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Suínos / Peixes

Confira formas de utilizar melhor a imunidade passiva dos suínos

Profissional enaltece a necessidade de oferecer condições para a matriz produzir colostro de qualidade.

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Fotos: Shutterstock

A imunidade passiva na suinocultura refere-se à transferência de anticorpos e outros componentes do sistema imunológico da porca mãe para os seus leitões para proteger a leitegada contra doenças durante as primeiras semanas de vida. Essa transferência ocorre naturalmente através da colostrogênese e da amamentação, nas quais os leitões ingerem o colostro, o primeiro leite secretado pela mãe após o parto. Nesta matéria, o médico-veterinário com especialização em gestão de pessoas e carreiras, Anderson de Queirós, fala sobre os fatores ligados às matrizes suínas e os agentes envolvendo os leitões, destacando que manejo do colostro é importante, mas que é apenas uma das etapas do processo de produção de suínos. De forma prática e simples, ele trouxe recomendações de como o manejo bem feito pode melhorar o desempenho da granja.

Médico-veterinário Anderson de Queirós – Foto: Arquivo Pessoal

O profissional disse que essa temática não é para um profissional que trabalha na granja, mas para todos que compõem a equipe, pois o sucesso da produção sempre é uma soma do trabalho do grupo. Ele defende a importância de que os trabalhos produzidos nas universidade sejam utilizados no dia a dia, bem como apontou que seja investido mais tempo na solução dos problemas. “Eu penso que de cada cinco minutos que temos, um minuto seja utilizado para pensar no problema e os outros quatro na solução”.

A matriz é a peça chave na sanidade de rebanho

Anderson explicou que a imunidade passiva é a vacina que a matriz consegue transmitir para o leitão, que é diferente da imunidade ativa, que vem direto de uma vacina. “Na espécie suína, a placenta da porca impede que esta imunidade passiva seja passada via sangue, por causa do formato dela. Desta forma, a única opção do leitão ter acesso à vacina da mãe é por meio da ingestão do colostro”, destacou.

Por outro lado, o médico-veterinário disse que a ingestão do colostro é praticamente o final do processo que envolve a imunidade passiva. “Antes do leitão mamar o colostro, nós temos que possibilitar que a fêmea tenha condições para produzir um colostro de qualidade em um sistema de produção”, pontuou.

O profissional reforçou que a matriz é a responsável por fornecer a primeira vacina ao leitão e que essa vacina basicamente vai servir para proteger o leitão das doenças que a própria mãe pode transmitir a ele a partir do nascimento. “Trabalhos mostram que em 30 minutos o leitão tem mais de 32 contatos com a mucosa da mãe, contando a boca, focinho, orelha e olhos, ele precisa deste contato, e é aqui que começa a primeira contaminação”, indicou.

Fatores que interferem na produção do colostro

Entre os agentes que interferem na produção do colostro, ele destacou que de forma geral as fêmeas mais velhas, acima de três ciclos, têm uma produção maior de colostro. Também defendeu que a alimentação no pré-parto tem se mostrado como uma das ferramentas mais importantes para alterar tanto a produção quanto a qualidade deste colostro. “Dietas ricas em fibras tendem a aumentar a concentração de prolactina próximo ao parto, provavelmente pela redução de endotoxemia – toxinas que interferem em toda a saúde intestinal das fêmeas, bem como no colostro”, sugeriu.

Com relação ao tamanho da glândula mamária e número de tetos ele argumentou que é variável, porque isso acaba diluindo muito do que foi preparado no pré-parto. “Nem sempre a fêmea que tem 18 tetos consegue compensar a produção de colostro, em relação àquela fêmea que tem 12. A indução do parto até 24 horas antes da data do parto espontâneo também não altera a produção do colostro”, informou.

Anderson lembrou que a fêmea suína, diferente da vaca, não tem cisterna na glândula mamária, o que faz com que ela não consiga armazenar leite ou colostro. “Desta forma, essa produção depende de sucção constante, que já inicia no parto, pois esse sistema fica funcionando durante o tempo todo e, depois, durante a lactação, os leitões conseguem mamar a cada 40 minutos, durante este tempo que vai dar uns 20 ou 30 segundos de liberação contínua, o leitão vai sugando e ela vai produzindo mais”, explicou.

Por conta disso, os estudos mostram que quanto mais o produtor coloca o leitão para mamar, mais colostro a porca produz, até que chega em um nível que ela não tem mais os ingredientes para produzir este colostro e aí ela vai produzir leite. “Isso é diferente dos trabalhos antigos que mostravam que as leitegadas numerosas mais pesadas produziam mais”, relembrou.

