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Competitividade no agro é a soma de produtividade e proteção ambiental

Evento de comemoração dos 30 anos da Abag trouxe um debate sobre o futuro do setor, que passa pela inovação, descarbonização, governança e integração público-privada para enfrentar os desafios externos e internos

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Participantes do painel 'O Futuro do Agronegócio Brasileiro', a partir da esquerda: João Comério (Abag), Sergio Vale (MB Associados), embaixador Fernando Pimentel (MRE) e Luiz Carlos Carvalho (Abag)

O diferencial do agro brasileiro está na aplicação constante de ciência, tecnologia e inovação, que possibilitou o aumento expressivo de produtividade com proteção do solo e dos recursos naturais e menor emissão gases de efeito estufa. Contudo, o setor está em um encruzilhada no cenário atual.

Presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, Luiz Carlos Corrêa Carvalho: “O futuro do agro no Brasil está ligado à insegurança alimentar” – Fotos: Divulgação/Abag

Por um lado, o país enfrenta uma cenário de inflação e baixa estabilidade fiscal. Por outro, as organizações globais multilaterais perdem força com o crescimento de políticas precuacionistas e protecionistas. “Vivemos em um período difícil com muitas incertezas. Mas, o futuro do agro no Brasil está ligado à insegurança alimentar. A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) espera que nosso país corresponda com ofertas maiores de alimentos para diminuir a fome no mundo. Desse modo, precisamos nos manter competitivos. E a competitividade é a soma da produtividade com a proteção ambiental”, disse Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), durante a comemoração de 30 anos da entidade, promovida na sexta-feira (10), em São Paulo.

O deputado federal Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), ressaltou a força do agronegócio no Congresso Nacional, uma vez que a bancada conta com 302 deputados federais e 40 senadores. Para ele, a guerra principal a ser vencida pelo setor é a narrativa. “Tanto o Marco Legal dos Defensivos Agrícolas como o Green Deal são questões de narrativa. Por isso, precisamos trabalhar em conjunto para superar esse desafio”, disse. A seu ver, o agro está mais forte do que nunca e o governo precisa ouvir o setor. “Devemos construir pontes para avançar nos temas importantes ao agro”, pontuou.

O evento contou com o painel “O Futuro do Agronegócio Brasileiro”, moderado por Carvalho, que salientou a preocupação em abrir novos mercados para os produtos agropecuários e agroindustriais brasileiros para não haver dependências. “A verdade é que muitos países começam a mostrar impressionantes ganhos de renda, como no Oriente Médio e no Norte da África”, explicou. Ele lembrou que a globalização foi importante para o desenvolvimento socioeconômico de todos os continentes, mas que hoje há a volta do velho, com o ressurgimento de forças unilaterais.

Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Pedro Lupion: “Devemos construir pontes para avançar nos temas importantes ao agro”

Por isso, a Abag, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), juntamente com organizações agropecuárias da Argentina, Paraguai e Uruguai, estão planejando organizar um Road Show pelas principais capitais europeias, levando dados, fatos e roadmaps, que comprovem as diferenças entre a agricultura tropical e temperada e a produção sustentável dos países que compõem o Mercosul. “O Green Deal traz um componente que pode trazer a divisão entre nós, do Mercosul. A integração com o Itamaraty será extremamente importante para termos sucesso nessa iniciativa”, explicou Carvalho.

O embaixador Fernando Pimentel, diretor do Departamento de Política Comercial do Ministério das Relações Exteriores, afirmou a ação é importante, porque os europeus são definidores de padrão. Mas, asseverou que a iniciativa precisa ser baseada em informações transparentes. Em sua participação no painel, ele ressaltou que o sistema multilateral está em transformação. “Os grandes países que contribuíram muito para globalização estão em dúvida se este sistema atualmente é bom para eles, o que coloca em xeque seu engajamento. Por isso, vemos o crescimento do protecionismo e de uma política forte de subsídios nos Estados Unidos e na Europa”.

Em sua avaliação, a questão ambiental tem alimentado o protecionismo em algumas regiões, principalmente na Europa, que está trabalhando há mais de 20 anos o tema. Comentou também que o Brasil precisa de regras estáveis no comércio global, mas o sistema multilateral está frágil. A boa notícia, segundo Pimentel, é que o agro brasileiro tem uma grande capacidade de adaptação, inovação e superação de desafios.

Sergio Vale, sócio-diretor da MB Associados, avaliou que o mundo está em uma configuração bipolar, entre China e Estados Unidos e que essa situação deve permanecer e ganhar força. “É uma oportunidade para o agro, porque continuará a vender nos próximos anos. Por isso, será um caminho positivo, mesmo em um cenário crítico”. Falou ainda sobre a importância da diversidade de compradores e comentou que 80% do crescimento populacional nos próximos anos está na África, e que o Sudeste Asiático vem crescendo economicamente.

Para Vale, mais importante é evitar erros domésticos na economia e na política fiscal. Outro ponto citado foi que o agro precisa também melhorar a comunicação para o mercado em geral que desconhece a importância do setor para o país. De acordo com ele, o Brasil cresceu ano passado por causa do agro. “Se este ano o país ter uma elevação de 1% no PIB, esse volume virá integralmente do agro”, destacou.

O painel também pontuou a inovação como alavanca para a produtividade e competitividade, por meio da participação de João Comério, diretor do Comitê de Inovação da ABAG, que comentou sobre a capacidade brasileira de inovar. No setor de celulose, por exemplo, o papel para embalagem era produzido por países do Hemisfério Norte, usando fibras longas. “Nosso país desenvolveu tecnologia para produzir esse papel com fibras curtas”. Também ressaltou que o agro brasileiro tem trabalhado fortemente a questão da governança, ao se preocupara com a profissionalização dentro as empresas, mas também nas propriedades rurais.

Antes do painel, Comério apresentou o Position Paper: Visão da Inovação e da Competitividade do Agronegócio, que desenha a conjuntura, os desafios e as mudanças no cenário de inovação e competitividade do agronegócio.

Ex-ministro Roberto Rodrigues e o presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, entregam homenagem a Carlo Lovatelli (centro), ex-presidente da entidade

 

Ainda durante o evento em celebração dos 30 anos da Abag, Carlo Lovatelli, ex-presidente da entidade, foi homenageado por sua contribuição para o desenvolvimento do agro brasileiro e da própria Abag, trabalhando temas como preservação da Amazônia, sustentabilidade, internacionalização e o conceito e benefícios dos biocombustíveis. “O Brasil tem tudo para ir para frente. Por isso, precisamos vender melhor nosso peixe, e Itamaraty é muito importante nesse processo. Afinal, nosso país merece e o produtor rural, merece ainda mais. Estou muito honrado com essa homenagem”, discursou.

O ex-ministro Roberto Rodrigues, que também foi presidente da Abag, mencionou que a história da FPA e da Abag se misturam. Para ele, com o passar do tempo, as ideias vão se convergindo para uma posição integrada e comum.

A Abag também anunciou a formação de um Conselho Consultivo, com expoentes do agronegócio para a definição de estratégias para o setor. Esse Conselho é formado por Rodrigues, Lovatelli, Marcello Brito, ex-presidente da Abag, e Christian Lohbauer, presidente executivo da CropLife Brasil

Fonte: Assessoria Abag

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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