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Compagas anuncia investimentos de R$ 505 milhões e entra na cadeia do biometano

Plano é válido até 2029 e contempla projetos de expansão para as regiões Norte e Sul do Estado, além de ações ligadas à inserção do biometano na matriz de suprimento. Investimentos fazem parte do novo contrato de concessão da Companhia, que passa a valer a partir do mês de julho.

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Fotos: Roberto Dziura Jr/AEN

A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) vai investir de R$ 505 milhões nos próximos cinco anos, entre 2024 a 2029. O plano de investimentos foi anunciado na segunda-feira (24) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e contempla ações e projetos para expansão da atuação da companhia para outras regiões do Estado, em especial para os municípios de Londrina, Maringá e Lapa, a inserção do biometano na rede de gás canalizado e o desenvolvimento de corredores sustentáveis com abastecimento via gás natural e biometano.

Os investimentos fazem parte do novo contrato de concessão da Compagas, que passa a valer a partir do mês de julho e que define metas para o aumento da oferta de gás natural e biometano e o atendimento de novas regiões no Paraná para os próximos 30 anos. “O Paraná, que é o maior gerador de energia renovável do Brasil, pode se transformar na Arábia Saudita do biogás e biometano. Temos um potencial muito grande na geração, que é feita através dos dejetos de animais e biomassa vegetal, como do setor sucroalcooleiro”, explicou o governador. “Estamos organizando todo o ecossistema para a geração de biogás e biometano no Paraná. Tanto na parte tributária e fiscal da cadeia como na infraestrutura de produção e escoamento, criando um novo corredor de desenvolvimento”.

Maior produtor de proteína animal do Brasil, o Paraná também sai na frente na geração de biogás e biometano. Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Estado tem 426 plantas instaladas, 67% de todas as usinas da região Sul. “Dominamos esse setor tão importante, que também está se tornando uma nova fonte de renda para os produtores rurais”, destacou Ratinho Junior.

Um dos planos da Compagas, explicou o CEO Rafael Lamastra Junior, é chegar a 15% da participação do biometano no volume de distribuição da companhia até 2026. “Estamos muito entusiasmados com o anúncio que fizemos hoje. Acreditamos que este novo investimento fará com que o Paraná avance ainda mais no segmento de energia e infraestrutura”, afirmou. “O gás natural continua sendo uma fonte importante, mas a inclusão do biometano traz uma pegada mais sustentável para atender as demandas ambientais e dos nossos clientes e também as metas de ESG da empresa”, disse. “O Paraná lidera o potencial produtivo de biogás no Sul do País. Precisamos aproveitar o potencial paranaense em geração de biometano para tornarmos o Estado mais sustentável e com menos emissões, como mais uma alternativa para a descarbonização da matriz energética”.

Primeiro contrato

O primeiro contrato para fornecimento de biometano para inserção na rede de distribuição de gás no Paraná foi assinado com a empresa H2A, que fornecerá à Compagas 20 mil metros cúbicos/dia a partir de julho de 2025. A parceria viabiliza a construção de uma usina em Carambeí, nos Campos Gerais, para a produção do gás renovável em uma cadeia circular, a partir de dejetos do polo leiteiro.

A parceria com a H2A faz parte do plano de expansão da Compagas, que prevê novos contratos de biometano nos próximos meses. Os 15% previstos para a distribuição até 2026 correspondem a cerca de 100 mil metros cúbicos/dia de gás renovável. “O objetivo é integrar a rede de distribuição às principais áreas produtoras de biometano, para viabilizar o escoamento do combustível renovável por meio de dutos, ampliando a capacidade de expansão do uso do gás renovável”, destacou Lamastra.

A Compagas vem trabalhando nos últimos meses para o desenvolvimento de fornecedores de biometano para injeção do gás renovável em suas redes de distribuição. Desde 2023, a empresa já abriu duas chamadas públicas para a aquisição do combustível.

O diretor de Administração da H2A, Carlos Alberto da Silva Souza, destacou que a empresa vem buscando novas tecnologias para a produção de biometano, com a planta de Carambeí utilizando dejetos suínos e bovinos para a produção do insumo. “Vamos aproveitar esse resíduo, que hoje já é tratado de forma sustentável, para dar uma viabilidade econômica aos produtores, que são sócios e parceiros do nosso projeto”, disse.

