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Bovinos / Grãos / Máquinas

Consultoria eleva projeção da safra de soja 2013/14

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A Agroconsult revisou ontem (14) sua estimativa da safra brasileira de soja em 2013/14 para 91,6 milhões de toneladas, acima das 90,8 milhões de toneladas previstas anteriormente. A projeção da consultoria leva em conta o cultivo de 29,7 milhões de hectares, uma área 7% maior que a semeada em 2012/13.
Levantamento preliminar feito pela Agroconsult antes do início Rally do Safra 2014 mostra que 58% das lavouras de soja estavam em fase de floração ou enchimento de grão até o fim de dezembro, ante 43% em 2012 e 30% em 2011. "Isso é um claro indicador da antecipação do plantio neste ciclo", observa André Pessôa, sócio-diretor da consultoria.
Segundo ele, choveu mais cedo nessa safra e o investimento em maquinários modernos permite ao produtor plantar mais rápido. "Antes ele tinha que espaçar mais o plantio para escalonar a colheita, mas agora há um interesse cada vez maior em fazer duas safras", afirma Pessôa. Ele estima que 40% da área total destinada à oleaginosa tenha sido semeada com variedades de soja de ciclo precoce, o que possivelmente antecipará o pico da colheita para meados de fevereiro.
Safrinha
A consultoria prevê que a safrinha de milho ocupará 9,2 milhões de hectares em 2014, 2% mais que os nove milhões de hectares cultivados em 2013. A Agroconsult projeta a segunda safra do cereal em 44,1 milhões de toneladas, 7% menor que as 47,4 milhões de toneladas colhidas no ano passado. Já a produção de verão é estimada em 32,1 milhões de toneladas, uma queda de 8% ante as 34,8 milhões de toneladas de 2012/13.
O sócio-diretor da Agroconsult, André Pessôa, afirmou que os preços internacionais da soja devem permanecer no intervalo de US$ 12 a US$ 12,50 o bushel durante a colheita brasileira. Ele observou que possíveis ganhos de produtividade no ciclo 2013/14 podem limitar o impacto do aumento dos custos de produção na renda do agricultor.
Pessôa ressaltou que a comercialização da safra brasileira de soja está dentro da média histórica, mas bem abaixo do ritmo recorde observado em 2012/13. "Mato Grosso entrou o mês janeiro com pouco mais de 50% da produção negociada, ante 70% na temporada passada", disse o sócio-diretor, durante entrevista coletiva de imprensa para lançamento do Rally da Safra 2014. A tradicional expedição promovida pela consultoria terá este ano oito equipes e percorrerá cerca de 40 mil quilômetros de lavouras de soja e 25 mil quilômetros de áreas de milho entre os meses de janeiro e junho.
Milho
Para o milho, ele citou duas situações distintas de preço. Para a safra verão, Pessôa projetou cotações na faixa de US$ 4,50 o bushel. "Com o câmbio atual, o produtor ainda terá uma margem positiva, embora muito menor do que a do ano passado", revelou. No caso da safrinha de milho, o sócio-diretor da Agroconsult considera a possibilidade de preços abaixo do valor mínimo, o que demandará ações de apoio à comercialização por parte do governo mais cedo. "A segunda safra já começou sendo comercializada a preços mais baixos e já houve reflexo no nível da tecnologia empregada na lavoura. As sementes de médio investimento acabaram rapidamente", afirmou.

Fonte: Estadão

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Declaração de Rebanho 2024 começa nesta segunda-feira no Rio Grande do Sul; saiba como fazer

Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Prazo encerra em 14 de junho.

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Foto: Alf Ribeiro

A Declaração de Rebanho é uma obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. “Além do atendimento à legislação vigente, os dados nos dão embasamento para que tenhamos uma radiografia da distribuição das populações animais, das faixas etárias. Com isso, podemos ser mais assertivos em nossas políticas públicas de saúde animal”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi) do Rio Grande do Sul, Rosane Collares.

Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Um tutorial ensinando a realizar o preenchimento pode ser consultado aqui. Caso prefira, o produtor também pode fazer o preenchimento nos formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária, com auxílio dos servidores da Seapi e assinando digitalmente com sua senha do Produtor Online.

A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, abelhas, entre outros.

No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros.

Em 2023, a declaração teve adesão de 84,19%, índice que se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores. O prazo  encerra em 14 de junho.

Fonte: Assessoria Seapi
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Governo do Paraná aumenta tributo de produtos lácteos importados

Desde 08 de abril, leite em pó e queijo muçarela de outros países estão pagando 7% de ICMS.

