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Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural atualiza cadeia produtiva e abre caminho para o Alimenta 2025

Marcado para junho de 2025, o Alimenta será realizado a cada dois anos, em Foz do Iguaçu, PR, com a promessa de trazer ainda mais novidades e oportunidades para o setor agropecuário brasileiro.

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Clayton Luiz Bonatto, avicultor em Matelândia, PR: “Os eventos de O Presente Rural sempre oferecem palestras de muita qualidade, que abordam tanto o cotidiano na propriedade quanto as tendências de mercado”

“Os eventos de O Presente Rural sempre oferecem palestras de muita qualidade, que abordam tanto o cotidiano na propriedade quanto as tendências de mercado. São assuntos de grande relevância, fundamentais para que nós, produtores, compreendamos melhor o mercado e saber para onde estão sendo vendidos os nossos produtos. Além disso, outras palestras destacaram a importância da manutenção dos equipamentos e da biosseguridade, conjunto de práticas que garantem a qualidade e agregam valor ao nosso produto final”, enfatizou o avicultor Clayton Luiz Bonatto, que participou pelo terceiro ano consecutivo do Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural, realizado em meados de junho, em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná.

Integrado à Lar Cooperativa, o produtor possui nove aviários em Matelândia, PR, com capacidade para alojar 250 mil frangos por lote. “Sempre levo muitos aprendizados, que depois são replicados na minha atividade”, complementou.

Assim como Bonatto, outros 800 produtores participaram de forma presencial e outras centenas de pessoas pelas redes digitais do jornal, consolidando o evento como uma plataforma essencial para o avanço dos setores avícola e suinícola no Brasil, dedicado e focado exclusivamente no produtor rural.

Diretor do jornal O Presente Rural, Selmar Frank Marquesin: “A programação técnica foi cuidadosamente elaborada para atender às necessidades reais dos produtores, trazendo conteúdo relevante e atual”

Com objetivo de proporcionar um ambiente de aprendizado, troca de experiências e networking, o público teve a oportunidade de se atualizar sobre as últimas tendências e inovações tecnológicas que estão moldando a avicultura e a suinocultura no Brasil e no mundo. “A presença de especialistas e pesquisadores dos setores avícola e suinícola garantiram que o conteúdo apresentado fosse de alta qualidade e relevância”, enalteceu o diretor do jornal O Presente Rural, Selmar Frank Marquesin, fazendo um agradecimento aos patrocinadores e apoiadores do congresso. “O apoio e a parceria de cada empresa foi fundamental para a realização deste evento”.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Roberto Kaefer destacou que, junto com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o compromisso das entidades é garantir a rentabilidade do setor, que enfrentou problemas financeiros no ano passado devido à superprodução, que gerou excesso de oferta e queda de preços.

Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Roberto Kaefer: “O nosso compromisso é gradualmente avançar na produção a nível nacional”

Ele enfatizou a necessidade de valorizar os ativos, como aviários que custam cerca de R$ 2 milhões, caminhões e frigoríficos de ponta, que demandam altos investimentos. “Desde setembro do ano passado, a produção foi reduzida de 600 para cerca de 580 milhões de pintos, com a compreensão de que produzir menos é mais vantajoso para o setor. Atualmente, o Brasil exporta entre 420 a 430 mil toneladas de carne de frango ao mês, com o mercado interno absorvendo o restante, o que permite uma boa rentabilidade à cadeia. O nosso compromisso é gradualmente avançar na produção a nível nacional”, apontou.

Diretor secretário da Copagril, Ademir Griep: “Produzir apenas para o mercado interno não é suficiente. O trabalho do Sindiavipar para levar nossos produtos para outros países é fundamental”

O diretor secretário da Copagril, Ademir Griep elogiou o trabalho do Sindiavipar, afirmando que é essencial ter pessoas defendendo a cadeia produtiva e buscando novos mercados para exportação. “Produzir apenas para o mercado interno não é suficiente. O trabalho do Sindiavipar para levar nossos produtos para outros países é fundamental”, salientou, enfatizando que a intercooperação entre a Copagril e a Lar Cooperativa fortalece os avicultores, permitindo atender à demanda de mercado com maior eficiência.

