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VOZ DO COOP

Notícias Conflito Rússia x Ucrânia

Como o mercado de carnes será impactado pela guerra?

A falta dos fertilizantes, que é uma grande preocupação do Brasil hoje, com relação à Rússia, afeta diretamente o setor.

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Arquivo/OP Rural

Se o trabalho dos auditores fiscais federais agropecuários (AFFAS) foi desafiador durante a pandemia, a guerra da Rússia contra a Ucrânia chama a atenção para novos obstáculos que estão por vir dos mercados internacionais de carnes brasileiras. As perspectivas desse cenário serão o foco inicial do Seminário sobre Defesa Agropecuária (Sedagro), que debaterá vários temas durante os três dias evento, de 15 a 17 deste mês, em São Paulo.

“A guerra se conecta com a situação da transição da pandemia”, afirma Leandro Feijó, diretor do departamento de temas técnicos, sanitários e fitossanitários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que é AFFA e será um dos debatedores do tema durante o Sedagro, realizado pelo Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários, o ANFFA Sindical.

Para Feijó, os desafios gerados pela guerra passam a ser um desses fatores. “Nesse cenário atual, tudo que não pode haver nessas relações comerciais é a falta de previsibilidade e tranquilidade”, afirma, mas enfatiza que o momento não é para pânico, porque o tempo de duração da guerra é que será determinante para avaliar a gravidade dos impactos nos mercados internacionais de carnes brasileiras. “A falta dos fertilizantes, que é a grande preocupação do Brasil hoje, com relação à Rússia, afeta diretamente esses mercados de carnes, porque os fertilizantes são insumos utilizados na produção de ingredientes da ração desses animais, especialmente de aves e suínos”, esclarece.

Ambiente hostil

O diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Rua, também reconhece eventuais turbulências nas negociações de carnes brasileiras com mercados internacionais, por causa do ambiente hostil gerado pela guerra, mas enxerga o outro lado da moeda. Segundo Rua, ainda que a Rússia e a Ucrânia sejam compradores de carnes do Brasil, e que nesse momento nosso país esteja em desvantagem pelas sanções econômicas à Rússia, não dá para ignorar que tanto a Rússia quanto a Ucrânia são competidores diretos do Brasil. “A Ucrânia, por exemplo, é uma grande exportadora de carnes de aves para a Arábia Saudita, União Europeia e países do Golfo, mas temos relações sólidas com esses países, portanto há expectativa de que possamos suprir ainda mais esses mercados, conforme o tempo de duração da guerra”, avalia.

Luis Rua informa que 2,5% do total de carnes de aves exportados pelo Brasil em 2021, o equivalente a pouco mais de 100 mil toneladas, foram importadas somente pela Rússia, mas acredita que o fechamento dos portos na Ucrânia e as dificuldades logísticas da Rússia vão contribuir para aumentar a demanda pelo produto brasileiro na Arábia Saudita, União Europeia e países do Golfo.

Debates
Além de Leandro Feijó e Luis Rua, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Antonio Camardelli, participará das discussões dos debates, que serão mediados pelo presidente do ANFFA Sindical, Janus Pablo. Ele acrescenta que o painel trará a apresentação atualizada do cenário internacional e que com base nisso, será possível traçar um panorama tanto dos principais desafios, quanto das perspectivas para o setor de proteína animal neste ano.

Camardelli destaca ainda que a grande responsável pelo recorde de receita em exportações que o país atingiu em 2020, foi a integração público-privada. “Entendemos que uma cadeia produtiva sem danos e pronta para responder as demandas de países anteriormente provedores, mas que, em decorrência da Covid-19, passaram a demandar produtos de países como o nosso, nos permitiu não apenas manter o atendimento aos mercados tradicionais como também expandir a variedade de produtos exportados”, afirma.

No painel da próxima quarta-feira (16) haverá participação de especialistas como Talita Priscila, pesquisadora do Centro de Agronegócio da FGV Agro; Geraldo Moraes, diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa; Lilian Figueiredo, coordenadora de Produção Animal da Confederação Nacional da Agricultura (CNA); e Andrea Moura, superintendente federal da Agricultura do Estado de São Paulo, moderadora do painel, marcado para 15 horas.

Ainda no dia 16 , às 17 horas, o painel 3, sobre “Inovação e abertura de novos mercados: coexistência de produtos à base de proteínas de origem animal e vegetal”, reunirá outro grupo de especialistas, tais como Caroline Mellinger, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos; Camile Lau, diretora de marketing da JBS; Glauco Bertoldo, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, do Mapa; Antonio Marcos Pupin, diretor de assuntos científicos e regulatórios da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI); Sergio Pinto, diretor global de inovação e novos negócios da BRF; e Danilo Kamimura, chefe de defesa agropecuária da superintendência federal de agricultura de São Paulo (Mapa), moderador do painel.

No último painel, marcado para quinta-feira (17), com início às 15 horas, será debatido o tema “Perspectivas para a inspeção de carnes do Brasil”, com outros convidados de peso, como Sulivan Alves, diretora técnica da ABPA; Ana Lúcia Viana, diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, além de Cinthia Torres, diretora técnica da ABPA e de Gisele Camargo, delegada do ANFFA em São Paulo e moderadora do painel.

Todo esse conteúdo reunido no Sedagro faz parte da programação da III Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal (Expomeat), realizada de 15 a 17 de março, no Pavilhão de Exposições Anhembi. O evento será totalmente presencial.

Fonte: Assessoria

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Lar Cooperativa lança o programa Jovem Aprendiz Agro

Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar.

