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Conbrasfran 2024 encerra com clima de “quero mais”

Evento estratégico debateu perspectivas para a avicultura brasileira nos próximos anos com líderes da cadeia produtiva marcado pela superação, resiliência e retomada da avicultura gaúcha.

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Fotos: Divulgação/Asgav

Último painel das sessões magnas da conferência abordou perspectivas desafiadoras, mas otimistas para a avicultura brasileira. A demanda pela carne de frango deve seguir firme nos próximos anos e o aumento da população mundial deve sustentar a demanda externa. Esta foi a conclusão dos debates realizados por alguns dos principais especialistas do setor de todo o país durante a Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024 ), realizada pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), em Gramado, na serra gaúcha.

O evento reuniu líderes políticos, empresariais e profissionais de todos os elos da cadeia produtiva. A programacao abordou temas como o desenvolvimento da cadeia produtiva, transição energética, inovações e tecnologias capazes de mudar a produção de frango no futuro, além de nutrição, sanidade, assuntos jurídicos e tributários, sustentabilidade e logística, entre outras questões que têm tirado o sono do produtor.

Presidente Executivo da Asgav e organizador do encontro, José Eduardo dos Santos: “Seis meses depois a gente vê a resiliência do setor, que saiu fortalecido, e a Conbrasfran 2024 é mais um lugar onde nós podemos ter diálogos que impactam, que podem fazer a diferença e que podem ajudar nessa retomada”

A retomada, a superação e a resiliência da avicultura gaúcha e a união de todo o setor em função dos desafios enfrentados neste ano, como as enchentes no estado e depois o caso isolado da Doença de Newcastle tomaram conta dos debates. O presidente Executivo da Asgav e organizador do encontro, José Eduardo dos Santos, destacou que a conferência representa uma oportunidade crucial para a avicultura gaúcha. “Essa é uma oportunidade de mostrar que a avicultura do estado é grande. Seis meses depois a gente vê a resiliência do setor, que saiu fortalecido, e a Conbrasfran 2024 é mais um lugar onde nós podemos ter diálogos que impactam, que podem fazer a diferença e que podem ajudar nessa retomada”, frisou.

O diretor executivo de Agropecuária da Seara, José Antônio Ribas, destacou a qualidade da avicultura brasileira apontando nossos diferenciais. “Temos qualidade, sanidade e custo. Sabemos produzir também. O que podemos embalar como adicional e que o mercado não vai conseguir competir conosco é sustentabilidade”, pontuou mostrando a competitividade da produção brasileira. E, se de um lado as expectativas são positivas, do outro lado temos desafios, salientou o diretor Comercial de Mercado Externo da Aurora Coop, Dilvo Casagranda. “Precisamos melhorar as negociações tarifárias e os acordos sanitários. Também precisamos realizar obras de infraestrutura necessárias. Temos um porto parado por quase dois anos, temos de parar de tropeçar em nossas pernas e ainda combater protecionismos internacionais sem fundamentação técnica e manter o nosso controle sanitário”, afirmou.

O diretor Assuntos Regulatórios BRF, José Roberto Gonçalves, aposta na tendência de a carne de frango ser a proteína de origem animal mais consumida no mundo. “O consumidor quer opções novas com diversidades de cortes e praticidade, o que podemos oferecer”, disse apontando também desafios que o setor precisa enfrentar, como mão-de-obra e automatização de processos. Do lado dos diferenciais competitivos da avicultura brasileira ele destaca “a energia fotovoltaica, os biodigestores, a cama aviária como biofertilizante, os dejetos suínos como biogás e biometano, estes são os nossos diferenciais”, lembra o executivo.

Avicultura do futuro

Foto: Ari Dias

Ribas aponta sustentabilidade, recursos humanos e transformação digital como os três drivers que vão impulsionar o setor. “Vamos investir muito mais em ciência, genética, manejo, ambiência. O agronegócio brasileiro está borbulhando de tecnologias que precisamos convergir para a eficiência, para trazer resultados. O agro é o novo vale do silício de tanta tecnologia”.

