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Conflito entre Rússia e Ucrânia reforça a necessidade de ampliar a produção de trigo em solo brasileiro

Em reunião com a ministra Teresa Cristina, a Abitrigo ressaltou a importância de uma Política Nacional do Trigo e do apoio do Mapa ao projeto da Embrapa, que visa a ampliação da área plantada no Norte do Cerrado.

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Divulgação/Abitrigo

O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Rubens Barbosa, se reuniu na última quinta-feira (03) com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Teresa Cristina, para uma conversa sobre o panorama e os desafios do mercado do trigo nacional.

O aumento da produção do grão em solo brasileiro foi um dos assuntos debatidos na reunião. A Abitrigo reforçou a importância do apoio do Mapa ao projeto da Embrapa, que visa a ampliação da área plantada no Norte do Cerrado.

Além disso, a entidade também mencionou o fato do Ministério ter lançado, recentemente, a Política Nacional de Fertilizantes, em vista da vulnerabilidade do Brasil nessa área, fato que também é observado no mercado do trigo. Nesse contexto, a Abitrigo relembrou que, há três anos, encaminhou para o conhecimento do Mapa uma política nacional do trigo que, agora, com a conjuntura mundial, se torna ainda mais urgente. “Tendo em vista o interesse da ministra no assunto, informamos que o material está em fase de atualização e que, em breve, enviaremos uma nova versão para a avaliação dela”, destacou Barbosa.

Outro tema debatido no encontro foi a importação das 750 mil toneladas de trigo, sem a cobrança da TEC. “Reforçamos que a Abitrigo não pedirá um aumento desse volume, mas que esse assunto pode voltar à tona caso a situação de fornecimento piore. Nesse caso, entendemos que o governo federal poderia ter de examinar a possibilidade de isentar a TEC de volumes acima daquela tonelagem”, afirmou Barbosa.

Impactos no mercado do trigo

Considerando o atual cenário dos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia, a Abitrigo aproveitou o encontro para fazer uma breve exposição quanto às perspectivas e os impactos da situação para o mercado do trigo. “Ressaltamos a nossa preocupação com o substancial aumento do preço e o peso que isso representa para a indústria. Mencionei ainda que cada empresa decidirá o que fazer, mas assinalei que seria difícil evitar algum repasse para o preço da farinha”, pontuou Barbosa.

“De forma geral, a reunião foi positiva e construtiva. A Abitrigo continuará a fazer o acompanhamento de todas essas matérias de perto e seguirá reportando as necessidades e o cenário atual ao Ministério”, finalizou o presidente-executivo.

Fonte: Assessoria

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Capacitação on-line gratuita auxilia produtor a melhorar manejo hídrico na propriedade leiteira

Curso é lançado pela Embrapa pela plataforma E-Campo.

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Foto: Aianne Amado

A Embrapa oferece um novo curso on-line pela plataforma de capacitações a distância da Empresa, o E-Campo. Manejo Hídrico na Propriedade Leiteira é gratuito e tem duração de 52 horas.

O objetivo é capacitar agentes de assistência técnica e extensão rural, além de produtores e estudantes, sobre a importância e como fazer a gestão hídrica na fazenda de leite para o uso racional da água e a adequação ambiental da propriedade.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

De acordo com o responsável pela capacitação, o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste Julio Palhares, a iniciativa pretende estimular as boas práticas na produção leiteira em relação ao consumo e qualidade da água. “O curso é o primeiro no Brasil que tem como objeto uma atividade pecuária. Muitas das informações e conhecimentos apresentados também podem ser aplicados em outras atividades animais, como bovinos de corte, suínos e aves. Manejar a água de forma correta será, cada vez mais, fundamental para os sistemas de produção animal, principalmente, em cenários em que as mudanças climáticas promoverão a escassez hídrica em várias regiões produtivas”, destaca Palhares.