Por sua vez, Daniel Dalla Costa, gerente da Divisão Pecuária da Lar e um dos um dos responsáveis pela programação técnica, evidencia que o evento foi todo planejado com foco no produtor. “As palestras foram direcionadas exclusivamente para esse público e para as equipes técnicas, que precisam estar alinhadas. Todos os palestrantes foram cuidadosamente selecionados para garantir que os produtores absorvam as informações da melhor forma possível. Nosso objetivo é fornecer informações e profissionalizar cada vez mais a cadeia produtiva”, ressalta.

Programação

O primeiro dia do evento foi dedicado à suinocultura, tendo na pauta  desde os desafios atuais e perspectivas de mercado até a importância do bem-estar animal e a biosseguridade nas granjas. O segundo dia foi voltado ao mercado da avicultura, à Influenza aviária, à biosseguridade e às estratégias para o futuro da atividade.

A programação foi aberta pelo diretor do Sindiavipar, Paulo Sérgio Cândido, que  tratou sobre as oportunidades de crescimento e os desafios que o setor enfrenta no mercado de carnes. Em seguida, o gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias abordou o atual cenário da Influenza aviária, seus impactos na avicultura comercial e as medidas de controle e prevenção necessárias., trazendo uma análise detalhada das ações necessárias para garantir a biosseguridade e prevenir surtos da doença.

Gerente da Divisão Pecuária da Lar, Daniel Dalla Costa: “Nosso objetivo é fornecer informações e profissionalizar cada vez mais a cadeia produtiva”

Logo após o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Marcos Mores apresentou estratégias de biosseguridade para evitar a entrada de doenças nos aviários, destacando práticas eficazes para a proteção do plantel e a importância de uma abordagem preventiva.

Na sequência, o membro da Associação Nacional dos Fabricantes de Equipamentos para Aves e Suínos (Anfeas), Rudolf Giovani Portela, tratou sobre a escolha, manutenção e uso correto de equipamentos, enaltecendo a importância da tecnologia para a eficiência produtiva.

E o presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues detalhou os 25 anos da avicultura na Lar, trazendo uma retrospectiva das conquistas, os planos para o desenvolvimento contínuo do setor, as estratégias de crescimento e inovação da cooperativa. “A programação técnica foi cuidadosamente elaborada para atender às necessidades reais dos produtores, trazendo conteúdo relevante e atual. As palestras foram muito bem recebidas pelos nossos produtores”, reforça Marquesin.

Atualização contínua

Para os produtores e equipes de fomento e assistência técnicas das cooperativas agropecuárias, a participação em eventos desse porte é uma oportunidade ímpar de crescimento profissional e de alinhamento com as melhores práticas do setor. “Enxergamos com bons olhos a busca constante por atualização de conhecimento. Trazer o produtor para este Congresso é fundamental para que ele se atualize sobre o cenário local, estadual, nacional e internacional, além dos valores das commodities e as perdas ao longo do processo da cadeia produtiva. Muitas vezes, esses temas não são abordados no dia a dia, pois os extensionistas costumam focar em aspectos diretamente ligados ao manejo, independentemente do sítio de atuação. Por isso, proporcionar esse momento de atualização e networking com a equipe, outros produtores e integrações é muito importante para aprimorar processos dentro da cadeia produtiva”, evidencia o supervisor de Fomento da Copagril, Doglas Batista Lazzeri.

