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Conheça as quatro principais alergias em cães e saiba como tratá-las

A coceira pode ser causada por diferentes tipos de alergia e provocar até dermatite atópica. Veja como proteger o seu pet

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Foto: O Presente Rural

Ao longo do dia, os cães entram em contato com inúmeros elementos que estão espalhados por todo o ambiente em que convivemos. Esta interação causa curiosidade e seu pet acaba querendo “conhecer” tudo ao seu redor, mas saiba que esta pode ser a causa de um problema para a pele do seu animal. No nosso ambiente existem substâncias conhecidas como partículas alérgenas, ou seja, que podem causar alergias no seu melhor amigo. Esta reação é individual e depende do sistema imunológico e da predisposição racial do animal, por isso, uma substância que causa alergia para um cãozinho, nem sempre causará a mesma reação no outro.

Uma coceira ocasional e pontual pode ser algo normal, por isso, não é incomum ver seu animalzinho coçar, lamber, mordiscar e se esfregar em superfícies e/ou objetos. No entanto, essas ações nunca devem interromper ou ser um empecilho para atividades habituais (brincar, comer, dormir) ou causar perda de pelos e danos à pele. Se isso acontecer, é possível que sejam sinais de dermatite alérgica. A dermatite alérgica em cães pode ser causada por fatores ambientais, ectoparasitas, genéticos ou alimentos e causam dor, lesões e incômodo para o pet, sendo necessário procurar um veterinário o mais rápido possível para determinar a causa e ajudar seu amigo neste momento difícil. Sem tratamento, a coceira pode se tornar uma doença séria e levar a complicações adicionais, como infecções, otites, feridas, espessamento e enegrecimento da pele , perda de pelo, descamações e odor desagradável.

O tratamento vai depender da causa e da severidade da doença que o animal apresenta, por isso não é recomendado que você automedique seu bichinho. Algumas opções de tratamento, como os corticoides, quando administrados de forma indiscriminada e sem o acompanhamento do profissional, por via oral ou parenteral, com o objetivo de controlar areação alérgica, podem causar efeitos imunossupressores e metabólicos indesejáveis, entre eles sede excessiva, obesidade, diabetes, danos ao fígado e aos rins. Além disso, a frequência do uso desse tipo de medicamento pode também aumentar a chance de novas infecções, perda de pelo, afinamento da pele, fraqueza e problemas nos músculos e articulações. Por último, se o sistema nervoso central for afetado, o cão pode demonstrar alterações no comportamento, ocasionado por estresse, ansiedade e agressividade.

A alergia alimentar é uma importante causa de dermatite pruriginosa entre os cães. Ela se manifesta sempre que o animal apresenta uma resposta imunológica exagerada ao ingerir um determinado alimento contendo potenciais alérgenos, devido a quebra da barreira mucosa ou imunorregulação deficiente. Na maioria das vezes, as manifestações das alergias alimentares surgem após diversos contatos com o nutriente em questão. Sendo assim, o animal pode apresentar uma reação alérgica a um alimento que já tenha sido ingerido diversas vezes anteriormente e que não havia causado nenhum problema para ele. Dentre os principais alimentos responsáveis por causar esta afecção estão as proteínas e os carboidratos complexos.

Os principais sintomas que podemos identificar são o prurido intenso, otites, infecções secundárias na pele, pápulas, pústulas, alopecia, fistula interdigital ou perianal, vômitos, flatulências, perda ou falta de apetite, dor abdominal, diarreias, dentre outros Porém, em determinadas situações, o diagnóstico torna-se complicado, pois os sinais clínicos são inespecíficos e nem sempre perceptíveis, sendo necessário realizar manejos alimentares para determinar se a causa é realmente alimentar antes de iniciar o tratamento. O tratamento consiste em fornecer ao animal um manejo nutricional balanceado e sem a presença do agente alérgeno na dieta por toda a sua vida e tratamentos adicionais sintomáticos podem ser implementados. Lembrando que a cooperação do tutor e de todas as pessoas que convivem com o pet diariamente é fundamental para a melhora no quadro.

