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Confira uma análise sobre as tensões entre Rússia e Ucrânia e seus possíveis efeitos

Impactos estão sendo sentidos na economia global e na inflação brasileira.

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Foto: Arquivo/OP Rural

Transcorrido mais de um ano do início da guerra entre a Rússia e Ucrânia, é possível analisar com mais clareza os impactos concretos de tal conflito sobre os preços internacionais das commodities e as eventuais implicações para o nível geral de preços do Brasil.

Conforme indica a Figura 1, os índices de preços internacionais das commodities calculados pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) materializaram, a partir de fevereiro de 2022, o início do conflito, com tendência importante de elevação, principalmente nos índices que mensuram os preços dos fertilizantes e das commodities energéticas (como o petróleo), muito por conta da surpresa com a deflagração da guerra.

Nos meses seguintes, as expectativas gerais sobre o conflito foram se acomodando. Então, o mercado foi “precificando” tal evento, e, em meados de julho, pelo menos os índices dos preços das commodities agrícolas e das relacionadas a alimentação e bebidas, que se movimentam praticamente juntas, já tinham retornado ao patamar pré-invasão – que, ressalta-se, ainda é maior que o nível de preços pré-pandemia, conforme aponta a Figura 1.

A partir de outubro de 2022, também se verifica o retorno dos índices de preço geral (agregado) das commodities e dos produtos básicos energéticos a um patamar próximo ao que se tinha antes do início do conflito. A série que parece mais resistente a dissipar os choques iniciais é a que mensura o preço dos fertilizantes. No entanto, até mesmo essa série já não apresenta os valores extremos verificados entre abril e maio de 2022.

Logo, de modo geral, ao se observar o comportamento dos principais preços internacionais das commodities, é possível dizer que, apesar do efeito inicial materializado na forte alta dos preços, a extensão do conflito até os dias atuais não tem significado, pelo menos até o momento, a manutenção dos preços em patamares extremamente elevados, principalmente se comparado aos do período pré-conflito – muito por conta de iniciativas que buscaram minorar os efeitos negativos na circulação de produtos básicos, como grãos, os quais os países envolvidos na guerra são relevantes produtores e exportadores. Um bom exemplo é o acordo de exportação de grãos da Ucrânia para o Mar Negro, firmado pelas Nações Unidas e pela Turquia em julho de 2022, de modo a permitir as vendas externas de grãos ucranianos. Essa iniciativa era prevista para ser encerrada em 18 de março de 2023, mas foi renovada para até 18 de maio deste ano.

Trazendo a análise do período para o Brasil, ao verificar o nível geral de preços, tem-se que, ao longo de 2022, principalmente em março e abril, os grupos do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) “alimentação e bebidas” e “transportes” apresentaram movimentação importante (Figura 2), o que, em partes, pode ser creditada às oscilações dos preços internacionais das commodities citadas anteriormente. Neste ponto, os fertilizantes merecem destaque, uma vez que seu preço elevado encareceu a produção agrícola nacional, já que o País depende da importação desse insumo. Estas movimentações incidiram diretamente sobre o grupo dos preços dos alimentos. Já o grupo que congrega os preços dos transportes foi afetado pelo valor do petróleo, tendo em vista que o Brasil utiliza a política da paridade de preços internacionais, que faz com que os valores internos acompanhem os externos, que, por sua vez, também subiram no período em questão.

Como reflexo do que aconteceu com os preços internacionais das commodities, com o passar dos períodos, os efeitos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia parecem bem menos relevantes, e medidas internas, como a desoneração dos combustíveis, cujos efeitos podem ser visualizados a partir de julho de 2022, acrescidas às demais questões nacionais, parecem ser os maiores motivadores das variações observadas na Figura 2. Por óbvio, os efeitos já provocados pelo conflito e sua transmissão aos preços, tanto para o produtor quanto para o consumidor, não podem ser desprezados. Porém, o que se pretende com esta análise é ressaltar que tais efeitos não se mantiveram com o mesmo vigor inicial, mesmo com o prolongamento do confronto.

Assim, pode-se dizer que, em se tratando dos preços das commodities, tanto no plano internacional quanto no que se refere aos seus reflexos para o nível geral de preços da economia brasileira, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia parece não mais ser um elemento de grande influência, claro que mantendo as condições que têm se apresentado nos últimos períodos. O que o futuro reserva para o desenrolar de tal embate pode, em maior ou menor grau, voltar a impactar de modo proeminente os preços das commodities, mas estas são cenas para os próximos capítulos, ou melhor, para as próximas análises.

Fonte: Assessoria Cepea

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Notícias No Brasil

Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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