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Conheça o passo a passo para o correto manejo de frango nos primeiros dias

O manejo inicial em frangos de corte deve ser responsável por proporcionar às aves o ambiente e as condições de cria corretas, que atendam a todas as suas exigências nutricionais e fisiológicas

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Artigo escrito por Rodrigo Tedesco, supervisor Regional de Serviços Técnicos da Aviagen

O manejo inicial em frangos de corte deve ser responsável por proporcionar às aves o ambiente e as condições de cria corretas, que atendam a todas as suas exigências nutricionais e fisiológicas. Assim se promove o desenvolvimento precoce de um comportamento alimentar e de consumo de água, conseguindo-se, assim, otimizar o desenvolvimento dos intestinos, órgãos e esqueleto para apoiar o ganho de peso corporal durante todo o período de crescimento.

Os lotes em que alguns pintinhos não começam a se alimentar em 1, 2 ou 3 dias serão desiguais e o peso médio do lote no abate cairá significativamente. As deficiências no início do manejo ou no ambiente inicial trarão perdas irreparáveis para os resultados correntes e finais do lote.

Como meta, se todo o lote tiver enfrentado bem a transição da incubadora para o aviário de frangos de corte, e presumindo-se que não haja fatores ambientais ou nutricionais impedindo o crescimento, o peso corporal de 7 dias deve ser pelo menos 4 vezes maior do que o de um pintinho de um dia.

Os pintinhos não conseguem regular a própria temperatura corporal antes dos 12-14 dias de vida. A temperatura corporal considerada ideal deve ser alcançada dispondo-se de uma ótima temperatura ambiental. A temperatura de cama, quando do alojamento dos pintinhos, é tão importante quanto a do ar, de modo que o pré-aquecimento do aviário é essencial.

Os galpões devem ser pré-aquecidos por no mínimo 12-24 horas antes da chegada dos pintinhos. A temperatura e a umidade relativa (UR) devem ser estabilizadas nos valores recomendados para garantir um ambiente confortável para os pintinhos na chegada. Pode ser necessário pré-aquecer o aviário com mais de 24 horas de antecedência da chegada dos pintinhos para que a estrutura interna do aviário realmente se aqueça. As condições ambientais recomendadas no momento do alojamento são as seguintes: temperatura do ar: 30°C; temperatura da cama: 28-30°C e UR: 60-70%.

Antes da chegada dos pintinhos, o material da cama deve ser espalhado em uma espessura de pelo menos 5 a 10 cm. O não nivelamento da cama pode restringir o acesso à ração e à água, levando à perda de uniformidade do lote.

Água fresca e limpa tem de estar à disposição das aves o tempo todo, com pontos de acesso a uma altura apropriada. Deve-se considerar a relação de 12 aves por “bico de nipple” e bebedouros pendulares com no mínimo 6 bebedouros para cada 1.000 pintinhos. Deve-se fornecer água em temperatura adequada aos pintinhos.

A ração pode ser fornecida como ração triturada ou mini-peletizada, sem pó, em comedouros infantis (1 para cada 100 pintinhos), em comedouros adultos automático ou manual (1 para cada 60 pintinhos), e deve-se utilizar a prática de arraçoamento no papel (ocupando pelo menos 80% da área de criação). No momento do alojamento, os pintinhos devem ser colocados diretamente sobre o papel, de modo que encontrem a ração imediatamente. Se o papel não se desmanchar naturalmente, deve ser retirado do alojamento depois de 3 dias.

A umidade relativa (UR) na incubadora ao final do processo de incubação será alta (aproximadamente 80%). Para limitar o impacto para os pintinhos, quando são transferidos da incubadora, os níveis de UR nos 3 primeiros dias após o alojamento deve ser de 60-70%. Os pintinhos mantidos com os níveis de umidade certos são menos propensos à desidratação e, em geral, têm um rendimento inicial melhor, mais uniforme.

A temperatura que o animal sente depende da temperatura de bulbo seco e da UR. Todos os animais perdem calor com a evaporação de umidade pelo trato respiratório e através da pele. Com nível de UR mais alto, a perda por evaporação é menor, fazendo subir a temperatura aparente dos pintinhos (a temperatura sentida por eles) a uma determinada temperatura de bulbo seco. O baixo nível de UR reduzirá a temperatura aparente, de modo que, com esse nível, a temperatura de bulbo seco terá de ser elevada para compensar.

