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Complexo de enfezamentos do milho: impacto na qualidade dos grãos

Plantas sintomáticas para o Complexo de Enfezamentos do Milho, de diferentes híbridos, produzem grãos com menor teor de amido.

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Foto: Divulgação/Sistema Faep

O grão de milho é importante para a nutrição humana e animal, uma vez que é um dos principais insumos energéticos utilizados na alimentação de bovinos, suínos e aves. Entre os fatores que podem impactar na produtividade desta cultura e, consequentemente, sua lucratividade, está a ocorrência de doenças como o Complexo de Enfezamentos do Milho (CEM), transmitido pela cigarrinha Dalbulus maidis.

Atualmente, cultivares de milho com diferentes níveis de tolerância aos enfezamentos estão disponíveis no mercado. E vários prejuízos relacionados ao complexo já estão parcialmente elucidados, como a produção de múltiplas espigas com má formação, menor número de grãos por espiga e menor produtividade. Porém as informações sobre a qualidade dos grãos produzidos em plantas doentes e como a composição deles é afetada, ainda são escassas.

Neste sentido, pesquisadores do Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação da Universidade Cesumar (Iceti-UniCesumar), do Campus Maringá, têm verificado, em resultados preliminares, que plantas sintomáticas para o CEM, de diferentes híbridos, produzem grãos com menor teor de amido, e que esta redução varia de 6% a 38%, dependendo da severidade dos sintomas. Ou seja, mesmo híbridos tolerantes ao CEM apresentaram redução no teor de amido dos grãos, porém de forma menos intensa do que em híbridos susceptíveis. Contudo, os pesquisadores não verificaram variações significativas nos teores de proteínas e de lipídios totais dos grãos.

Estes resultados reforçam a importância do manejo adequado da cultura, visando a redução dos danos ocasionados pelos patógenos do CEM, que deve abranger não só a escolha de híbridos tolerantes, mas também a eliminação de plantas voluntárias de milho (tiguera) e o controle biológico e químico do inseto vetor, desde a emergência da cultura.

Esse estudo faz parte da Rede Complexo de Enfezamento do Milho (Rede CEM), formada por universidades estaduais, cooperativas, centros de pesquisa e instituições de governo, que está fomentando iniciativas de manejo e controle da praga. Sua coordenação cabe à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), com apoio do Sistema FAEP e Fundação Araucária.

Fonte: Por Francielli Gasparotto e Edneia Aparecida de Souza Pacolla, professoras do curso de Agronomia e do programa de pós-graduação em Tecnologias Limpas da Unicesumar e pesquisadoras do Iceti.

Notícias Dentro e fora da porteira

Prêmio Mulheres do Agro reconhece 10 mulheres que se destacaram por práticas de ESG

Consolidada como uma das principais plataformas de reconhecimento da liderança feminina no setor, iniciativa destacou o trabalho de nove produtoras rurais e uma pesquisadora.

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Todas as vencedoras da 7ª edição do Prêmio Mulheres do Agro - Foto: Divulgação/Bayer

As vencedoras da 7ª edição do Prêmio Mulheres do Agro foram conhecidas na última semana, em evento realizado em São Paulo. Promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em conjunto com a Bayer, a iniciativa, consolidada como uma das principais plataformas de reconhecimento da liderança feminina no setor, destacou o trabalho de 10 mulheres, sendo nove produtoras rurais e uma pesquisadora, por suas atuações baseadas em práticas ESG (Ambiental, Social e Governança), dentro e fora da porteira.

Neste ano, a iniciativa foi marcada por sua pluralidade. Além do crescimento de 26,5% no número de pequenas propriedades inscritas em relação a 2023, o Prêmio também contou com o engajamento e inscrição de produtoras rurais de todas as regiões do país e de todas as faixas etárias, com candidatas de 19 até os 67 anos.

