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Consumo mundial da soja deve ser maior que produção, com diminuição dos estoques finais

Mesmo com essa produção nos Estados Unidos, que não caiu muito, o mercado está em uma situação de balanço bem mais equilibrada e mais apertada

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Divulgação/MAPA

A soja é o principal produto das exportações brasileiras. E não somente exportador, hoje o Brasil é também o maior produtor da oleaginosa do mundo. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), somente na safra 2019/2020 o país obteve um novo recorde com a produção estimada em 124,8 milhões de toneladas de soja e ganho de 4,3% em relação à safra 2018/19. As estimativas mostram ainda que a safra 2020/2021 não será diferente, sendo que está prevista para 133,7 milhões de toneladas.

E com toda essa produção é importante que o produtor entenda como o mercado vem se comportando e quais são as projeções para os próximos meses. Segundo a analista de Inteligência de Mercado da Stonex, Ana Luiza Lodi, se olhar para o mercado da soja, o assunto que tem dominado o mercado internacional está muita relacionado a China e aos Estados Unidos. “A guerra comercial entre os dois países afetou fortemente o quanto a China comprou de soja dos Estados Unidos nos últimos anos”, explica. Porém, este cenário tem mudado após a assinatura da Fase 01 de um acordo em janeiro deste ano. “Apesar da dúvida se a China vai conseguir cumprir esse acordo, o país asiático vem comprando bastante soja dos norte-americanos”, diz.

Mas, apesar da demanda chinesa estar fortalecida, um ponto que merece a atenção neste cenário é o clima, afirma Ana Luiza. “Desde agosto as cotações internacionais da soja em Chicago estão em forte tendência de alta, ultrapassando a casa dos US$ 10 por bushel, além das vendas de exportação aceleradas nos Estados Unidos, com destaque para a China, temos que ver o que aconteceu em agosto com o clima no país. Tivemos um mês de agosto mais seco em importantes regiões produtoras, com destaque para o Estado de Iowa, que é um dos maiores produtores de grãos dos Estados Unidos, tanto de soja quanto de milho, e o clima foi seco. E no caso da soja a gente ainda tinha parte das plantas na fase de enchimento de grão, que é uma fase chave para o resultado final da produção das lavouras da oleaginosa. A estimativa do USDA é na casa do 116 milhões de toneladas, ela é acima do que vinha sendo trazido no começo da divulgação dos números da safra 20/21 e a produtividade, por mais que tenha havido perdas, é uma produtividade ainda bem elevada”, avalia.

A analista comenta que mesmo com essa produção nos Estados Unidos, que não caiu muito, o mercado está em uma situação de balanço bem mais equilibrada e mais apertada. “Conforme comentei, as vendas de exportação de 20/21 dos EUA está mais acelerada que nos últimos anos, já ultrapassando 43 milhões de toneladas. E destaque para a China, por mais que as vendas estejam adiantadas no geral, é a China que é a responsável pela maior parte desse adiantamento. Já foi negociado mais de 23 milhões de toneladas com a China”, diz.

Ela informa ainda que é preciso considerar que de tudo que já foi negociado dos EUA, tem mais de 10 milhões de toneladas onde não houve a indicação do destino. “Não se sabe com quem se negociou esses 10 milhões de toneladas. Dessa forma, o mercado trabalha com a hipótese de que uma parte dessas 10 milhões de toneladas também teria sido negociada com a China. Assim, realmente em comparação com os anos anteriores, nem se fala, não tem nem comparação o quanto as compras chinesas estão mais fortes. Mesmo em comparação com anos anteriores a guerra comercial, iniciada em 2018, as compras chinesas também estão muito fortes”, conta. Diante desse cenário, explica Ana Luiza, o USDA elevou a estimativa de exportação para os EUA na safra 20/21 para quase 60 milhões de toneladas.

