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Conab ressalta resultados obtidos em ações executadas de combate à fome durante encontro da Rede SPAA

Encontro tem como objetivo promover o intercâmbio de experiências para estabelecer estratégias de ação e projetos de cooperação técnica a fim de promover o desenvolvimento de sistemas alimentares e, ao mesmo tempo, assegurar a segurança alimentar na região.

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, destacou os resultados positivos das ações realizadas pela estatal, especialmente no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na última semana, durante a 9ª Reunião da Rede de Sistemas Públicos de Abastecimento e Comercialização na América Latina e Caribe (Rede SPAA), evento em que foram tratados os desafios de abastecimento e o acesso a alimentos de qualidade para a população em situação de vulnerabilidade.

Presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto: “Já são 94 mil toneladas de alimentos adquiridos da agricultura familiar e que, de forma simultânea, esses alimentos estão chegando na mesa de quem está em insegurança alimentar e nutricional” – Fotos: José Cruz/Agência Brasil

O encontro tem como objetivo promover o intercâmbio de experiências para estabelecer estratégias de ação e projetos de cooperação técnica a fim de promover o desenvolvimento de sistemas alimentares e, ao mesmo tempo, assegurar a segurança alimentar na região. Participam do evento, além do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Venezuela e São Vicente e Granadinas. “Somente pelo PAA, que é o principal programa que nós desenvolvemos em parceria com MDA e MDS, já são 94 mil toneladas de alimentos adquiridos da agricultura familiar e que, de forma simultânea, esses alimentos estão chegando na mesa de quem está em insegurança alimentar e nutricional”, destacou Pretto. “Tudo isso promovendo um desenvolvimento ambientalmente correto, economicamente viável e socialmente justo, preservando o meio ambiente, diminuindo o desmatamento, preservando a nossa floresta, para levar também alimentação sadio e saudável para quem precisa combatendo a fome não só na quantidade, mas também na qualidade”, reforçou.

Participaram da mesa de abertura deste ano os ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, além da ministra de Comércio Interior de Cuba, Betsy Diaz, do presidente da Conab, Edegar Pretto, da diretora-substituta da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), embaixadora Luiza Lopes da Silva, do presidente da Rede SPAA, César Duarte, do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Aldrighi e do assistente do representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Gustavo Chianca. A diretora Administrativa, Financeira e de Fiscalização da Conab, Rosa Neide, e o diretor de Gestão de Pessoas da Companhia, Lenildo Morais, entre outras autoridades também prestigiaram a cerimônia.

O ministro do MDS, Wellington Dias, ressaltou que com a retomada de vários programas em 2023, foi possível registrar uma significativa redução de 85% da insegurança alimentar severa em nosso país. Diante dos bons resultados obtidos com essas ações, em especial com o PAA, sugeriu a criação de um sistema internacional de compras de alimentos. “Eu trago um diálogo que temos tido com a FAO e o Programa Mundial de Alimentos, o PMA, para que a gente possa trabalhar um sistema semelhante internacional, ou seja, que faça o PMA comprar alimentos de quem produz em vários países para que esse alimento possa chegar onde se tem situações de guerra, calamidades, e com isso também poder garantir que o pequeno, inclusive, aprenda a vender para o comércio exterior”, disse Dias.

Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira: “O desafio do Brasil não é só tirar aqueles que ainda restam do mapa da fome. Mas o desafio do Brasil é, também, reeducar uma parcela da população que deixou de comer comida adequada, de qualidade e passou a se alimentar com ultraprocessados ou não se alimentar, com produtos inferiores, porque é mais barato”

Por sua vez, o ministro do MDA, Paulo Teixeira, ponderou que o desafio brasileiro no combate à fome é também assegurar acesso a alimentos de qualidade pela população. “O desafio do Brasil não é só tirar aqueles que ainda restam do mapa da fome. Mas o desafio do Brasil é, também, reeducar uma parcela da população que deixou de comer comida adequada, de qualidade e passou a se alimentar com ultraprocessados ou não se alimentar, com produtos inferiores, porque é mais barato. Então o nosso desafio é produzir alimentos saudáveis e fazer com que eles cheguem na mesa do povo a um preço adequado para que ele deixe de comer ultraprocessados, açucarados, tendo em vista que estes produtos geram grandes situações de saúde no nosso povo, problemas de diabetes, hipertensão e outros problemas de saúde que nosso povo passou a ter por se alimentar mal”, analisou.

Diante destes desafios,o  assistente do representante da FAO no Brasil, Gustavo Chianca, analisou o papel dos sistemas públicos de abastecimento no combate à situação de insegurança alimentar e nutricional. “Os sistemas públicos de abastecimento e comercialização de alimentos são ferramentas que permitem garantir um abastecimento estável de alimentos ao mesmo tempo que dinamizam as economias locais. Esses sistemas geram incentivos necessários para a produção e comercialização inclusiva, eficiente e equitativa visando também responder a situações de emergências ou escassez reduzindo as oscilações violentas de preços através da sua intervenção direta na geração e divulgação de informação comercial sobre preços e quantidades e origem geográficas do produto”, defendeu.

Ações de cooperação

Outro ponto abordado durante a cerimônia de abertura foi a importância das ações de cooperação entre as instituições. A embaixadora Luiza Lopes da Silva salientou a importância do trabalho realizado em parceria com outros países. “Nós estamos na direção certa. Trabalhando em resiliência, trabalhando em todas as frentes, trabalhando na agricultura familiar, trabalhando na construção de cisternas, em medidas para mitigar a ação de efeitos de catástrofes climáticas , nós aqui no Brasil acabamos de sobreviver a uma delas muito grave. Então a reunião de hoje dá continuidade a uma iniciativa que veio para ficar e o comprometimento do Brasil com ela é total”, reforçou a embaixadora.