Supervisor de Fomento da Copagril, Doglas Batista Lazzeri: “Trazer o produtor para este Congresso é fundamental para que ele se atualize sobre o cenário local, estadual, nacional e internacional”

Ele também expressa grande satisfação com a participação da sua equipe de trabalho nos eventos promovidos pelo Jornal O Presente Rural. “A cada edição os eventos promovidos pelo O Presente Rural se tornam mais relevantes, consolidando seu espaço no segmento de proteína animal e criando novas oportunidades para a participação das cooperativas agroindustriais e, principalmente, dos produtores rurais, que são o foco do evento”, evidencia.

Empresas expositoras

Além das palestras técnicas, o Congresso conta com uma Feira de Negócios, em que diversas empresas puderam expor suas marcas, produtos e serviços. Na edição 2024, este espaço proporcionou aos participantes oportunidade de conhecer as últimas inovações e soluções tecnológicas disponíveis no mercado, fortalecendo as conexões entre produtores e fornecedores. “A participação das empresas foi fundamental para o sucesso do Congresso. Tivemos a presença de grandes marcas que apresentaram inovações tecnológicas e soluções práticas para o dia a dia dos produtores. Este ambiente de troca e aprendizado fortalece toda a cadeia produtiva”, enaltece Marquesin.

Missão cumprida

O Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural encerrou com um sentimento de missão cumprida e a certeza de que eventos como este são essenciais para o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro. A organização agradece a todos os participantes, palestrantes, expositores e apoiadores que contribuíram para o sucesso deste congresso. “Estamos muito satisfeitos com a participação e o engajamento de todos. Este evento é um reflexo do nosso compromisso em promover a inovação e o crescimento contínuo da avicultura e suinocultura. Agradecemos a todos que fizeram parte deste momento e esperamos continuar a contribuir para o fortalecimento do setor,” exalta Marquesin.

Novo capítulo

Diretor do jornal O Presente Rural, Selmar Frank Marquesin, ladeado pela gerente de Suprimento Suíno da Frimesa, Luana Torres da Rocha, e pela jornalista Eliana Panty durante o lançamento do ALIMENTA – Congresso Brasileiro de Proteína Animal & Rendering

A partir da próxima edição, o Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural se transforma e passa a se chamar Alimenta – Congresso Brasileiro de Proteína Animal & Rendering. Marcado para junho de 2025, o evento será realizado a cada dois anos, em Foz do Iguaçu, PR, com a promessa de trazer ainda mais novidades e oportunidades para o setor agropecuário brasileiro. “É um evento que será aperfeiçoado para ser ainda mais enriquecedor para todos os participantes”, frisou a jornalista e coorealizadora do evento, Eliana Panty, que vem atuando durante toda sua carreira profissional na área de marketing, feiras e congressos. “Vamos somar forças para preparar um evento ainda melhor, mas que vai continuar contando com um espaço dedicado exclusivamente aos produtores”, emendou Marquesin.

Realização, apoio e patrocínio

Realizado pelo Jornal O Presente Rural, contou com a parceira das cooperativas Frimesa, Lar, Copacol, Copagril, C.Vale e Primato, e com apoio Sindiavipar e da ABCS. Além do patrocínio de importantes empresas do setor, incluindo na cota diamante Agrifirm, Agroceres PIC, American Nutrients, Biochem, Boehringer Ingelheim, Casp, DanBred Brasil, Grasp, MSD Saúde Animal, Oligo Basics, Sicredi e Vetanco; na cota ouro Cargill, Cobb, Huvepharma, Phibro, Salus, Suiaves, Vaccinar; na cota prata Agroceres Multimix, Aleris, Cinergis Agronegócios, DNA South America, Equittec, GD Brasil, HB Agro, Imeve, MS Schippers, NNATRIVM, Sanex, Sauvet, Sicoob, Suitek e Xcare; e na cota especiais BioSyn, MM2, Natural BR Feed, Ourofino, Polinutri, Vaxxinova e VetQuest

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola, acesse a versão digital aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Vem aí o Alimenta: Congresso Brasileiro de Proteína Animal e Rendering