Outro fator importante que merece atenção, comenta a analista, é que houve algumas perdas na produção da safra norte-americana porque havia o clima seco e teve uma queda considerável no percentual excedente, que passou da casa dos 74% das lavouras dos Estados Unidos consideradas boas ou excelente no começo de agosto para em outubro estar na casa dos 63%. “É um nível perto da média de cinco anos, muito acima do nível do ano passado, que em 2019 a safra americana realmente teve problemas sérios com clima, principalmente no começo da safra, com atrasos significativos no plantio. Mas foi o mês de agosto que mudou um pouco a chave da safra americana, apesar de ainda ser uma safra com um nível de produção bom”, avalia.

Olhando para o balaço completo 20/21 dos Estados Unidos, Ana Luiza diz que houve ajustes do USDA no relatório de outubro com relação ao de setembro. “Primeiro tivemos estoques iniciais menores, houve um ajuste após a posição trimestral dos estoques ter trazido um resultado um pouco aquém, indicando que o consumo da safra 19/20 foi um pouco maior. A área colhida recuou um pouco também. Assim, esse ajuste negativo que vemos na produção foi decorrente de área. Enquanto isso, a produtividade não mudou, sendo de 3,49 toneladas por hectare de média, igual a mais alta registrada há alguns anos. Então é uma produtividade muito boa, que poderia ser maior ainda caso não tivessem tido um mês de agosto com um clima aquém do ideal”, analisa.

Já quanto as exportações, a analista explica que o USDA elevou a estimativa dos EUA em pouco mais de dois milhões de toneladas. “Tudo isso combinado com a queda de produção e estoque inicial menor, resultou em um balanço bem mais restrito, com 7,9 milhões de toneladas de estoque nos Estados Unidos no final da safra 20/21 e uma relação de estoque/uso na casa dos 6%. Então é uma relação baixa que tende a coincidir com uma volatilidade maior no mercado”, informa. Ana Luiza diz que o mercado passou de um balaço dos Estados Unidos visto nos anos anteriores muito prejudicado e muito folgado, pela guerra comercial, pela falta da China comprar soja dos EUA em volume maiores, para um balaço que já está trazendo alguma preocupação com restrição de oferta.

Não é somente a questão de perda na safra americana que influenciou neste balanço, afirma a analista. “As fortes exportações são um fator centra. As estimativas apontam para uma importação chinesa na casa das 100 milhões de toneladas. O país está se recuperando da PSA, doença que dizimou em cerca de 48% o rebanho suíno chinês. E eles estão em uma recuperação acelerada. A estimativa é que já em 2021 eles possam atingir o número de matrizes a um nível pré-crise e a produção de carnes ode voltar a níveis antes da PSA já entre 2022 e 2023. Isso reforça que a demanda chinesa está acelerada, mostrando que as vendas brasileiras estão adiantadas e agora a dos Estados Unidos também”, afirma.

Dessa forma, comenta Ana Luiza, é possível observar que o mercado mundial passou de uma situação de estimativas que apontavam uma produção maior do que o consumo, mas com ajustes recentes e a perda da safra dos Estados Unidos e o consumo chinês aquecido, essa situação está se invertendo. “Atualmente a USDA estima que o consumo de soja fique acima da produção, contribuindo para a variação negativa nos estoques finais”, diz.

Perspectivas para a América Latina

Já a perspectiva para a safra brasileira é bastante positiva. “Mas o clima não tem ajudado nesse início de safra. Com o fim do vazio sanitário não houve chuvas e o clima estava quente e tudo isso está levando a um ritmo de plantio bem mais lento do que o esperado para essa época do ano”, comenta. A Conab indica uma safra de 132,6 milhões de toneladas para a safra 20/21 e uma área plantada de 38 milhões de hectares.

Já na Argentina, a Bolsa de Buenos Aires não se mostra tão otimista, explica Ana Luiza. “As estimativas estão na casa de 46,5 milhões de toneladas. Mas o USDA acredita em números mais fortes, uma vez que ano passado o país produziu mais que isso. Mesmo assim, eles estão com estimativas de uma produção menor, mesmo com um leve crescimento da área plantada. Isso também em decorrência do clima”, conta.

