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Suínos / Peixes

Conceito antigo de higiene é base da suinocultura 4.0

Conceito muito mais antigo, a higiene, é a solução para os problemas causados pela retirada dos antibióticos e para se inserir na quarta revolução industrial

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A experiência prática da Holanda com a restrição ao uso de antimicrobianos foi apresentada durante a Conferência Info360, que reuniu profissionais brasileiros e estrangeiros da suinocultura em abril, em Florianópolis, SC. Quem falou sobre o assunto foi o engenheiro agrônomo Marc Intven, um dos maiores propagadores do conceito HyCare (cuidado) na atividade suinícola pelo mundo. Mark contou que quando os antibióticos foram restritos naquele país, a vacinação foi intensificada e ajudou os rebanhos a vencer desafios em um primeiro momento, mas se mostrou ineficiente em médio prazo.

Ele cita que um conceito muito mais antigo, a higiene, é a solução para os problemas causados pela retirada dos antibióticos e para se inserir na quarta revolução industrial. “Saúde como solução ao uso de antibióticos. Higiene para a suinocultura 4.0”, aposta o profissional.

De acordo com ele, a Holanda tem 950 mil matrizes e 12 milhões de suínos em terminação. Marc conta que “a densidade aumentou as infecções e a resistência antimicrobiana, fazendo governos aprovarem reduções” no uso desses medicamentos. Ele conta que em 2011, “a primeira redução foi fácil, mas foi ficando cada vez mais difícil” controlar a pressão de infecção, infortúnio que foi combatido em um primeiro momento com vacinação. “A gente aumentou a vacinação no início, o que ajudou bastante. Mas em 2017, governo e varejo falaram: ‘temos que fazer algo que não está resolvendo. Chegou a hora de encontrar outro caminho, não só a vacina”, citou.

Cuidado padrão em cuidado elevado

Para ele, os cuidados básicos ainda são a melhor alternativa para a produção sem o uso de antimicrobianos e que suinocultores holandeses que utilizam o método HyCare reduziram em até 90% o uso desses fármacos na produção animal. O método se baseia em nove eixos, que são os seguintes: água de bebida limpa, superfícies sem poros, controle de pragas, fluxo de pessoas, método consistente de manejo, limpeza e desinfecção, higiene pessoal dos colaboradores e manejo das carcaças.

“Ao aplicar o método HyCare todos os produtores alcançaram mais de 90% de redução no uso de antibióticos”, argumentou o profissional, líder em Desenvolvimento de Negócios para a Europa da MS Schippers. Entre outros resultados positivos, segundo dados apresentados por Marc, estão melhor conversão alimentar (5%), melhor crescimento (12%), além de menor mortalidade e melhor classificação das carcaças.

“Temos que encontrar maneiras de evitar, prevenir as doenças. A OMS (Organização Mundial da Saúde) também mudou sua estratégia. Trabalhava muito com vacina e antibiótico e está mudando de estratégia. Hoje tem muita gente sobrevivendo só bebendo água limpa e lavando as mãos. Na pirâmide da saúde, a higiene está na base, é o principal. As soluções estão na base. A única maneira de trabalhar de forma higiênica na suinocultura é cuidar dos animais de forma excelente. Essa é a via para o futuro; transformar o cuidado padrão em cuidado elevado”, sustenta.

Cinco pilares

Cinco são os principais pilares para que o modelo HyCare seja implementado na suinocultura, aponta o profissional. Agua de bebida limpa é a primeira delas, mas ainda há falta de cuidado sobre o tema. “Hoje a água de bebida não é suficiente boa, contendo patógenos, inclusive Salmonella. O problema muitas vezes é o sistema de transporte. O produtor começa com água limpa e (no fim da linha) acaba suja”, pontua. De acordo com ele, fatores como velocidade baixa da água e tubulação muito grossa, entre outros, podem afetar a qualidade da água.

Outro pilar citado por Marc tem relação com a infraestrutura das granjas. Na opinião dele, em granjas que contêm materiais porosos, como concreto, é mais difícil manter um ambiente livre de patógenos. “Outro pilar são as superfícies não porosas. Se tiver porosa, como madeira e concreto, os patógenos vão entrar e ficar ali. Você limpa, aquece, mas os patógenos do ciclo anterior estão ali. Por isso os novos galpões (que usam mais inox, por exemplo) têm melhores resultados. Sempre há população de patógenos do ciclo anterior. Uma forma de lidar com isso é revestimento que repele água”, explica.

Limpeza e desinfecção é o terceiro pilar, cita Marc, revelando que o número de microrganismos de um centímetro quadrado tem eu diminuir de 500 milhões para menos de 500. “Em um galpão há 500 milhões de microrganismos por centímetro quadrado imediatamente após a retirada dos animais. Se lavar com água, cai para 20 milhões. Se limpar com sabão, cai para 100 mil, mas se desinfetar cai para menos de 500 microrganismos por centímetro quadrado”, cita. “Por isso é necessário remover a gordura e a proteína, usar sabão, desinfetante, lavar pratos, galpão, tudo”, comenta.

Para ele, o controle de pragas também é de fundamental importância na utilização do sistema HyCare. “Tem que erradicar todos, fechar o galpão, ter a certeza de que o único animal no galpão é o suíno”, disse, exemplificando: “a ponta da pata das moscas, por exemplo, tem 250 bactérias”.

