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Consumo interno reduzido e exportações de milho elevadas ditam ritmo dos negócios no Brasil

No acumulado de fevereiro, os preços do cereal nos mercados de balcão e de lotes recuaram 0,8% e 0,7%. As médias mensais, por sua vez, registraram quedas de 1,6% e 1,4% frente às de janeiro, na mesma ordem.

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As negociações envolvendo milho estiveram lentas na maior parte de fevereiro, tanto no mercado interno quanto nos portos. A lentidão se deve principalmente à ausência de compradores, que aguardam o andamento da semeadura da segunda safra, que pode ser recorde no Brasil.

Vendedores, por sua vez, priorizaram os trabalhos de campo no mês – ressalta-se que os atrasos da colheita da safra verão e, consequentemente, da semeadura da segunda safra, especialmente no Centro-Oeste, gerou preocupações.

No acumulado de fevereiro (de 31 de janeiro a 28 de fevereiro), os preços do milho nos mercados de balcão (pago ao produtor) e de lotes (negociações entre empresas) recuaram 0,8% e 0,7%. As médias mensais, por sua vez, registraram quedas de 1,6% e 1,4% frente às de janeiro, na mesma ordem.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Especificamente na região consumidora de Campinas (SP), o Indicador Esalq/BM&FBovespa avançou 0,7% entre 31 de janeiro e 28 de fevereiro, fechando a R$ 86,08/saca de 60 quilos no dia 28. Já média mensal do Indicador, de R$ 85,74/sc de 60 kg, é 0,4% menor que a de janeiro e ainda 11% inferior à do mesmo período de 2022.

Portos

Os embarques brasileiros foram intensos em fevereiro, como reflexo de negócios fechados anteriormente, que foram influenciados pela redução da oferta mundial, tendo em vista a menor produção nos Estados Unidos e na Ucrânia e os problemas climáticos na Argentina.

Além disso, o receio quantos aos acordos de exportações pelo Mar Negro manteve a expectativa de embarques nacionais aquecidos e de preços atrativos aos produtores brasileiros.

A Secex aponta que as exportações brasileiras totalizaram 2,27 milhões de toneladas de milho em fevereiro, volume 196% superior ao total embarcado no mesmo mês do ano passado e acima da estimativa da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec ) para o segundo mês de 2023, de 1,9 milhão de toneladas.

Quanto aos preços, em Paranaguá (PR), a média do milho se manteve estável (+0,01%) de 31 de janeiro a 28 de fevereiro, a R$ 90,13/saca de 60 kg.

Estimativas

A semeadura da segunda safra fechou o mês atrasada no Brasil. Assim, novos ajustes ainda podem ser realizados nos próximos meses. Por enquanto, a Conab indica produção nacional de 123 milhões de toneladas, e o USDA, de 125 milhões, respectivas altas de 9% e de 8% em relação à temporada anterior.

Já entre os relatórios de janeiro e fevereiro, a Conab apontou redução na produção da segunda safra, que passou a ser estimada em 94,96 milhões de toneladas, quase 2 milhões de toneladas abaixo da projeção anterior. Isso se deve à queda na produção do Paraná, de Mato Grosso do Sul e da Paraíba.

As estimativas de produção da primeira e da terceira safras foram mantidas entre os relatórios de janeiro e de fevereiro, em 26,46 milhões de toneladas e 2,31 milhões de toneladas, altas de 6% e de 5% em relação à temporada anterior. Assim, a oferta total (das três safras) deve somar 123,74 milhões de toneladas, de acordo com a Conab.

O consumo interno foi reduzido, e as exportações, elevadas, para 79,37 milhões de toneladas e 47 milhões de toneladas, respectivamente.

Em fevereiro, a Conab também atualizou dados de consumo de temporadas anteriores, fazendo com que os estoques finais, em janeiro de 2024, ficassem em oito milhões de toneladas, superior às sete milhões de toneladas no atual início de temporada.

O destaque apontado pelo USDA foram as reduções de cinco milhões de toneladas na produção da Argentina frente às estimativas iniciais e de 2,5 milhões em relação ao ano anterior, agora estimada em 47 milhões de toneladas. Essa diminuição se deve à forte estiagem verificada no país.

Assim, a produção mundial é estimada em 1,15 bilhão de toneladas pelo USDA, 5% inferior à da temporada anterior.

Quanto ao consumo, houve ajustes positivos em relação ao mês anterior apenas para União Europeia e Vietnã, mas quedas na Argentina, Brasil e Canadá.

O consumo mundial está previsto em 1,16 milhões de toneladas. Com isso, os dados do USDA também indicaram estoques mundiais menores que os indicados até janeiro, de 295,27 milhões de toneladas.

Campo

O volume de precipitações elevado em boa parte de fevereiro fez com que os trabalhos de campo fechassem o mês atrasados em relação à temporada anterior.

Segundo dados da Conab do dia 27, 16,7% da área de safra verão foi colhida, atraso de 6,6 p.p. em relação à temporada anterior.

Para a segunda safra, a semeadura em alguns estados do Centro-Oeste deve ser concluída fora da janela considerada ideal, o que aumenta as preocupações com as

Foto:Jaelson Lucas / AEN

adversidades climáticas, como geadas e secas no segundo semestre.

A média nacional da semeadura da segunda safra é de 48,7%, segundo os dados da Conab divulgados no dia 27, atraso de 10,9 p.p. na comparação com 2021/22.

Internacional

Os futuros apresentaram fortes quedas no acumulado de fevereiro, influenciados principalmente pela menor demanda pelo cereal norte-americano e por perspectivas de maior oferta no país na temporada 2023/24.

O USDA também indicou que a área e a produção de milho devem aumentar 2,7% e 9,8% entre a atual safra e a próxima, com produção estimada em 383,16 milhões de toneladas – a segunda maior já registrada no país, conforme o Departamento.

Além disso, as elevadas exportações brasileiras vêm aumentando a concorrência com o milho norte-americano. O USDA indica que o Brasil deve exportar em 2022/23 os mesmos 51 milhões de toneladas dos Estados Unidos, que, até então, se destacavam como o maior exportador mundial.

Neste contexto, o contrato de março de 2022 recuou fortes 7,4% em fevereiro, fechando a US$ 6,295/bushel (US$ 247,82/t) no dia 28.

Os vencimentos de maio e julho de  2022 caíram 6,97% e 6,46%, nesta ordem, fechando a US$ 6,3025/bushel (US$ 248,11/t) e US$ 6,2225/bushel (US$ 244,96/t).

Fonte: Assessoria Cepea

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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