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Conheça a receita da família Anchieta para obter maior produtividade na agricultura

Propriedade responde pela produção de soja e milho em 230 alqueires, alcançando boas médias de produtividade – entre 140 a 145 sacas por alqueire na soja e 220 sacas de milho no histórico dos últimos cinco anos.

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Frederico e Mariluce fazem o planejamento e a administração da propriedade, distribui os serviços, efetua as aquisições de insumos e a comercialização das safras - Fotos: Divulgação/Cocamar

Quando, há exatos 20 anos, Frederico Camargo de Anchieta e sua esposa Mariluce Teixeira de Anchieta, moradores em São Paulo, receberam o chamado de Samuel, o pai dele, para assumirem a gestão da fazenda em Astorga, na região Noroeste do Paraná, não pensaram duas vezes.

Com formação em técnico em Administração, o marido já havia dito várias vezes à Mariluce que, caso o pai o convidasse, aceitaria de pronto. Mas ela, embora concordando, não tinha nenhuma afinidade com o mundo rural, pois dedicava-se à comercialização de tecidos em uma loja da família. “Sabe uma pessoa urbana, que tinha pavor de lagartas e besouro? Era eu”, diz, sorrindo.

Caçula entre 10 irmãos, Mariluce nem imaginava o quanto a vinda de sua família para o Estado paranaense  – e para ela, em especial – seria desafiadora, sendo que os dois filhos do casal, Maria Fernanda e Frederico Filho, ainda eram pequenos.

Frederico formalizou um contrato de parceria com o pai e um irmão dele, Fernando, entrou como sócio para cuidar da parte burocrática. Assim, nos primeiros anos, plantaram algodão e trigo e a vida parecia estar seguindo seu curso, conforme o esperado.

Ocorre que Frederico foi acometido de uma depressão e por cinco anos se manteve praticamente ausente da fazenda, período em que Mariluce precisou desdobrar-se para dar conta da casa, dos filhos e ainda aprender a fazer a gestão dos negócios. “Eu ia para a fazenda, dava umas orientações, mas não conseguia ficar lá por muito tempo”, conta Frederico. “Eu abracei a causa, não foi nada fácil, mas tinha que ser parceira do meu marido nessa hora, ele nunca deixava de me incentivar”, comenta Mariluce.

Para complicar, o filho deles começou a sofrer um problema cardíaco, exigindo dos pais – da mãe, principalmente – uma atenção ainda maior. “Sempre tivemos muita fé e, com confiança em Deus, fomos superando cada desafio”, afirma Mariluce, que se firmava cada vez mais como produtora rural. Em seus momentos difíceis, ela se lembrava dos conselhos da mãe, uma de suas maiores incentivadoras. A saudosa dona Selma, que gostava de falar com suas plantas, lhe dizia ser preciso colocar amor em tudo e zelar pelo nome, o maior patrimônio que alguém pode ter.

De mãos dadas 

Para aprimorar-se, Mariluce cursou Administração de empresas numa faculdade de Astorga e hoje, sempre em parceria com o marido, responde pela produção de soja e milho em 230 alqueires, alcançando boas médias de produtividade – entre 140 a 145 sacas por alqueire na soja e 220 sacas de milho no histórico dos últimos cinco anos. O casal faz o planejamento e a administração da propriedade, distribui os serviços, efetua as aquisições de insumos e a comercialização das safras. Enquanto Frederico se mantém focado na logística e na distribuição, Mariluce acompanha as colheitas, a emissão das notas e as entregas da produção. Eles contam com dois funcionários e contratam terceiros para a prestação de serviços de colheita e transporte.

Desde 2014 os dois fazem parte do quadro de associados da Cocamar (ligados à unidade de Sabáudia), cooperativa com a qual dizem ter uma relação de confiança. “Há muita flexibilidade no atendimento da assistência técnica que é bastante eficaz”, pontua Frederico, enquanto a esposa cita outros benefícios, como o fato de a cooperativa não “empurrar” insumos e conceber um pacote fechado em tecnologias voltadas a incrementar a produtividade. Neste ano, o casal estima que a média da soja, a considerar pelo bom estado de desenvolvimento das lavouras, deverá ficar em pelo menos 160 sacas por alqueire.

Entre as orientações prestadas pela Cocamar, Mariluce menciona o investimento na reestruturação do solo e na adubação, mas o envolvimento com a cooperativa se dá, também, pela participação deles em palestras, dias de campo e na antecipação de decisões. “Fazemos a incorporação de calcário no solo”, conta Frederico, frisando que entre os planos do casal estão a melhoria do parque de máquinas e continuar investindo no solo para eliminar manchas que revelam problemas, além de intensificar a agricultura de precisão.

“Somos realizados com o que fazemos”, ressalta Mariluce, que é também uma referência entre as mulheres que têm se destacado no setor e participa de grupos de mensagens que reúnem centenas de produtoras do Paraná e do país. Interessadas em evoluírem na atividade, elas organizam viagens técnicas e contatos com especialistas, sempre na busca por novos conhecimentos.

Associativista, Mariluce ainda encontra tempo para ser uma das 16 integrantes da Comissão Estadual da Mulher da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), é coordenadora de núcleo e participante do Comitê Mulher da cooperativa Sicredi Dexis e, a partir de fevereiro, ocupará uma vaga entre os seis componentes do Conselho Fiscal da Cocamar, para um mandato de um ano.

Campo de sementes

O gerente da unidade de Sabáudia, Roberto Zucolli, acompanhou o Rally na visita ao casal. Ele citou que a cooperativa mantém um campo de sementes, para validação de 64 variedades de soja, na propriedade dos Anchieta, onde em breve haverá um dia de campo.

Rally Cocamar de Produtividade

Em seu oitavo ano, o Rally Cocamar de Produtividade acompanha o ciclo da soja para conhecer históricas inspiradoras como a de Frederico e Mariluce. Participam o Rally: Sicredi Dexis, Basf, Fertilizantes Viridian e Nissan Bonsai Motors (principais), Cocamar Máquinas/John Deere, Texaco Lubrificantes, Estratégia Ambiental e Irrigação Cocamar, com o apoio do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), Aprosoja/PR e cooperativa de profissionais Unicampo.

Fonte: Ascom Cocamar

Notícias Livre de imprevistos

Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança

O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

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Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.

Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.

Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.

Melhorando o desempenho das plantações

Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.

Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.

Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.

Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.

E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.

Segurança como aliada ao setor

Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.

Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.

Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.

A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.

Conclusão

Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.

Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.

Fonte: Assessoria e comunicação
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Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural

Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

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O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.

Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.

Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.

A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.

Fonte: O Presente Rural
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Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA

Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024

Fosfatados ainda pesam

Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.

A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores

Fontes mais baratas e diluídas

O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.

Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP

O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Oportunidades para safrinha de 2026

Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos

Câmbio segue como ponto de atenção

Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro do Itaú BBA
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