Conectado com

Notícias

Confira as transformações do varejo e as estratégias da ABCS para Semana Nacional da Carne Suína

Conheça as principais mudanças entre as redes de varejos no Brasil para atender cada vez mais e melhor os seus clientes.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O varejo alimentar brasileiro é um grande parceiro da  Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), sendo há 11 anos a ponte que liga os produtores aos consumidores por meio da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS). Nos últimos dois anos, o segmento sofreu a maior mudança das últimas duas décadas, com fusões entre marcas e grupos, brandings, novos modelos de negócio e uma constante adaptação para se adequar às necessidades dos clientes, adotando o melhor modelo para atender os consumidores.

Sendo assim, a ABCS explica um pouco dessas mudanças, como estão posicionadas as redes participantes da SNCS e como essa estratégia tem sido pensada para que a maior vitrine da carne suína no país esteja acessível em todos os lugares, para todos os públicos.

Com a aquisição do Grupo Big pelo Grupo Carrefour, o Carrefour se consolidou ainda mais forte como a maior rede de varejo brasileiro, conquistando mais espaço na região Sul do país com as marcas já consolidadas pelo Big. Com a queda do modelo de hipermercados, o grupo GPA extinguiu as unidades da bandeira Hipermercado Extra, remodelando a marca, que é uma das mais lembradas pelos brasileiros.

O antigo Mercado Extra, um modelo de loja diferente que foca mais em atender as necessidades imediatas dos consumidores, absorveu o antigo Hiper, transformando-se em Extra Mercado. Houve também uma unificação entre as bandeiras Cidade Canção, São Francisco e Amigão, da Companhia Sulamericana de Distribuição (CSD), que se tornaram a rede Amigão Supermercados, ampliando sua força no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Os consumidores ditam as regras

Outra mudança tem sido a força estabelecida pelos varejos regionais, que foram impulsionados na época da pandemia. A SNCS também está presente nas maiores redes regionais nos maiores polos de consumo de carne suína, estando no top 5 da ABRAS em São Paulo e Minas Gerais. Mais uma tendência que se manteve após a pandemia foi o ato de cozinhar em casa, mesmo após a volta ao presencial.

A cesta de alimentos perecíveis em geral continua reservando boas oportunidades de negócios para as empresas supermercadistas. São itens de alto giro e de bom valor agregado, além da praticidade, um quesito que o consumidor brasileiro vem buscando como uma alternativa para a alimentação, o costume de se alimentar bem, cozinhar em casa e evitar o desperdício vem sendo mantido.

O consumidor hoje está exposto a uma maior possibilidade de produtos e preços, além de opções por canais, seja o atacarejo ou super e hipermercados. Ele é impactado mais com a comunicação, e o apelo promocional é um fato importante na hora de decisão; o consumidor segue perseguindo o melhor preço.

De acordo com um artigo escrito pelo especialista Clilson Filippetti na última edição do SuperHiper Abras, mais de 60% dos brasileiros acreditam que o preço acessível é o diferencial para a compra de diversas categorias e afirmam estar mais propensos a comprar. Percebendo isso, alguns dos parceiros têm investido em marcas próprias que vem mudando de percepção e hoje garantem produtos de qualidade, alimentação saudável, melhor preço, vantagem e benefício.

A ABCS enxerga na SNCS a oportunidade de ampliar o canal de comunicação entre a cadeia, varejo e consumidores sobre esses temas, além de possibilitar um preço mais vantajoso da proteína e educar sobre a qualidade da carne suína junto aos consumidores.

Compras online

Mais de 80% dos consumidores de supermercados entrevistados no novo levantamento da Dunnhumby compram alimentos e produtos para a casa nos canais digitais. 37% do que é gasto no mês é feito on-line, ou seja, o e-commerce serve para reposições pontuais e compras de conveniência, segundo a pesquisa.

Além disso, o açougue responde por mais de 12% das vendas dentro do varejo físico e 10% das vendas do e-commerce, oferecendo mais uma oportunidade.

O Ranking Abras mostra que 36% dos supermercadistas estão atuando no comércio eletrônico e que o açougue é a quarta sessão mais movimentada neste segmento. Todas as redes participantes da SNCS estão presentes no e-commerce, atendendo às necessidades dos consumidores cada vez mais conectados no mundo digital.

A diretora de marketing da ABCS e especialista em experiência do consumidor, Lívia Machado, destaca que a estratégia da SNCS está em consonância com as mudanças do varejo alimentício, levando o consumidor ao centro e o identificando como um ser humano com desejos, necessidade de conexão e  cada vez mais atento e em busca de experiências que facilitem seu dia a dia e permita se dedicar à questões que impactam diretamente seu bem-estar e propósito de vida. “Estamos sempre atentos às tendências de consumo e, como associação que reúne produtores, frigoríficos e varejo, temos como missão traduzir esse comportamento e auxiliar na comunicação de toda a cadeia de valor para atender melhor o cliente e, consequentemente, vender mais carne suína”, expõe.

Fonte: Assessoria ABCS

Notícias

Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

Publicado em

em

Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Notícias

Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

Publicado em

em

Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

Publicado em

em

Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.