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Conferência FACTA WPSA-Brasil 2021 debateu necessidade de inserir pequena e média avicultura no mercado internacional

Evento on-line segue hoje, 24/06, até às 21h30

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A 38º Conferência FACTA WPSA-Brasil, evento técnico e científico mais tradicional da avicultura brasileira e sul-americana, levantou questões sobre a abertura do mercado internacional para a pequena e média avicultura da América Latina, entre outros assuntos relevantes para o setor. Com o tema “Avicultura, Recalculando…”, a edição 2021 continua hoje, de forma on-line, das 17h às 21h30.

O presidente da Asociación Nacional de Avicultores y Productores de Alimentos – ANAPA, da Nicarágua, Alfredo Vélez Lacayo, explicou que nos últimos 25 anos a indústria avícola de médio e pequeno porte passou por diversos estágios de competitividade e competência, tendo alcançado de forma consistente a autossuficiência no abastecimento do consumo interno de produtos avícolas, atingindo estabilidade no equilíbrio entre oferta-demanda.

“Porém, embora com o advento de melhoramentos genéticos, novas tecnologias e conhecimentos, a competição entre as empresas locais e estas por sua vez com as importações é crescente, o que, somado à falta de mercados de exportação, está limitando seu crescimento ao tamanho do mercado local”.

Para dar “o próximo passo” no crescimento do setor, Vélez salientou que uma excelente oportunidade é expandir mercados de exportação e que o volume necessário pode ser enviado para a indústria manter seu crescimento interno. Mas, para isso, ele cita como elemento-chave que o país tenha uma plataforma de exportação que ajude a facilitar as negociações com terceiros países para abrir seus mercados às exportações avícolas.

“É importante e necessário que as médias e pequenas aviculturas contêm com essa plataforma de exportação, o que implica uma tarefa monumental, tarefa que consideramos caber às Associações Avícolas conduzi-la em coordenação com os seus associados”, detalhou.

Vigilância para Influenza Aviária e doença e Newcastle

O médico-veterinário e diretor da CERES BCA, Hernán Rojas, comentou durante a sua apresentação que a avicultura é uma atividade fundamental na América Latina, tanto para a produção de carne e ovos, quanto para outros produtos e subprodutos. Diante disso, salientou que as doenças virais, Influenza aviária (IA) e a Doença de Newcastle (DNC) constituem ameaças presentes e permanentes para a avicultura da região.

Ele explicou ainda que, devido às características da infecção/doença e seus potenciais impactos socioeconômicos, a avicultura dos países, juntamente com os serviços veterinários, é obrigada a ter uma estratégia de gestão de saúde adequadamente eficiente e eficaz. “A vigilância é uma tarefa grande, complexa e permanente. Não é possível que se realize somente pelo estado ou pelo setor privado. Ainda mais na região, onde existe tanta diversidade de sistemas de produção avícola e a multiplicidade de necessidades que os produtores e serviços veterinários têm”.

Portanto, como ponto-chave, Rojas acredita que as parcerias público-privadas formais são necessárias. “Essas parcerias podem seguir as diretrizes do Guia de Parcerias Público-Privadas da OIE e estabelecer responsabilidades no delineamento, gestão e financiamento da vigilância epidemiológica, como parte da gestão sanitária avícola. Esta parceria deve ser uma declaração e precisa traduzir-se na identificação conjunta de lacunas e desafios, identificação de soluções, prazos e responsáveis. Assim, um roteiro de trabalho progressivo pode ser gerado”, finalizou Rojas.

Coronavírus na indústria avícola

Ainda falando sobre a necessidade de uma estratégia de gestão de saúde adequadamente eficiente e eficaz, o Doutor em Medicina Veterinária e professor assistente e associado de Medicina Avícola, na Universidade de Califórnia, Davis (EUA), Rodrigo Gallardo falou sobre a importância do controle ou prevenção contra infecções por coronavírus.

Os coronavírus possuem um genoma RNA de fita única e sentido positivo. Este é o maior genoma de vírus RNA, variando entre 27 mil e 30 mil nucleotídeos. Estes vírus são sensíveis a desinfetantes, calor e sabão, devido a seu envelope formado por uma dupla camada fosfolipídica que é facilmente desintegrada por ele. Além disso, o capsídeo, a estrutura que protege o genoma, não é fechado firmemente em vírus sem envelope, deixando o genoma suscetível a desintegração. Por fim, todos os coronavírus são altamente contagiosos e têm um tempo de incubação que varia entre 2 e 14 dias.

Gallardo detalhou que a estratégia mais importante para o controle ou prevenção contra infecções de coronavírus em um dado local é a vigilância constante. “Essa vigilância demanda o uso do genoma completo ou de segmentos representativos das regiões hiper-variáveis do genoma. A informação coletada deve ser usada para compreender a evolução do vírus e para a detecção precoce de variantes antigênicas. Os ciclos do IBV manifestam surtos a cada 5 a 7 anos. A pressão seletiva da vacinação (vacinas vivas) contribui para a sua variabilidade”.

