Conectado com

Notícias Nesta semana

Congresso internacional reúne especialistas em saúde animal e parasitologia no Paraná

Mais de 600 cientistas de 50 países discutem doenças parasitárias que afetam animais e humanos no WAAVP 2025, que vai até quinta-feira (21) no Viasoft Experience, em Curitiba.

Publicado em

em

Solenidade de abertura - Foto: Daniel Bueno

Reunindo representantes de mais de 50 países e aproximadamente 600 congressistas, teve início em Curitiba a 30ª Conferência da Associação Mundial para o Avanço da Parasitologia Veterinária (WAAVP 2025), o principal evento internacional dedicado à saúde animal e às doenças parasitárias, que impactam diretamente a saúde humana. O congresso acontece no Viasoft Experience até o dia 21 de agosto.

Reunindo representantes de mais de 50 países e aproximadamente 600 congressistas, teve início em Curitiba a 30ª Conferência da Associação Mundial para o Avanço da Parasitologia Veterinária (WAAVP 2025), o principal evento internacional dedicado à saúde animal e às doenças parasitárias, que impactam diretamente a saúde humana. O congresso acontece no Viasoft Experience até o dia 21 de agosto.

“É um enorme prazer e uma honra receber todos vocês aqui em Curitiba, na abertura oficial da nossa conferência. Contamos com participantes de diferentes países, idiomas, culturas, raças e cores, e isso, por si só, já representa uma riqueza extraordinária”, destacou o presidente do WAAVP 2025, Marcelo Molento. “Quero agradecer, de coração, o investimento de cada um de vocês, seja de recursos, esforço ou tempo, por estarem presentes e tornarem este momento tão especial. Este evento aborda amizade, cooperação, animais, negócios, cuidado, conexão, compartilhamento de tecnologia… e sim, claro, parasitas!”, brincou.

Presidente do WAAVP 2025 Marcelo Molento: “É um enorme prazer e uma honra receber todos vocês aqui em Curitiba, na abertura oficial da nossa conferência” – Foto: Daniel Bueno

Molento ressaltou que o encontro permite aproximar pessoas, romper barreiras, ampliar horizontes e, sobretudo, aproveitar a oportunidade de estarmos juntos. Também lembrou, com orgulho, que a conferência é carbono zero, o que se reflete na utilização de materiais recicláveis. “Nada foi impresso; todo o conteúdo está disponível online. Mais do que isso: plantaremos duas mil árvores como um compromisso concreto do evento. Essa é a nossa contribuição para a natureza”, concluiu.

O presidente da World Association for the Advancement of Veterinary Parasitology (WAAVP), Domenico Otranto, reforçou que este é o encontro mais relevante do setor, não apenas por reunir especialistas de todo o mundo, mas por contribuir de forma efetiva para o aprimoramento das estratégias de controle das doenças parasitárias que afetam os animais e, consequentemente, a saúde humana e o meio ambiente. “Vivemos um período de grandes transformações – mudanças climáticas, novas formas de mobilidade, crise ambiental, inovações tecnológicas – e todas essas questões impactam diretamente a academia e a forma como produzimos ciência. Por isso, nunca foi tão necessário fortalecer a interdisciplinaridade e construir conexões reais entre diferentes áreas do conhecimento”, destacou.

Ele acrescentou que é essencial pensar de forma integrada, considerando que a resistência dos parasitas aos medicamentos e a produção pecuária sustentável estão entre os maiores desafios globais. “Por isso, o Brasil é o cenário ideal para esta conferência: um país que abriga a maior biodiversidade do planeta, representada por ecossistemas como a Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal. O Brasil também é líder mundial na preservação de sua fauna e flora e desenvolve estratégias que conciliam a proteção dos recursos naturais com as necessidades econômicas e sociais. Além disso, por sua diversidade cultural e história, representa valores de tolerância, inclusão e compromisso com o desenvolvimento sustentável, justamente o que o mundo mais precisa hoje”, enfatizou.

Na sequência, Laetitia Lempereur (FAO) incentivou os presentes a aproveitar a conferência para colaborar, compartilhar ideias e fortalecer a ciência, e também a conhecer a cidade de Curitiba.

Fotos: Divulgação/WAAVP

O presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Paraná (Sindivet-PR), Cesar Pasqualin, iniciou sua fala parabenizando os organizadores por assumirem o desafio de realizar um evento dessa dimensão, especialmente Marcelo e Carla, “um casal que tem feito uma verdadeira diferença na nossa comunidade científica”. Segundo Pasqualin, “reunir, em Curitiba, representantes de mais de 50 países e 600 participantes é algo extraordinário. E mais significativo ainda é unir cientistas de diferentes origens em torno de um tema que, idealmente, já deveria ter sido superado, as verminoses. Ainda assim, estamos aqui justamente porque sabemos que esse problema persiste e só será superado com ciência, colaboração e inovação”.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR), Adolfo Sasaki, o evento ocorre em um momento especialmente relevante para a profissão. Segundo ele, o Brasil e o Paraná registram um crescimento preocupante das zoonoses, o que reforça o papel indispensável dos médicos-veterinários na proteção da saúde animal e da saúde pública. “Hoje, o CRMV-PR representa 28 mil profissionais. No país, já somamos mais de 200 mil veterinários formados por cerca de 500 universidades. Esses números evidenciam a responsabilidade que temos. Ao mesmo tempo, reconhecemos que ainda há desafios importantes: a qualidade da formação é desigual e muitos recém-formados chegam ao mercado sem o preparo necessário”, destacou. “Por isso, temos trabalhado em parceria com o Conselho Federal de Medicina Veterinária para desenvolver políticas voltadas ao aprimoramento do ensino no Brasil. Precisamos formar profissionais capazes de atuar com competência frente aos novos desafios, como o avanço das zoonoses, a resistência parasitária e as questões ligadas à saúde única”, concluiu.

Por fim, o representante do prefeito de Curitiba, Fabiano Cruzara (Coordenador da Rede de Proteção Animal), lembrou que Curitiba é amplamente reconhecida por seu caráter inovador e tecnológico, e convidou os congressistas a conhecerem a estrutura e os bons exemplos da cidade. “Temos muito orgulho da nossa rede de proteção animal e dos projetos desenvolvidos neste setor. Estamos trabalhando intensamente para reduzir o número de animais em situação de rua por meio de campanhas de castração, cadastramento em bancos de dados e microchipagem, medidas que contribuem para uma gestão mais responsável e eficiente. Cuidar da saúde dos animais de Curitiba é também cuidar da saúde do curitibano, pois adotamos o conceito de saúde única há muitos anos”, afirmou.

O WAAVP 2025 é promovido pela WAAVP e correalizado pela Paraná Tecnologia e Metrologia e Universidade Federal do Paraná. A WAAVP – Associação Mundial para o Avanço da Parasitologia Veterinária – é uma organização sem fins lucrativos voltada a cientistas que estudam helmintologia, protozoologia e entomologia. Fundada em 1963, a associação é a maior organização internacional de parasitologia veterinária do mundo, com mais de 600 membros, incluindo veterinários, parasitologistas e outros interessados na área. O evento retorna ao Brasil 40 anos após a última edição nacional, realizada em 1985 no Rio de Janeiro, e conta com o patrocínio da Boehringer Ingelheim, Zoetis, MSD e Elanco.

Fonte: Assessoria WAAVP 2025

Notícias

Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

Publicado em

em

Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Notícias

Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

Publicado em

em

Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

Publicado em

em

Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.