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Foto: Albari Rosa

Após o pedido da Faep, o Governo do Paraná encampou duas medidas que devem ter impacto direto na competitividade do leite paranaense, que vem sofrendo com a importação recordes de produtos lácteos do Mercosul desde 2022. A primeira medida é o Decreto 5.396/2024, que altera o tratamento tributário para importação de leite em pó e queijo muçarela. A outra ação é um Projeto de Lei encaminhado à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para alterar a legislação tributária da importação desses produtos. As medidas atendem parcialmente o ofício enviado pela FAEP, no dia 2 de abril, pedindo ações urgentes de apoio à pecuária leiteira estadual.

Foto: Divulgação/Faep

“Essas medidas trazem um pouco de alento para o nosso produtor de leite, mas ainda precisamos buscar mais ações em prol da cadeia produtiva, que gera renda e empregos nos 399 municípios do Paraná”, destaca Ágide Meneguette, presidente do Sistema Faep/Senar-PR

Em relação ao Decreto 5.396/2024, até então, o leite em pó e queijo muçarela entravam no Paraná com isenção total de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Com a medida, esses produtos passam a pagar 7% de ICMS. Além disso, as indústrias, as maiores importadoras destes insumos, perdem o benefício de crédito presumido de 4% do ICMS. A medida está valendo desde 8 de abril.

Sobre o Projeto de Lei, caso ocorra a aprovação da proposta, as mudanças trazidas no Decreto 5.396/202 passam a ser definitivas. Conforma consta na proposta, encaminhada a Alep, a medida visa “evitar o encerramento da produção de leite e queijo em milhares de unidades produtivas paranaenses, o que geraria substancial impacto social e econômico local, promovendo, assim, o reequilíbrio da oferta dos referidos produtos no Paraná, bem como a proteção da produção nacional”.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Defesa do produtor
O Paraná é o segundo maior produtor de leite do país com uma produção de 4,4 bilhões de litros por ano. Porém, sem aumento no consumo doméstico e com custo de produção superior ao dos países vizinhos, a produção estadual permanece nos mesmos patamares desde 2014. Isso porque, com a entrada maciça de produtos lácteos dos países do Mercosul, principalmente da Argentina e do Uruguai, houve um desequilíbrio das contas dos pecuaristas paranaenses. “É nosso papel proteger essa cadeia para não perder todo o trabalho que levamos décadas para ser construído e que envolve capacitação técnica, investimento em tecnologia, genética e melhoria na qualidade do nosso produto”, argumenta Meneguette.

A Faep vem atuando para proteger os produtores paranaenses desde o início da crise. No ofício encaminhado ao governo no início de abril, a Federação solicitava, entre outras medidas, a suspensão das importações do Mercosul e adoção de medidas compensatórias ou salvaguardas imediatas; renegociação de dívidas vencidas e vincendas de todos os produtores de leite, incluindo o custeio; inserção permanente do leite nos programas sociais dos governos federal e estadual – inserção do leite no PAA e PNAE e a garantia de que os benefícios concedidos às beneficiadoras sejam repassados aos produtores, não apenas para as indústrias.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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Bovinos / Grãos / Máquinas Durante ExpoLondrina

Governo do Paraná apresenta novas medidas de apoio aos produtores de leite

Estado é o segundo maior produtor de leite do Brasil, com 4,4 bilhões de litros ao ano. O leite é o quarto produto que mais gera valor no campo. O Governo anunciou duas medidas nesta semana para conter a importação de leite em pó e mussarela.

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O Governo do Paraná, em parceria com entidades do setor privado, está articulando soluções para a crise da bovinocultura leiteira. O assunto foi debatido na última quinta-feira (11) durante a ExpoLondrina, no 3º Seminário Estadual da Produção Sustentável do Leite.

Secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara: “Se não quisermos perder gente, precisamos articular estratégias para manter esse produtor” – Fotos: Gisele Barão/ E-Paraná Comunicação

Uma das maiores preocupações dos produtores no momento é a concorrência diante da importação de leite de países do Mercosul. Segundo o Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária, que acompanha o comércio de produtos agropecuários, o Paraná importou 6,5 mil toneladas de leite em pó no ano passado a um custo de US$ 24,6 milhões.

Do total, 2,8 mil toneladas vieram da Argentina, custando US$ 10,9 milhões, o mesmo volume do Uruguai, por US$ 10,8 milhões, e as outras 800 toneladas tiveram origem no Paraguai, a um custo de US$ 2,8 milhões. O volume representa aumento de 183% em relação às 2,3 mil toneladas importadas em 2022, que custaram US$ 9,2 milhões. De 2021 (682 toneladas) para 2022, o salto já tinha sido bastante considerável (237%), ao custo de US$ 2,3 milhões. Nos dois primeiros meses de 2024 o Paraná importou 250 toneladas, pagando US$ 799 mil.

Nesse sentido, o Estado já anunciou duas medidas para conter o problema. A primeira decisão foi a publicação do Decreto 5.396/2024, que altera o tratamento tributário na importação dos dois produtos. Além disso, o Governo encaminhou à Assembleia Legislativa projeto de lei para alterar a legislação do ICMS (Lei Estadual 13.212/2001) da importação do leite em pó e do queijo mussarela.

Secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara: “Precisamos dosar custos para sustentar ou sobreviver em momentos delicados como foi o ano passado, com preços muito baixos”

A importação de insumos utilizados em processos produtivos atualmente ocorre com suspensão total de ICMS. Com as mudanças, os dois produtos passam a ter taxação. Dessa maneira, tanto o leite em pó quanto o queijo importados passam a pagar a alíquota de 7% – valor mínimo de cobrança do imposto, já que ambos os produtos fazem parte da cesta básica e, por isso, não podem ser taxados na alíquota cheia de 19,5%.

No Paraná, os maiores importadores dos dois produtos são as indústrias, para quem passa a valer a regra. Com o decreto, esses dois lácteos também perdem o direito ao benefício do crédito presumido de 4% de ICMS, ferramenta de incentivo fiscal que permite abater o imposto de outros créditos.

Segmento

Na abertura do seminário, o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que o Paraná é o segundo maior produtor de leite do Brasil, com 4,4 bilhões de litros ao ano. O leite é o quarto produto que mais gera valor no campo no Estado. Em 2022 a produção rendeu R$ 11,4 bilhões.

De acordo com ele, desde o ano passado as entidades e o Governo do Paraná e de outros estados buscam decisões por parte do governo federal para colaborar na retomada do setor. “Se não quisermos perder gente, precisamos articular estratégias para manter esse produtor. Também precisamos dosar custos para sustentar ou sobreviver em momentos delicados como foi o ano passado, com preços muito baixos. A nossa saída é jogar leite para o mundo, de forma competitiva”, disse.

Outra estratégia importante, segundo o secretário, é fortalecer o sistema de inspeção, para que pequenas agroindústrias possam alcançar um público maior, como possibilita o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf/PR).

Secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara: “A nossa saída é jogar leite para o mundo, de forma competitiva”

O presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ronei Volpi, disse que o Estado tem muitos desafios, mas já conquistou muita coisa. “Somos praticamente autossuficientes na produção e no futuro seremos exportadores como somos de outras cadeias”, disse.

Para o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Marcelo Janene El-Kadre, a realidade do segmento leiteiro é complexa. “Mas acreditamos em ações como essas, em nos reunirmos para discutir a realidade atual. Eu acredito que vai melhorar, acredito nos nossos gestores, que estão preocupados com a situação do leite”, afirmou.

Levantamento

O Paraná tem aproximadamente 87 mil produtores de leite, sendo 57 mil comerciais. Entre as iniciativas, o IDR-Paraná realizou um levantamento com 1.517 produtores para fazer a caracterização socioeconômica e tecnológica dos estabelecimentos leiteiros. Os dados preliminares sobre a mesorregião Norte do Paraná, que teve a participação de 142 produtores, foram apresentados durante o Seminário pelo engenheiro agrônomo Tiago Pellini.

De acordo com ele, os resultados poderão orientar os trabalhos de extensão e aplicação mais precisa de políticas públicas para o setor. “A pesquisa mostra algumas diferenças regionais. No Norte, há diferenças, por exemplo, na destinação da produção comparativamente à média do Estado, onde as cooperativas têm uma participação um pouco maior, então há muitos laticínios privados, queijarias, entre outros”, disse.

“Nós quisemos mostrar os resultados localmente para que o pessoal pudesse se enxergar na pesquisa, também trouxemos alguns dados estaduais sobre as perceptivas da produção de leite e a sucessão familiar, que é uma preocupação em todas as regiões, já que a idade média do responsável pelo estabelecimento é de mais de 50 anos, e com mais de 20 anos de atuação”, explicou.

Os resultados completos serão apresentados oficialmente em um evento que será agendado para os próximos meses.

Secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara destacou que o Paraná é o segundo maior produtor de leite do Brasil, com 4,4 bilhões de litros ao ano

Além disso, o IDR-Paraná tem desenvolvido ferramentas tecnológicas para auxiliar a produção sustentável de leite no Estado, segundo a presidente em exercício da instituição, Vânia Cirino. “Quero ressaltar o trabalho que a pesquisa e a extensão rural têm feito na cadeia produtiva do leite. Se hoje conquistamos essa produção importante no cenário nacional, devemos muito à assistência técnica, seja pública ou privada, que tem melhorado nosso índice produtivo”, complementou.

Evento

O 3 º Seminário Estadual de Produção Sustentável de Leite foi promovido pelo Sistema Estadual de Agricultura (Seagri), Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pela Sociedade Rural do Paraná. Mais debates com produtores e entidades devem acontecem em Francisco Beltrão na próxima terça-feira (16), no Encontro de Produtores de Leite.

Fonte: AEN-PR
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