Evento acontece de 17 a 19 de junho de 2025 em Foz do Iguaçu – Paraná e vai reunir os players de proteína

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Fotos: O Presente Rural

Surge um novo e disruptivo capítulo na história dos eventos de proteína animal no Brasil: o ALIMENTA – Congresso Brasileiro de Proteína Animal . Marcado para junho de 2025, em Foz do Iguaçu, este evento é a evolução natural do Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural, que cresceu ano após ano com o pilar de gerar informação útil aos produtores rurais. O Alimenta promete ser um marco significativo na integração de toda a cadeia de proteína animal, atraindo a atenção de todos os segmentos do setor. Só o mercado de reciclagem animal movimenta em torno de R$ 100 bilhões por ano e exporta mais de US$ 115 mil por ano.

“O Alimenta 2025 foi concebido para atender às novas demandas e oportunidades do setor de proteína animal. Ele não é um evento novo, mas sim a migração do Congresso de Suinocultores e Avicultores que já era promovido pelo O Presente Rural, Frimesa Cooperativa Central e Cooperativa Lar.  A evolução do nosso evento reflete nosso compromisso em proporcionar um ambiente onde produtores, profissionais e empresas possam compartilhar conhecimentos, inovações e gerar negócios. A escolha de Foz do Iguaçu, com sua infraestrutura e localização estratégica, foi essencial para abrigar esse novo formato, que promete ser mais inclusivo e abrangente”, destaca Selmar Marquesin, diretor do jornal O Presente Rural.

O Alimenta escolheu o estado do Paraná como sede em reconhecimento à grande capacidade produtiva e empreendedora dos produtores de aves e suínos. O modelo cooperativista que tanto orgulha o país e a capacidade de atrais negócios com a expansão de uma agroindústria forte exigia uma programação especialmente desenhada para a as demandas desse setor. Um evento único, criado para ser um encontro bienal de troca de conhecimento, de reciclagem profissional e compartilhamento avanços da tecnologia, afirma Eliana Panty, CEO do Alimenta.

Panty destaca que o setor de reciclagem animal, responsável pelo processamento de resíduos do abate de animais de produção, como aves, suínos, bovinos e pescado, gira milhões no mercado internacional. “São as partes dos animais abatidos que não vão para o consumo humano, seja por questões ligadas aos hábitos alimentares ou culturais da população ou, então, classificados como impróprios para consumo humano pelo sistema de inspeção oficial, como ossos, penas, sangue, escamas, vísceras, aparas de carne e gordura e partes do animal. Uma matéria prima valiosa para a indústria de rações para animais de produção e pets”.

O Alimenta 2025 se apresenta com uma programação abrangente com foco no produtor e nos gestores de granjas. Grandes empresas do setor apresentam suas últimas inovações, produtos e serviços na Exposição e Feira de Negócios, promovendo um ambiente dinâmico de networking e geração de negócios. Além disso, serão oferecidas palestras direcionadas a produtores de leite, ovos e carnes, além de sessões específicas para profissionais como médicos veterinários e zootecnistas, abordando as mais recentes novidades em pesquisa e desenvolvimento. A Mostra de Trabalhos Científicos oferecerá um espaço dedicado à apresentação de pesquisas e estudos de vanguarda da ciência e tecnologia no setor de proteína animal. As empresas parceiras também terão a oportunidade de organizar eventos adicionais, proporcionando ainda mais conteúdo relevante e oportunidades de aprendizagem.