A diretora de Comunicação da Divisão Agrícola da Bayer no Brasil, Daniela Barros, explica que os números vão ao encontro do compromisso da iniciativa. “O Prêmio Mulheres do Agro foi criado para promover um agronegócio mais inclusivo, destacando e incentivando as mulheres que fazem a diferença no setor, tanto nas propriedades quanto fora delas. Esses números demonstram que estamos no caminho certo”, ressalta.

A diversidade de cultivos entre as premiadas – que inclui mel, baunilha, café, além de grãos como soja, milho e trigo -, aliadas à inovação e fundamentadas nos princípios ESG, geram impactos significativos que vão além da qualidade dos produtos. Entre as ações promovidas pelas produtoras destacam-se, por exemplo, a economia de recursos naturais e a promoção da conscientização e do engajamento comunitário.

Premiadas

Gabi Rodrigues, primeira colocada na categoria Pequena Propriedade, é um desses exemplos. Há quase 20 anos, a proprietária da Palmitolândia, localizada em Iporanga (SP), atua para transformar a forma como o palmito pupunha é apreciado, consumido e cultivado, promovendo uma agricultura sustentável que integra preservação ambiental, inovação gastronômica e turismo rural.

Na propriedade, ela desenvolve produtos como cerveja de palmito, biojóias e até brigadeiro do vegetal. A fazenda também adota sistema de energia fotovoltaica, reutiliza a água para irrigação e emprega apenas embalagens biodegradáveis, como papel kraft, bambu e pratos feitos com a própria folha do palmito pupunha. Ciente de sua responsabilidade social, ela também investe em ações sociais e educacionais, conscientizando a comunidade local sobre a importância de manter a floresta em pé e desenvolvendo projetos criativos, como a produção de papel, vassouras e instrumentos musicais a partir das palmeiras.

Luiza Oliveira Macedo, primeira colocada da categoria Média Propriedade e coproprietária da Fazenda Tapera do Baú, localizada em Boa Esperança (MG), assumiu a liderança da fazenda familiar em 2019 e trabalha para implementar inovações e promover a cafeicultura regenerativa em uma região de fortes tradições. A propriedade é especializada na produção de cafés fine cup (bebida caracterizada por sua acidez balanceada, pureza sensorial em sua degustação, corpo médio, finalização suave e uniformidade), além de cafés especiais, combinando qualidade e rastreabilidade, exportando seus produtos para o mercado internacional. Atuando com base nos pilares governança e social, Luiza também promove capacitações para seus colaboradores e participa ativamente de iniciativas voltadas ao empoderamento feminino no agronegócio. “Os trabalhos desenvolvidos pelas premiadas comprovam que é possível unir produtividade com preservação ambiental, impacto social e, acima de tudo, inspirar uma nova geração a protagonizar as transformações que a agro precisa”, ressalta a diretora executiva da Abag, Gislaine Balbinot.

Também focando na agricultura regenerativa, a primeira colocada na categoria grande propriedade, Vanessa Bomm – gestora e sócia proprietária da Fazenda Mareva, localizada em Terra Roxa (PR) – dedica-se a dar continuidade ao legado familiar iniciado há mais de 70 anos. Sua jornada na produção de grãos como soja, milho e trigo tem sido marcada pela adoção de práticas sustentáveis e ligadas a agricultura regenerativa.

Vanessa implementou práticas como a intensificação do uso de plantas e mix de cobertura no plantio direto e na rotação de culturas, além do uso de cultivos de cobertura em 100% da área da fazenda neste último ano. Ela também é embaixadora do PRO Carbono, projeto que busca intensificar a adoção de práticas regenerativas buscando maior redução de emissões de gases de efeito estufa e a regeneração do solo no agro.

Comprometida com o desenvolvimento humano e social, Vanessa valoriza seus colaboradores por meio de capacitações, bonificações e infraestrutura de qualidade. Além disso, promove ações sociais voltadas à comunidade local, com o apoio a eventos religiosos e suporte a atividades esportivas, fortalecendo o vínculo entre a fazenda e a região.