Outro apontamento feito por ele é que a adequada estimulação do aparelho mamário durante a fase colostral é de extrema importância, já que diversos trabalhos mostram que fêmeas que foram tocadas produziram menos colostro. “Acreditamos que isso ocorra por conta do estresse causado por este manejo bastante invasivo. De modo geral o que a gente precisa entender é que a fêmea bem cuidada vai produzir mais colostro. Se o leitão é bem cuidado ele vai mamar melhor, mais rápido e isso vai possibilitar com que ela produza mais colostro “, ponderou.

Fome mata

De outra perspectiva, o médico-veterinário também chamou a atenção a respeito de que os investimentos financeiros em pesquisa, na área de suínos, em sua maioria são utilizados para estudar mortes infecciosas, mas que a maioria das mortes dos suínos não tem esta causa. “Nenhuma doença consegue matar 5% ou 6% do rebanho, como a fome”, advertiu.

Ele também recomendou a importância da realização da necropsia dos animais mortos para verificar as causas da morte. “Isso vai possibilitar com que a gente entenda quais animais morreram de estômago vazio e quais estavam com o estômago cheio, além de indicar a taxa de qualidade do seu manejo de colostro”, defendeu.

Conforme o profissional, a fêmea suína é um dos poucos animais que tem condições de ajudar no crescimento bastante significativo de peso dos leitões. “Para que isso ocorra é preciso cuidar muito bem dela. Precisamos melhorar a produção do colostro, bem como a qualidade dele e também trabalhar para reduzir a pressão de infecção nessas matrizes”, ponderou.

Imunidade por meio de vacinas

O especialista também compartilhou os resultados de um estudo em que foram realizadas estratégias de vacinação em larga escala, incluindo a vacinação pré-parto em uma granja. Em um dos grupos, as fêmeas não foram vacinadas para micoplasma, enquanto em outro grupo, as fêmeas foram vacinadas no pré-parto. Em um terceiro grupo, todas as fêmeas foram vacinadas no mesmo dia. “Quatro meses após essas vacinações, o grupo submetido à vacinação em massa mostrou resultados superiores. Isso mostra que essa abordagem tem dois benefícios essenciais, protege as porcas e prepara o colostro que será produzido por elas”, refletiu.

Desta forma, as fêmeas que foram vacinadas apresentaram uma taxa significativamente menor de positividade para micoplasma. “Isso demonstra que a vacinação das matrizes no final da gestação tem o potencial de reduzir a colonização de leitões por doenças. Quando os leitões chegam à creche, eles podem estar suscetíveis a adoecer, dependendo das condições ambientais, uma vez que a imunidade conferida pela vacina ainda não está ativa nas primeiras semanas de vida. Isso ressalta a importância de proporcionar um ambiente adequado para os leitões nas primeiras fases de vida”, enalteceu.

Outra constatação apresentada pelo palestrante é a de que praticamente 100% dos leitões vacinados em massa, contra a influenza suína, testaram negativo para a doença. “Isso é fundamental, pois a influenza, provavelmente, não mata os leitões, mas ela abre as portas para que outras doenças matem”, opinou.

Perfil de imunidade

Por conta dos estudos apresentados, o palestrante recomendou que todo o plantel adulto da granja seja vacinado ao mesmo tempo, duas a três vezes ao ano. “Uniformizar o perfil de imunidade das matrizes tem se mostrado muito interessante porque diminui a pressão de infecção das matrizes, o que possibilita com que elas fiquem mais saudáveis, o que vai refletir para todo o rebanho”, observou.

Ele recomendou que é necessário diminuir a excreção de doenças pelas matrizes focando na redução da colonização dos leitões ao desmame e pressão de infecção ambiental. “Temos que focar em agentes respiratórios de acordo com o perfil sanitário de cada sistema. Nosso objetivo precisa ser maior do que só aumentar a qualidade imunológica do colostro, e sim, trabalhar uma fêmea mais saudável”, frisou.

Disputando a herança desde o nascimento

Entre as estratégias para garantir a colostragem, o profissional enalteceu que o colostro é muito estudado, mas pouco compreendido e frequentemente negligenciado. Por outro lado, ele disse que o sistema de produção da suinocultura já teve muitos avanços entre os anos de 2003 a 2023, como o incremento muito significativo de 25 a 30% nos nascidos vivos. “Temos que comemorar, pois as fêmeas estão entregando mais leitões vivos”, observou.

No entanto, Anderson informou que a produção média de colostro é de cerca de 3,67 quilos por matriz e que o manejo da granja deve auxiliar na divisão deste bem escasso. “Trabalhos mostram que alguns leitões conseguem ingerir 700 gramas de colostro, enquanto outros nenhuma grama. Tem coisa mais triste do que um animal recém-nascido morrer de fome? É importante refletir sobre isso”, argumentou.

O profissional também esclareceu que os últimos nascidos, a partir do leitão 14, já tem mais propensão a serem vulneráveis. “Esses leitões já encontram uma leitegada ativa e uma parede mamária muitas vezes esgotada pela sucção dos leitões que vieram na frente. Por conta disso é preciso ter cuidado especial com os vulneráveis”, recomendou.

