Suínos Recorde de produtividade
Conheça os ganhadores da 17ª edição do Melhores da Suinocultura Agriness
Após dois anos, o recorde de produtividade voltou para o Brasil, com os 42,80 DFA alcançados pela Fazenda Cinco Estrelas, do produtor Ricardo Santos Bartholo, de Patrocínio (MG).

Os ganhadores da 17ª edição do Prêmio Melhores da Suinocultura Agriness foram conhecidos na noite de quinta-feira (08), em cerimônia realizada no Agriness Next, em Balneário Camboriú (SC), e transmitida no YouTube.
Nesta edição, o maior projeto de benchmarking da suinocultura passou a contar também com os dados da China, que ganhou um campeonato próprio; assim, a 17ª edição teve a participação de 2.621 granjas e 2.351.271 matrizes de 25 países da América Latina, da Europa e da Ásia.
Com o tema “A suinocultura na era da inteligência”, o Melhores reforça a importância da união do humano com a tecnologia para alcançar níveis mais altos de produtividade e excelência.
A edição também foi marcada pelo recorde de produtividade de 42,80 DFA alcançado pela Fazendo Cinco Estrelas, do produtor Ricardo Santos Bartholo, de Patrocínio (MG). Essa é a terceira vez que a propriedade conquista o Troféu Reynaldo Migliavacca.
O Melhores da Suinocultura Agrines é idealizado e realizado pela Agriness e, em 2025, conta com o apoio das empresas: American Nutrients, Suinorte, Zoetis e ZooProfit na premiação Brasil, e Provimi na premiação Colômbia.
Conheça os ganhadores
Brasil
Produtor Evolução
- Leitão Pérola: Granja Pequito – Antonio Pequito Tavares (Rio Verde/GO) – de 29,99 para 35,98 desmamados/fêmea/ano
Até 300 matrizes
- Leitão de Ouro: Granja Everaldo Klein – Everaldo Klein (Salgado Filho/PR) – 36,41 DFA
- Leitão de Prata: Granja Zc – Mateus Luiz Zatta Caron (Xavantina/SC) – 35,26 DFA Leitão de Bronze: Granja Luizetto – Paulo Ricardo Zanella (Gaurama/RS) – 34,98 DFA

301 a 500 matrizes
- Leitão de Ouro: Fazenda Cinco Estrelas – Ricardo Santos Bartholo (Patrocínio/MG) – 42,80 DFA
- Leitão de Prata: Granja Persch – Ismael Persch (Cunhataí/SC) – 37,46 DFA
- Leitão de Bronze: Granja Perondi – Claudemir Perondi (Guaraciaba/SC) 37,26 DFA

501 a 1000 matrizes
- Leitão de Ouro: Fazenda Várzea do Pau D’Alho – Joaquim Campos Pereira (Lima Duarte/MG) – 37,63 DFA
- Leitão de Prata: Fazenda Maniçoba – Rodrigo de Abreu Vianna e Outros – (Pará de Minas/MG) – 37,18 DFA
- Leitão de Bronze: Suinorte – Luiz Schlickmann Meurer (Braço do Norte/SC) – 37,15 DFA

1001 a 3000 matrizes
- Leitão de Ouro: Pôr do Sol II – Flávio José de Abreu David (Martinho Campos/MG) – 38,32 DFA
- Leitão de Prata: Granja Capivari – A.G. Agro (Bom Despacho/MG) – 37,63 DFA
- Leitão de Bronze: Granja Camari UND III – José Camilo Mendonça (Cristais Paulistas/SP) – 37,52 DFA

Mais de 3000 matrizes
- Leitão de Ouro: Granja Becker – Milton Becker (Quatro Pontes/PR) – 36,69 DFA
- Leitão de Prata: Fazenda Jacaré – Tito Garavini Soares e Outros (Ponte Nova/MG) – 34,91 DFA
- Leitão de Bronze: Granja Vista Alegre – Granja Própria Seara/JBS (Frederico Westphalen/RS) – 34,47 DFA

Argentina
Produtor Evolução
- Leitão Pérola: Las Chilcas S.A – Establecimiento Las Chilcas S.A (Rayo Cartado/CBA) – de 29,74 para 33,66 desmamados/fêmea/ano
- Leitão de Ouro: Las dos Emilias – RE Hermanos SRL (Chivilcoy/B.A) – 41,91 DFA
- Leitão de Prata: Granja Fumisem – Fumisem SA (Villa Cañás/S.F) – 39,23 DFA
- Leitão de Bronze: Establecimiento Porcal – Grupo dos Ríos (Despeñaderos/CBA) – 38,92 DFA

Colômbia
Produtor Evolução
- Leitão Pérola: Granja Lomitas – Jamones del Huila S.A (Garzon/HUI) – de 35,22 para 40,07 desmamados/fêmea/ano
- Leitão de Ouro: Granja Lomitas – Jamones del Huila S.A (Garzon/HUI) – 40,07 DFA
- Leitão de Prata: La Capadocia – La Capadocia Ltda (Pensilvania/CAL) – 37,25 DFA
- Leitão de Bronze: Granja San Fernando – Inversiones SOGA S.A (Caldas/ANT) 35,82 DFA

Outros Países
Produtor Evolução
- Leitão Pérola: Terranova – Hugo Roca Montenegro (Bolívia) – de 27,62 para 31,80 desmamados/fêmea/ano.
- Leitão de Ouro: Santa Patricia Sede – Pisco – Negociación Pecuaria Santa Patricia S.A (Peru) 36,74 DFA
- Leitão de Prata: Granja San Bernardo – Granja San Bernardo S.A (Paraguai) – 35,93 DFA
- Leitão de Bronze: Agropecuária San Luis – Walter Luiz Haas (Paraguai) 35,35 DFA


Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



