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Consórcios da Bahia recebem orientações para adesão ao SISBI-POA
Foi entregue certificação de reconhecimento de equivalência ao SISBI-POA para o Consisal, o primeiro consórcio do Nordeste a receber o título.
Gestores públicos, veterinários e técnicos agrícolas participaram, em Feira de Santana (BA), nessa terça-feira (29) do Workshop – Adesão dos consórcios intermunicipais ao SISBI-POA: abrindo as portas da formalização para as agroindústrias. Promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o evento buscou orientar representantes de 28 Consórcios Intermunicipais da Bahia sobre os procedimentos necessários para a adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA) e como a rede de parceiros do Agronordeste pode contribuir no processo.
Houve, ainda, a entrega do Título de Reconhecimento de Equivalência ao SISBI-POA ao Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sisal (CONSISAL), o primeiro consórcio da Bahia e do Nordeste a receber a certificação. A certificação possibilita o aperfeiçoamento na gestão das agroindústrias, impactando significativamente na qualidade dos produtos, na ampliação da comercialização para todo o território nacional e na renda do produtor rural
Para o representante do Departamento de Suporte e Normas do Mapa), Plínio Leite Lopes, a certificação do Consisal é um marco para a Região Nordeste. “É o ponto de partida para ampliarmos essas adesões e, com isso, proporcionar ambiente de negócios mais favoráveis e amplos, trazendo renda, empregos e mais qualidade na gestão e na produção, fazendo com que os produtos dessa região ganhem todo território nacional”.
A criadora de galinha poedeira, Edna Maria Jesus de Souza, é umas das beneficiadas com a certificação do Consisal. Proprietária de agroindústria no município de Serrinha, ela conta que, a partir do consórcio, iniciou um trabalho de reestruturação e adequação da granja, possibilitando o acesso ao Selo de Inspeção Municipal (SIM) e agora ao SISBI, ampliando a comercialização para mais de três mil ovos por mês. “Agora teremos acesso a novos mercados. Estamos com projeto de ampliação da granja para conseguir atender a demanda que virá de outras cidades dentro do estado e até de outros estados. Chegar até aqui demandou muito esforço e conhecimento. Foi um trabalho árduo, mas compensador”, disse Edna Souza.
O Superintendente Federal Substituto de Agricultura na Bahia, Cássio Ramos Peixoto, ressaltou a importância do evento. “É de suma importância poder reunir os consórcios da Bahia e parceiros para discutir, sobretudo, as possibilidades de ampliação de mercado e de geração de renda. Isso, para um estado com tantas necessidades, como a Bahia, é um divisor de águas muito grande”.
O diretor técnico do AgroNordeste, Paulo Melo, colocou à disposição dos consorciados a utilização da extensa rede de parceiros já estabelecida pelo Plano AgroNordeste na Bahia. “Trabalhamos em parceria com diversos atores da administração pública e também do setor privado e entendemos que essas alianças podem auxiliar os consórcios em que participam municípios atendidos pelo AgroNordeste, não só na obtenção dos certificados de adesão ao SISBI, mas também na estruturação das agroindústrias e nos processos de gestão e comercialização”, afirmou.
Para o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária da Bahia, Humberto Miranda Oliveira, esse é o momento “onde cada entidade se compromete com a sua missão e com seu engajamento com o programa. Momento para unirmos Governo Federal, estado, municípios e nós das entidades privadas, como Sebrae, Senar e outros parceiros envolvidos, para auxiliar os demais consórcios que queiram buscar sua certificação”.
Participaram, ainda, representantes do Sesc/BA, Sebrae/BA, Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-BA), Banco do Nordeste (BNB), Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e Federação dos Consórcios Públicos da Bahia (FEC/BA).
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020
Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.
Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.
O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.