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“Complexidade marcará o futuro da agropecuária brasileira”, defende pesquisador da Embrapa

Avanços tecnológicos e apagão na mão de obra devem marcar a pecuária de corte nos próximos 20 anos

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Área utilizada para pasto passou de 191,3 milhões de hectares em 1990 para 165,2 milhões de hectares em 2020, redução de 13,6% - Foto: Shutterstock

Desempenhar uma atividade de produção agropecuária de forma sustentável é um desafio enorme para produtores rurais, especialmente enquanto ainda são sentidos os efeitos da pandemia e da guerra na economia mundial. No setor da pecuária de corte não é diferente. Os desafios para produzir de forma sustentável, considerando o aspecto social, econômico e ambiental, são inúmeros.

Pesquisador da Embrapa Gado de Corte e coordenador do CiCarne, Guilherme Malafaia: “A sustentabilidade vem permeando a história da pecuária de corte brasileira, diferentemente daquilo que alguns tentam nos pintar de uma realidade que não somos” – Foto: Arquivo pessoal

O assunto foi debatido durante o 13ª Prosa de Pecuária, live realizada pelo Instituto Desenvolve Pecuária. A palestra “Sustentabilidade e os desafios futuros para a cadeia produtiva da carne bovina” foi apresentada pelo pesquisador e coordenador do Centro de Inteligência da Carne Bovina da Embrapa Gado de Corte, Guilherme Malafaia. Para ele, a complexidade marcará o futuro da agropecuária brasileira.

Segundo o pesquisador, nas últimas quatro décadas a cadeia produtiva de carne bovina passou por uma modernização revolucionária, sustentada por avanços tecnológicos dos sistemas de produção e em sua organização. “Com claro reflexo na produtividade, na qualidade da carne e, consequentemente, no aumento da competitividade”, destaca.

De acordo com ele, a sustentabilidade sempre esteve presente na pecuária de corte brasileira ao longo dos quarenta anos de sua trajetória. Entretanto, nos últimos anos o uso de tecnologia passou a ter um papel extremamente relevante para o setor reduzir as áreas de pastagem e mesmo assim aumentar a produtividade. “O emprego e a modernização tecnológica nos permitiu termos ganhos de produtividade com menor utilização de terras. Isso mostra a sustentabilidade ambiental que a pecuária de corte vem trilhando em seu caminho ao longo dos anos”, afirma Malafaia.

Sustentabilidade social

De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), em 2020 o setor gerou 4,5 milhões de empregos diretos nos setores de produção, industrialização e distribuição. As ocupações representam R$ 65 bilhões em salários.

Para Malafaia, esses números mostram o carácter de sustentabilidade social da cadeia produtiva de carne bovina. “Através da geração de emprego e renda para as famílias brasileiras”, completa.

Sustentabilidade econômica

O PIB da pecuária de corte cresceu 20,8% em 2020 em comparação ao ano anterior, totalizando R$ 747,05 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e a Apex Brasil. O número representa quase 10% de todo o PIB do país. “Mostrando que a pecuária de corte desenvolve sustentabilidade econômica”, afirma o pesquisador da Embrapa.

Futuro

De acordo com o pesquisador da Embrapa, a atual realidade do setor em função do aumento dos custos de produção, da escassez de mão-de-obra e das crescentes restrições socioambientais, induz o setor a novos desafios. “A pensar novos processos, métodos, sistemas, produtos e serviços que contribuam para a promoção da eficiência e competitividade da pecuária de corte brasileira”, destaca. Malafaia acredita que mesmo com um cenário negativo em alguns aspectos, o futuro da pecuária é favorável.

O pesquisador menciona o estudo realizado pela Embrapa Gado de Corte, em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A pesquisa traz dez megatendências para o setor para 2040. “Essas megatendências são um conjunto de vetores de transformação que são fortemente interligados e que têm o poder de transformar toda uma realidade”, menciona.

Megatendências para 2040

As dez megatendências citadas no estudo estão relacionadas a avanços no campo da ciência e tecnologia para atingir rentabilidade com respeito ao bem-estar dos animais e de acordo às exigências do mercado consumidor.

Biológicos à frente no manejo de baixos resíduos

Os avanços biotecnológicos voltados à sanidade, necessidade de redução dos resíduos na carne e a dificuldade em se controlar de forma mais efetiva certas doenças tendem, segundo Malafaia, a diminuir a utilização de fármacos alopáticos e aumentar da produção de medicamentos biológicos. “A tendência é termos insumos cada vez mais ausentáveis e de base biológica”, explica.

Biotecnologia transformando a pecuária e a carne

A sanidade animal e o melhoramento genético serão fortemente impactados pelas biotecnologias. Conforme Malafaia, será possível prevenir e controlar doenças e parasitoses com melhores soluções de manejo. “A edição gênica possibilitará grandes avanços em termos de rusticidade, qualidade e desempenho dos animais”, menciona.