Em termos de absorção ele explicou que a teoria dizia que algumas células do sistema imune eram específicas e que somente a mãe biológica conseguia transferir elas ao seu leitão. “Recentemente surgiram trabalhos que mostram que os leitões conseguem absorver células do sistema imune de outras porcas, que não são a própria mãe, inclusive de mães adotivas. Isso muda a nossa observação sobre a transferência de leitões logos após o nascimento, mas os estudos também mostram que os leitões que são trocados de matriz morrem mais”, advertiu.

Com relação ao percentual de colostro que o leitão precisa mamar o especialista disse que é em torno de 200 a 250 gramas, dependendo do peso ao nascer. “Essa quantidade pode ser menor se for imediatamente após o nascimento, pois o colostro é de melhor qualidade”, apontou. De outra forma, o profissional também frisou que as medidas de ingestão no colostro que são baseadas no peso leitão medem a quantidade ingerida, não a qualidade do colostro. “Ou seja, é muito mais nutricional do que imunológico”, afirmou.

Segundo o médico-veterinário, a ingestão do colostro logo após o nascimento também tem função energética e termorreguladora. “É por isso que se fala tanto sobre o frio para o leitão, porque ele gasta muita caloria nas primeiras horas tentando manter a temperatura corporal dentro do ideal, então ele consome muita energia, se ele não conseguir mamar, ele vai ficar gelado, vai cair. Tudo o que um leitão recém-nascido precisa é mamar colostro, porque os componentes do colostro vão muito além da imunidade, eles ajudam o leitão a aumentar a temperatura, ficar forte e continuar mamando, observou.

O profissional também apresentou algumas ações práticas que podem auxiliar e minimizar o impacto da temperatura ambiente, como uma estrutura de aquecimento próxima ao aparelho mamário, o uso de papelão descartável – principalmente em sistemas com piso compacto ou feno e o uso de cortina na frente das placas evaporativas.

Fechamento intestinal

Outro ciclo importante e que faz parte do manejo do leitão recém-nascido é o sistema que ele possui de fechamento intestinal. Conforme o palestrante esse fechamento é dose-dependente da ingestão do colostro. “Ingerir uma grande quantidade de colostro em curto espaço de tempo permite um rápido fechamento intestinal e reduz riscos de invasão por patógenos. Enquanto o retardo da ingestão resulta em um atraso do fechamento para até 33 horas. O intestino precisa estar preparado para receber o alimento”, indicou.

Anderson também afirmou que esse fechamento intestinal tem relação com a entrada de energia e proteína também, bem como os hormônios podem alterar este processo. “A partir do momento que a abertura se fecha, mais ou menos entre 24 e 36 horas que o leitão nasce, não adianta mais ofertar colostro, porque ele não vai conseguir absorver. Esse fechamento, próximo das 24 horas, é desejável, porque ele diminui o risco de encontrar algo no ambiente”, refletiu.

O especialista garantiu que um dos segredos do sucesso na indústria suína está na atenção dada ao consumo do colostro nas primeiras horas de vida dos leitões, pois esse consumo desempenha um papel crucial no desenvolvimento intestinal desses animais. “Quando adequadamente preparado, o colostro pode causar mudanças notáveis na morfologia intestinal, incluindo um aumento significativo no tamanho do intestino, espessura da parede do intestino delgado, altura das vilosidades e profundidade de cripta. Essas transformações resultam em um aumento espetacular na superfície de absorção, aproximadamente 100 vezes maior. Já existem contratos bonificando valor sobre o desmamado de acordo com o desempenho de creche”, informou.

Em sua conclusão, ele relembrou que a importância da matriz na sanidade do rebanho não pode ser subestimada. A imunidade passiva desempenha um papel crucial no bem-estar dos leitões e é fundamental compreender o significado dessa imunidade dentro da granja. “A qualidade do colostro é a chave para facilitar a vida dos leitões desde o momento em que o ingerem. Portanto, a mensagem principal é clara: não basta ter colostro, ele precisa ser de alta qualidade. Para alcançar colostro de qualidade é essencial que as porcas estejam saudáveis e bem cuidadas. A saúde do rebanho depende do equilíbrio entre a imunidade passiva e a colonização ativa”, finalizou.

7 dicas práticas – onde devemos focar

1. Potencialize a produção e principalmente a qualidade do colostro das matrizes, isso depende da estratégia e engajamento de todo o sistema produtivo.

2. Defina um programa de imunização das matrizes para agentes respiratórios de acordo com os desafios.

3. Não basta ser colostro – tem que ter capacidade de gerar imunidade passiva para toda leitegada.

4. Organizar mamada de colostro é obrigação dos profissionais da granja.

5. Controle fatores estressantes para os leitões nascidos, pois isso é importante e vai ajudar a garantir a absorção dos nutrientes necessários.