Dessa forma, explica a analista, mesmo com perspectivas de produção recorde no Brasil, o país enfrenta preços domésticos sustentáveis. “Vários fatores garantiram esse cenário. Se olharmos a evolução do preço doméstico em Paranaguá nos últimos dois anos, a tendência de alta permanece. Exportamos muita soja, estamos com exportação acumulada acima de 80 milhões de toneladas da safra 20/21. A comercialização está muito acelerada. Já comercializamos 53% da safra 20/21. Essa safra está sendo plantada agora, então quando a gente começar a colher no ano que vem a gente pode ter uma comercialização entre 60 e 70%”, explica.

Isto, informa Ana Luiza, vai depender do comportamento e do receio do produtor, se ele está com risco de quebra de safra, por exemplo. “Mas estamos com exportação forte, vendas aceleradas, tudo isso favorecido por um câmbio que continua elevado, com Real desvalorizado e dólar favorecido que deve continuar em patamares elevados. Então, tudo isso tem mantido os preços da soja muito fortalecidos no mercado doméstico, com uma oferta extremamente restrita atualmente e vai ter um estoque de passagem extremamente reduzido no momento onde não somente as exportações estão fortes, mas o consumo doméstico se recuperou do impacto inicial da pandemia do coronavírus, o auxilio emergencial ajudou, o mercado de biodiesel se recuperou mais forte que o esperado. Temos combinação de oferta restrita com demanda fortalecida tanto para exportação quanto pelo mercado doméstico”, diz.

Outras notícias você encontra na edição de Nutrição e Saúde Animal de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Bovinos / Grãos / Máquinas

Brasil avança em norma que libera exportação de subprodutos de bovinos e bubalinos

Proposta moderniza regras sanitárias e permite que empresas do Sisbi-Poa destinem materiais sem demanda interna a plantas com inspeção federal para exportação.

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Foto: Gisele Rosso

O Brasil deu um passo importante para ampliar o aproveitamento de subprodutos de bovinos e bubalinos destinados ao mercado internacional. O Projeto de Lei 4314/2016, de autoria do ex-deputado Jerônimo Goergen (RS), moderniza regras sanitárias e autoriza que empresas integrantes do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) destinem ao exterior materiais que não têm demanda alimentar no mercado interno, desde que o envio seja feito por estabelecimentos com fiscalização federal.

A proposta, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, na terça-feira (18), recebeu ajustes de redação e correções técnicas apresentadas pelo relator, deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB).

Ele destacou que versões anteriores do texto acumulavam vícios materiais e erros de referência à Lei 1.283/1950, que regula a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal no país, o que comprometia a clareza normativa e poderia gerar insegurança jurídica.

Adequação técnica e segurança jurídica

Deputado Cabo Gilberto Silva: “A remissão incorreta não decorre da vontade do legislador, mas de um erro material, passível de correção. Preservar a referência ao artigo 12 garante coerência e evita contradições interpretativas” – Foto: Divulgação/FPA

Cabo Gilberto apontou que substitutivos anteriores citavam equivocadamente o artigo 11 da Lei 1.283/1950, quando a referência correta deveria ser o artigo 12, que trata diretamente das condições de inspeção sanitária. Para o relator, manter o erro poderia abrir brechas interpretativas. “A remissão incorreta não decorre da vontade do legislador, mas de um erro material, passível de correção. Preservar a referência ao artigo 12 garante coerência e evita contradições interpretativas”, afirmou.

Ele também corrigiu dispositivos que, segundo sua avaliação, extrapolavam a competência do Parlamento ao abordarem temas típicos de regulamentação pelo Poder Executivo. “Alguns trechos invadiam competências próprias do Poder Executivo. Ajustamos essas inconsistências para preservar a constitucionalidade e a técnica legislativa”, explicou.