Já a ganhadora de “Ciência e Pesquisa”, categoria que bateu recorde de votações neste ano, com mais de 13 mil votos, foi Danielle Pereira Baliza, de Minas Gerais. A pesquisadora levou o primeiro lugar e o incentivo de R$ 15 mil por sua jornada profissional, o valor será destinado a instituição veiculada a profissional. Com mais de 40 artigos científicos publicados em revistas e participação em mais de 10 livros, sua tese foi uma das primeiras no Brasil a estudar a temática “sistemas agroflorestais (SAFs) com café”.

Além disso, seu trabalho também visa contribuir para que as mulheres do agronegócio se tornem as protagonistas de suas próprias histórias. No último ano, apenas por meio do projeto “Embaixadoras do Instituto Federal: a força feminina na transformação do agro”, Danielle impactou mais de 2.500 agricultoras que juntas desenvolveram capacidades de autonomia, participação e afirmação nos processos de desenvolvimento local e no uso sustentável dos recursos naturais. “Ao apoiar essas líderes, estamos promovendo um agronegócio que prioriza a preservação ambiental, o desenvolvimento humano e a inovação, elementos fundamentais para o crescimento sustentável do setor e o bem-estar das futuras gerações”, destaca Daniela.

Confira todas as ganhadoras do Prêmio Mulheres do Agro 2024

Categoria – Pequena Propriedade

1º lugar – Gabi Rodrigues, Iporanga (SP)

2º lugar – Paula Dias, Santa Rita do Sapucaí (MG)

3º lugar – Simone Sillotti, Mogi das Cruzes (SP)

 

Categoria – Média Propriedade

1º lugar – Luíza Macedo, Boa Esperança (MG)

2º lugar – Maria Lucia Bessa, Rio Verde (GO)

3º lugar – Caroline Roza, Rio Brilhante (MS)

 

Categoria – Grande Propriedade

1º lugar  – Vanessa Bomm, Terra Roxa (PR)

2º lugar – Mariana Granelli, Charqueada (SP)

3º lugar – Lisiane Czech, Teixeira Soares (PR)

 

Categoria – Ciência e Pesquisa

1º lugar – Danielle Pereira Baliza, Perdões (MG)

2º lugar – Paula Toshimi Matumoto Pintro, Maringá (PR)

3º lugar – Renata Helena Branco Arnandes, São José do Rio Preto (SP)

Fonte: Assessoria Bayer
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Brasil rebate declarações de empresas europeias sobre soja e destaca avanços em sustentabilidade

Governo brasileiro ressalta que o país possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, sustentada por um sistema robusto de monitoramento e fiscalização.

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Foto: Shutterstock

Em resposta às recentes ações e declarações de empresas agroalimentares europeias, como a Danone, que optaram por suspender a compra de soja brasileira devido a preocupações ambientais, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu uma nota oficial esclarecendo o compromisso do país com uma produção agrícola responsável e ambientalmente sustentável.

A decisão das empresas europeias, influenciada pelo novo Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR), gerou reações contundentes do governo brasileiro, que argumentam que a exigência da UE ignora o avanço do Brasil na preservação ambiental.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O governo brasileiro ressaltou que o país possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, sustentada por um sistema robusto de monitoramento e fiscalização. Segundo o Mapa, as políticas públicas aplicadas garantem que as práticas de produção agrícola respeitem o meio ambiente, combatendo o desmatamento ilegal em regiões críticas como Amazônia e Cerrado. Em um esforço de reafirmação de compromissos internacionais, o Brasil promoveu metas ambiciosas de descarbonização e agricultura sustentável, discutidas amplamente durante sua presidência no G20.

Estas iniciativas, diz o governo, são apoiadas por modelos de rastreabilidade no setor de exportação com reconhecimento internacional e que seguem processos de due diligence, assegurando a conformidade e o cumprimento das exigências de seus clientes internacionais.