6. Quanto mais rápido ele começar a receber o colostro melhor.

7. Lembre-se sempre: colostro é aquecimento, energia, imunidade, desempenho, vida.

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Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Podcast revela bastidores de discreta, mas poderosa central de genética no seio da suinocultura brasileira

Jornal O Presente Rural reuniu em um podcast um time de feras da suinocultura para falar sobre a WG Central de Genética Suína de Quatro Pontes, PR, um empreendimento da Associação de Suinocultores de Marechal Cândido Rondon que tem se tornado referência nos últimos anos pela sua modernidade e pela sua eficiência.

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O jornal O Presente Rural reuniu em um podcast um time de feras da suinocultura para falar sobre a WG Central de Genética Suína de Quatro Pontes, PR, um empreendimento da Associação de Suinocultores de Marechal Cândido Rondon que tem se tornado referência nos últimos anos pela sua modernidade e pela sua eficiência. Responsável por toda a genética de machos repassada aos suinocultores da cooperativa Copagril, a WG ainda leva o material para várias regiões do Brasil, como Santa Catarina, Mato Grosso e Minas Gerais. Conheça um pouco dessa história em versão impressa. Se preferir, acesse o podcast aqui.

Participaram Ary Giesel, médico-veterinário responsável técnico da WG, empresa terceirizada da associação para administrar a central de inseminação. Também um velho conhecido do setor e premiado suinocultor Milton Becker, um dos fundadores da Associação de Suinocultores de Marechal Cândido Rondon. Quem também participou é outro grande produtor de leitões, Eládio Deves, que contou um pouco sobre a sua experiência com o material genético da central. Contribuíram também o superintendente de Pecuária da Copagril, André Dietrich, é o vice-presidente da cooperativa e suinocultor César Petri.

Suinocultor e um dos fundadores da Associação de Suinocultores de Marechal Cândido Rondon, Milton Becker – Fotos: Sandro Mesquita/OP Rural

O Presente Rural – Acho que seu Milton pode começar contando para nós um pouco quando foi criada e qual era o objetivo da associação na época?

Milton Becker – Estou na suinocultura desde 1977, faz 47 anos. Comecei junto com a minha esposa, uma granja de dez matrizes e um sócio. Eu trabalhava no comércio na época, gerente de uma empresa, mas tinha a intenção de investir no agronegócio. E eu entendi que a suinocultura seria o melhor ramo. A associação foi surgindo de forma natural pela necessidade. Eu fui também na época vice presidente da Associação Brasileira e também foi vice presidente da Associação Paranaense. Fomos fortalecendo então a Associação de Marechal Cândido Rondon. Já que nós vamos falar da Central, surgiu a ideia entre 1991 e 1992 de fazer uma central de inseminação que fosse para benefício de todos O Ary já era na época era o responsável técnico dessa central. Foi uma evolução, um investimento muito bom, o que deixa a gente satisfeito é a evolução. Naquela época eram oito, dez machos.

Tivemos uma evolução boa, eu e meus parceiros fazíamos a venda de leitões, depois nós fizemos um contrato com a Copagril. E nós entendemos também pela necessidade e pelo padrão de genética da cooperativa.

E hoje estamos muito felizes na nossa granja (de matrizes que recebe a genética da central), todo mundo sabe. Nós já fomos campeões nacionais por oito anos, seis anos em primeiro lugar e dois anos em segundo lugar. São vários fatores do segredo de sucesso: genética, assistência técnica e mão de obra. E a central e os reprodutores são muito importantes porque é ali que inicia tudo.

Você tem a matriz, mas você tem que inseminar essa matriz com qualidade e de um padrão, vamos dizer assim, altamente confiável. E esse é o que acaba acontecendo então na nossa granja.

Superintendente de Pecuária da Copagril, André Dietrich

O Presente Rural – Ari, de uns anos para cá houve esse reposicionamento da associação que adotou uma nova forma de gestão. Quais foram os motivos para essa nova forma de atuação, para essa terceirização de fato acontecer?

Ari Giesel – Em um certo momento não se sabia quem iria tocar a central, não tinha gente que dissesse eu posso tocar a central e avançar. Eu era responsável técnico na época, que é uma outra atribuição, eu ia lá uma vez por semana e a central estava na mão de pessoas que iam lá uma vez por mês e que não tinha conhecimento técnico.

E foi aí que a gente entrou em um proposta com a Copagril e ela entendeu que a gente poderia fazer um trabalho de se dedicar com sêmen. Aí a gente terceirizou realmente dentro desse pacote. Em cima disso então eu assumi para terceirizar a central e começar a buscar tecnologia, ver a evolução que que as outras centrais tinham. Fomos para a Espanha para ver como é que era o processo lá. A gente viu maquinários, viu novas ideias e veio com aquilo de que a gente também poderia fazer. Adquirimos a maioria das máquinas que têm hoje lá e graças a Deus a gente conseguiu com esforço, buscando informação junto com o produtor, junto com a cooperativa.