Exportação via estabelecimentos com inspeção federal

Com essas correções, o texto final deixa claro que estabelecimentos estaduais ou municipais integrados ao Sisbi-Poa poderão destinar subprodutos sem demanda local a plantas industriais com inspeção federal, habilitadas pelo Ministério da Agricultura para exportação.

A medida atende mercados externos que utilizam esses materiais em diversas aplicações industriais e contribui para ampliar o aproveitamento de resíduos do abate, fortalecer a cadeia produtiva e garantir conformidade sanitária nas operações internacionais.

Avanço regulatório

Para o deputado Cabo Gilberto, a atualização moderniza a legislação e posiciona o Brasil para aproveitar melhor oportunidades no comércio global. “A atualização aperfeiçoa a legislação, reforça o papel do Sisbi-Poa e contribui para que o país aproveite oportunidades no mercado internacional sem comprometer a fiscalização sanitária”, destacou o relator.

Fonte: Assessoria FPA
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Aliança Láctea debate crise do leite e traça estratégias para fortalecer o setor no Sul e Sudeste

Encontro em Florianópolis reuniu lideranças de vários estados para discutir competitividade, exportações, antidumping e ações conjuntas para reverter a crise da cadeia produtiva.

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Encontro realizado na sede do Sistema Faesc/Senar, em Florianópolis, ocorreu de forma híbrida reunindo participantes dos três Estados do Sul, do Centro Oeste e de São Paulo - Foto: Silvania Cuochinski/MB Comunicação

Os desafios do atual cenário da cadeia produtiva do leite e as estratégias para fortalecer o setor foram destaques na reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB), realizada na terça-feira (18), na sede do Sistema Faesc/Senar, em Florianópolis. O evento, realizado de forma híbrida, reuniu lideranças das federações de agricultura, representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, bem como de governos estaduais e entidades dos três Estados do Sul, do Centro Oeste e de São Paulo, para discutir temas estratégicos para o futuro da cadeia produtiva do leite.

A abertura do evento reforçou a importância da atuação conjunta para a construção de políticas públicas que assegurem competitividade, sustentabilidade e crescimento para o segmento. Durante sua explanação, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), José Zeferino Pedrozo, expressou a satisfação em sediar o encontro e expôs a preocupação com essa grave crise que afeta diretamente a economia rural e a sobrevivência de mais de milhares de famílias produtoras.

Registro das lideranças que participaram da reunião de forma presencial – Foto: Enzo Santiago

O dirigente lembrou da audiência pública, recém-realizada pela Alesc, para discutir a atual situação da cadeia produtiva. “A Assembleia Legislativa, por iniciativa do deputado estadual Altair Silva, promoveu essa audiência pública que oportunizou discussões relevantes sobre o tema. Representamos a Federação da Agricultura do nosso estado e, para nossa surpresa, a mobilização foi tão significativa que contou com mais de 700 pessoas. O evento resultou na criação de uma comissão que trabalhará estrategicamente junto ao governo federal e ao governo catarinense nas sugestões indicadas”.

Pedrozo também ressaltou que em janeiro deste ano levou à CNA, a preocupação com a queda constante no preço pago aos produtores. “A CNA imediatamente solicitou a aplicação de um antidumping provisório, pedindo a verificação dos preços do leite em pó importado da Argentina e do Uruguai”, afirmou.

As atividades seguiram com explanação do presidente da ALSB, Rodrigo Ramos Rizzo, que destacou a importância estratégica da reunião e mediou os debates. Entre os destaques da programação esteve a apresentação do Modelo de Negócios para exportação de lácteos, que focou nas oportunidades para ampliar a presença brasileira no mercado internacional e tornar a cadeia mais competitiva. A explanação foi conduzida pelo consultor Airton Spies e o objetivo é entregar a proposta ao CODESUL e ao BRDE.