Para Casagranda, a demanda vai acompanhar o crescimento populacional. “A estimativa até 2034 é de crescimento da produção de frangos brasileira, que deve passar de 10 milhões de toneladas para quase 13 milhões de toneladas. Hoje temos 212 milhões de habitantes, em 2034 seremos 219 milhões”, disse o executivo destacando a importância de produzir cada vez mais com custos mais baixos.

“A demanda internacional por carne de frango deve aumentar de forma mais expressiva nos próximos 10 anos. E, entre os principais compradores, estão países como a China e aqueles da África subsaariana. Precisamos produzir um alimento de qualidade e economicamente viável para alimentar essa população”, destacou Casagranda.

A Conbrasfran 2024

Foto: Divulgação/Ascom Seapi

Em sua primeira edição, o evento se consagra como um dos mais importantes e estratégicos do setor. Em três dias foram cerca de 600 participantes e 77 debatedores em quase 20 horas de programação. Estiveram presentes mais de 70% da produção brasileira de frango de corte e mais de 80% das exportações brasileiras de carne de frango, com representantes dos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, além de São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Acre e Pernambuco. As principais empresas da cadeia produtiva estiveram presentes.

Foram 40 empresas representadas entre patrocinadoras e apoiadoras do evento, 14 entidades apoiadoras e 18 jornalistas presentes.

Fonte: Assessoria Asgav

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Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura encerra 2025 em alta e mantém perspectiva positiva para 2026

Setor avança com produção e consumo em crescimento, margens favoráveis e preços firmes para proteínas, apesar da atenção voltada aos custos da ração e à segunda safra de milho.

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O setor avícola deve encerrar 2025 com desempenho positivo, sustentado pelo aumento da produção, pelo avanço do consumo interno e pela manutenção de margens favoráveis, mesmo diante de alguns desafios ao longo do ano. A avaliação é de que os resultados permanecem sólidos, apesar de pressões pontuais nos custos e de um ambiente externo mais cauteloso.

Para 2026, a perspectiva segue otimista. A expectativa é de continuidade da expansão do setor, apoiada em um cenário de preços firmes para as proteínas. Um dos principais pontos de atenção, no entanto, está relacionado à segunda safra de milho, cuja incerteza pode pressionar os custos de ração. Ainda assim, a existência de estoques adequados no curto prazo e a possibilidade de uma boa safra reforçam a visão positiva para o próximo ano.

No fechamento de 2025, o aumento da produção, aliado ao fato de que as exportações não devem avançar de forma significativa, tende a direcionar maior volume ao mercado interno. Esse movimento ocorre em um contexto marcado pelos impactos da gripe aviária ao longo do ano e por um desempenho mais fraco das exportações em novembro. Com isso, a projeção é de expansão consistente do consumo aparente.

Para os próximos meses, mesmo com a alta nos preços dos insumos para ração, especialmente do milho, o cenário para o cereal em 2026 é considerado favorável. A avaliação se baseia na disponibilidade atual de estoques e na expectativa de uma nova safra robusta, que continuará sendo acompanhada de perto pelo setor.

Nesse ambiente, a tendência é de que as margens da avicultura se mantenham em patamares positivos, dando suporte ao crescimento da produção e à retomada gradual das exportações no próximo ano.

Já em relação à formação de preços da carne de frango em 2026 e nos anos seguintes, o cenário da pecuária de corte deve atuar como fator de sustentação. A menor disponibilidade de gado e os preços mais firmes da carne bovina tendem a favorecer a proteína avícola. No curto prazo, porém, o setor deve considerar os efeitos da sazonalidade, com maior oferta de fêmeas e melhor disponibilidade de gado a pasto, o que pode influenciar o comportamento dos preços.

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro Itaú BBA
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