Ainda no campo das doenças alérgicas, existe a alergia por picadas de ectoparasitas (DAPE), como pulgas e carrapatos, como a causa mais comum de dermatites nos cães. Trata-se de uma reação de hipersensibilidade aos componentes presentes na saliva de pulgas e carrapatos, que durante a alimentação, causam lesões avermelhadas, pequenos edemas no local da picada, coceira intensa, crostas e/ou descamações, além de diferentes níveis de perda de pelo. As lesões são mais comuns no pescoço, na região da base da cauda, costas, coxas e abdômen. Normalmente, os cães costumam lamber, coçar e morder muito na região afetada, o que aumenta as chances de lesionar a pele, deixando o animal mais susceptível a infecções secundárias no local. Nesse caso, a profilaxia consiste no controle efetivo da infestação das pulgas e carrapatos no animal e no ambiente, associado ao tratamento sintomático com uso de medicamentos que visem à diminuição da reação de hipersensibilidade, o controle do prurido e das infecções secundárias.

Há, ainda, a alergia que ocorre devido ao contato. Nesse caso, a alergia acontece em decorrência da exposição de alguma região do corpo a um componente que causa irritação na pele do animal. Este tipo de alergia se manifesta principalmente nas regiões de pouco ou nenhum pelo, como abdômen ventral, axilas, região inguinal, interdigital, nariz, boca e escroto. O organismo dos cães pode reagir de diferentes formas dependendo do material ou superfície, mas alguns tecidos (como lã e poliéster), produtos de limpeza, grama, couro, plástico e/ou borracha podem causar uma reação na pele dependendo da região afetada e do tempo de exposição, na qual é possível notar uma vermelhidão intensa e prurido logo após o contato.

A frequência dos banhos no animal e o uso de determinados tipos de shampoos e perfumes também podem ocasionar esse tipo de reação alérgica, uma vez que afetam a oleosidade natural da pele e podem conter alérgenos em sua composição. O tratamento, nesse caso, consiste em encontrar a fonte da irritação, tirá-la do ambiente e da sua rotina e tratar os sintomas do meu amigo com o medicamento mais adequado. É importante evitar deixar resíduos de produtos de limpeza no ambiente, dar banhos com produtos específicos para as necessidades do seu bichinho, secar bem a pele, pelo e as dobrinhas do corpo do seu melhor amigo, além de fornecer uma alimentação de qualidade para fortalecer a resposta imunológica dele frente às adversidades.

Por último, existe a dermatite atópica, que é uma resposta inflamatória crônica que atinge a pele de animais sensíveis e com predisposição genética, causada por alérgenos ambientais como polens, plantas, poeira, bolores, ácaros, etc. Antigamente acreditava-se que este tipo de dermatite era causado pela inalação do agente alérgeno, porém em estudos mais recentes existem dados que mostram que esta dermatite também pode ocorrer devido a absorção percutânea. Os sintomas são todos decorrentes da inflamação e da coceira, como vermelhidão, descamação, alopecia, hiperpigmentação, presença de pápulas e máculas, em alguns casos perda de pelos, entre outros sinais. Algumas regiões podem ser mais acometidas que outras, como por exemplo as patas, o abdômen, as faces internas das coxas e a face do animal. Por se tratar de uma doença sem cura, o tratamento da dermatite atópica deve ser uma abordagem múltipla sintomática e completa, visando eliminar o contato com o alérgeno, melhorar o sistema imunológico do animal, aumentar a qualidade da barreira cutânea e retirar infecções secundarias, caso existam. Por isso, o acompanhamento do animal deve ser feito por um veterinário.

Fonte: Assessoria

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CRMV-RJ protocola pedido de isenção total à anuidade do ano em que ocorra parto, adoção ou gestação não levada a termo

Medida representa um importante passo em direção à valorização das profissionais médicas-veterinárias e zootecnistas, reconhecendo e apoiando momentos significativos de suas vidas pessoais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Como parte do compromisso do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) em promover uma prática profissional cada vez mais humanizada e inclusiva, o presidente Diogo Alves protocolou no dia 07 de março, junto ao Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), um pedido para a concessão de isenção total correspondente à anuidade de mulheres inscritas no sistema CFMV/CRMVs no ano em que ocorra o parto, adoção ou gestação não levada a termo.