“O documento foi elaborado pelo Grupo de Trabalho da Aliança está finalizado. Agora, estamos formatando para entregar de uma maneira formal ao CODESUL no mês de dezembro, com as adequações que cada uma das entidades julgar necessário”, afirmou Rodrigo Rizzo.

Outro item da pauta foi a apresentação do “Termo de Prorrogação” da ALSB, conduzida por Orlando Pessuti, representando o CODESUL. A Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, representada por José Carlos de Faria Cardoso Junior, ampliou o diálogo da ALSB com outros Estados interessados em participar e fortalecer a Aliança Láctea Sul Brasileira.

Também ganhou ênfase a apresentação do presidente da Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), Caio Viana, e sua equipe que relataram o case sobre o status sanitário do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) da cooperativa. O encontro abordou, ainda, a definição da direção da ALSB para o período 2026–2027, que ficará sob responsabilidade da Faep, e abriu espaço para contribuições gerais dos participantes, que ampliaram o diálogo para fortalecer a cadeia produtiva.

Encontro produtivo para o futuro do setor

Rodrigo Rizzo fez uma avaliação positiva da reunião, destacando que foi produtiva ao trazer diversos itens de pauta que refletem o cenário atual do setor. Segundo ele, um dos temas de impacto foi a questão da brucelose e da tuberculose, apontada como uma melhoria ainda necessária para aprimorar todo o processo e fortalecer o acesso ao mercado internacional.

Na visão de Rizzo, a união das entidades tem sido fundamental, especialmente para enfrentar a ação antidumping movida pela CNA, relacionada ao leite em pó importado, principalmente do Uruguai e da Argentina, que tem prejudicado o setor. “Esse produto tem entrado no país e afetado tanto as indústrias, que perdem competitividade, quanto os produtores, que enfrentam a queda nos preços”, destacou.

Reunião discutiu os desafios do atual cenário da cadeia produtiva do leite e as estratégias para fortalecer o setor – Foto: Silvania Cuochinski/MB Comunicação

O presidente da Aliança Láctea frisou, ainda, que é importante seguir atento ao monitoramento que que vem sendo realizado em relação à ação antidumping movido pela CNA. “Também discutimos sobre as exportações e competitividade. Somos competitivos em praticamente todos os aspectos. Temos alta qualidade e excelência na produção do nosso leite. O único ponto que ainda precisamos melhorar é o preço. O Brasil ainda não é competitivo nesse quesito. Isso depende de tempo e de um trabalho interno que precisa ser realizado.”, ressaltou.

O presidente Pedrozo também avaliou positivamente o encontro. Em sua mensagem final, reforçou o papel da Aliança Láctea Sul-Brasileira como um fórum essencial para a articulação institucional, debate técnico e construção de estratégias conjuntas capazes de contribuir para a superação da crise enfrentada pelo setor e para impulsionar o desenvolvimento da cadeia láctea. “Agradeço a participação de todos e espero que esse encontro represente mais um passo para a busca por soluções que fortaleçam o setor, promovendo o crescimento não apenas nos Estados envolvidos, mas em todo o Brasil. “

Representação

Também participaram e contribuíram com suas que contribuíram com análises e encaminhamentos essenciais para o fortalecimento da cadeia láctea, as seguintes autoridades e representantes de entidades: o presidente do Sindileite/SC e Conseleite/SC, Selvino Giesel; o secretário adjunto da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina, Admir Edi Dalla Cort; o assessor técnico da CNA, Guilherme Dias; o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Ronei Volpi;  o presidente do Sindileite/PR, Elias José Zydek; o presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portela; o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni; representantes da Farsul e da Faep;  o secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Marcio Fernando Nunes; o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Elias Verruck; o presidente do SILEMS, Abraão Giuseppe Beluzi; representantes da secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, da Secretaria de Articulação Nacional, representantes do Sindilat, do Sebrae/RS; Conseleite/RS; do Codesul/PR, da Epagri, da Cidasc; entre outros.

