 milhões de sacas apenas neste ano), e também quanto ao atendimento dispensado aos agricultores e profissionais envolvidos no processo de escoamento de grãos. “Todo cuidado e atenção aos nossos parceiros contam muito”, conforme o presidente.
Também é diferencial a presença de líderes e gestores no momento da descarga, desde a balança, moega e no local das refeições. “Temos colaboradores que impulsionam a organização”, pontua Dilvo. E a expectativa para os próximos anos é de crescimento, principalmente porque a cooperativa ampliará sua estratégia de expansão geográfica para maior recepção de grãos, venda de insumos e serviços. São novas filiais que serão abertas no Oeste e Sudoeste, a exemplo da de Nova Aurora, impulsionando ainda mais o desempenho e os resultados da Coopavel.

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Trigo mantém oferta global elevada e pressiona preços
Produção mundial para 2025/26 deve atingir 837,8 milhões de toneladas, mas consumo cresce de forma mais moderada, limitando recuperação das cotações.

Relatório divulgado neste mês pelo USDA e analisado pelo Cepea reforça o cenário de ampla disponibilidade global do trigo na temporada 2025/26 e mantém a pressão sobre as cotações externas do cereal.
Segundo pesquisadores do Cepea, o reajuste positivo na oferta, acompanhado por um crescimento mais moderado do consumo, elevou os estoques globais e limitou a recuperação dos preços, apesar das tensões geopolíticas na região do Mar Negro.
A produção mundial de trigo para a temporada 2025/26 deve alcançar 837,8 milhões de toneladas, de acordo com o USDA, volume 1,1% superior ao projetado em novembro e 4,6% acima do registrado em 2024/25.
A demanda é estimada em 822,97 milhões de toneladas, alta de 0,5% em relação a novembro e de 1,5% na comparação anual.
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Programa Coopera Agro Santa Catarina avança e anima setor de aves e suínos
Iniciativa aprovada pela Alesc amplia o acesso ao crédito, estimula investimentos no campo e fortalece a competitividade das cadeias de proteína animal no estado.

A Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e o Sindicato da indústria de Carnes e Derivados (Sindicarne) comemoram a aprovação na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) do Programa Coopera Agro SC, de autoria do Governo do Estado. A iniciativa prevê a criação de até 10 linhas de crédito, somando R$ 1 bilhão em financiamentos voltados a agricultores vinculados a cooperativas e integradoras, com impacto econômico estimado em R$ 26 bilhões, 40 mil empregos diretos e indiretos, além de benefícios para mais de 120 mil produtores rurais.

Diretor executivo das entidades, Jorge Luiz de Lima, estima crescimento de 3% a 5% em 5 anos.
As entidades que representam o forte setor de proteína animal catarinense destacam que a iniciativa chega em um momento decisivo para ampliar investimentos, garantir competitividade e fortalecer todas as cadeias. O diretor executivo das duas entidades, Jorge Luiz de Lima, reforça que o programa atende demandas históricas do setor ao criar mecanismos reais e sustentáveis de acesso ao crédito.
“Hoje, o setor tem capacidade de ampliação e modernização, mas esbarra na burocracia e limitação de crédito. Com acesso facilitado pelo programa, os produtores de suínos e aves poderão ampliar suas capacidades produtivas e investir em novas tecnologias. Com isso, as agroindústrias também aumentam produtividade e o setor tecnológico acompanha a geração de empregos. Eu chamo essa iniciativa de economia circular, cuja estimativa de crescimento dos setores pode alcançar de 3 a 5% em 5 anos”, avalia Lima.
O dirigente ressalta que ACAV e Sindicarne participaram da construção do Programa e acompanharão de perto a sua efetivação.
Programa
O Programa Coopera Agro SC busca ampliar o acesso ao crédito, fortalecer cooperativas e agroindústrias e impulsionar a competitividade do campo em todas as regiões. Isso porque, as condições de financiamento são diferenciadas, com taxa de juros reduzida, próxima a 9% ao ano, e prazo total de quitação de 10 anos, incluindo dois anos de carência.
A operacionalização financeira será conduzida em parceria entre o Governo do Estado e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), por meio da aquisição de Letras Financeiras com prazo de 10 anos. O programa prevê R$ 200 milhões aportados pelo Estado e R$ 800 milhões pelo setor privado. Como incentivo adicional, o Governo poderá liberar créditos acumulados de ICMS, limitados a até 50% do valor investido.
A coordenação do programa é da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape), com apoio da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) e da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan).
Notícias Da granja à ceia
Defesa sanitária assegura qualidade dos perus de Natal
Fiscalização permanente dos Fiscais Estaduais Agropecuários no Rio Grande do Sul garante sanidade da produção, protege o status exportador do Estado e previne enfermidades como influenza aviária e doença de Newcastle.

A fiscalização da produção de perus é uma das atividades realizadas de forma permanente pelos Fiscais Estaduais Agropecuários. Ao longo de todo o ano, os servidores da categoria fazem vigilância ativa nas granjas do Rio Grande do Sul, o segundo estado que mais exporta carne de peru. A ação tem como objetivo atestar para os países compradores que a produção do Estado é livre de enfermidades como a doença de Newcastle e a influenza aviária.
Os Fiscais Estaduais Agropecuários estão presentes em todo o processo de produção, que se inicia com a certificação das matrizes e incubadoras e o registro das granjas. A categoria atua nas coletas de sangue e outros materiais para controle de enfermidades, no acompanhamento da sanidade dos perus e no atendimento de notificações de doenças com potencial de epidemias ou risco para a saúde pública.
“O consumo de carne de peru no Rio Grande do Sul é mais restrito ao Natal, mas a defesa sanitária das granjas produtoras é uma atividade realizada de maneira contínua. Este trabalho é fundamental pois, devido ao ciclo de produção mais longo, se comparado às galinhas de corte, os perus têm mais risco de exposição à influenza aviária e doença de Newcastle”, explica o presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do RS (Afagro), Giuliano Suzin.
No Rio Grande do Sul, a atividade envolve 209 propriedades – são 194 granjas comerciais de perus e 15 granjas de reprodução de perus, segundo dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
Conforme o relatório anual de 2025 da Associação Brasileira de Proteína Animal (APBA), a produção de carne de peru é de 127,36 mil toneladas, sendo que mais da metade (50,38%) é destinada à exportação. Santa Catarina responde por 43,06% (27,6 mil toneladas) das exportações, enquanto o Rio Grande do Sul participa com 35,57% (22,8 mil toneladas) e o Paraná com 21,3% (13,6 mil toneladas). Os principais destinos são México, África do Sul e União Europeia. A maior parte dos embarques (26,22%) é pelo Porto de Rio Grande.