Londrina e Maringá

Dentro do investimento de R$ 505 milhões até 2029, a Compagas vai destinar R$ 100 milhões para a expansão da rede de gás canalizado, visando ao atendimento das cidades de Londrina e Maringá. Serão construídos, ao todo, 60 quilômetros de rede para atender os segmentos industrial, residencial, comercial e veicular no Norte do Paraná, sendo que o fornecimento na região ocorrerá 100% com biometano.

Oito quilômetros de rede serão construídos em Maringá para atender o segmento industrial da região. O projeto também contempla a instalação de um trecho de cerca de 19 quilômetros conectando os municípios de Londrina, Cambé e Rolândia para o fornecimento das indústrias instaladas no percurso. Outros trechos, que totalizam 34 quilômetros, atenderão o bairro Gleba Palhano, localizado na zona Sul de Londrina e considerado uma das regiões mais valorizadas no setor imobiliário e de intenso comércio.

Araucária e Lapa

A Compagas também anunciou a construção de 52 quilômetros de gasoduto entre os municípios de Araucária e Lapa, na região Metropolitana de Curitiba. O investimento de R$ 108 milhões vai atender um importante eixo agroindustrial do Estado e, em especial, a fábrica do Grupo Potencial Biodiesel, na cidade da Lapa.

A expectativa é finalizar as obras e iniciar o fornecimento de gás canalizado para o Grupo em 2026. “O Grupo Potencial vem fazendo grandes investimentos na cidade da Lapa, com a implantação de uma esmagadora de soja que demanda um uso maior de gás. Para isso, teremos uma ‘caldeira flex’, que pode utilizar biomassa ou qualquer tipo de gás, como o biometano”, disse o vice-presidente do Grupo Potencial, Carlos Eduardo Hammerschmidt. “Esse investimento viabilizou a construção do gasoduto, que vai ajudar no desenvolvimento da região”.

Além do gasoduto, também foi assinado um termo de compromisso entre o Governo do Estado e a Potencial para a implantação de dois dutos de biocombustível entre Araucária e Lapa. O investimento da empresa no empreendimento será de cerca de R$ 200 milhões. Um dos dutos será dedicado ao transporte de biodiesel e óleo de soja, enquanto o outro será executado de maneira versátil, de acordo com os projetos do grupo. A estrutura terá aproximadamente 50 quilômetros de comprimento, interligando as bases de distribuição dos combustíveis de Araucária à Lapa.

A planta da Potencial de biodiesel é a maior do Brasil e uma das cinco maiores do mundo, produzindo cerca de 900 milhões de litros ao ano. “Hoje o transporte desses produtos, no Brasil, é feito principalmente pelo ramal rodoviário. Com este duto, teremos agilidade, segurança e mais qualidade na entrega deste combustível, além de zerar a emissão de CO2 na distribuição”, ressaltou Hammerschmidt.

Corredor Sustentável

Outro importante anúncio feito pela Compagas foi o início das operações da primeira rota do Corredor Sustentável do Paraná conectando os municípios de Londrina e Paranaguá. Ao todo são 11 postos de abastecimento com GNV (gás natural veicular) e biometano para fornecimento aos veículos leves e pesados.

Rafael Lamastra vê a implementação desse primeiro corredor como um marco do projeto, refletindo o progresso na transformação da matriz energética do Estado no setor de transportes. “A estratégia da Compagas é ampliar a oferta de gás natural e biometano para veículos pesados, especialmente caminhões e ônibus, de forma que eles consigam percorrer todo o Estado, transitar entre outras regiões e escoar a produção para o Porto de Paranaguá utilizando combustíveis mais limpos e sustentáveis, colaborando para a redução dos gases poluentes na atmosfera”, afirmou .

O projeto Corredores Sustentáveis começou em 2020 na Compagas com a identificação das principais vias de transporte do Estado e dos locais estratégicos para a introdução do gás na matriz energética. A iniciativa proporciona a integração das principais rotas rodoviárias do Estado com o Porto de Paranaguá para o escoamento da produção, além da conexão com as regiões Sul e Sudeste.