Selmar Marquesin, diretor do jornal O Presente Rural

Selmar destaca ainda que várias entidades já confirmaram apoio ao evento e outras ainda estão por vir. “Essa semana alinhamos um parceria com o Sindicato da Industrias Avícolas do Paraná(Sindiavipar), que pretende realizar o seu Whorkshop  dentro do Alimenta. E claro, vamos manter a parceria de sucesso que já temos de longa data com a Frimesa Cooperativa Central e Cooperativa Lar que sempre foram os correalizadores do nossos eventos. Estamos também firmando parcerias e apoio de outras cooperativas, agroindústrias e associações, como por exemplo, Coopavel, ABPA, ABCS, ACCS, ACSURS, ASUMAS, ACRISMAT, APS, APCS. ASGAV e ANFEAS, entre outras que ainda estão em tratativas, afirma o diretor do O Presente Rural.

 

 

Foz do Iguaçu

Eliana Panty, CEO do Alimenta – Foto: Divulgação

A escolha de Foz do Iguaçu como sede do Alimenta não foi por acaso. Reconhecida pela sua capacidade de receber grandes congressos do setor, a cidade conta com um aeroporto bem localizado e uma infraestrutura turística robusta, incluindo muitos hotéis para acomodar os participantes. Situada no Oeste do Paraná, um dos maiores polos de produção de proteína animal do Brasil, Foz do Iguaçu oferece o ambiente ideal para um evento dessa magnitude.

“O evento visa promover a qualificação constante do setor através de palestras atualizadas, destacando as mais recentes inovações em pesquisa e desenvolvimento. Além disso, busca fomentar negócios por meio da exposição de fornecedores da cadeia de insumos . Com esta nova abordagem, o Alimenta pretende integrar toda a cadeia produtiva, reforçando a importância da inovação e do desenvolvimento sustentável para o futuro da proteína animal no Brasil”, menciona Eliana Panty.

“Prepare-se para uma experiência única e transformadora no Alimenta – Congresso Brasileiro de Proteína Animal . Este evento promete ser um verdadeiro progresso para o avanço da indústria de proteína animal, reunindo os principais atores do setor para compartilhar conhecimento, explorar novas oportunidades e construir um futuro mais próspero e sustentável. Nos vemos em Foz do Iguaçu, onde juntos vamos moldar o futuro da proteína animal no Brasil”, sintetiza Eliana Panty.

 

Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

Os custos de produção de frangos de corte e de suínos nos principais estados produtores e exportadores do país tiveram comportamentos diferentes no mês de agosto

É importante que avicultores e suinocultores monitorem a evolução dos seus próprios custos de produção, utilizando esses índices como referência para a tomada de decisões estratégicas.

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Foto: Divulgação/Embrapa

No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte atingiu R$ 4,53, representando uma queda de 1,73% em relação ao mês de julho. Apesar disso, o ICPFrango ainda registra um aumento acumulado no ano de 2,62%, enquanto nos últimos 12 meses houve um aumento de 6,20%, com o índice da Embrapa alcançando 350,33 pontos em agosto. A ração se destacou como o principal componente de custo, com uma queda de 2,59% e uma participação de 66,60% no custo total de produção. Outros itens que contribuíram para a queda nos custos foram os do grupo energia elétrica/cama/calefação (-5,17%) e genética (-0,10%).

Foto: Divulgação/Embrapa

Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo de suíno vivo alcançou R$ 5,90 em agosto, um aumento de 0,94% em comparação a julho, mas ainda com uma queda acumulada no ano (-4,85%), enquanto registra alta nos últimos 12 meses (1,51%), com o ICPSuíno atingindo 337,71 pontos. Os custos com juros sobre o capital investido e de giro e rações foram determinantes, com aumentos de +2,52% e +0,22%, respectivamente.

Os estados de Santa Catarina e Paraná são referências nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS devido à sua posição como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente. No entanto, a CIAS também oferece estimativas para outros estados brasileiros. Essas informações são fundamentais para indicar a evolução dos custos nesses setores produtivos.

É importante que avicultores e suinocultores monitorem a evolução dos seus próprios custos de produção, utilizando esses índices como referência para a tomada de decisões estratégicas.

