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Como o estresse impacta a produtividade nas granjas?
Exposição contínua gera respostas fisiológicas e comportamentais que resultam em perdas econômicas significativas para os suinocultores
O estresse é um fator que influencia diretamente a produtividade e o bem-estar dos suínos. Ele pode ser desencadeado por diversas situações, como manejos inadequados, mudanças ambientais, superlotação, enfermidade e até pelo manejo excessivo.
A exposição contínua dos animais ao cortisol, hormônio relacionado ao estresse, gera respostas fisiológicas e comportamentais que comprometem o crescimento, a eficiência alimentar, o sistema imunológico e a qualidade da carne, resultando em perdas econômicas significativas para os suinocultores.
As falhas no manejo são uma das principais causas do problema. Quando os suínos são submetidos a situações, como superlotação, que aumenta a competição por recursos como alimento e água, são transportados de maneira inadequada, ou submetidos a manipulação excessiva, seu bem-estar é severamente comprometido e esse tipo de estresse interfere no desenvolvimento do animal.
“Do ponto de vista hormonal, o estresse é uma resposta biológica do organismo, mediada principalmente pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA). O cortisol, em níveis elevados, interfere no metabolismo, mobilizando reservas energéticas, o que pode reduzir a síntese proteica e levar à degradação muscular. Essas alterações metabólicas comprometem a eficiência alimentar e prejudicam o crescimento dos animais, resultando em uma proteína de qualidade inferior”, explica Márcio Dahmer, gerente da linha de suínos da Ceva Saúde Animal.
Outro efeito comum apresentado pelos suínos submetidos a fatores estressores é a redução do apetite. A liberação contínua de cortisol interfere nos mecanismos cerebrais responsáveis pela regulação do consumo alimentar. Esse fator impacta diretamente o desempenho dos animais, já que a ingestão insuficiente de alimento resulta em menor ganho de peso e reduz a produtividade. Além disso, suínos que não se alimentam adequadamente ficam mais suscetíveis a doenças, o que compromete ainda mais os resultados da granja.
Paralelamente, a exposição constante a situações estressantes compromete o sistema imunológico dos suínos, tornando-os mais propensos a infecções. O cortisol, quando presente em níveis elevados, reduz a produção de células imunológicas, como linfócitos e neutrófilos, comprometendo a capacidade do organismo de combater patógenos. Com isso, aumentam as incidências de doenças infecciosas e a necessidade de intervenções, elevando os custos de produção e diminuindo a eficiência reprodutiva dos animais. Consequentemente, a imunidade enfraquecida também pode afetar a eficácia das vacinas, ampliando o risco de surtos de doenças na granja.
As mudanças comportamentais são outras consequências notadas no ambiente. Os suínos tornam-se mais agitados e agressivos, o que aumenta a probabilidade de lesões físicas. Essas feridas, além de causarem desconforto, são porta de entrada para infecções que podem se espalhar rapidamente em ambientes de confinamento.
Além disso, a influência negativa do estresse na reprodução é evidente. Fêmeas estressadas podem apresentar redução na fertilidade e aumento na incidência de abortos. “O desequilíbrio hormonal causado por essa exposição afeta a produção de hormônios reprodutivos, como o estrogênio e a progesterona, interferindo na capacidade das fêmeas de conceber e manter a gestação. Durante a gravidez, essa exposição também pode resultar em mortalidade neonatal, com leitões nascendo abaixo do peso ou debilitados, o que impacta diretamente os índices reprodutivos da granja”, explica o profissional.
A qualidade da carne também é afetada de maneira significativa. Suínos submetidos a condições adversas antes do abate tendem a produzir carne de menor qualidade, como as carnes PSE (do inglês pale, soft, exudative ) e DFD (do inglês dark, firm, dry). Isso ocorre devido ao esgotamento das reservas de glicogênio nos músculos, o que interfere no processo de acidificação normal da carne após o abate. As proteínas com essas classificações têm seu valor comercial diminuído devida a baixa aceitação pelos abatedouros e consumidores, afetando a rentabilidade da produção.
“Embora alguns fatores promotores de estresse sejam difíceis de eliminar, a necessidade de identificar e diminuir a incidência destes momentos na vida produtiva dos suínos é importante. A adoção de novas tecnologias e soluções que facilitem o dia a dia da granja, assim como a melhoria dos seus processos produtivos, é primordial para o aumento do bem-estar animal e para uma suinocultura mais rentável”, afirma Márcio.