A gente começou então fazer que o sêmen fosse realmente um selo de qualidade, igual a qualquer central. Então, dentro desse propósito, a gente começou treinando todos os funcionários. E qual é o nosso objetivo? É ser igual ou até melhor que as outras centrais. Dentro do nosso volume, a gente tem uma segurança muito forte mesmo para dizer que realmente nosso produto sai com muita qualidade. Ou nós produzimos qualidade, que é a nossa meta, ou não produzimos.

O Presente Rural – Para onde vai esse sêmen? Só para a Copagril?

Ari Giesel – O volume maior realmente vai para a Copagril. Eu diria 70%, esses outros 30% vão para diversas regiões, vai para Minas Gerais, vai para Mato Grosso e para Santa Catarina. Mas o nosso foco mesmo é ter uma parceria e um crescimento com a Copagril. A gente já está almejando e tomara que consiga um aumento de 30% na nossa atividade na nossa produção. Hoje nós temos 150 machos. Desde 2017 já são dois milhões de doses.

Ary Giesel, médico-veterinário responsável técnico da WG, empresa terceirizada da associação para administrar a central de inseminação

O Presente Rural – Diz que a associação, apesar de ser pequena, escondidinha, está sendo reconhecida pelas empresas de genética, pelo mercado, como uma das mais modernas e eficientes do país. Pode contar um pouco para nós os detalhes técnicos?

Ari Giesel – Nós fazíamos no início tudo manual. A gente foi buscar máquinas que façam o trabalho, adquirimos um sistema que a gente não se envolve muito, a máquina te dá o resultado. A gente só gerencia esses resultados. Todo mundo sabe o objetivo que a gente tem. A gente premia também os funcionários de alguma forma para eles estarem realmente engajados e principalmente para nós termos qualidade e ter o resultado lá no campo.

Às vezes dá uma tremedeira porque a responsabilidade é grande, a gente sabe o envolvimento e a parceria que tem que ter com o produtor. Ele tem que fazer a parte dele. E essa parte foi muito bem feita pela cooperativa, pois todos eles têm conservadoras e cuidam do sêmen que nem fosse cuidar uma joia. E essa joia realmente se traduz em ganhos.

O Presente Rural – Andrey, como é que a evolução genética tem contribuído para uma suinocultura moderna?

Andrey Dietrich – A genética é um dos pilares da nossa produção. A gente sempre busca custo, é claro, sem sacrificar qualidade. Mas nós buscamos sim otimizar custo. E a gente vê que a melhoria do desempenho consegue reduzir custos. Eu extrair o máximo potencial é reduzir custo também. A gente tem esse entendimento. A nutrição é a maior parte do nosso custo de produção, a gente precisa que a ração seja bem aproveitada. Então a gente não pode se dar ao luxo de desperdiçar ração ou não extrair o máximo que aquela nutrição pode nos proporcionar.

No nosso ponto de vista, a genética é o limite de até onde a gente consegue. Então, se eu estou com o meu manejo bem alinhado, se eu estou com a minha nutrição bem alinhada, qual é a nota dez do meu sonho? Qual é a nota dez do meu custo? Até onde eu consigo chegar? E a genética é a que delimita isso.

Então é importante essa conversa com a central e algumas solicitações de modernização de investimento que e a gente faz e somos prontamente atendidos. A gente faz isso pensando na evolução genética, para que a gente consiga ser referência em custo e em produtividade.

Vamos pensar só na linha paterna. O macho é extremamente importante para que a gente tenha a melhor conversão alimentar possível. Recentemente foi feita uma alteração na pontuação do macho, utilizando o que tem de melhor no mercado hoje, pelo menos pela troca de informação que a gente tem com as demais cooperativas, mais empresas da nossa região e do Brasil visando esse máximo potencial.

A gente entende que é o papel fundamental da genética determinar até onde consegue chegar, reduzir custo, produzir mais e ter sucesso na atividade.

O Presente Rural – Legal que vocês da cooperativa têm envolvimento com a WG para trocar informações para continuar a evolução da central.

Andrey Dietrich – Sim, apesar de a central não estar dentro na Coopagril, a gente tem essa parceria estabelecida. O Ary falou que 70% do sêmen que é produzido ali vem para a Copagril, mas a cooperativa utiliza 100% do sêmen na central. A central abastece toda a produção da cooperativa. E tem capacidade inclusive que conseguiria contemplar aumentos de produção que a gente por ventura possa ter e provavelmente teremos.