Além da primeira rota em operação anunciada hoje, o projeto conta com outros percursos a serem implantados, contemplando outras regiões do Paraná. A Compagas também está engajada em debater e articular com outros estados a ampliação dos corredores para interligar o sistema desde o Rio de Janeiro, passando por São Paulo, Santa Catarina até o Rio Grande do Sul, consolidando um importante eixo sustentável para o transporte rodoviário no país.

Sobre a Compagas

A Compagas conta com uma rede de distribuição de mais de 880 quilômetros de extensão e atende clientes dos segmentos industrial, comercial, residencial, veicular e de geração elétrica, instalados em 15 municípios do Estado. Os mais de 54 mil usuários consomem diariamente cerca de 800 mil metros cúbicos de gás canalizado. Sua atuação está pautada em bases econômicas, sociais e ambientais e com foco na promoção da expansão do uso do gás canalizado. Ciente do seu papel para indução do desenvolvimento e da necessidade da diversificação da matriz energética, executa ações em prol da competitividade e da segurança para seu mercado.

Presenças

Participaram da solenidade os secretários estaduais do Planejamento, Guto Silva; da Fazenda, Norberto Ortigara; do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza; da Inovação, Modernização e Transformação Digital, Alex Canziani; e da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; os presidentes da Sanepar, Wilson Bley; da Invest Paraná, Eduardo Bekin; e do Instituto Água e Terra (IAT), José Luiz Scroccaro; a deputada federal Luísa Canziani; e os deputados estaduais Hussein Bakri, Luís Corti, Anibelli Neto, Do Carmo, Flávia Francischini, Maria Victória, Alexandre Amaro, Pedro Paulo Bazana e Tiago Amaral; o secretário-executivo do Codesul, Orlando Pessuti; e a ex-governadora Cida Borghetti.

Fonte: AEN-PR

Notícias Reunião na ACIC

Presidente do Sindiavipar enumera razões que fazem do Brasil referência em proteínas

País reúne uma série de fatores e condições que fazem dele um dos líderes mundiais em grãos e proteínas, sozinho alimente um bilhão de pessoas.

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Roberto Kaefer durante reunião com empresários nesta semana, na Acic, em Cascavel, no Oeste do Paraná - Foto: Divulgação/Acic

Mesmo com condições excepcionais à produção de alimentos, o Brasil reúne uma série de fatores e condições que fazem dele um dos líderes mundiais em grãos e proteínas. Sozinho, o Brasil alimenta um bilhão de pessoas no mundo, ou 12% do contingente atual de oito bilhões de seres humanos. O País é referência na produção e o maior exportador de carnes de frango do planeta e o Paraná, sozinho, responde por 42% desse volume. A cadeia do frango, no Estado, encontra no Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas (Sindiavipar) o seu maior parceiro, entidade atualmente presidida pelo cascavelense Roberto Kaefer.

Kaefer foi o convidado especial da Acic para a tradicional reunião de diretoria da entidade, realizada sempre na última quinta-feira do mês. Ele falou sobre alguns dos aspectos que tornam o País modelo no segmento. Um dos principais é a rígida legislação de sanidade animal e os recursos, principalmente preventivos, adotados pela cadeia para antever, proteger-se e minimizar possíveis efeitos de crises. A maior ameaça ao setor atualmente, afirmou, está na influenza, que já provoca sérios danos à avicultura de países vizinhos na América Latina. “Estamos muito atentos a essa questão e empregando inúmeras contramedidas, como o diálogo antecipado e franco com nossos parceiros internacionais”.

Na menor ameaça, como a confirmação de casos em aves silvestres no litoral do Paraná, uma força tarefa foi desencadeada e ações rápidas neutralizaram riscos. “Saber o que fazer, com assertividade e eficiência são atitudes fundamentais nesse mercado” destacou Kaefer. O nível de profissionalismo dessa indústria, integrando os seus mais inúmeros segmentos, faz do Brasil um exemplo em qualidade e segurança alimentar. A produção mundial de carne de frango em 2023 foi de 102 milhões de toneladas. O maior produtor são os Estados Unidos, com 21 milhões de toneladas, e o Brasil é o segundo, com 14,8 milhões. “No entanto, somos os maiores exportadores, com mais de 5,1 milhões de toneladas enviadas a dezenas de países”.