Menos pasto, mais carne

Segundo o estudo, os avanços tecnológicos e a integração lavoura e floreta mudarão o patamar tecnológico da pecuária de corte. Serão 36 milhões ou mais de hectares em ILPF paralelamente e uma forte redução nas áreas de pastagem e um crescimento no número total de cabeças, com sistemas muito mais produtivos. “Vamos continuar fazendo mais com menos. Utilizar menos área e produzir mais carne, gerando cada vez mais o efeito pouca terra”, ressalta.

Lucro apenas com bem-estar animal

Outra tendência relacionada no estudo é a produção com respeito ao bem-estar animal ao longo de toda a cadeia. Será a regra e nenhum elo poderá ficar de fora. “Em um mundo pós pandêmico, a preocupação com a sanidade animal será cada vez mais forte”, emenda Malafaia. Das propriedades, transporte e frigoríficos serão exigidos certificados de produção com bem-estar animal.

Pecuária consolidada com grandes players

A pesquisa menciona também as exigências produtivas em termos de quantidade, qualidade do produto final e os meios de produção provenientes de um consumidor diversificado e exigente. “As exigências de bioseguridade e escala farão com que a pecuária se consolide com grandes players, o conceito de mega fazendas será predominante para poder dar respostas aos desafios”, relata. Ainda, conforme o estudo, isso limitará a atuação do pecuarista extrativista.

Frigorífico: Mais natural e com mais exigências de qualidade

Para atender um consumidor que exigirá produtos mais naturais, com menor teor de aditivos, o estudo indica que haverá necessidade de aumentar as exigências na aquisição de matéria prima proveniente dos pecuaristas, com marcante demanda para o avanço na qualidade da carne. “As exigências quanto ao manejo sustentável, produtos biológicos e a implementação rigorosa do processo de bem-estar animal serão cada vez mais rigorosas”, menciona Malafaia.

Carne com denominação de origem

O estudo de CiCarne prevê também o fortalecimento da carne bovina como produto mais sofisticado, a exemplo de como ocorre com vinhos e queijos. A cadeia produtiva trabalhará fortemente em termos de diferenciação de cortes e processos produtivos em busca de geração de valor a seus produtos. “Teremos grandes oportunidades com agregação de valor em produtos através de certificações com denominação de origem”.

Brasil, mega exportador de carne e genética

Conforme o trabalho, o país se destacará na exportação de genética, de animais vivos para abate, de cortes de carne e de subprodutos, atingindo tanto mercados emergentes quanto os sofisticados. De acordo como Malafaia, o estudo prevê que os avanços oriundos da introdução de biotecnologias e o amplo esforço de toda a cadeia em termos de produção sustentável, bem-estar animal e qualidade de carne criarão a base para o crescimento. “O Brasil tem um arsenal genético de zebuínos e taurinos altamente superior e que pode ser amplamente exportado para outros países”, afirma Malafaia.

Digital transformando toda a cadeia produtiva

A penúltima tendência citada no estudo prevê que a maior transformação será no processo de distribuição, seja de insumos, gado ou da carne. Segundo o estudo, a propensão é que parte dos intermediários sejam excluídos do sistema, e a relevância da qualidade e sustentabilidade crescerão via interação digital com o consumidor final. “Principalmente através de embalagens inteligentes que contarão toda a história do produto, desde a cria, até a chegada do produto na mesa do consumidor”, menciona.

Apagão de mão-de-obra

A última tendência apontada pelo estudo do CiCarne é algo que já está acontecendo no campo, segundo Malafaia. Segundo ele, atualmente, 87% da população é urbana e a tendência deve se acentuar cada vez mais. Mas segundo Malafaia, o maior desafio do setor não será quantitativo, e sim qualitativo. “Os enormes avanços tecnológicos previstos para os próximos 20 anos demandarão uma mão-de-obra cada vez mais capacitada”, completa Malafaia.

Cinco maiores problemas da humanidade nos próximos 50 anos

O estudo sintetiza os múltiplos desafios do futuro em energia; água; alimento; ambiente e pobreza.

Segundo Malafaia, todas as cadeias de produção precisarão estar altamente antenadas nestes cinco elementos para ter condições de consegui se manter. “Todos os mecanismos de produção terão que estar pautados nesses elementos”, afirma o pesquisador da Embrapa.

A terceira onda

Dentro do conceito relacionado aos cinco elementos que representarão os principais desafios das cadeias de produção para o futuro, ergue-se a terceira onda da pecuária da corte no Brasil, vista por Malafaia como uma atividade de ciclo mais curto, integrada com outras cadeias de produção, com processo de decisão mais minucioso, com equilíbrio de emissões e com menor pegada ambiental e hídrica. “A consequência disso tudo será um produto padronizado para atender mercados altamente exigentes para captarmos valor através disso”, sustenta Malafaia.