Olhe, o Ari falou que dá aquela tremedeira da responsabilidade e realmente a gente sabe da importância da central, então não tem como ser diferente. Como que a gente espera um resultado bom para o nosso produtor e para a nossa integração se a gente não está nessa conversa afinada com a central? Não tem outra forma. A gente vê essa parceria como bastante estratégica.

O Presente Rural – E esses machos? Como são escolhidos? Eles produzem durante por quanto tempo e como é a reposição?

Andrey Dietrich – O macho tem uma vida útil. Nós acompanhamos a evolução do mercado e das próprias genéticas. Nós temos comprovado que o material genético está entregando o melhor resultado, que é bom para todo mundo, é bom para o produtor, bom para a creche, bom para a terminação e é bom para o frigorífico. No frigorífico também dita muito da tendência que a gente precisa seguir. A gente vai seguir por aquela linha. A nossa definição da genética é com base nos critérios técnicos de produtividade e idade de macho.

Ari Geisel – Hoje os machos são descartados pela pontuação que eles têm de um índice genético. Nós temos o índice máximo que são de 130 pontos, quando chegou a 100 pontos vai para o descarte. Nós descartamos no ano passado 76% do plantel. Às vezes, como central, dá até dó ele está com a idade certa, mas geneticamente eles medem lá que esse macho então já é um candidato ao descarte. Onera bastante, mas mantém a qualidade.

Vice-presidente da cooperativa e suinocultor César Petri

O Presente Rural – O César Petri é vice-presidente da Copagril e também suinocultor. Qual a importância para a Copagril em ter uma parceria sólida para entrega de sêmen?

César Petri – Minha falecida mãe começou com quatro matrizes e era todo ciclo completo e a monta era natural. Na época era com o cachaço, com o macho lá na granja para fazer inseminação, sistema natural. Só que com o crescimento e com a tendência da evolução genética, não cabia mais ter o macho na granja lá porque ele ficava às vezes três, quatro, cinco ano na granja, mas enquanto isso a genética já estava muito mais avançada. Tinha perda de evolução genética muito grande e fora que com o crescimento das granjas hoje é inconcebível e não tem como operacionalizar monta natural. Hoje se faz lotes de 100 matrizes inseminadas numa semana. Então, sem condições de fazer uma inseminação natural. O sistema de ciclo completo foi se extinguindo, foi se verticalizando, o sistema e as grandes de iniciação foram cada vez ampliando mais. Hoje são granjas de 1000, duas mil, 3 mil, 5 mil matrizes. Então para isso teve que se evoluir para o sistema de inseminação artificial.

Se, por exemplo, ele enviar uma dose de sêmen que não teve esse controle perfeitinho, com problema no lote. Da inseminação de 100 matrizes, por exemplo, 40 possam ter problema. O sêmen é o mais barato de tudo, você perdeu um lote de cobertura que custava muito dinheiro. Queremos garantia de ter um parceiro sólido, não só na questão do sêmen, mas em todas as áreas de nutrição, de fornecedores, de compradores. A gente precisa ter parcerias sólidas, que dão garantia de qualidade. Isso a gente conquistou também com a central de inseminação.

O Presente Rural – O abatedouro da Frimesa está a plenos pulmões em Assis Chateaubriand, aumentando cada vez mais a produção, e a Copagril é uma das grandes fornecedoras de suínos para o abate. Quais são os planos para ampliar a produção no campo e como a central se encaixa nisso?

César Petri – A Frimesa fez todo esse investimento no frigorífico novo e demanda de um crescimento na produção de todas as cooperativas. A Copagril hoje está com um plantel de 30 mil matrizes no campo na mão de produtores associados. A Copagril não tem granja própria, mas tá na mão do cooperado. A gente viu que a gente deveria deixar o produtor cooperado produzir e é esse o modelo de produção que a companhia tem. A gente vai atender o crescimento da Frimesa, mas precisa que o associado queira construir essas granjas também, porque esse é o modelo que a gente tem.

Mês passado (março), inclusive, a gente bateu recorde de fornecimento de suínos. Foi mais de 100 mil suínos entregues num único mês. E a central vai continuar tendo papel primordial no crescimento. Se a gente crescer, a central vai precisar continuar crescendo.

O Presente Rural – Temos aqui o Eládio Deves, há muito tempo trabalhando com seu Milton, mas com granja própria. O senhor consegue notar os resultados da genética lá na granja?

Produtor de leitões, Eládio Deves

Eládio Deves – Com certeza. O produtor procura e busca o GPD (ganho de peso diário), número de nascidos vivos ou nascidos totais deles que a gente trabalha da diferença dos nascidos totais e vivos. Com certeza a genética melhorou muito e hoje nós temos um padrão de leitão na granja. Nós não temos um leitão nascendo muito pequeno, precisa de média. Eu quero bastante leitão, mas eu quero uma média boa, que são leitões viáveis, com mais peso. A genética evoluiu muito nesse sentido.