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Fotos: Divulgação/Lar

Foi lançado na última quarta-feira (17), o programa Jovem Aprendiz Agro, uma iniciativa idealizada pela Lar Cooperativa destinada exclusivamente para filhos de associados. Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar. Uma reunião, com pais e os primeiros 30 jovens selecionados, marcou o lançamento do programa.

“A Lar tem o dever de proporcionar o caminho da educação aos seus associados e funcionários e com esse programa, cumprimos com a legislação brasileira e ao mesmo tempo com o nosso papel de ser uma cooperativa educadora. Uma iniciativa que partiu da Cooperativa, foi aprovada no Ministério do Trabalho e tem tudo para ser um sucesso”, destacou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues em sua fala aos pais e jovens presentes.

Nesta primeira etapa, as inscrições foram limitadas aos municípios de Serranópolis do Iguaçu (PR) e Missal (PR), onde foi selecionado o primeiro grupo composto por 30 jovens entre 14 e 22 anos, que deverão iniciar as atividades no dia 19 de abril. O programa é uma parceria entre a Lar Cooperativa, o Sescoop/PR e o Semear, instituição responsável por aplicar o conteúdo. As aulas serão via internet, com práticas na propriedade de cada participante, sob a supervisão dos pais e remotamente por professores.

“Os jovens terão contrato de trabalho com duração de 23 meses, com todos os direitos que qualquer outro trabalhador possui. Moldamos esse programa para se encaixar com a rotina que já existe na propriedade e com isso buscamos não só uma contribuição para a formação pessoal e profissional, mas também um projeto de vida”, explicou o superintendente Administrativo e Financeiro da Lar, Clédio Marschall, também presente na reunião de lançamento do programa.

Os benefícios profissionais e pessoais são muitos, com disciplinas variadas, que vão desde matemática comercial até empreendedorismo, informática, gestão de custos, mercado agrícola, entre outros. As áreas de Gestão de Pessoas e Assessoria de Ação Educativa da Lar Cooperativa serão responsáveis por monitorar a evolução e o resultado do programa. A expectativa é ampliar o número de participantes, com abertura de vagas inclusive para outros municípios.

A Lar é a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, encerrando o ano de 2023 com mais de 23.500 funcionários. A legislação brasileira diz que 5% do quadro de funcionários de uma empresa deve ser composto por jovens aprendizes, mas atender essa cota se tornou um desafio. Até a primeira quinzena do mês de abril de 2024, a Lar estava com cerca de 300 vagas a serem preenchidas por jovens aprendizes. Essa dificuldade na contratação foi um dos fatores que motivaram o desenvolvimento do programa Jovem Aprendiz Agro, que promete impulsionar o futuro do agronegócio.

 

 

Fonte: Assessoria Lar
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Considerada maior feira da avicultura e suinocultura capixaba, Favesu acontece em junho

Evento reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

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Fotos: Divulgação/Favesu

Os preparativos para a 7ª edição da Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu) estão em ritmo acelerado. O Centro de Eventos Padre Cleto Caliman (Polentão) é o local escolhido para o evento, que acontece de 05 e 06 de junho, e reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

O município de Venda Nova do Imigrante (ES) mais uma vez vai sediar o evento bienal que é organizado pela Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) e Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES).

A programação inclui palestras com conteúdos técnicos e também palestras empresariais, painéis, apresentação de trabalhos científicos e reunião conjuntural, além da Feira de Negócios que reunirá, na área de estandes, grandes empresas nacionais e multinacionais apresentando seus produtos e serviços voltados aos segmentos.

O evento também é momento de avaliações do panorama atual para a avicultura e a suinocultura no contexto dos cenários econômicos brasileiro e mundial. O Presidente da ABCS, Marcelo Lopes e o Presidente da ABPA, Ricardo Santin farão a apresentação de painéis que abordarão os números,os desafios e as perspectivas para os segmentos.

Dentre os temas das palestras técnicas, a Favesu trará assuntos de suma importância na área de avicultura de corte, de postura e suinocultura, ambiência, exportação, influenza aviária, inspeção de produtos de origem animal, lei do autocontrole, modernização, entre outros temas.

Uma programação de alto nível que visa oferecer uma troca de conhecimentos e experiências fundamentais para impulsionar o crescimento e a inovação nos setores.

Mais informações sobre o evento entre em contato pelo telefone (27) 99251-5567.

Fonte: Assessoria Aves/Ases
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Produtores rurais podem renegociar dívidas do crédito rural até dia 31 de maio

Conforme a proposta do Mapa, poderão adiar ou parcelar os débitos os produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte, que sofreram com efeitos climáticos e queda de preços.

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Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Os produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A medida é uma proposta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apoiada pelo Ministério da Fazenda (MF), e aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março. O prazo limite para repactuação é até 31 de maio.

Com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A resolução foi necessária diante do fato de que, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, reduzindo a produtividade em localidades específicas. Além disso, os produtores rurais também têm enfrentado dificuldades com a queda dos preços diante do cenário global.

“Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

O ministro ainda explicou o primeiro passo para acessar a renegociação. “Basta, então, que qualquer produtor, que se enquadre na medida, procure seu agente financeiro com o laudo do seu engenheiro agrônomo, contextualizando a situação. Com isso, será atendido com a prorrogação ou o parcelamento do débito”, reforçou.

Alcance

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

  • soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;
  • bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;
  • soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
  • bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;
  • soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;
  • bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

Fonte: Assessoria Mapa
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