Fonte: Assessoria Sistema Faesc/Senar
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Bovinos / Grãos / Máquinas Pecuária no Pampa

Produtores da Campanha conhecem tecnologias para bovinos e gestão do clima

Tarde de Campo em Hulha Negra apresentou ferramentas de rastreabilidade, controle de pragas, nutrição animal e agrometeorologia aplicada ao campo.

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Fotos: Fernando Dias/Ascom Seapi

Produtores da região da Campanha gaúcha tiveram a oportunidade de conhecer, na terça-feira (18), tecnologias aplicadas à pecuária de corte durante a Tarde de Campo organizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA). O evento ocorreu no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Sistemas Integrados e Meteorologia Aplicada (Cesimet).

O foco da atividade foram pesquisas e ferramentas práticas para manejo de bovinos, nutrição, controle de carrapatos, identificação biométrica e agrometeorologia, voltadas especialmente para produtores da região.

Segundo Gabriel Fiori, médico-veterinário do Cesimet e coordenador do evento, o objetivo é integrar pesquisa aplicada e necessidade do produtor. “Estamos apresentando uma seleção de experimentos e resultados-chave desenvolvidos pela Secretaria, após um longo período de interrupção desse tipo de atividade. Este momento simboliza a revitalização do Centro. As tecnologias e ferramentas demonstradas são direcionadas especialmente aos produtores da Campanha”, afirmou.

Fiori reforçou o papel estratégico do Cesimet para a região. “A força da pesquisa aplicada e da inovação está no coração do Pampa. Mais do que um centro de pesquisa, somos um espaço que integra produtores e poder público. Não é apenas um evento técnico, mas um ambiente de troca e construção de conhecimento conectado às tendências atuais”, completou.

Márcio Amaral, diretor-geral da Seapi, destacou a importância de conciliar produtividade e sustentabilidade. “O desafio é trabalhar em uma atividade que precisa aumentar a produtividade sem descuidar da questão ambiental. A pecuária está retomando força na região, e integrar lavoura e pecuária é o caminho ideal”, disse.

Agrometeorologia e planejamento do produtor

Flávio Varone, coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), apresentou dados em tempo real de 102 estações meteorológicas no Estado. O sistema permite ao produtor acessar informações sobre irrigação, umidade do solo e temperatura, tanto pelo site quanto pelo aplicativo gratuito. “Hoje contamos com previsão do tempo e dados agroclimáticos integrados. O produtor gaúcho tem, na tela do celular, informações essenciais para planejar suas atividades”, explicou Varone.

Geovanna Klassen Gielow, estudante de Agronomia da Urcamp, avaliou o aprendizado. “A palestra sobre clima agrometeorológico foi essencial para ver na prática a aplicação do que aprendemos na sala de aula”, comentou.

Rastreabilidade e sanidade animal

O controle de carrapatos foi apresentado pelo pesquisador José Reck Junior, do IPVDF/Seapi. O Rio Grande do Sul mantém testes gratuitos há 40 anos para avaliar a eficácia de carrapaticidas, um diferencial do Estado. “As condições climáticas da região favorecem a proliferação do carrapato durante grande parte do ano, e a resistência aos produtos usados no campo é um desafio constante”, disse.

A identificação biométrica de bovinos foi demonstrada pelo CEO da QR Cattle, Flávio Mallmann. A tecnologia permite rastrear cada animal, registrar sua localização georreferenciada e o tempo de permanência em cada propriedade. “Quando o animal se desloca, o sistema registra automaticamente essa mudança. A plataforma deve estar disponível ao público a partir de janeiro de 2026”, afirmou.

Além disso, o evento abordou nutrição e reprodução de bovinos, reforçando a integração entre pesquisa aplicada e necessidade produtiva da região.

Fonte: O Presente Rural com Seapi
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