Em todos os estágios, o comportamento dos pintinhos deve ser monitorado para garantir que estejam com a temperatura adequada. Se o comportamento das aves mostrar que estão com muito frio ou calor, a temperatura do aviário deve ser ajustada de maneira compatível.

É necessária ventilação sem correntes de ar durante a fase inicial de criação a fim de: manter as temperaturas e a UR no nível certo e ainda possibilitar circulação de ar suficiente para evitar o acúmulo de gases nocivos, tais como o monóxido de carbono (dos aquecedores a óleo/gás, dentro dos aviários), dióxido de carbono e amônia.

Uma boa prática consiste em estabelecer uma taxa de ventilação mínima desde o primeiro dia, assegurando suprimento de ar fresco para os pintinhos em intervalos regulares. Podem ser usados ventiladores de circulação interna para manter uniforme a qualidade do ar e a temperatura ao nível dos pintinhos.

Os pintinhos novos são propensos a sofrer os efeitos do vento frio e, por isso, a velocidade real do ar no piso deve ser inferior a 0.15 metros por segundo ou a mais baixa possível. A temperatura e a UR devem ser monitoradas frequente e regularmente: pelo menos duas vezes por dia nos primeiros 5 dias; e diariamente, daí em diante. Devem ser colocados sensores de temperatura e umidade para sistemas automáticos ao nível dos pintinhos, a uma altura de no máximo 30 cm do piso. Eles devem ser colocados em dois pontos igualmente distantes dentro de cada aviário, fora da linha direta do sistema de calefação, para evitar medições inexatas.

Devem ser usados termômetros convencionais para cruzar referências de exatidão dos sensores eletrônicos que controlam os sistemas automáticos. Os sensores automáticos devem ser calibrados pelo menos uma vez a cada novo lote.

A temperatura e a umidade devem ser monitoradas regularmente, embora o melhor meio de verificar se as condições de criação estão certas seja a observação frequente e cuidadosa do comportamento dos pintinhos. Em geral, se eles se espalham uniformemente por toda a área de criação, é sinal de que o ambiente é confortável, não havendo necessidade de ajuste da temperatura e/ou da umidade relativa.

Se os pintinhos se juntarem sob os aquecedores ou dentro da área de criação, é sinal de que estão com muito frio e/ou que a umidade relativa deve ser mais alta.

Avaliar o enchimento do papo em ocasiões-chave após o alojamento dos pintinhos no aviário é uma boa maneira de determinar seu desenvolvimento de apetite e verificar se todos eles encontraram a ração e a água. O enchimento do papo deve ser monitorado durante as primeiras 48 horas, embora as primeiras 24 horas após o alojamento sejam as mais importantes. Para tanto, devem ser colhidas amostras de 30-40 pintinhos, em 3 ou 4 lugares diferentes do aviário. O papo de cada pintinho deve ser palpado delicadamente. Naqueles que encontraram alimento e água, o papo estará cheio, macio e redondo. Se o papo estiver cheio, mas ainda for possível notar a textura original da ração triturada, a ave ainda não consumiu água suficiente. O padrão de enchimento de papo 4 horas após a entrega é de 80% e, em 24 horas após a entrega, de 95-100%.

Em relação ao programa de luz que deve ser utilizado, recomenda-se que durante os primeiros 7 dias deve-se proporcionar 23 horas de iluminação com intensidade de 30-40 lux e uma hora de escuridão (com menos de 0.4 lux) para auxiliar os pintinhos a se adaptarem ao novo ambiente – e assim estimular a ingestão de ração e água.

Conforme demonstrado neste artigo, é fundamental ter atenção aos fatores acima abordados, através de um manejo adequado, para evitar perdas e resultados negativos durante e ao término da vida do lote, garantindo, assim, a obtenção de excelentes resultados zootécnicos.