VBP

A carne de frango, ao lado de outras proteínas e grãos, faz do Paraná um dos maiores detentores de Valor Bruto da Produção (VBP), do País, e no Oeste estão alguns dos municípios que superaram a cifra de R$ 1 bilhão, entre eles Toledo (R$ 4,2 bilhões, o maior do Estado), Cascavel, Santa Helena, Marechal Cândido Rondon, Assis Chateaubriand, São Miguel do Iguaçu e Palotina. O Vbp do Paraná, o terceiro maior do País, já supera a cifra de R$ 143 bilhões. O Oeste abate 2,2 milhões de aves por dia mas, diante do cenário mundial, Roberto Kaefer disse que o momento é de manter a produção estável, porque o equilíbrio é uma das chaves para o sucesso e a rentabilidade do negócio.

A cadeia do frango é responsável por quatro milhões de empregos no Brasil e um milhão deles estão no Paraná que, sozinho, responde por mais do que o volume somado dos outros três principais exportadores nacionais, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul. Kaefer falou também da abertura de novos mercados, como o da Polinésia, e do status brasileiro de ser o único país no mundo com autorização para exportar para Israel. Estudos indicam que o potencial nacional de crescimento das proteínas, nos próximos sete anos, é de 13% no frango, de 7% no suíno e de 7% no bovino.

A evolução da avicultura brasileira está associada a um conjunto de fatores e um dos mais importantes é a genética. Atualmente, explicou Roberto Kaefer, a conversão alimentar faz a produção de um quilo de carne acontecer com o consumo pela ave de apenas um quilo e meio de ração. O presidente do Sindiavipar falou também de um seminário econômico do qual participou, recentemente na China, ao lado de ministros do atual governo, e destacou a relevância desse mercado. “A China é o nosso maior parceiro comercial. Somente de frango, no ano passado, ela importou 682 mil toneladas” apontou Kaefer, que está à frente de um sindicado que representa 17,2 mil aviários em 320 municípios e com Vbp superior a R$ 45 bilhões.

Orgulho

O vereador Cidão, presente à reunião na Acic, parabenizou Kaefer pela liderança e disse que a avicultura e o agronegócio são orgulhos para a região. Ao responder a um questionamento do empresário Gilberto Bordin, o presidente do Sindiavipar informou que a produção de carnes em laboratório seguirá como inovação, mas de acesso a poucos em função do elevado custo de produção. José Ivaldece e Genesio Pegoraro citaram o empreendedorismo e a pujança do agro e da pecuária do Oeste e o presidente da Acic, Siro Canabarro, afirmou que a entidade apoia e está ao lado de quem empreende e gera oportunidades.

Fonte: Assessoria ACIC
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Notícias

Construção de medidas voltadas aos produtores rurais é discutida com o governo federal

Medidas especiais e específicas para os produtores gaúchos são esperadas pelos setores produtivos.

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Foto: Divulgação/Seapi

A recuperação da agricultura gaúcha esteve na pauta da reunião entre o governo do Estado, a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e o governo federal nesta sexta-feira (28), na sede da entidade. Medidas especiais e específicas para os produtores gaúchos são esperadas pelos setores produtivos.

Pelo governo estadual, estiveram presentes os secretários da Casa Civil, Artur Lemos, e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Clair Kuhn, além do secretário-adjunto de Desenvolvimento Rural, Lindomar Moraes. Também participaram o ministro da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, e toda a diretoria da entidade.

O ministro Fávaro afirmou que de forma emergencial o governo atendeu ao pedido de suspensão dos vencimentos das dívidas dos produtores até 14 de agosto e já tem a criação do Fundo Garantidor de Crédito. “Isso já foi atendido até aqui e devemos buscar novas alternativas”, destacou.

O titular do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também mencionou que um grupo de trabalho foi criado com integrantes do Mapa e da Câmara dos Deputados. O grupo de trabalho busca estruturar o diagnóstico para criar soluções de reestruturação ao Rio Grande do Sul. “O Plano Safra, que será anunciado em 3 de julho, será 9% maior que o anterior e atenderá 20% a mais da área a ser coberta pelo plano. Também estamos trabalhando para que todos os produtores estejam cobertos pelo seguro rural”, enfatizou.