Críticas ao EUDR
O governo brasileiro foi incisivo ao criticar o EUDR, definindo-o como uma política unilateral e arbitrária, que impõe barreiras para pequenos e médios produtores e eleva os custos do acesso ao mercado europeu para diversos países exportadores, incluindo nações da América Latina e da Ásia . “Incentivos positivos promovem mais eficácia na proteção ambiental ao recompensar quem realiza serviços ambientais”, afirma a nota, ao sugerir que as normas impostas pela União Europeia não incentivam uma transição justa para uma produção agrícola sustentável.

Fotos: Geraldo Bubniak

Como resposta, o governo brasileiro apresentou à UE modelos de rastreabilidade eletrônica que atendem aos requisitos iniciais do EUDR, buscando garantir que sua produção atenda às exigências internacionais sem comprometer o acesso ao mercado europeu.

Defesa de diálogo e transparência nas relações comerciais
A nota oficial destaca ainda que o Brasil está comprometido com o diálogo e com a cooperação internacional para buscar alternativas que promovam a proteção ambiental sem desconsiderar as particularidades dos países produtores. Em meio às negociações, a União Europeia adiou a aplicação do EUDR para 2025, apoiando, segundo o governo brasileiro, a relevância das discussões bilaterais em prol de soluções equilibradas.

A postura do Brasil enfatiza a necessidade de que as regulamentações internacionais respeitem os avanços ambientais e sociais já realizados, mantendo a confiança e a transparência nas relações comerciais. O Ministério da Agricultura e Pecuária ressaltou que as decisões de algumas empresas comprometem a percepção pública da sustentabilidade na produção brasileira, prejudicando o entendimento dos consumidores sobre as práticas seguras e responsáveis ​​do setor agrícola do país.

Sustentabilidade: um pilar da agricultura brasileira
Com a sustentabilidade como um dos pilares do agronegócio nacional, o Brasil tem buscado comprovar, em fóruns internacionais, seus avanços na produtividade agrícola com menores impactos ambientais. O governo ressalta que a agricultura brasileira está comprometida com um comércio justo, sendo peça-chave na segurança alimentar global.

Finalizando a nota oficial, o Ministério reforça que o Brasil está preparado para colaborar, mas espera que as regulamentações internacionais sejam pautadas pela justiça e pelo respeito à soberania e diversidade das nações produtoras.

Fonte: O Presente Rural
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Momento Coamo: Importância dos terminais portuários da Coamo no Porto de Paranaguá

Marca da cooperativa no exterior é a rastreabilidade de todo o processo que assegura a qualidade do que é entregue.

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Foto: Divulgação/Coamo

A Coamo conta com dois terminais portuários próprios em Paranaguá para exportar a produção dos cooperados. Um dos terminais a cooperativa tem desde 1990 e o outro foi inaugurado em 2021 para complementar a necessidade de capacidade estática. O gerente de Operações Portuárias da Coamo, João Ivano Marson, detalhou no Momento Coamo dessa semana, como é realizado o trabalho de exportação da cooperativa.

A Coamo exporta para cerca de 40 países. A soja é o carro-chefe e o farelo de soja é um dos principais produtos, além do milho e do trigo, este último, é exportado e, também, comercializado no mercado interno por meio da cabotagem, onde se utiliza o porto para transportar o cereal por navios entre portos nacionais.

A marca da cooperativa no exterior é a rastreabilidade de todo o processo que assegura a qualidade do que é entregue. Marson revela na entrevista que para encher um navio são necessários de 1.600 a 1.800 caminhões. Por isso, em época de safra o que mais se vê nas rodovias são caminhões Coamo. Outra informação que o gerente conta é que no ano passado o volume exportado pela cooperativa em Paranaguá foi de 3,700 milhões de toneladas, com participação em 271 navios. Neste, até outubro, esse número já totaliza 212 navios.

Essa entrevista tem muito mais informação e curiosidades sobre esse trabalho de exportação. Assista clicando aqui. 

Fonte: Assessoria Coamo
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