Desenvolvimento com sustentabilidade

O crescimento sustentável da pecuária de corte no Brasil prevê uma grande transformação em toda a cadeia produtiva com sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta.

Conforme Malafaia, a complexidade marcará o futuro da agropecuária brasileira. “Teremos que aprender a gerenciar vários elementos dentro de uma mesma área, e isso se torna complexo”, ressalta.

Segundo o pesquisador, a partir disso, será possível a busca por maior eficiência e agregação de valor aos nossos produtos. Isso será possível com tecnologia e programas de incentivo para se chegar a produtos que sejam mensuráveis, reportáveis e verificáveis, e com isso, conseguir certificações e capturar valor. “A complexidade na cadeia da pecuária de corte será cada vez mais intensa e vai exigir um preparo maior dos pecuaristas”, evidencia.

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Fonte: O Presente Rural

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Retirada da sobretaxa pelos EUA devolve competitividade à carne brasileira

Decisão tem efeito retroativo, pode gerar restituição de valores e reorganiza o fluxo comercial após meses de retração no agronegócio.

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A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) manifestou  grande satisfação com a decisão dos Governo dos Estados Unidos de revogar a sobretaxa de 40% imposta sobre a carne bovina brasileira. Para a entidade, a medida representa um reforço da estabilidade do comércio internacional e a manutenção de condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para o Brasil.

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A sobretaxa de 40% havia sido imposta em agosto como parte de um conjunto de barreiras comerciais aos produtos brasileiros, afetando fortemente o agronegócio, carne bovina, café, frutas e outros itens. A revogação da tarifa foi anunciada pelo presidente Donald Trump por meio de uma ordem executiva, com vigência retroativa a 13 de novembro. A medida também contempla potencial restituição de tarifas já pagas.

De acordo com veículos internacionais, a retirada da sobretaxa faz parte de um esforço para aliviar a pressão sobre os preços de alimentos nos EUA, que haviam subido em função da escassez de oferta e dos custos elevados, e reduzir tensões diplomáticas.

Reação da ABIEC 
Na nota divulgada à imprensa na última semana, a ABIEC destacou que a revogação das tarifas demonstra a efetividade do diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro, resultando num desfecho construtivo e positivo.

A entidade também afirmou que seguirá atuando de forma cooperativa para ampliar oportunidades e fortalecer a presença da carne bovina brasileira nos principais mercados globais.

Comércio exterior 
A retirada da sobretaxa tem impacto direto sobre exportadores brasileiros e o agronegócio como um todo. Segundo dados anteriores à

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aplicação do tarifaço, os EUA representavam o segundo maior destino da carne bovina do Brasil, atrás apenas da China.

O recente bloqueio causava retração nas exportações para os EUA e aumentava a pressão para que produtores e frigoríficos redirecionassem vendas para outros mercados internacionais. Com a revogação da sobretaxa, abre uma nova perspectiva de retomada de volume exportado, o que pode fortalecer as receitas do setor e ajudar a recompor a fatia brasileira no mercado americano.

Próximos desafios
Apesar da revogação das tarifaço, a ABIEC e operadores do setor devem seguir atentos a outros desafios do comércio internacional: flutuações de demanda, concorrência com outros países exportadores, exigências sanitárias, regime de cotas dos EUA e eventual volatilidade cambial.

Para a ABIEC, o caso também reforça a importância do protagonismo diplomático e da cooperação institucional, tanto para garantir o acesso a mercados como para garantir previsibilidade para os exportadores brasileiros.

Fonte: O Presente Rural
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Abates de bovinos disparam e pressionam preços no mercado interno

Alta oferta limita valorização do boi gordo, apesar de exportações recordes e forte demanda internacional.

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Fotos: Shutterstock

Os abates de bovinos cresceram no terceiro trimestre, impulsionados pelo bom momento dos confinamentos. Em outubro, as exportações também tiveram desempenho excepcional, mas o aumento da oferta de carne no mercado interno acabou limitando uma valorização maior do boi gordo. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, mesmo com a recuperação recente dos preços, a relação de troca para quem trabalha com recria e engorda piorou, já que o custo do bezerro avançou mais que o preço do boi no período de um ano.

Dados do IBGE mostram que os abates de bovinos subiram 7% no terceiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. Só em setembro, o crescimento foi de 13% sobre o resultado do ano anterior. Informações preliminares do Serviço de Inspeção Federal (SIF) indicam que, em outubro, os abates podem ter aumentado cerca de 15% na comparação anual.