 

Mais informações você encontra na edição de Aves de junho/julho de 2016 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Avicultura Em Porto Alegre

Asgav promove evento sobre prevenção de incêndios nas indústrias

Encontro contou com especialistas do Corpo de Bombeiros.

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Presidente Executivo da O.A.RS, José Eduardo dos Santos - Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Na última terça-feira (19), a Asgav realizou um importante evento via web, onde participaram integrantes das indústrias de aves e suínos de diversos estados do Brasil, com mais de 150 participantes inscritos.

O evento abordou o tema “Prevenção de Incêndios: Regras e Práticas de Prevenção na Indústria” e contou com uma palestra especial do Tenente Coronel Éderson Fioravante Lunardi do Corpo de Bombeiros e Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul.

A inciativa da Asgav também contou com apoio da ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal, propiciando a participação de indústrias e cooperativas de aves e suínos de diversos estados do Brasil.

“Nos últimos anos, temos registrado diversos incêndios em indústrias do setor e buscar informações atualizadas com especialistas, discutir leis e procedimentos e a troca de informações entre diversas indústrias do setor também é uma forma de intensificar a prevenção”, comentou José Eduardo dos Santos – Presidente Executivo da O.A.RS (Asgav/Sipargs).

Na apresentação do representante do corpo e bombeiros foram abordados alguns registros de incêndios em outros países e no Brasil, as causas, falhas e fatores que propiciaram os sinistros.

As regras e leis dos programas de prevenção contra incêndios também foram amplamente abordadas e dialogadas com os participantes.

Segundo o representante da Asgav, o tema também será objeto de encontros presenciais e troca de informações entre estados, principalmente na área de Segurança e Saúde do Trabalho, contado com a participação dos especialistas do corpo de bombeiros.

Fonte: Assessoria Asgav e Sipargs
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Avicultura

Conbrasfran 2024 começa nesta segunda-feira (25), com governador em exercício do Rio Grande do Sul Gabriel Souza e outras autoridades

Na palestra de abertura, Souza vai discutir os desafios deste ano, medidas de enfrentamento e a superação.

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Governador em exercício do Estado do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza - Fotos: Divulgação/Asgav

A cidade de Gramado, na serra gaúcha, vai sediar a Conbrasfran 2024, a Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango, evento promovido pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). O encontro, que acontece a partir de segunda-feira, dia 25, vai reunir líderes políticos, empresariais e investidores de destaque de todo o país para debater oportunidades e desafios da cadeia produtiva e suas perspectivas para 2025 e além.

A Asgav propõe que durante três dias Gramado seja a sede da avicultura brasileira, afirma o presidente Executivo da Asgav e organizador do evento, José Eduardo dos Santos. “Porque todas as atenções estarão voltadas para a Conbrasfran 2024, evento de expressão que vai acontecer no Hotel Master. Lá vamos reunir empresas do setor, agroindústrias, órgãos oficiais e líderes de diversos segmentos da cadeia produtiva”, disse Santos.

Entre os nomes confirmados, estão o governador em exercício do Estado do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, que vai abrir a programação, a partir das 18h30, com um debate sobre os desafios enfrentados pelo estado neste ano e a superação durante a palestra O desafio que a natureza nos trouxe: Como estamos superando, como evoluímos e os caminhos para o fortalecimento. Após a palestra de abertura, haverá um coquetel de boas-vindas aos participantes.

A programação da Conbrasfran segue nos dias 26 e 27 com programações técnicas no período da manhã, tratando temas como a reforma tributária e seus impactos na avicultura, estratégias para uma produção mais sustentável, nutrição e saúde animal, os desafios de logística e seus impactos na atividade e estratégias comerciais para a carne de frango, entre outros temas. No período da tarde, debates conjunturais tomarão conta da programação com análises exclusivas e discussões sobre o ambiente de negócios no Brasil e no exterior.

Outras informações sobre a Conbrasfran 2024 podem ser encontradas no site do evento, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Asgav
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Avicultura

Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas

Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.

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Foto: Freepik

O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.

Fotos: Divulgação/MFA

Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.

Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.

Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.

O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.

Destaques

A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.

O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.

De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.

“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.

Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.

“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.

Metodologia

A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.

Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.

Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.

Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.

Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.

Fonte: Assessoria MFA
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