Artur solicitou que o governo estadual faça parte desse grupo de trabalho para a construção dessas medidas. “Como as perdas econômicas do Rio Grande do Sul em razão de catástrofes ambientais são maiores do que as registradas em outras regiões do país, é plenamente justificável que os órgãos de controle criem algo específico para o nosso Estado”, disse o titular da Casa Civil.

O secretário da Agricultura destacou que é fundamental a criação de novas linhas de crédito aos agricultores e a negociação das dívidas existentes. “O produtor consegue pagar, mas precisa de ajuda. A liberação de recurso também movimenta a economia, do Estado e das cidades”, afirmou Kuhn.

Gedeão contou que, em 7 de maio, a Farsul encaminhou ofício ao Mapa com reivindicações para criação de uma nova linha de crédito aos produtores, com 15 anos de prazo para pagamento, juros de 3% e carência de dois anos. O presidente da entidade pediu medidas emergenciais e que atendam aos anseios gaúchos. “O governo federal arrumou cerca de R$ 7 bilhões rapidamente para fazer um leilão para a importação de arroz, sendo que não há necessidade e temos o produto. Dá para usar esse dinheiro e resolver fazendo a equalização”, afirmou Gedeão. Ele também mencionou que o prazo para novas soluções é 14 de agosto e que é preciso agilidade para que o produtor consiga acessar os créditos do Plano Safra.

Fonte: Assessoria Seapi
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Notícias Barreiras fitossanitárias

Aumento do comércio internacional eleva risco de dispersão de pragas agrícolas

Discussão sobre as barreiras fitossanitárias no comércio internacional foi debatido na Reunião de Pesquisa de Soja, realizada entre quarta (27) e quinta-feira (28), pela Embrapa Soja, em Londrina (PR)

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Foto: Claudio Nonaka/Embrapa Soja

A crescente dispersão de pragas agrícolas pelo mundo pode ser atribuída ao aumento do comércio entre os países. O Brasil exportou aproximadamente 60% dos 147 milhões de toneladas de soja, produzidos na safra 2023/2024.

Do total exportado, cerca de 70% foi comercializado para China.  Portanto, a discussão sobre as barreiras fitossanitárias no comércio internacional foi debatido na Reunião de Pesquisa de Soja, realizada entre quarta (27) e quinta-feira (28), pela Embrapa Soja, em Londrina (PR). “Todos os países que importam do Brasil têm preocupação com as pragas quarentenárias. A China, em especial, fez recentes atualizações da lista de pragas quarentenárias e tem sido rigorosa com a sanidade e qualidade da soja”, explica Fátima Parizzi, da Abiove/Anec.

Segundo ela, no Brasil, toda a cadeia produtiva e o Ministério da Agricultura vem produzindo material de orientação e de sensibilização sobre os cuidados com as praga quarentenária. Desde a produção até a expedição da soja, Parizzi conta que existem procedimentos que precisam ser observados para que não haja notificação internacional ou mesmo rechaço do lote com presença de praga quarentenária.

Diante disso, as responsabilidades e as ações do setor de armazenamento para exportação foi o tema da palestra de Pedro Mattos, da Associação das Supervisoras e Controladoras do Brasil. “Abordamos a legislação brasileira e a importância do cumprimento da legislação em relação às exportações que remete ao cumprimento da legislação internacional”, explica. “Desta forma, os carregamentos do Brasil têm que estar isentos de pragas quarentenárias e de sementes tóxicas para evitar os problemas de fitossanidade”, alerta.

Luis Clóvis de Oliveira, da cooperativa Cocamar, apresentou as responsabilidades e ações do setor produtivo. “Na cooperativa, fizemos uma trabalho com técnicos e produtores mostrando o papel fundamental que todos temos para evitar possibilidades de rechaço de cargas, com consequente prejuízo econômico”, explica. “A principal ação no campo é o manejo de plantas daninhas na lavoura, ou seja, é preciso plantar e colher “no limpo”, destaca.

Fonte: Assessoria Embrapa Soja
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