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Controle estratégico de carrapatos em bovinos

As características de um bom medicamento antiparasitário é ter alta efetividade em todos os estágios evolutivos dos carrapatos, ser de fácil aplicação, além de ser inócuo ao animal e ao ambiente

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Arquivo / OP Rural

Artigo escrito por Eduardo Rezende, coordenador de marketing/comunicação cientifica da J.A. Saúde Animal.

Os prejuízos econômicos decorrentes de parasitas externos em rebanhos bovinos ultrapassam 2 bilhões de dólares ao ano, sendo que 75% desse montante é atribuído ao carrapato. As demais ectoparasitoses, como mosca- -dos-chifres, mosca-dos-estábulos, miíases e bernes, correspondem apenas aos 25% restantes. O carrapato que mais impacta à criação de bovinos é o Riphicephalus Boophilus microplus, parasita hematófago originário da Ásia, porém amplamente distribuído nas regiões tropicais em todo o mundo, inclusive no Brasil.

O parasitismo decorrente desse parasita causa diversos prejuízos, tanto por ação direta, quanto por ação indireta. Os prejuízos diretos são aqueles causados primariamente pelo carrapato, como a espoliação sanguínea, prurido, irritação, quedas no peso e na produção dos animais, entre outros sintomas. Já os prejuízos indiretos são aqueles compreendidos por doenças que usam desse parasita como vetor, como o complexo Tristeza Parasitária Bovina (TPB), além de todos os outros prejuízos decorrentes ao parasitismo, como aquisição de medicamentos, morte de animais, etc.

Algumas situações climáticas influenciam diretamente no desenvolvimento e proliferação desses parasitas, principalmente condições de alta temperatura e umidade. Durante muitas décadas, a Embrapa tem estudado a dinâmica das populações de carrapatos nas regiões tropicais e subtropicais do país, sendo que esses conhecimentos têm permitido acúmulo de informações importantes para a elaboração de métodos de controle mais eficazes e econômicos desse parasita.

Para o adequado controle é necessário conhecer o ciclo biológico do Riphicephalus Boophilus microplus, que pode ser dividido em duas fases: a fase parasitária, caracterizada pela presença do parasita no hospedeiro, que sofre pouca influência do clima, sofrendo variações maiores de acordo com a genética e temperatura corpórea do animal. Já na fase de vida livre, ou seja, fase onde o parasita está no ambiente, encontram-se a maioria das fases do carrapato (ovos, larvas, ninfas e adultos), inclusive havendo grande influência das variações do tempo.

CONTROLE

Quanto ao controle de ectoparasitas, existem vários métodos disponíveis, como rotação de pastagens, vacinas, uso de raças azebuadas, entre outros. Entretanto, o combate químico é o método mais eficaz e o mais utilizado, sendo necessário o cuidado em relação a dosagem, principalmente no que se refere a resistência parasitária.

Dentre as diferentes formas de combate químico, devemos utilizar as que levam em consideração as características epidemiológicas de cada região, lançando mão de um controle estratégico de parasitas. Esse tipo de controle consiste na concentração dos tratamentos na época de maior eficácia terapêutica, de forma que as infestações e a população de carrapatos permaneçam em níveis aceitáveis mesmo fora da época de tratamentos. Em grande parte do país, recomenda-se as primeiras aplicações dos antiparasitários entre os meses de setembro e outubro, assim que for avistado os primeiros carrapatos nos animais. Adicionalmente pode ser feito uma aplicações de reforço, a depender do grau de infestação do animal.

As características de um bom medicamento antiparasitário é ter alta efetividade em todos os estágios evolutivos dos carrapatos, ser de fácil aplicação, além de ser inócuo ao animal e ao ambiente. Os grupos químicos de parasiticidas mais utilizados são os Fenilpirazoles, Benzoilfeniluréias, Formamidinas, Piretróides e as Avermectinas.

Dentro do grupo das Avermectinas, podemos citar a Ivermectina e a Abamectina dentre os ativos mais utilizados, inclusive demonstrando serem eficazes no controle e combate dos carrapatos de bovinos. Quando se utiliza medicamentos da classe das Avermectinas (Lactonas Macrocíclicas), administradas via Pour on ou as injetáveis de alta concentração, indica-se de 4 a 5 tratamentos com intervalos de 36 dias. Avermectinas menos concentradas, como as Ivermectinas a 1%, indica-se 6 tratamentos com intervalos de 28 dias.

Outras soluções eficazes são aquelas com base em associações sinérgicas de diferentes ativos, como por exemplo a solução de Cipermetrina, Clorpirifós e Butóxido de Piperonila. Essa associação permite ação potencializada, baixo período de carência no leite, além de excelente relação custo benefício.

As referências bibliográficas estão com o autor. Contato via: eduardorezende@jasaudeanimal.com.br

Outras notícias você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de agosto/setembro de 2021 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Bovinos / Grãos / Máquinas

Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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