Como visto, o estresse tem impacto direto na produtividade e no bem-estar dos animais. Essas condições adversas prejudicam o crescimento, comprometem o sistema imunológico, alteram o comportamento, reduzem a fertilidade e pioram a qualidade da carne, afetando negativamente todo o ciclo produtivo.
Para minimizar os efeitos do estresse é fundamental que os produtores adotem práticas de manejo que promovam o bem-estar animal, garantindo um ambiente menos estressante e, consequentemente, uma produção mais eficiente e sustentável.
Para auxiliar na redução do estresse na granja, a Ceva tem como um dos seus pilares, pensar em novas tecnologias que diminuem o impacto causado pelo estresse animal. Vacinas combinadas para doses únicas e formulações menos reativas são algumas das soluções oferecidas para um manejo mais atualizado e assertivo. A saúde e o bem-estar animal, é sempre uma prioridade da companhia.
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Phibro reúne especialistas globais em simpósio no PSA Latin American com foco na Ecoprodutividade e na saúde intestinal na avicultura
O evento é de grande relevância para quem busca se atualizar sobre ciência, tecnologia e inovação.
A Phibro Saúde Animal realizará o simpósio “Estratégias e Tecnologias para Promover a Ecoprodutividade e a Saúde Intestinal na Avicultura: O Papel dos Eubióticos na Imunidade e na Sustentabilidade do Sistema de Produção Avícola”, durante a Conferência Científica Latino-Americana do Poultry Science Association (PSA), que acontece entre 8 e 10 de outubro, no Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort, em Foz do Iguaçu (PR). O simpósio da Phibro será realizado no dia 8 de outubro, entre 14 e 17h.
“O PSA Latin American Scientific Conference é, sem dúvida, um grande momento, muito aguardado por quem trabalha na avicultura. O evento é de grande relevância para quem busca se atualizar sobre ciência, tecnologia e inovação. Além disso, o evento reúne um público significativo e seleto de especialistas, pesquisadores e empresas, todos conectados pela busca por excelência nos resultados da atividade”, informa Bruna Boaro Martins, doutora em produção animal e gerente de produtos e serviços técnicos da Phibro na América do Sul.
Especialistas nacionais e internacionais farão parte da programação do simpósio “Estratégias e Tecnologias para Promover a Ecoprodutividade e a Saúde Intestinal na Avicultura: O Papel dos Eubióticos na Imunidade e na Sustentabilidade do Sistema de Produção Avícola.” No total, serão quatro palestras:
. ‘Visão holística do sistema imunológico das aves e sua importância para o sucesso da produção avícola’, apresentada pelo Professor Dr. Guillermo Zavala, da Universidade da Georgia
. ‘Imunidade como ferramenta para melhorar a saúde e a eficiência gastrointestinal’, tema da Professora Dra. Jovanir Inês Müller Fernandes, da Universidade Federal do Paraná
. ‘Uso estratégico de aditivos eubióticos para garantir ecoprodutividade’, sob a responsabilidade da Professora Dra. Catarina Stefanello, da Universidade Federal de Santa Maria
. ‘Eficiência das saponinas na imunonutrição’, destacado pelo Dr. Hernán Cortés, especialista em saponinas pela Desert King, Chile.
“O PSA conta com programação robusta de simpósios voltados para a América Latina e tópicos que, realmente, impactam a comunidade avícola global, assim grandes profissionais referência no mercado compõe o corpo de palestrantes, o que torna o evento de muito prestígio”, finaliza Bruna Martins.
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Ceva Saúde Animal anuncia Christophe Bailet como diretor financeiro
Em sua nova função, Christophe Bailet será responsável por supervisionar o próximo ciclo de refinanciamento do grupo e fortalecer o desempenho financeiro para alcançar as metas ambiciosas da Ceva.
A Ceva Saúde Animal (Ceva), líder francesa em saúde animal e a 5ª maior empresa global do setor, presente em 110 países, anuncia uma mudança em seu Comitê Executivo com a nomeação de Christophe Bailet como Diretor Financeiro do Grupo.
Christophe Bailet ingressou na Ceva em 1º de outubro de 2024. Ele começou sua carreira como analista financeiro no Société Générale e passou 20 anos no Saint-Gobain em várias posições seniores de finanças, com destaque para funções internacionais. Posteriormente, atuou como CFO nos grupos Benvic e Kem One, ambas empresas LBO e líderes no setor de vinil.
Christophe Bailet possui um MBA pela ESSEC Business School e se formou na École Normale Supérieure em Letras e Ciências Humanas.
Ele traz à Ceva vasta experiência internacional em finanças, com expertise em gerenciamento de operações LBO e refinanciamento corporativo.