Foto: Divulgação/Embrapa

Aplicativo Custo Fácil – O aplicativo da Embrapa agora permite gerar relatórios dinâmicos das granjas, do usuário e das estatísticas da base de dados. Os relatórios permitem separar as despesas dos custos com mão de obra familiar. O Custo Fácil está disponível de graça para aparelhos Android, na Play Store do Google.

Planilha de custos do produtor – Produtores de suínos e de frango de corte integrados podem usar na gestão da granja a planilha eletrônica feita pela Embrapa. A planilha pode ser baixada de graça no site da CIAS.

Fonte: Assessoria Embrapa
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Avicultura

A ascensão da Lar sob a liderança de Irineo da Costa Rodrigues

Presidente da Lar Cooperativa compartilha os detalhes de sua jornada pessoal e profissional, destacando como sua vida se entrelaça com a história e os ideais da cooperativa.

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No movimento cooperativista é possível encontrar histórias de dedicação, visão e colaboração. Uma delas a Voz do Cooperativismo encontrou em Medianeira, PR, na conversa com Irineo da Costa Rodrigues, presidente da Lar Cooperativa, que compartilha os detalhes de sua jornada pessoal e profissional, destacando como sua vida se entrelaça com a história e os ideais da cooperativa. Confira os principais trechos.

O Presente Rural – Fale um pouco sobre sua história dentro do cooperativismo e na Lar. Como essas duas histórias se unem?

Irineo da Costa Rodrigues – A Cooperativa Lar foi criada nos anos 1960, quando houve uma migração de pessoas do Sul do país para onde hoje é o município de Missal. A Igreja Católica inclusive, através de uma encíclica do Papa João XXIII, que dizia que as pequenas economias deviam se juntar ou em cooperativas. Cinco dioceses na época foram até o governador Moisés Lupion pedir uma ajuda à Igreja. O governador doou para essas cinco dioceses cinco mil alqueires, ou seja, mil alqueires a cada. Assim, vieram agricultores do sul da região das Missões, de origem alemã e católicos pequenos agricultores.

Fotos: Divulgação/Lar

Na medida em que eles vinham, compravam uma colônia de terra que é dez alqueires e a igreja separava um valor para formar uma cooperativa. E assim nasceu a Cooperativa Lar, que foi fundada no dia 19 de março de 1964. No dia 19 de março de 2024 a Lar completou 60 anos.

Eu sou da região da campanha do Rio Grande do Sul. Minha cidade natal é Canguçu, meu pai era pequeno produtor. Produzia leite, batata, cebola, pêssego e na época ele se associou à cooperativa de leite. Infelizmente ela descontinuou por má gestão e então eu sempre convivi com meu pai falando em cooperativa.

Depois fui estudar sete anos no Colégio Agrícola Visconde da Graça, em Pelotas, RS, e lá nós tínhamos uma cooperativa escolar. Então, de novo falando em cooperativa e estudando um pouco. Quando vim para a agronomia, me formei em 1973, em Pelotas, também na grade curricular tinha matérias voltadas ao cooperativismo.

No comecinho de 1974 me formei engenheiro agrônomo. Eu queria ser produtor rural. Pensei “vou no rumo do Centro-Oeste, no Mato Grosso”, mas o Mato Grosso ainda não tinha a agricultura. Entrei na Emater do Paraná, trabalhei sete anos. Quando saí da Emater, a Sudcoop, que hoje é a Frimesa, entrou em dificuldade e vim ser presidente dessa cooperativa e fiquei até o ano de 1983. Em 1984 e 1986 vim para a Cotrefal (Lar) como diretor-secretário e fiquei um pouco frustrado porque a cooperativa não andava. Então me afastei e, quando voltei, em 1990 por nove anos acumulei a Presidência da Sicredi e até hoje da atual Lar.

O Presente Rural – Quando a Lar decidiu diversificar e industrializar sua produção?