Ao final, o participante estará apto a  encaminhar uma solicitação de outorga de uso da água, a quantificar e qualificar o consumo hídrico, realizar a coleta de análise de água para os diversos tipos de consumo da propriedade, interpretar os resultados da avaliação da água e aprender a utilizar a ferramenta de aplicação do Índice de Desempenho Hídrico da produção leiteira (IDH-leite).

Foto: Shutterstock

A promoção do curso contribui para o alcance das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Agenda 2030, com as metas 2, 6 e 12. A primeira refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, etc. O ODS 6 trata da preservação e conservação dos recursos hídricos e seu uso eficiente. O ODS 12, corresponde ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais, no caso dessa capacitação, a água.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado. Porém, sugere-se que seja concluído em até 30 dias, para uma maior efetividade da aprendizagem.

Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail e-campo.pecuaria-sudeste@embrapa.br

Fonte: Assessoria Embrapa
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Missão do Mapa na Índia garante abertura de mercado para derivados de ossos e amplia acesso de material genético bovino

Esses acordos, negociados desde 2019, abrem novas possibilidades para o setor pecuário brasileiro e reforçam o Brasil como fornecedor de destaque para o mercado indiano.

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Fotos: Divulgação/Mapa

Para fortalecer as relações comerciais e ampliar o acesso dos produtos brasileiros ao mercado indiano, uma delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) esteve recentemente em Nova Delhi, na capital da Índia. Durante a missão, foram assinados dois Certificados Zoosanitários Internacionais (CZIs) com a autoridade competente indiana, formalizando melhorias nas condições de exportação de sêmen bovino e bubalino, além de embriões bovinos, e acordando a abertura de mercado para derivados de ossos destinados à produção de gelatina (Bone Chips). Esses acordos, negociados desde 2019, abrem novas possibilidades para o setor pecuário brasileiro e reforçam o Brasil como fornecedor de destaque para o mercado indiano.

A conquista foi formalizada na presença do secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Julio Ramos, que representou o secretario Luís Rua e liderou a delegação brasileira na Índia, ao lado do adido agrícola, Ângelo de Queiroz, com total apoio da Embaixada do Brasil no país. A equipe brasileira se reuniu com o Departamento de Pecuária e Lácteos do Ministério da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia, representado pela secretária Alka Upadhyaya, onde, além das assinaturas dos CZIs, foi discutido o acesso para diversos produtos brasileiros tais como material genético avícola, bile não comestível de aves, pet food, ossos desengordurados, chifres, cascos, produtos de reciclagem animal e amireia.

Esses avanços também contaram com o irrestrito apoio da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, que tem sido fundamental no desenvolvimento e na garantia das certificações sanitárias exigidas pelos mercados internacionais.

Durante a reunião, também foram discutidos avanços nas negociações para a exportação de carne de búfalo da Índia para o Brasil, um produto de relevância para o mercado indiano. As autoridades indianas também expressaram seu grande interesse em viabilizar rapidamente o acesso dos produtos caseína, lactose e leite de camelo no mercado brasileiro.

Desde 2023, outros cinco novos mercados foram abertos para produtos brasileiros na Índia: açaí em pó, suco de açaí, pescado de cultivo (aquacultura), pescado de captura (pesca extrativa) e frutos de abacate.

Outras agendas

Além dos acordos formais, a missão incluiu encontros estratégicos com autoridades e partes interessadas importantes para fortalecer o comércio bilateral. Em uma reunião com a secretária Nidhi Khare, do Departamento de Assuntos dos Consumidores, foram discutidas as políticas indianas de importação para pulses, como o Black Matpe e o feijão guandu, visando garantir maior estabilidade comercial e explorar oportunidades de exportação desses produtos para o mercado indiano. Ainda no âmbito institucional, a delegação brasileira realizou uma visita à Embaixada do Brasil na Índia, onde se encontrou com o embaixador Kenneth da Nóbrega e ainda com representantes do Forum of Indian Food Importers (FIFI), com quem discutiram o cenário indiano geral e as perspectivas de colaboração futura e expansão do mercado de alimentos importados.