O Presente Rural – O Milton é um dos maiores ganhadores do prêmio Agriness, que destaca os maiores produtores de desmamados/fêmea/ano no Brasil. Fale um pouco dessas conquistas e como o sêmen suíno contribui para esse sucesso?

Milton Becker – Com certeza a genética tem muito a ver não só do macho, mas também da matriz. E a gente sempre busca mais, buscar melhor. Oito anos e desde o primeiro ano nós já passamos a ganhar. São vários fatores, a genética, tanto do macho como da fêmea, nutrição, manejo, mas a mão de obra é fundamental. E a premiação é uma consequência. O prêmio é uma satisfação e realmente eu tenho certeza. Conheço a opinião dos meus colaboradores e eles ficam felizes com essa questão da premiação.

O Presente Rural – Eládio está no páreo também?

Eládio Deves – Não. Comecei a usar o sistema da Agriness no ano passado, mas ficou fui o campeão na Copagril. Fiquei em primeiro lugar. Nos últimos oito anos, ficamos duas vezes em segundo e as outras em primeiro. É importante a referência, o objetivo é sempre ficar entrando entre os melhores, se eu tiver um desempenho baixo, eu não consigo ter rentabilidade e não tenho como crescer na atividade. Eu tenho que ficar no mínimo entre os 10% melhores do país, vamos dizer assim. Esse é o objetivo.

Milton Becker – Só para ter uma ideia, nós estamos fechamos o ano passado com 36,5 leitões em média. Todo mundo sabe que a média regional aqui é 28. Então nós temos oito leitões e meio por porca a mais do que a média regional. Fazendo uma conta bem simples, 5 mil matrizes vezes oito, são 40 mil leitões a mais por ano que a nossa granja produz. E isso é aquilo que demonstra a viabilidade do negócio. Eu falo isso para estimular os outros produtores e para cada buscar o seu melhor, porque é dessa forma que a gente consegue também se manter na atividade.

César Petri – A gente fala muitas vezes em ampliação, falando em ampliação para crescimento da Frimesa ou o produtor investir em ampliação. Quando a gente olha o número dessa forma, a gente percebe que a gente tem uma ampliação dentro do número. Então eu preciso aumentar o tamanho da minha granja. Talvez não. São 40 mil leitões mais em 5 mil matrizes no ano, isso é quase meio mês de abate. Olha o potencial que nós temos em produção, em produtividade e que é uma ampliação que já está dentro da granja. Imagina trazendo para o sistema da Copagril de 30 mil matrizes, se ganhar cinco leitões a mais. São 150 mil suínos a mais no ano. É um mês e um pouco de abate dentro do próprio número.

Eládio Deves – Mas queremos não apenas número, mas um leitão mais pesado, de sete quilos e meio que é um objetivo para ele ir melhor nas creches. Então, vamos dizer, nós não vamos fazer oito leitões a mais. As vezes tem porca com 42 leitões por ano, mas desmama com 16, 18 dias. Na minha opinião não é viável. Desmarcam com 16 dia, 18 dias, para mim sempre vale o custo e tem que sobrar alguma coisa no leitão, não adianta eu ter número.

Andrey Dietrich – Muito bem observado. Também não é nosso objetivo só botar número de leitão. É importante qualidade, isso é a premissa principal.

O Presente Rural – Vice-presidente da Copagril, com tudo isso que a gente falou, como se reflete lá no consumidor final?

César Petri – Qualidade da carne. Aí é um dos pontos também da evolução genética que a gente vem falando é a qualidade de carne, a qualidade nutricional que a gente quer no final, que a gente sempre tem que estar olhando. Temos que olhar para o cara que vai lá na gôndola do supermercado comprar essa suína, caso contrário não tem justificativa em estar produzindo o suíno.

A missão nossa é essa. Acompanhamos a evolução genética para chegar lá no frigorífico um suíno com a característica que o consumidor queira. Esse é o objetivo que a gente vai estar sempre perseguindo.

O Presente Rural – E para o futuro, quais são os planos para a central?

Ari Giesel – Depende muito da demanda. Nós acreditamos que nós vamos ter uma demanda de 30% e para isso a gente vai precisar também mexer na estrutura física geral. E a gente já está vendo a possibilidade. Basicamente já está definido que a gente vai aumentar no mês de maio e depois a central depende da parceria com a Copagril. Estamos querendo chegar em 200 machos. A gente acha que assim vai suprir a necessidade da região

O Presente Rural – Senhores, alguma consideração final?

Milton Becker – Há muitos anos eu descobri que é preciso ter parcerias. Eu acho que hoje o produtor deve produzir e a nossa cooperativa que faz o trabalho de engorda e às vezes e depois vai para a mesa. Eu não vejo outro caminho para a suinocultura sem essas parcerias. Isso é muito forte na região Oeste e no Paraná. A parceria fortalece a Copagril, a central de genética e a granja.