Essa medida, prometida durante a campanha da chapa eleita para o período de 2023-2026, representa um importante passo em direção à valorização das profissionais médicas-veterinárias e zootecnistas, reconhecendo e apoiando momentos significativos de suas vidas pessoais.

Ao promover essa isenção, o CRMV-RJ demonstra sua sensibilidade às necessidades individuais dos profissionais, bem como seu compromisso em criar um ambiente de trabalho mais acolhedor e justo para todos.

Esta iniciativa também é apresentada durante o Mês Internacional da Mulher, reafirmando o compromisso desta autarquia com a igualdade de gênero e com a promoção de condições mais favoráveis para a atuação das mulheres na Medicina Veterinária e na Zootecnia.

Fonte: Assessoria CRMV-RJ
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Pets também podem desenvolver transtornos mentais e emocionais

É preciso entender as particularidades dos animais, as causas e os sinais comportamentais de que algo não está bem

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inúmeras pesquisas apontam para o quadro de saúde mental da população humana, conscientizando sobre a necessidade de cuidados para garantir o bem-estar emocional dos indivíduos e da sociedade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclusive publicou o Informe Mundial de Saúde Mental (2022) e alertou que, em 2019, quase um bilhão de pessoas viviam com algum transtorno mental, a principal causa de incapacidades.

Porém, transtornos mentais e emocionais não são exclusividade dos humanos. Os pets também podem desenvolvê-los, principalmente ansiedade, reatividade, agressividade, medo/fobia, comportamento compulsivo e dermatites. “Os animais de estimação têm emoções e elas devem ser compreendidas e respeitadas. É preciso atender às necessidades emocionais do pet e ficar atento caso haja mudança de comportamento do animal, procurando assistência especializada quando algo fora do comum acontecer”, comenta a médica-veterinária comportamental, Dani Graziani.

As situações que mais geram desconforto para eles estão relacionadas a mudanças, como de casa ou de rotina, à perda de um ente da família ou até mesmo à senilidade, processo de envelhecimento que vem acompanhado de desafios físicos e emocionais, como diminuição da visão, da audição e do olfato, dificuldade de locomoção, irritabilidade, desorientação, perda de memória, entre outros fatores que os deixam mais vulneráveis. “São muitos os sinais que podem identificar que o animal de estimação não está bem, como um cão tranquilo apresentar agressividade ou um pet que fazia seu xixi no lugar certo começar a fazê-lo em outro lugar. É importante acolher em vez de ficar bravo, pois ele está demonstrando que precisa de ajuda e o apoio é essencial para o processo de cura”, aconselha a veterinária.

De olho na prevenção

A atividade física impacta diretamente na saúde física e mental dos animais. “Os cães precisam correr, caminhar e explorar ambientes. Um passeio diário de vinte minutos já acalma e ajuda no gasto de energia, na socialização, na perda de peso e na manutenção da massa muscular”, indica a médica-veterinária Farah de Andrade.

A falta de brinquedos e de interação também pode trazer prejuízos, assim como um ambiente muito agitado ou monótono demais. “O ideal é manter uma rotina equilibrada entre atividades, brincadeiras e descanso, para se evitar o estresse e a ansiedade. Dar mais atenção ao pet é fundamental para o bem-estar dele”, conta Farah.

Colocar em prática o enriquecimento ambiental, ou seja, adaptar o lar para proporcionar uma rotina mais saudável e prazerosa ao pet, com estímulos mentais, físicos e sensoriais, auxilia a prevenir o tédio, reduzir o estresse e promover um comportamento equilibrado.

Para dar certo, é preciso conhecer o animal de estimação, seus gostos e preferências. Para os gatos, é possível instalar prateleiras nas paredes, nichos, redes, arranhadores e deixar brinquedos em locais estratégicos. Já para os cachorros, além dos brinquedos, incluir atividades que estimulam o olfato, treinamento cognitivo e socialização são algumas formas de deixar o ambiente mais interativo.

Tratamento em forma de petisco

Medicar um animal nem sempre é uma tarefa fácil, sendo, muitas vezes, um fator de grande estresse, especialmente para os felinos. Para isso existem soluções como os medicamentos manipulados em formas farmacêuticas que facilitam a administração, como biscoitos, caldas ou molhos, pastas orais e géis transdérmicos. As apresentações orais podem ainda ser flavorizadas com sabores como bacon, caramelo, leite condensado, frango entre diversos outros que atraem os pets. “O gel transdérmico é aplicado na pele do animal e sua aplicação mais parece um carinho. Já um biscoito com sabor é como um petisco, um mimo. Muitos pacientes chegam a ‘pedir’ mais”, comenta Farah.