Irineo da Costa Rodrigues – Eu só assumi a Presidência da atual Lar com essa ideia de que tinha que fazer duas coisas: trazer mais eficiência na agricultura e agregar valor, porque pequenas propriedades não se viabilizam só com grãos e nós já tínhamos através da Frimesa um pouco de suinocultura e leite. Primeiro passo foi aumentar a suinocultura, aumentar a produção de leite, buscar mais produtividade. Na época, criamos os chamados programas de eficácia. Aí nós entramos com a cultura da mandioca e de hortigranjeiros, mas mirando frango. Até que foi possível, quatro anos depois, pois estávamos com um estudo pronto para entrar na avicultura, no dia 09/09/1999, ou seja, em menos de uma década a Lar já estava agregando valor, diversificada e mais industrializada.

O Presente Rural – A Lar é destaque tanto em número de colaboradores como associados. Ao que o senhor atribui esse desempenho todo?

Irineo da Costa Rodrigues – Cresceu o número de associados porque mais agricultores passaram a confiar na gestão. Não tínhamos médios e muito menos grandes produtores associados à cooperativa. Passaram a se associar e depois aumentou o quadro de associados quando a Lar foi para o Mato Grosso do Sul, claro, tínhamos associados lá, mas muitos sul-mato-grossenses se associaram à Lar. Como também quando fomos para o norte do Paraná, para expansão da avicultura. O nosso quadro de associados está caminhando para chegar a 14 mil. Por termos uma avicultura muito intensa, a Lar se tornou em 24 anos a terceira maior empresa de abate de frango do país, a quarta maior da América Latina. A avicultura é muito intensa em ocupação de mão de obra. Nossa avicultura, hoje, precisa de 21 mil funcionários. Então, dos 24 mil funcionários, 21 mil estão na avicultura.

O Presente Rural – Como o senhor avalia o cooperativismo no ramo agropecuário?

Irineu da Costa Rodrigues – Ele é extremamente necessário. Penso que ele vai se expandir. Claro que, vez ou outra, alguma cooperativa não tem sucesso, mas isso se deve a alguns fatores. Uma cooperativa vai bem quando ela preenche uma necessidade do agricultor. Se a cooperativa preenche essa necessidade é meio caminho andado. Segundo, tem que ter uma gestão boa. E, às vezes, as cooperativas se perdem um pouco com a vontade de querer ajudar o associado, exagera na ajuda, ou também por falta de conhecimento, não são felizes nas decisões tomadas na área comercial, industrial. A cooperativa tem que preencher o interesse do associado e tem que ter uma boa gestão.

E outra palavra que não é mágica, mas é importante, é confiança. A cooperativa tem que gerar confiança. Com esses três alicerces uma cooperativa vai bem, ela cada vez mais encanta seu associado, cada vez se expande mais. Claro que isso não é unanimidade, até porque não dá para uma diretoria de cooperativa atender tudo que o associado quer, pois têm alguns que exageram no pedido. O cooperativismo está sendo cada vez mais importante para o país. Cada vez mais está participando mais da produção, como no estado do Paraná, onde mais de 50% da produção do estado passa por cooperativas.

O Presente Rural – Hoje a cooperativa trabalha em diversas áreas do agronegócio. Poderia traçar um panorama dessas áreas?

Irineu da Costa Rodrigues – A Lar tem um foco. Isso foi definido há duas décadas, quando nós passamos a diversificar muito e poucos associados tinham o interesse por aquelas atividades. O foco da Lar é o que a nossa região faz, foco em grãos, em carnes e insumos. Temos logística, temos transporte, serviços. Criamos a cooperativa de crédito, a Lar Credi para focarmos no agricultor.

O Presente Rural – A avicultura teve uma expansão expressiva nos últimos anos. Até onde a Lar pretende chegar?

