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Suínos / Peixes

Congresso Abraves 2015: Pré-Congresso debate alimentação líquida para suínos pela primeira vez no país

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Um curso inteiro dedicado a alimentação líquida para suínos será realizado pela primeira vez no Brasil durante uma programação Pré-Congresso do 17o Congresso Abraves, que vai acontecer de 20 a 23 de outubro em Campinas, no interior de São Paulo. O programa inclui debates sobre as vantagens e desvantagens deste sistema, comparação entre a alimentação líquida e a alimentação seca com especialistas do Brasil e de países da Europa, onde a alimentação líquida é utilizada com mais frequência, e produtores brasileiros apresentando a implementação deste sistema e sua realidade de produção.
“Neste pré-Congresso vamos debater todos os pontos da alimentação líquida para suínos, desde a questão de equipamentos, passando pela exposição de experiências na Europa e no Brasil até a curva de alimentação. A escolha do tema alimentação líquida se deu em função da sua importância para a suinocultura e o meio ambiente”, destaca o médico veterinário especialista em nutrição animal e presidente da Abraves (Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos), Godofredo Miltenburg. O curso será realizado pela Abraves em uma parceria com o CBNA (Colégio Brasileiro de Nutrição Animal). Outras informações sobre o 17º Congresso Abraves podem ser obtidas através do e-mail abraves2015@fbeventos.com ou pelo telefone (43) 3025.5223.

Alimentação Líquida

Tema cada vez mais discutido na suinocultura, a alimentação líquida oferece muitos desafios e oportunidades para a atividade. Por isso, este curso vai trazer os principais especialistas no assunto para debater vantagens e desvantagens deste sistema. O objetivo é reunir especialistas de países europeus para apresentar suas experiências, já que o continente que faz maior utilização desta técnica e produtores brasileiros que já usam alimentação líquida em suas propriedades para traçar um paralelo com a realidade do país, salienta Miltenburg.  

Um dos debates deste painel será a fermentação de cereais para a alimentação líquida com o objetivo de melhorar na digestibilidade e disponibilidade de nutrientes para os animais. “É um tema muito novo e que vem sendo cada vez mais discutido na Europa. Para isso vamos trazer o consultor em nutrição na Holanda, Ir Ronald Scholten, que tem muita experiência em alimentação líquida”, diz o organizador lembrando de outros temas que serão debatidos.

“As curvas de alimentação para animais será um dos destaques desta programação, pois permite que o nutricionista formule a dieta de acordo com as necessidades reais do animal de acordo com genética e uma série de dados, evitando desperdícios de e alimento”.

O Programa

O pré-Congresso de Alimentação Líquida será das 8h às 17h10 do dia 20 de outubro, no Expo D. Pedro, o mesmo centro de convenções onde será realizada a programação oficial do 17o Congresso Abraves, em Campinas. A secretaria começa atendimento às 8h para a realização de inscrições e entrega de material aos congressistas. A partir das 9h, o programa será aberto pelo engenheiro especialista em equipamentos para alimentação líquida na suinocultura, Maikel Machado Osório, que vai apresentar as possibilidades e tendências de “Equipamentos para Alimentação Líquida”.

Em seguida, o médico veterinário especialista em nutrição animal e criador de suínos na Espanha, Antonio Palomo Yague, vai debater “Alimentação Líquida para Suínos na Europa”. Na sequência, ele fará uma segunda apresentação sobre “Nutrição de Precisão: Alimentação Líquida X Alimentação Seca”. Logo depois, o engenheiro agrônomo com doutorado em nutrição animal e consultor em nutrição na Holanda, Ir Ronald Scholten, vai destacar “Uso de Coprodutos na Alimentação Líquida para Suínos”. Em seguida, ele continua sua exposição com um debate sobre “Fermentação de Ingredientes na Alimentação Líquida para Suínos”.

O engenheiro agrônomo especialista em nutrição animal e consultor brasileiro, Luis Antônio Vitagliano, vai falar sobre “Curvas de Alimentação para suínos”. Este pré-congresso será encerrado com uma mesa-redonda sobre “Alimentação Líquida no Brasil” entre o gerente de suinocultura da Fazenda Água Branca, pioneira no uso de alimentação líquida no país, Denilson Cesar da Silva, e o produtor Arie Brunkhorst  da Suinocultura AWB, com grande experiência na utilização de silagem de grãos úmidos de milho.  

Apoio

O 17º Congresso Abraves tem patrocínio Diamante confirmado por empresas como Alltech, De Heus, Elanco, Merial e Vaccinar. O coquetel de abertura será patrocinado pela APCS (Associação paulista de Criadores de Suínos). O patrocínio Ouro tem a participação da MCassab e o patrocínio Prata tem a confirmação de empresas como Big Dutchman e Plasson. O patrocínio Bronze está confirmado pelas empresas In Vivo e Vétoquinol.

Entre outras cotas de patrocínio, estão confirmadas Abraves –SC, AB Vista, Agroceres Multimix, Ajinomoto Animal Nutrition, Biomin, CRMV- SP, DB Genética Suína, DesVet Produtos Veterinários, DSM, ICC, Kemin, MSD Saúde Animal, Ourofino Saúde Animal, Poli-Nutri, Porc-Ex Breeding,  Suiaves, Topgen, Vencofarma, Yes e Zoetis.

A divulgação do evento tem parceria com as principais mídias do agronegócio, como Revista Suinocultura Industrial, Revista Feed&Food, Revista PorkWorld, Jornal O Presente Rural, Revista Mundo do Agronegócio, Portal Suino.com, Agência Safras, Portal do Agronegócio e Portal Agrolink.

Serviço:

17o Congresso Abraves
Data: 20 a 23 de outubro de 2015
Local: Expo D. Pedro, Campinas – SP
Informações: abraves2015@fbeventos.com  

Fonte: Ass. Imprensa

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Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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