Para o presidente da Rede SPAA, César Duarte, os objetivos da Rede se fortalecem dentro de ambientes de intercâmbio. “Esse processo de fortalecimento da SPAA só é possível quando todos trabalhamos de forma integrada”, detalhou. “Temos que melhorar, sobretudo, todas as ações de assistência técnica que atuam na agricultura familiar”, completou.

Já o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Aldrighi, reforçou a importância de se consolidar as parcerias entre os países. “ O nosso horizonte é fortalecer a cooperação Sul-Sul e permitir que a gente circule informações, ideias, para construir coletivamente soluções que permitam melhorar a qualidade dos nossos programas e políticas públicas e a qualidade dos nossos países”.

Fonte: Assessoria Conab

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Cotações do milho iniciam setembro em alta

Reação dos preços é impulsionada pela demanda externa e recompra de fundos, enquanto a colheita avança nos EUA e a oferta interna no Brasil segue restrita.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após registrar três meses seguidos de queda, as cotações do milho iniciaram o mês de setembro em alta na bolsa de Chicago. No Brasil, os preços seguem em trajetória de alta em setembro, após terem subido 4% em agosto na praça de Campinas (SP).

A colheita do milho iniciou nos EUA, com bom ritmo registrado na primeira semana. A demanda externa pelo milho brasileiro se aqueceu no último mês, porém segue abaixo do ritmo registrado no ano passado.

Balanço global de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA.

A safra americana seguiu se desenvolvendo bem, mas nesse início de setembro, um movimento de recompra dos fundos (que ainda seguem bem vendidos) e uma boa demanda pelo grão dos EUA ajudou a valorizar o cereal. Apesar disso, a expectativa de grande safra americana deve moderar o movimento de alta da CBOT.

A valorização externa somada à depreciação do real resulta em elevação da paridade de exportação, que acaba levando de carona os preços internos. Além disso, os produtores seguem comercializando o milho em ritmo mais lento e limitando a oferta disponível, acompanhando o desenvolvimento do clima nas regiões produtoras de milho 1ª safra. Nos primeiros dez dias de setembro, o cereal em Campinas (SP) apresentou valorização de 4%, para R$ 62/saca.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os americanos já colheram 5% dos campos com o cereal, contra 4% do ano passado e 3% da média das últimas cinco safras. O estado mais adiantado é o Texas, onde o plantio começa mais cedo e 75% da colheita já foi concluída. Em Illinois, 2% dos campos foram colhidos enquanto em Indiana, 1%.

De acordo coma Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques em agosto somaram 6 MM t, quase o dobro das 3,6 MM t exportadas em julho. Contudo, na soma do ano comercial fev-ago, a exportação de milho está 31% abaixo de 2023. A menor oferta interna, ausência da China no mercado internacional e maior competitividade do milho americano ajudam a explicar o movimento.

 

Balanço interno de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA, Secex, Itaú BBA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Notícias Com R$ 44,6 milhões do Fundo Clima

BNDES financia produção sustentável da Cooperativa Agrária no Paraná

Cooperativa vai substituir caldeira a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e expandir a estocagem de resíduos de cereais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 44,6 milhões, por meio do Fundo Clima, à Cooperativa Agrária Agroindustrial para substituição da caldeira da indústria de óleo em Guarapuava (PR) a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e para a expansão da estocagem de resíduos de cereais.

A unidade fornece matéria-prima para refinarias de óleo de soja, indústrias de margarinas, biodiesel, entre outros produtos que abastecem empresas do mercado interno e de exportação. A fábrica também produz farelo de soja para as indústrias de nutrição animal, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com 30 anos de uso, a atual caldeira da fábrica não foi projetada para consumir resíduos de cereais. A substituição por uma mais moderna reduzirá o custo de frete, além de reduzir o preço da tonelada de vapor com o consumo de recurso disponível na própria unidade. O objetivo é queimar todo resíduo cereal produzido em Guarapuava, o que corresponde a cerca de 5 mil toneladas por ano.

Também serão instalados silos para armazenamento de 500 toneladas de resíduos finos de cereais, além da implantação de sistema de recepção, moagem e armazenagem.

“Com a modernização para maior eficiência energética e redução de custos operacionais, a cooperativa deixará de emitir 582 toneladas de CO2 por ano. Esse é o objetivo do Fundo Clima no governo do presidente Lula: um importante instrumento de investimento em projetos de sustentáveis e que visem a descarbonização no país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O projeto atende às diretrizes da nova política industrial, que visa o desenvolvimento da bioeconomia, a descarbonização e a transição energética”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Fundo Clima ‒ O financiamento na modalidade Transições Energéticas se alinha aos objetivos de apoiar a aquisição de máquinas e tecnologia para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Em abril deste ano, o BNDES e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciaram a transferência de R$ 10,4 bilhões ao Fundo, que agora é o principal instrumento do Governo Federal no combate às mudanças climáticas. Até 2023, o orçamento era de R$ 2,9 bilhões.

Cooperativa Agrária Agroindustrial ‒ Hoje, a cooperativa tem 728 cooperados e cerca de 1.900 colaboradores, que atuam no recebimento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. As principais culturas do grupo são a soja, o milho, o trigo e a cevada, com matriz energética predominantemente formada por fontes renováveis. Em 2023, a produção total de grãos pelos cooperados foi de 932 mil toneladas.

Fonte: Assessoria BNDES
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Competitividade da carne suína sobe frente ao boi, mas cai em relação ao frango

Preços médios destas carnes vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

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Foto: Shutterstock

Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina.

Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola.

Fonte: Assessoria Cepea
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