Eládio Deves – Para ser viável, é preciso ter as 52 semanas sem oscilações. A minha granja é pequena e representa tantos por cento, mas todos os produtores têm que ter a consciência disso. Nós precisamos 52 semanas por ano ter um parceiro bom.

Andrey Dietrich – Só enfatizar a importância da parceria com a WG, com os produtores de qualidade, como o Milton e o Eládio. Eu acho que essa sinergia entre central, produtores e cooperativa, todo mundo fazendo a sua parte aqui, vai sempre nos trazer um bom resultado. Só agradecer e enfatizar a importância das parcerias para a gente.

César Petri – Eu quero só reforçar a importância dessa cadeia para a cooperativa, foi a partir da suinocultura que a Copagril surgiu. É extremamente importante essa cadeia, a gente vê como sustentáculo de tantas famílias no campo e que o crescimento da suinocultura nos traz grandes desafios numa região desafiadora, que já tem uma concentração de suínos grande e que a gente precisa crescer da melhor forma possível e no melhor alinhamento possível. E isso central, no trabalho que ela faz, nos dá essa garantia também de crescer tranquilo, que a gente tem a fornecedora de genética que nos dá segurança.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de suinocultura acesse a versão digital de Suínos, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Suínos / Peixes Entre 13 e 14 de setembro

Acrismat realiza maior festival de carne suína de Mato Grosso

Com entrada gratuita, Mato Grosso Pig Fest terá 20 estações com carne suína.

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Foto: Divulgação/ABCS

A carne suína tem caído cada vez mais no gosto do brasileiro. A diversidade de cortes e principalmente sua qualidade e sabor tem atraído cada vez mais amantes dessa, que é a proteína mais consumida no mundo. Com objetivo de mostrar todo a versatilidade da carne suína e atrair novos consumidores para fomentar ainda mais o consumo, a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), associação afiliada da ABCS e contribuinte do FNDS, realizará nos dias 13 e 14 de setembro, a primeira edição da Pig Fest, festival gastronômico exclusivo de carne suína.

O evento, que terá entrada gratuita, e acontecerá no Centro de Eventos Jonas Pinheiro, contará com 20 estações com pratos, lanches, finger food e sobremesas tendo a carne suína como destaque. Além de outras 20 estações com doces e bebidas.  “O evento foi pensado em mostrar toda a versatilidade da carne suína, que é a proteína mais consumida no mundo, e fomentar o consumo dela, que é muito saudável e saborosa, além de ser bastante acessível à nossa população”, pontuou o presidente da Acrismat, Frederico Tannure Filho.

Em Mato Grosso, o consumo da carne suína aumentou 257% nas últimas duas décadas. “Em 2004, o consumo de carne suína aqui no estado era de 7 kg per capita por ano. Após intenso trabalho de promoção da proteína, conseguimos aumentar esse número para 25 kg per capita ano agora em 2024”, revelou Tannure.

De acordo com uma projeção realizada pela Cogo, consultoria de inteligência em agronegócio, o consumo de carnes deve bater recorde no Brasil em 2024, cada habitante deve consumir cerca de 103 kg de carnes no geral, e o corte suíno deve apresentar a maior alta. A expectativa de consumo é de 21 kg por habitante, um aumento de 4% em relação a 2023.

Atrações
Além da praça de alimentação, o evento contará com espaço kids, e terá shows com as bandas The Vinis, Silver Guy, Banda U.B.A e o DJ Augusto Werner que se apresentarão em um palco 360º.

Fonte: Assessoria ABCS
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Suínos / Peixes

Poder de compra do suinocultor aumenta

Resultado reflete a valorização do vivo superior à do milho e do farelo de soja. O movimento de alta do suíno, por sua vez, se deve à boa liquidez da carne e à menor disponibilidade de animais em peso ideal para abate, ainda conforme pesquisas do Cepea.

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Foto: Shutterstock

Levantamentos do Cepea mostram que o poder de compra de suinocultores paulistas frente aos principais insumos utilizados na atividade avança setembro em alta.

Segundo pesquisadores deste Centro, o resultado reflete a valorização do vivo superior à do milho e do farelo de soja.

O movimento de alta do suíno, por sua vez, se deve à boa liquidez da carne e à menor disponibilidade de animais em peso ideal para abate, ainda conforme pesquisas do Cepea.

No mercado de milho, levantamento da Equipe Grãos/Cepea mostram que vendedores vêm limitando o volume ofertado, atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil.

Em relação ao farelo de soja, também segundo a Equipe Grãos/Cepea, a ausência de chuvas tem preocupado produtores, visto que pode atrasar o início da semeadura da temporada 2024/25.

Como resultado, vendedores estão reduzindo a oferta no spot, enquanto consumidores, tanto domésticos quanto internacionais, competem para adquirir novos lotes.

Fonte: Assessoria Cepea
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