Ele acrescenta que esse vírus tem a capacidade de manter-se em populações de galinhas por um longo tempo, em parte devido aos níveis de imunossupressão em lotes avícolas, que favorecem a emergência de cepas variantes e salienta que as chaves para o controle e prevenção do IBV são vacinação e prevenção.

“Em resumo, os coronavírus são uma grande família de vírus, incluindo diversas espécies animais e humanas. O IBV é um coronavírus gama e o SARS-CoV-2 é um coronavírus beta, havendo semelhanças e diferenças entre eles. O conhecimento da epidemiologia, imunologia e biologia molecular do IBV pode contribuir para a compreensão do comportamento e dos efeitos do SARS-CoV-2 em humanos. Vigilância e detecção constantes são necessárias para compreender os coronavírus em circulação e elaborar boas estratégias preventivas”, finaliza Gallardo.

Fonte: Assessoria

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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020

Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.

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Foto: Asgav

Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.

Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.

Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.

O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.

Fonte: Assessoria Cepea
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JBS e Nigéria assinam acordo para investir em segurança alimentar e desenvolver cadeias produtivas sustentáveis

Plano de investimento de US$ 2,5 bi em 5 anos inclui a construção de 6 fábricas e a colaboração com o Governo da Nigéria no fomento da produção local.

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Fotos: Divulgação/JBS

A JBS, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, assinou na última quinta-feira (21) um memorando de entendimentos com o Governo da Nigéria com a intenção de investir no desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis para a produção de alimentos no país africano.

Maior economia da África e país mais populoso do continente, a Nigéria tem também uma das taxas de crescimento populacional mais altas do mundo: segundo projeções das Nações Unidas, a população nigeriana alcançará 400 milhões até 2050 — o país tem hoje mais de 250 milhões de habitantes. O PIB nigeriano, hoje em US$ 363,82 bilhões, poderá mais que dobrar até 2050, chegando a US$ 1 trilhão. Ao mesmo tempo, o país enfrenta uma das maiores taxas de insegurança alimentar do mundo, com 24,8 milhões de pessoas passando fome (WFP). Na África Subsaariana, 76% da população em extrema pobreza vive da agricultura (WB).

“Nosso objetivo é estabelecer uma parceria sólida e apoiar a Nigéria no enfrentamento da insegurança alimentar. A experiência nas regiões em que operamos ao redor do mundo mostra que o desenvolvimento de uma cadeia sustentável de produção de alimentos gera um ciclo virtuoso de progresso socioeconômico para a população, em especial nas camadas vulneráveis”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.

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Pelo memorando, a JBS irá desenvolver um plano de investimento de cinco anos, que abrangerá estudos de viabilidade, projetos preliminares das instalações, estimativas orçamentárias e um plano de ação para desenvolvimento da cadeia de suprimentos. O Governo da Nigéria, por sua vez, assegurará as condições econômicas, sanitárias e regulatórias necessárias para a viabilização e sucesso do projeto. O documento prevê a construção de 6 fábricas — 3 de aves, 2 de bovinos e uma de suínos — com investimento de US$ 2,5 bilhões.

A produção de proteína no país responde por 10% do PIB, e fornece 40% da demanda doméstica. A ampliação da produção local tem o potencial de não apenas melhorar a segurança alimentar, mas reduzir significativamente as importações, gerando empregos locais e apoiando milhões de pequenos produtores.

O plano de investimento da JBS na Nigéria incluirá um amplo trabalho de desenvolvimento das cadeias produtivas locais, com apoio aos pequenos produtores e a estímulo de práticas agrícolas sustentáveis, a exemplo de como a Companhia já atua com seus milhares de parceiros em outras regiões do mundo. Um exemplo é o programa como Escritórios Verdes, que dá assistência técnica gratuita para produtores rurais brasileiros aumentarem a eficiência de sua produção, atendendo aos mais rigorosos critérios socioambientais.

Conforme diagnóstico realizado pela Força Tarefa de Sistemas Alimentares do B20, o braço empresarial do G20, durante a presidência do Brasil, estimular o aumento da produtividade através da adoção de tecnologias inovadoras no campo e da assistência técnica aos produtores, especialmente para os pequenos agricultores, é essencial para garantir o aumento da produção agrícola, preservando os recursos naturais e promovendo ao acesso das populações mais vulneráveis a alimentos de qualidade. Essa foi uma das recomendações da força-tarefa, posteriormente adotada pela declaração final dos líderes do G20.

“Nosso objetivo é colaborar com o Governo da Nigéria no sentido de apoiar a implementação do Plano Nacional de Segurança Alimentar, compartilhando nossa expertise no desenvolvimento de uma cadeia agroindustrial sustentável e as melhores práticas com o objetivo de aumentar a eficiência, a produtividade e a capacidade produtiva do país”, concluiu Tomazoni.

Fonte: Assessoria JBS
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