Os medicamentos manipulados também costumam ser a principal alternativa para a prevenção ou o tratamento de transtornos mentais devido à possibilidade de combinação de ativos num mesmo medicamento, manipulado na dose exata para o peso do animal, além dos diferenciais de flavorização e apresentação.

“Florais de Bach e fitoterápicos como valeriana, kawa-kawa, passiflora, L-triptofano e melatonina são algumas opções que podem ser prescritas em casos como insônia, estresse ou ansiedade. Medicamentos controlados, geralmente indicados para casos mais complexos, também podem ser manipulados, como fluoxetina, sertralina e clomipramina”, comenta Farah, ressaltando que somente um médico-veterinário está apto a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso.

Fonte: Assessoria DrogaVET
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Instituto da UEL completa um ano com 84 cientistas em busca de vacina contra toxoplasmose

No Brasil, 14 estados de todas as regiões estão representados no INCT com pesquisadores desenvolvendo projetos científicos que buscam um kit de diagnóstico rápido para a doença, além de uma vacina para suínos e gatos, animais considerados os principais transmissores da doença.

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Coordenador do INCT-Toxoplasmose, professor João Luis Garcia: "A vacina nacional se encontra em estágio de ensaio pré-clínico" - Foto: Pedro Livoratti/Agência UEL

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Toxoplasmose (INCT), do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), comemora um ano de atividades com 70 pesquisadores brasileiros e 14 estrangeiros provenientes de 32 instituições conectados. As atividades do grupo começaram em março de 2023, logo após a UEL ser contemplada na Chamada 58/2022 do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), do CNPq, que financia pesquisas de alto impacto, com investimento de R$ 5 milhões.

No Brasil, 14 estados de todas as regiões estão representados no INCT com pesquisadores desenvolvendo projetos científicos que buscam um kit de diagnóstico rápido para a doença, além de uma vacina para suínos e gatos, animais considerados os principais transmissores da doença.

A toxoplasmose é uma zoonose que afeta a saúde pública brasileira. Recentemente, em 2018, houve um surto da doença em Santa Maria (RS), com um óbito. Outra manifestação intensa do parasita ocorreu em Santa Isabel do Ivaí, no Noroeste do Paraná. O protozoário pode ser encontrado em fezes de gato e alimentos contaminados e pode causar graves complicações em gestantes e pessoas com o sistema imunológico debilitado.

As pesquisas do INCT têm foco na prevenção, daí a importância da criação de um kit rápido. Além desse esforço, os pesquisadores têm projeto para o desenvolvimento da primeira vacina brasileira contra toxoplasmose. O imunizante é utilizado em ovinos e caprinos apenas no Reino Unido, Irlanda, França e Nova Zelândia. A vacina nacional se encontra em estágio de ensaio pré-clínico. O imunizante deverá ser aplicado em gatos (que contaminam o meio ambiente por meio das fezes) e em suínos (que podem transmitir a doença pelo consumo da carne mal passada).

O coordenador do Instituto, João Luis Garcia, do Departamento de Medicina Veterinária e Preventiva (DMVP), afirma que o projeto foca na chamada Saúde Única, focando em ferramentas que possam fortalecer medidas preventivas, de forma conciliada com a sustentabilidade. O público-alvo das medidas preventivas envolve crianças e gestantes. “Outra preocupação é quanto aos animais de produção, já que a doença não pode ser constatada na inspeção sanitária”, afirma.

Por meio do INCT Toxoplasmose, a estudante Ana Clésia da Silva viajou em agosto do ano passado para os Estados Unidos, onde aprofunda pesquisas sobre a doença na Universidade Estadual da Carolina do Norte (NCSU), considerado um importante centro de pesquisa da doença.

Pesquisadores interessados ainda podem submeter seus projetos para avaliação. As propostas podem ser enviadas para o portal do Instituto.

Fonte: AEN-PR
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