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Contribuição efetiva e racional de antibióticos injetáveis na suinocultura

O uso de antibióticos injetáveis vem ganhando destaque no setor

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*Juliana Calveyra

A suinocultura brasileira tem se destacado muito no mercado mundial como uma moderna cadeia produtiva com credibilidade e altos índices zootécnicos. A intensificação da produção tem sido uma característica deste setor, respondendo à demanda de mercado. Os sistemas de confinamento permitem que os animais alcancem elevada performance produtiva e zootécnica, mas os submetem a um alto grau de estresse e desafio ambiental, resultando em maiores problemas sanitários. Desta forma, é impensável viabilizar uma suinocultura eficiente e lucrativa sem proporcionar aos animais mecanismos de defesa adicionais, como os antibióticos.

As características do sistema de produção de suínos mostram claramente que o uso de antibióticos incrementa os parâmetros produtivos e a sanidade animal. A utilização de antibióticos durante as fases de crescimento beneficia a taxa e eficiência de ganho de peso corporal, reduz a mortalidade e morbidade e a doença clínica e subclínica. O uso consciente de antibióticos é necessário a fim de evitar o surgimento de resistência bacteriana, maximizar a eficácia dos produtos utilizados e prevenir a presença de resíduos acima de limites toleráveis em produtos de origem animal para o consumo humano. Esses medicamentos podem ser administrados por três diferentes vias: injetável, via ração e via água de bebida.

Para o sucesso do tratamento curativo ou profilático/metafilático, o primeiro ponto crucial é o diagnóstico correto, bem como os resultados de antibiograma das bactérias isoladas. Dessa forma, consegue-se estabelecer o programa de antibiótico adequado frente aos desafios encontrados. Além disso, a dose e concentração da droga é outro fator importante para conferir o resultado assertivo no tratamento. Quando o tratamento ocorre via água ou ração, é preciso se atentar para os fatores capazes de influenciar as concentrações do medicamento no tecido após sua ingestão.

No caso dos medicamentos aplicados por via oral, tanto na água quanto na ração, a quantidade do produto ingerido pode variar de acordo com o volume da ração ou água consumido pelos animais.  A ingestão pode variar de acordo com as faixas etárias dos animais e o ambiente e equipamentos disponíveis. Pode-se considerar que o aumento de temperatura em 10ºC pode diminuir o consumo de ração em até 500g e o aumento simultâneo na taxa de amônia para 30 ppm o reduz em mais 50g. Assim, poderia ocorrer diminuição no consumo de ração no verão em 550g, o que significa que um animal de 60 Kg (com consumo de ração estimado em 2,3 Kg/ dia) estaria recebendo somente 3/4 ou menos da dose recomendada para o seu tratamento.

A medicação via água pode ter variações de consumo de acordo com o fluxo, altura e ângulo corretos dos bebedouros. Quando o fluxo for insuficiente, alguns indivíduos tendem a permanecer mais tempo junto aos bebedouros ou deitados abaixo deles, prejudicando o consumo dos outros. A absorção está relacionada ao tempo de trânsito, quantidade ingerida, solubilidade na água ou lipídios, grau de ionização, pH do lúmen, peso molecular e polaridade. Para o sucesso da terapêutica, o produto a ser utilizado deve ser bem absorvido a partir do local da aplicação ou ingestão, atingir níveis que façam o tratamento adequado no local da infecção e não ser inativado.

O sucesso dos tratamentos via oral depende extremamente de que os animais consumam as quantidades adequadas do antibiótico. Caso o animal não consiga ingerir a quantidade correta – por estar doente, competição na baia, superlotação, má instalação de bebedouros e comedouros, mau manejo de arraçoamento, entre outros – não receberá a dose e a concentração adequadas para contribuir com o sucesso do tratamento. Quando as doses de antibióticos são administradas incorretamente surge o risco das superbactérias. O uso desses medicamentos deve ser feito com muito cuidado e atenção para evitar o desenvolvimento dessas bactérias resistentes.

O uso de antibióticos injetáveis vem ganhando destaque no setor. Mesmo em um contexto de medicina veterinária populacional, cada vez mais o indivíduo terá maior importância. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento já restringiu totalmente o emprego de uma série de substâncias na alimentação animal, caso da avoparcina, arsenicais e antimoniais, cloranfenicol e nitrofuranos, olaquindox, carbadox, violeta genciana, anfenicois, tetraciclinas, beta-lactâmicos (benzipenicilâmicos, cefalosporinas), quinolonas, sulfonamidas sistêmicas, espiramicina e eritromicina.

Recentemente, tem sido discutido o papel das medicações injetáveis como forma de reduzir o uso em massa e intensivo de antibióticos por via oral. Dessa forma, observa-se a otimização do uso de antibióticos na produção animal a fim de garantir a máxima eficiência por administração correta da dose terapêutica, além de reduzir incidência de resistência bacteriana.

A Merial Saúde Animal, líder mundial em saúde animal do grupo Sanofi, oferece em seu portfólio Zactran Suínos, que faz parte de uma nova geração de antibióticos à base do princípio ativo Gamitromicina. Molécula exclusiva da Merial não usada em seres humanos e com baixo risco de resistência, a Gamitromicina é absorvida rapidamente pelo tecido pulmonar e pelas células lesionadas, começando a agir 30 minutos após a aplicação. O produto permanece ativo nas células do tecido pulmonar por até 10 dias, combatendo o crescimento e a proliferação de bactérias nos pulmões.

 

*Juliana Calveyra  é Gerente Técnica da Merial saúde animal.

Fonte: Ass. de Imprensa

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Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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