Avicultura
Conbrasfran 2024 debate logística, suprimentos e safras em tempos de adversidades climáticas
Mercado de grãos e consequências de eventos extremos, etanol de milho, DDG do milho para ração animal, infraestrutura e soluções logísticas serão abordados durante Agrologs.

O cenário do mercado de grãos no país e as consequências de eventos extremos, como as enchentes no sul do Brasil e as queimadas em diversas regiões, a indústria de etanol de milho e o uso de DDG FS na avicultura, a infraestrutura portuária e ferroviária no país e soluções logísticas para a avicultura serão temas discutidos durante o Encontro Agroindustrial de Logística e Suprimentos (Agrologs), que vai ser realizado durante a Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran), de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.
Entre os debatedores, estão a diretora Executiva de Suprimentos da Seara, Arene Trevisan, o gerente de Marketing da FS Indústria de Biocombustível, Rodrigo Galli, o coordenador do Grupo de Logística da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), José Perboyre, o coordenador do Conselho da Agroindústria (Conagro) da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Alexandre Guerra e o diretor Comercial do Tecon RS, Rodrigo Velho. Dividido em dois painéis, um de Suprimentos e Nutrição Animal e outro sobre Logística: Estrutura e Transporte, os debates terão a moderação do gerente de Logística e PCP da Agrosul Foods, Patrick Kinast.
Realizada pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), a conferência vai reunir os elos mais estratégicos da cadeia produtiva para debater desafios, oportunidades, tecnologias, inovações e o futuro da produção e comercialização da carne de frango, disse o presidente Executivo da Asgav e organizador do evento, José Eduardo dos Santos. “A Conbrasfran será um evento único. Vamos debater temas abrangentes, reunir líderes de todos os elos da cadeia produtiva e proporcionar um excelente ambiente para negócios”, pontou. A programação completa da Conbrasfran 2024 está disponível na página do evento (https://conbrasfran.com.br/programacao/).
Agrologs: Encontro Agroindustrial de Logística e Suprimentos
As discussões do Agrologs vão ser realizadas na manhã do dia 26 de novembro. A partir das 08h30, o Painel de Suprimentos e Nutrição Animal será aberto pela diretora Executiva de Suprimentos da Seara, Arene Trevisan. Ela vai debater o Cenário do mercado de grãos no Brasil x Consequências das enchentes no Sul e das queimadas em diversas regiões do país. Em seguida, o gerente de Marketing da FS Indústria de Biocombustível, Rodrigo Galli, vai discutir a Indústria de etanol de milho e DDG FS: Alternativa eficaz para garantir resultados produtivos com melhor custo-benefício para a avicultura brasileira.
Logo depois, o Painel Logística: Estrutura e Transporte vai debater Infraestrutura portuária no Brasil: Desafios para o comércio e a competitividade com o coordenador do Grupo de Logística da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), José Perboyre. Na sequência, o coordenador do Conselho da Agroindústria (Conagro) da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Alexandre Guerra, vai destacar Ferroeste: O RS na linha do trem. E o diretor Comercial do Tecon RS, Rodrigo Velho, vai encerrar a programação com um debate sobre Soluções logísticas para a avicultura. O gerente de Logística e PCP da Agrosul Foods, Patrick Kinast, será o moderador destes painéis.
O Presente Rural será parceiro de mídia do evento e você vai poder conferir tudo pelas nossas redes sociais.

Avicultura
Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer
Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.
A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.
Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.
Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.
Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.
Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.
Avicultura
Avicultura encerra 2025 em alta e mantém perspectiva positiva para 2026
Setor avança com produção e consumo em crescimento, margens favoráveis e preços firmes para proteínas, apesar da atenção voltada aos custos da ração e à segunda safra de milho.

O setor avícola deve encerrar 2025 com desempenho positivo, sustentado pelo aumento da produção, pelo avanço do consumo interno e pela manutenção de margens favoráveis, mesmo diante de alguns desafios ao longo do ano. A avaliação é de que os resultados permanecem sólidos, apesar de pressões pontuais nos custos e de um ambiente externo mais cauteloso.
Para 2026, a perspectiva segue otimista. A expectativa é de continuidade da expansão do setor, apoiada em um cenário de preços firmes para as proteínas. Um dos principais pontos de atenção, no entanto, está relacionado à segunda safra de milho, cuja incerteza pode pressionar os custos de ração. Ainda assim, a existência de estoques adequados no curto prazo e a possibilidade de uma boa safra reforçam a visão positiva para o próximo ano.

No fechamento de 2025, o aumento da produção, aliado ao fato de que as exportações não devem avançar de forma significativa, tende a direcionar maior volume ao mercado interno. Esse movimento ocorre em um contexto marcado pelos impactos da gripe aviária ao longo do ano e por um desempenho mais fraco das exportações em novembro. Com isso, a projeção é de expansão consistente do consumo aparente.
Para os próximos meses, mesmo com a alta nos preços dos insumos para ração, especialmente do milho, o cenário para o cereal em 2026 é considerado favorável. A avaliação se baseia na disponibilidade atual de estoques e na expectativa de uma nova safra robusta, que continuará sendo acompanhada de perto pelo setor.
Nesse ambiente, a tendência é de que as margens da avicultura se mantenham em patamares positivos, dando suporte ao crescimento da produção e à retomada gradual das exportações no próximo ano.
Já em relação à formação de preços da carne de frango em 2026 e nos anos seguintes, o cenário da pecuária de corte deve atuar como fator de sustentação. A menor disponibilidade de gado e os preços mais firmes da carne bovina tendem a favorecer a proteína avícola. No curto prazo, porém, o setor deve considerar os efeitos da sazonalidade, com maior oferta de fêmeas e melhor disponibilidade de gado a pasto, o que pode influenciar o comportamento dos preços.
Avicultura
Frango congelado registra estabilidade após leves ajustes de preço
Após recuos pontuais ao longo de dezembro, a cotação se mantém sem variação diária e acumula leve queda de 0,25% no mês, segundo dados do Cepea/Esalq.

Os preços do frango congelado no mercado paulista mantiveram-se estáveis nesta terça-feira (16), de acordo com dados do Cepea/Esalq. A cotação permaneceu em R$ 8,09 por quilo, sem variação diária.
Na comparação com o dia anterior, o valor já havia recuado 0,25% na segunda-feira (15), quando o produto passou de R$ 8,11 para R$ 8,09. O movimento de queda teve início no fim da semana passada, após o frango congelado atingir R$ 8,13 por quilo nos dias 10 e 11 de dezembro, período em que os preços ficaram estáveis.
No acumulado do mês, o mercado registra leve retração de 0,25%, refletindo um cenário de ajustes nas negociações ao longo de dezembro. Desde o dia 12, quando a cotação estava em R$ 8,11, o produto perdeu R$ 0,02 por quilo, consolidando o patamar atual.
O comportamento dos preços indica acomodação do mercado no Estado de São Paulo, com oscilações pontuais e sem novos movimentos de alta no curto prazo, segundo o acompanhamento do Cepea.



