Suínos
Conheça as tendências que vão guiar a suinocultura em 2025
Essas perspectivas refletem a convergência entre tecnologia, sustentabilidade e personalização, que moldarão o mercado ao longo deste ano.

Saber quais são as tendências que irão guiar os setores do varejo, agronegócio, suinocultura, marketing, além de consumo e redes sociais, é fundamental para a tomada de decisões nos negócios, e por isso a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), traz todos os anos um compilado das principais tendências de importância mundial, para que a suinocultura brasileira esteja preparada para as transformações significativas impulsionadas por avanços tecnológicos, mudanças no comportamento do consumidor e uma crescente preocupação com a sustentabilidade que guiarão o ano de 2025.
Varejo
O varejo é um importante aliado na cadeia da suinocultura, pois conecta produtores, produto e consumidores, para este setor é esperado uma hiperpersonalização e fortalecimento da inteligência artificial (IA). De acordo com a Kantar, o uso de IA permitirá experiências de compra altamente personalizadas, com recomendações de produtos e serviços adaptados às preferências individuais dos consumidores.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR
Também é apontado uma expansão de mercados autônomos, com lojas sem atendentes, que oferecem conveniência e rapidez, atendendo à demanda por experiências de compra mais ágeis. Sobre sustentabilidade e transparência, os consumidores exigirão práticas sustentáveis e transparência das marcas, valorizando empresas comprometidas com o impacto ambiental e social.
Agronegócio e Suinocultura
Os temas nesse segmento serão agricultura 5.0, com integração de tecnologias avançadas, como IA, drones e sensores, para aumentar a eficiência e a sustentabilidade no campo, permitindo decisões mais precisas e gestão otimizada. Sustentabilidade e economia de carbono, com destaque para práticas agrícolas sustentáveis e a produção de créditos de carbono, alinhando-se às demandas por produtos com menor impacto ambiental. E para finalizar, rastreabilidade e blockchain: a adoção de tecnologias de rastreabilidade, como o blockchain, garantirá a autenticidade dos produtos e atenderá às exigências de mercados internacionais por transparência na cadeia produtiva.
Marketing e Consumo
Consumo Intencional é a bola da vez, consumidores buscarão produtos que ofereçam valor real, sejam sustentáveis e inovadores, tornando-se mais seletivos em suas escolhas. Omnicanalidade segue sendo importante, a integração entre experiências de compra online e offline será essencial, oferecendo jornadas de compra fluídas e personalizadas. E economia circular: modelos de negócios que promovam a reutilização e reciclagem de produtos serão valorizados, atendendo à crescente demanda por práticas de consumo mais responsáveis.

Foto: Hb Audiovisual
De acordo com a Publiki, a IA veio para ficar. Em 2025, a IA generativa revolucionará a produção de conteúdo, permitindo a criação de materiais personalizados em grande escala, como textos publicitários, vídeos e designs. Ela também possibilitará experiências hiperpersonalizadas, ajustando conteúdos e anúncios em tempo real com base no comportamento do usuário e em dados contextuais, e automação de processos, otimizando processos de marketing, desde a segmentação de público até a análise de dados, aumentando a eficiência e a eficácia das campanhas.
Redes Sociais
A Airfluencers aponta que as redes sociais integrarão tecnologias de realidade aumentada (AR) e virtual (VR), proporcionando experiências mais imersivas e interativas para os usuários. A aposta da vez vai para redes sociais de nicho, que são plataformas voltadas para comunidades específicas, oferecendo ambientes personalizados e focados em interesses particulares dos usuários. Sobre e-commerce integrado, as redes sociais continuarão a evoluir como plataformas de comércio eletrônico, facilitando compras diretas e experiências de consumo mais fluidas dentro dos aplicativos.
Consumidores
No relatório “Global Consumer Trends 2025”, A Euromonitor destacou cinco tendências que explicam o comportamento em evolução dos
consumidores este ano:
Saúde: Os consumidores estão focados em viver de forma mais saudável por mais tempo, com 52% acreditando que estarão mais saudáveis nos próximos cinco anos.
Consumo consciente: Há uma tendência de consumo mais consciente, com apenas 18% dos consumidores afirmando que fazem compras por impulso com frequência, indicando um planejamento financeiro mais estratégico.
Sustentabilidade: Os consumidores buscarão produtos sustentáveis respaldados por evidências concretas de benefícios.
Foco Filtrado: Diante do excesso de informações, os consumidores desejam experiências de compra mais simplificadas, com 42% realizando compras via transmissões ao vivo por considerarem mais fácil entender as características dos produtos.
Ambivalência em relação à IA : Embora a adoção da inteligência artificial esteja crescendo, há ceticismo quanto à confiabilidade, com 43% dos consumidores considerando a IA generativa uma fonte confiável de informações.
A coordenadora de comunicação e marketing da ABCS, Sarah Nunes, explica que: “Essas tendências refletem a crescente conscientização dos consumidores em relação à saúde, finanças, sustentabilidade e tecnologia, influenciando as estratégias das empresas para atender às novas demandas do mercado e apresentando oportunidades para a comunicação e comercialização da carne suína”, finaliza.

Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