Irineu da Costa Rodrigues – De certa forma, a Lar chegou onde queria chegar. Nós precisávamos aumentar a nossa avicultura, porque é uma atividade que tem que crescer para diluir custo. Nós tivemos essa percepção. Nos ressentíamos de ter uma planta para o mercado interno, então, adquirimos a Granjeiro, em Rolândia. Conversávamos muito com a Copagril sobre a necessidade que eles tinham de aumentar, porque com o abate pequeno não era sustentável. A Lar precisou ser ousada, ter coragem para assumir uma atividade que tinha valor alto e deu certo. No primeiro dia útil de três anos atrás, a Lar já estava abatendo frango em Marechal Cândido Rondon. Acreditamos que a Lar é reconhecida, está fazendo um bom trabalho.

O Presente Rural – Quais os principais desafios que a Lar sente hoje?

Irineu da Costa Rodrigues – Nossa preocupação é a queda no preço dos grãos, pois produzimos ainda com custos altos. E, claro, estamos muito preocupados com essas questões de logística que não melhoram nunca. As estradas já deveriam estar todas duplicados, elas são deficientes. Nos preocupa também energia elétrica, que não é adequada ao nível de consumo que temos hoje. A toda hora cai energia, morre frango. Nós não temos conectividade, não temos sinais bons aqui para as máquinas modernas que temos. Em alguns lugares há problemas de água e estradas vicinais. Segurança jurídica e marco temporal, por exemplo. Há indígenas que vêm do Paraguai, que são massa de manobra, criar tensão na região. Como, de certa forma, o MST, que na nossa região está tranquilo, mas a toda hora a gente vê alguém incentivando os movimentos sociais (a invasões).

O Presente Rural – Quais são as oportunidades emergentes que a Lar observa para o agronegócio brasileiro?

Irineu da Costa Rodrigues – As oportunidades são muito grandes, porque nós temos território, nós temos terra, nós temos know how, nós temos clima. E quando falo em know how é porque temos pessoas que sabem fazer agricultura. Os outros países também têm esse potencial, mas não têm a tecnologia, não tem know how como o nosso agricultor sabe fazer. Então, por isso, o Brasil seguramente vai, cada vez mais, ter uma produção maior. Mas claro, outros países começam a criar barreiras, barreiras tarifárias, sanitárias. Precisamos ter um governo que faça o trabalho contraponto, que divulgue mais como trabalhamos. Nós temos uma narrativa muito ruim no Brasil, inclusive brasileiros estão falando que a nossa produção não é saudável, que agride o meio ambiente, que tem trabalho escravo. Brasileiros fazendo jogo de interesses fora do país. Nós temos que sair na frente com uma nova narrativa, falar qual agricultura nós fazemos e chamar os clientes, mostrar para eles. Já ocorreu de clientes da Lar que vieram do exterior ficarem surpresos ao verem árvores na beira das estradas e rios, pois se fala que no Brasil não há mais mata. Essa narrativa precisa ser construída para que sejamos melhores vistos lá fora.

O Presente Rural – Na sua visão, o que é o agronegócio do futuro e como o cooperativismo se encaixa nele?

Irineu da Costa Rodrigues – O agronegócio é uma necessidade. Nós vamos ter nove bilhões de pessoas, então é um incremento de mais de 1 bilhão de pessoas que precisam se alimentar e têm muitas regiões do mundo em que as pessoas passam fome. Estamos numa atividade essencial, diria até mais essencial que a saúde, porque não tendo alimentação, não tem como ter saúde.

Isso tem uma perspectiva muito grande para o nosso país. Cada vez mais a gente observa que quem tem tecnologia para o agro vem para o Brasil. O país vai atrair muitos investidores porque ele tem uma condição espetacular para produzir muito mais. E nós temos que ter a sabedoria de aproveitarmos essas oportunidades. E sim, penso que as cooperativas estão fazendo isso. A Lar não cresceu nos últimos anos à toa, ela buscou crescer, ela se preparou, ela tem na educação e na inovação pilares importantes.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de cooperativismo acesse a versão digital de Especial Cooperativismo, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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