Para ele, o mais importante nisso tudo é seguir os procedimentos padrões. “O mais importante é o método. Não leve carona para dentro da granja. O patógeno não pula sozinho. É preciso higiene em seus pés e suas mãos, precisa cortar a comunicação (entre áreas), fazer compartimentos, fazer de forma consistente”, orienta Marc.

“O método se traduz em uma situação ganha-ganha em saúde, bem-estar (animal e empregado), ambiente e preço de custo”, garante o líder da MS Schippers.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de maio/junho de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Minas Gerais celebra Dia da Carne de Porco em 30 de abril

Na mesma data é comemorado o aniversário da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), que neste ano comemora 52 anos de atividade. 

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Você sabia que no dia 30 de abril é celebrado o Dia da Carne Suína Mineira? A data foi instituída pela Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) através da LEI 21125, de 03/01/2014, com o objetivo de valorizar a cadeia produtiva da carne suína e sua representatividade econômica, social e cultural no Estado. Na mesma data é comemorado o aniversário da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), que neste ano comemora 52 anos de atividade.

Em Minas, esta é uma proteína que está presente no dia a dia e nos momentos de confraternização, ela faz parte da vida e da cultura alimentar local, não por acaso, estrelam entre os nossos pratos tradicionais e mundialmente reconhecidos: torresmo, leitão à pururuca, costelinha com canjiquinha, lombo com tutu, barriga à pururuca entre tantos outros mais e todo este cenário nos leva ao primeiro lugar no ranking de consumo da carne suína no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2023, a estimativa é que cada mineiro consuma 27,1 kg per capita.

Minas Gerais não é referência apenas no consumo, mas também na produção da carne de porco. Segundo o IBGE somos o quarto maior produtor de suínos do Brasil, com destaque para as regiões do Triângulo Mineiro, Vale do Piranga, Centro-Oeste Mineiro e Sul de Minas.

Em 2023 passado, foram comercializadas 5,3 milhões de toneladas de carne. Para o presidente da associação, João Carlos Bretas Leite, Minas é um caso à parte em consumo e qualidade da produção e somos mundialmente conhecidos por estes feitos. É muito gratificante garantir proteína saudável, a preço justo e sabor inigualável na mesa dos mineiros e saber que ela faz parte do dia a dia e da história desse povo”, disse.

Fonte: Divulgação/HB Audiovisual

Além de garantir carne de saudável e saborosa aos consumidores mineiros, a Associação que representa estes produtores pretende dar dicas das melhores e mais saborosas formas de preparo da proteína, por isso há alguns anos criou o projeto Cozinhando com a Asemg, conheça o projeto:

Cozinhando com Asemg: com porco é melhor

A Asemg lançou neste mês de abril a quarta edição do projeto “Cozinhando com a Asemg”, que traz o tema: “Com Porco é melhor”. Serão apresentadas uma série de receitas, tradicionais na cozinha do brasileiro, mas com substituições que trazem muito mais sabor aos pratos. Nelas conterão a carne de porco no lugar de outras proteínas já conhecidas tradicionalmente.  Receitas como strogonoff de carne de porco, salpicão de carne de porco e muito mais.

O presidente da Asemg João Carlos Bretas Leite conta que: “Estamos na quarta edição do projeto, que vem a cada ano trazendo novidades e surpreendendo a todos mostrando o quanto a nossa proteína é versátil. As receitas são disponibilizadas no Instagram @asemg_mg, receitas fáceis e muito saborosas.’’ comenta o presidente.

Conheça a Asemg

A Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais foi criada em 30 de abril de 1972 com o objetivo de representar a classe suinícola no estado mineiro e vem cumprindo este papel desde então.

Hoje a entidade tem como missão construir e fortalecer relacionamentos estratégicos, prover informações assertivas e fomentar soluções para a competitividade e o desenvolvimento sustentável da suinocultura, agregando valor para os associados, filiadas regionais, parceiros e comunidades.

A Asemg atua diretamente em áreas como: sanidade, bem-estar animal, política, conhecimento, marketing, meio ambiente, inovação e mercado de compra e venda de suínos.

Fonte: Assessoria Asemg
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Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo e da carne recuam; poder de compra cai frente ao farelo

Esse cenário força frigoríficos paulistas a reajustarem negativamente o preço negociado, em busca de maior liquidez e de evitar o aumento dos estoques.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo e da carne caíram nos últimos dias, conforme apontam levantamentos do Cepea.

Para o animal, pesquisadores deste Centro explicam que a pressão vem da demanda interna enfraquecida e da oferta elevada.

No atacado, o movimento de baixa foi observado para a maioria dos produtos acompanhados pelo Cepea e decorre da oferta oriunda da região Sul do Brasil (maior polo produtor) a valores competitivos.

Esse cenário, segundo pesquisadores do Cepea, força frigoríficos paulistas a reajustarem negativamente o preço negociado, em busca de maior liquidez e de evitar o aumento dos estoques.

Diante da retração dos valores pagos pelo vivo no mercado independente em abril, o poder de compra do suinocultor paulista caiu frente ao farelo de soja; já em relação ao milho, cresceu, uma vez que o cereal registra desvalorização mais intensa que a verificada para o animal.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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