Em sua nova função, Christophe Bailet será responsável por supervisionar o próximo ciclo de refinanciamento do grupo e fortalecer o desempenho financeiro para alcançar as metas ambiciosas da Ceva.
Ele sucede Alain de Woillemont, que ocupou o cargo por 10 anos e continuará a fornecer sua expertise durante a próxima fase de refinanciamento. A liderança da Ceva expressa sua profunda gratidão a Alain de Woillemont por sua dedicação e profissionalismo excepcional, cujo trabalho diligente permitiu à empresa refinanciar suas atividades várias vezes em condições particularmente favoráveis.
Christophe Bailet, recém-nomeado Diretor Financeiro da Ceva Animal Health, declarou: “Christophe Bailet, recém-nomeado Diretor Financeiro da Ceva Animal Health, declarou: “Ingressar na Ceva neste momento crucial de sua evolução é uma enorme oportunidade. A Ceva é tanto uma líder em inovação na saúde animal quanto uma empresa global em rápida expansão. Tenho a honra de trazer minha expertise para apoiar esse crescimento ambicioso e liderar a equipe financeira na implementação dos próximos objetivos estratégicos. A Ceva tem um potencial significativo para enfrentar os desafios atuais e futuros da indústria, e estou empolgado em contribuir para essa jornada.”
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Aviagen América Latina promove workshop sobre prevenção de enfermidades nos Estados Unidos
O workshop é parte do compromisso contínuo da Aviagen em promover as melhores práticas em manejo de enfermidades.
A Aviagen® América Latina realizou um workshop laboratorial especializado em diagnóstico de enfermidades em Gainesville, no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, em colaboração com o Georgia Poultry Laboratory Network (GPLN). O evento, realizado entre os dias 23 e 27 de setembro, reuniu 15 técnicos de laboratórios avícolas, representando 14 diferentes empresas do México, República Dominicana, El Salvador, Chile, Argentina, Brasil, Colômbia e Paraguai.
Liderado pelo especialista veterinário sênior da Aviagen, Jose J. Bruzual, pela diretora de Laboratório da Aviagen, Lola Crespo, e pelos especialistas do GPLN, Doug Waltman e Louise Dufour-Zavala, diretora do laboratório, o workshop combinou a teoria com a prática. Os participantes fizeram atividades práticas sobre as mais recentes técnicas para o diagnóstico de salmonella, bem como tiveram acesso à estratégias efetivas de biossegurança para proteger a saúde das aves.
A Aviagen tem como objetivo equipar as empresas avícolas com as habilidades necessárias para identificar e enfrentar os desafios da salmonella, permitindo a prevenção e o controle efetivo dessa enfermidade avícola.
Reforçando a segurança e a proteção alimentar
“A Aviagen se dedica a melhorar a segurança alimentar global, e a prevenção de enfermidades está no centro desta missão”, disse Bruzual. “Por meio de colaborações com líderes da indústria como o GPLN, capacitamos os produtores avícolas com o conhecimento e as ferramentas para proteger seus lotes e a cadeia de suprimentos de aves. Este workshop contribuiu com os laboratórios de nossos clientes de avós e matrizes com os protocolos mais recentes para detecção de salmonella, o que é vital para proteger nossa indústria da enfermidade.”
O gerente Técnico Regional da Aviagen América Latina, Jorge Amado, expressou sua gratidão ao time GPLN pela colaboração e organização do evento. “Temos orgulho de fornecer aos nossos clientes latino-americanos acesso a expertise de classe mundial em prevenção de enfermidades. Workshops como este são fundmentais para o avanço da saúde e do bem-estar das aves, além de garantir uma cadeia de suprimentos estável para a nossa região”.
O workshop é parte do compromisso contínuo da Aviagen em promover as melhores práticas em manejo de enfermidades, proporcionando todo suporte para a manutenção do sucesso do setor avícola na América Latina e outras regiões.
Sobre o Georgia Poultry Laboratory Network
O GPLN fornece monitoramento e serviços de diagnóstico da granja à mesa do consumidor, contribuindo com a saúde e a segurança dos lotes, ovos e produtos avícolas.
A organização apoia a indústria avícola e outros produtores de aves, fornecendo monitoramento de saúde e serviços de diagnóstico veterinário específicos para aves. Eles são aliados da indústria avícola, agências governamentais e outros laboratórios para a prevenção, gestão e controle de enfermedades avícolas, e participam de programas de preparação para emergências sanitárias para Influenza Aviária e doença de Newcastle.
Também fornecem uma variedade de serviços de testes e monitoramento, garantindo a qualidades das aves para inspeções em incubatórios.