Complementando os compromissos, o grupo participou de uma reunião com Faiz Ahmed Kidwai, secretário adjunto do Ministério da Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores, focada na agenda de negociações fitossanitárias visando a abertura do mercado indiano a produtos brasileiros de origem vegetal. As discussões abordaram tanto as demandas brasileiras, como a abertura de mercado para citrus, erva-mate e castanhas, quanto as prioridades indianas para a exportação de alguns produtos como a romã. A parte indiana formalizou o compromisso de acelerar os tramites internos a fim de publicar os requisitos para tais produtos na maior brevidade possível. Também foi realizada uma reunião no Ministério de Comércio e Indústria com o secretário-adjunto do Departamento de Comércio da Índia, Vimal Anand, abordando a melhoria das condições de acesso de produtos brasileiros na India e a discussão conjunta de mecanismos que possibilitem uma redução de tarifas para produtos tais como algodão, suco de laranja, carne suína e de aves, além de explorar a possibilidade de aprofundar o acordo Índia-Mercosul especificamente para produtos agrícolas.

A missão ainda contou com reuniões voltadas para a segurança dos alimentos e autorização de importação para produtos processados. Em encontro com o CEO Shri Kamala V Rao, da Food Safety and Standards Authority of India (FSSAI), foi discutida a implementação prática das ações prevista no MoU recém assinado entre o Mapa e o FSSAI incluindo uma visita do FSSAI ao Brasil em 2025 e possíveis avanços em cooperação técnica, principalmente na aprovação de novos produtos brasileiros, como a polpa de açaí e a castanha de baru torrada.

“A agricultura brasileira é uma ferramenta poderosa de transformação social, geradora de emprego e renda, e essa missão na Índia reforça o nosso compromisso em ampliar o acesso dos produtos brasileiros no mercado indiano. Recebemos o compromisso do governo indiano de publicar, nas próximas semanas, a consulta pública para a abertura dos mercados de citrus, incluindo tangerina, laranja, limão tahiti e limão siciliano, além da erva-mate. Esse avanço é motivo de celebração, pois fortalece os laços comerciais entre Brasil e Índia. Estamos promovendo o intercâmbio de produtos agrícolas e estabelecendo uma cooperação duradoura, sempre seguindo as diretrizes do Ministro Carlos Fávaro e do secretário Luis Rua,” afirmou Julio Ramos.

Comércio bilateral

O comércio agrícola entre Brasil e Índia ocupa posição relevante, com o Brasil entre os 20 maiores exportadores para o país, principalmente em óleo de soja e açúcar, que representam cerca de 80% das exportações brasileiras. A Índia é o 14º maior destino dos produtos agropecuários brasileiros, com um volume de comércio que alcançou aproximadamente US$ 2,026 bilhões nos primeiros nove meses deste ano e expectativa de crescimento.

Fonte: Assessoria Mapa
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Emirados importam 126% mais carne bovina do Brasil

País árabe foi o terceiro maior destino das exportações brasileiras de carne bovina de janeiro a outubro, com uma fatia de 4,7% do total.

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Foto: Fernando Dias

Os Emirados Árabes Unidos aumentaram em 126% as compras de carne bovina do Brasil em volume de janeiro a outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2023 e ficaram na terceira posição no ranking de importadores do período, de acordo com informações divulgadas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) na última sexta-feira (8).

O país árabe ficou com fatia de 4,7% das exportações brasileiras de carne bovina, pelo critério quantidade, nos primeiros dez meses do ano, com um total de 125,6 mil toneladas adquiridas. Também houve aumento nos valores. As importações dos Emirados somaram US$ 569,2 milhões no período, com alta de 133%.

No total, o Brasil exportou 2,6 milhões de toneladas de carne bovina de janeiro a outubro, com aumento de 34% no volume. A receita ficou em US$ 10,774 bilhões, 23% maior a igual período de 2023. Em outubro, individualmente, os embarques de carne bovina do Brasil somaram 319,3 mil toneladas, aumento de 34%, e a receita foi de US$ 1,38 bilhão, 4% maior.

Fonte: Assessoria ANBA
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