As boas margens dos confinamentos em 2025, especialmente para produtores que fizeram gestão eficiente de riscos e aproveitaram momentos favoráveis de mercado para travar preços, atraíram um grande volume de animais para a engorda intensiva. Esse movimento reforçou ainda mais a oferta de gado pronto para abate, que já vinha em alta desde o início do ano. Um exemplo foi o contrato futuro com vencimento em outubro, que negociou acima de R$ 330 por arroba durante boa parte de março a agosto e encerrou o mês a R$ 317.

Do lado da demanda, as exportações de carne bovina registraram resultados impressionantes em setembro e outubro, com dois recordes consecutivos: 315 mil e 320 mil toneladas de carne in natura embarcadas, respectivamente, um avanço anualizado de 16,7% sobre o acumulado de janeiro a outubro de 2024.

Mesmo assim, o forte aumento dos abates elevou a oferta de carne no mercado interno, acima do esperado para o período. Ainda assim, o preço do boi gordo reagiu a partir do fim de setembro. Entre o início de outubro e 14 de novembro, a arroba subiu 5,6%, e a carcaça casada avançou ainda mais, 7,9%.

Apesar dessa recuperação, a relação de troca para recria e engorda se deteriorou no intervalo de um ano: enquanto o boi gordo de São Paulo ficou 4,8% mais barato em outubro na comparação anual, o bezerro de Mato Grosso do Sul ficou 15,4% mais caro.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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Regeneração de pastagens e sistemas integrados ganham protagonismo na pecuária brasileira

Especialistas destacam que eficiência produtiva, solo saudável e adoção de ILPF são caminhos centrais para uma pecuária sustentável e de baixo carbono.

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Foto; Gabriel Faria

A regeneração de pastagens degradadas e a adoção de sistemas integrados de produção devem ocupar o centro da estratégia da pecuária brasileira para os próximos anos. Essa visão foi defendida por Fábio Dias, líder de Pecuária Sustentável da JBS, durante sua participação no VEJA Fórum de Agronegócio, realizado nesta segunda-feira (24), em São Paulo.

Ao participar do painel “Agricultura Sustentável: como produzir sem desmatar”, o executivo ressaltou que a eficiência produtiva e a sustentabilidade caminham juntas para garantir a perenidade do negócio. Com atuação em 20 países e relacionamento diário com centenas de milhares de produtores, a JBS enxerga a saúde da cadeia de fornecimento como prioridade. “A produção pecuária e agrícola precisa prosperar por muitos anos, não apenas por alguns. Se os produtores não forem bem, toda a cadeia não irá bem”, explicou.

Dias também analisou a mudança de paradigma no setor: se antes o foco estava exclusivamente no volume de produção, hoje a degradação e a queda de produtividade, especialmente em áreas de abertura mais antigas, impulsionaram uma nova mentalidade voltada à longevidade e à qualidade do solo.

Segundo Dias, essa agenda regenerativa é um imperativo de gestão, focada na melhoria contínua do ativo ambiental. “É fundamental garantir que a fazenda seja mantida em condições de produtividade superior a cada ano, demonstrando que a exploração pecuária de longo prazo é totalmente sustentável”, afirmou.

O executivo reforçou a singularidade do modelo brasileiro, capaz de acomodar duas ou três safras na mesma área. Nesse contexto, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) surge como ferramenta vital. A presença animal no sistema não apenas diversifica a renda, mas eleva a biologia do solo e sua capacidade de estocagem de carbono. “Colocar animais numa área aumenta a vida do local, eleva a qualidade da terra e mantém o solo coberto durante todo o ano”, explicou Dias. De acordo com o executivo, a eficiência gerada pela ILPF, somada à redução da idade de abate dos animais, resulta em menor pressão por desmatamento e queda nas emissões entéricas, pavimentando o caminho para uma pecuária brasileira de baixo carbono.

Para acelerar a adoção dessas tecnologias e fortalecer a formalização da cadeia, a JBS estruturou um ecossistema robusto de difusão de conhecimento, assistência técnica e gerencial. O objetivo é empoderar o produtor para a tomada de decisões embasadas. “Construímos um ecossistema que difunde conhecimento e apoio aos produtores”, reforçou Dias.

Essa estratégia, operacionalizada por meio do programa Escritórios Verdes, criado em 2021, e que que oferecem assistência técnica, ambiental e gerencial gratuita, tem gerado impacto mensurável: desde então, já foram mais de 20.000 produtores apoiados, reinseridos na cadeia produtiva legal e sustentável.

O líder de Pecuária Sustentável da JBS concluiu que o potencial do Brasil em ter uma pecuária baixa em carbono é evidente, dada a capacidade de armazenagem do solo tropical e a redução da idade de abate dos animais. “Ao aumentar a produção por área, a JBS enxerga um futuro brilhante para a pecuária brasileira, onde a sustentabilidade se torna o novo padrão de eficiência e inclusão produtiva”, pontuou.

Fonte: Assessoria JBS
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