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Como o empenamento precoce nas aves pode contribuir com a redução nas condenações de carcaças em plantas de abate
A busca pela máxima eficiência dos lotes se torna cada dia mais relevante e desejável visto que a cadeia reduz o impacto ambiental

Artigo escrito por Eder Barbon, médico veterinário e especialista em Plantas de Abate e Qualidade América do Sul; Lívia Pegoraro, zootecnista com Mestrado em Produção Animal e gerente da Fazenda Experimental da CobbVantress; e Rodrigo Terra, médico veterinário e diretor Associado de Produto da Cobb-Vantress na América
do Sul
Reduzir as condenações de carcaça é hoje um dos desafios mais importantes da avicultura brasileira. O país, que abate cerca de 23 milhões de cabeças de frangos por dia, de acordo com publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (março, 2021), tem em média de 0,75% de condenas totais e 10,86% de condenas parciais, segundo informações do SIGSIF de março de 2021. Isso significa perdas de cerca de 1.400 toneladas por dia, o que representa 2,4% do peso total abatido.
As contaminações, lesões de pele (Dermatoses) e lesões traumáticas (Contusões e fraturas), são as três principais causas mais frequentes para o descarte de aves pela indústria avícola brasileira. As perdas por condenações, cumprindo devidamente as legislações locais, são registradas em todos os países produtores de carne de frango do mundo. Mas, na comparação com produtores da Europa, do México e dos Estados Unidos, os percentuais de condenas do Brasil são significativamente maiores, o que exige que produtores e indústria busquem alternativas para reduzir esse impacto negativo de rendimento para o setor. O governo brasileiro, através do Ministério da Agricultura, tem apoiado positivamente ações de melhorias, com embasamentos técnicos e científicos da indústria que visam a redução de perdas nas plantas de abate. (Decreto no 10.468/2020).
A causa mais comum das condenações é a contaminação por fezes ou bílis no momento da evisceração do frango em virtude de jejum pré-abate ou ajuste dos equipamentos inadequados, que respondem por mais da metade do total. Em seguida, vêm as lesões de pele ou dermatoses, posteriormente a maior causa são as lesões traumáticas ou contusões e fraturas, que podem ocorrer no campo, especialmente no momento da apanha e transporte, ou na planta de abate durante o processamento, especialmente no atordoamento.
Melhorias no manejo e ambiência, desde à granja ao frigorífico, e aves com empenamento precoce, que ajuda a garantir a proteção e qualidade da pele são tendências irreversíveis na avicultura para reduzir as perdas por problemas de pele.
Preocupados com as perdas por problemas de pele ou dermatoses, a Cobb-Vantress tem trabalhado para selecionar aves que empenam precocemente, garantido melhor cobertura e proteção da pele desde a tenra idade. Um bom empenamento protege as aves em várias frentes, como por exemplo durante a disputa por espaço no aviário, nos comedouros, bebedouros e durante o carregamento, onde a probabilidade de umas aves subirem sobre as outras e se arranharem é alta, em especial nos frangos jovens, como griller. Também protege amenizando o contato da pele com a cama do aviário, o que reduz as possibilidades de o frango ter a carcaça desclassificada por problema de pele no momento do abate.
Além das perdas e condenações por problema de pele, empresas que trabalham com mix de produtos para exportação, como frangos pequenos, Griller e Coxas desossadas principalmente, pagam um alto custo pela redução no aproveitamento e perda de rendimento final. Dependendo do tamanho, da profundidade e das características das lesões, as peças são desclassificadas e destinadas para um outro tipo de mix, com menor valor econômico.
Estudo conduzido pela Cobb-Vantress, em sua Granja Experimental, demonstrou melhores índices de aproveitamento de carcaça com aves que empenam precocemente.
- Materiais e métodos
As avaliações de escores de empenamento e lesão de pele foram realizadas nas Unidades Experimentais da Cobb-Vantress. Para essa avaliação, foram utilizadas aves de três linhagens diferentes (CobbMalexC500S, MVxC500S e Concorrente A), sexadas (machos e fêmeas), seguindo um esquema fatorial 3×2, perfazendo um total de seis tratamentos, distribuídos em um delineamento em blocos casualizados.
As aves foram avaliadas a partir de 28 dias de idade, durante a pesagem semanal, até o momento da saída do lote. Portanto, as avaliações foram com 28, 35 e 42 dias de idade. Cerca de 2,4% do plantel foi amostrado para tais avaliações e as mesmas aves foram avaliadas para ambos os escores. A amostragem foi realizada a partir de cercados, nos quais 100% das aves aprisionadas foram avaliadas, mesmo que a porcentagem inicial estipulada fosse ultrapassada.
Os escores de empenamento e lesão de pele respeitaram um protocolo de avaliação visual. Para o grau de empenamento foram avaliadas duas partes distintas em cada ave, sobrecoxa e dorso.
Um gabarito pode ser utilizado na sobrecoxa e no dorso com a finalidade de padronizar a região exata a ser avaliada e manter o parâmetro de comparação entre as aves.
A partir dos dados coletados, encontramos a porcentagem de cada escore. Os escores 3 e 4 são as aves que apresentam o melhor grau de empenamento. Agrupamos as porcentagens de tais escores em cada idade e comparamos entre os tratamentos.
Para a avaliação do grau de lesão de pele, cada ave foi avaliada na sua integralidade e ponderando a qualidade da pele no geral, associando quantidade e profundidade da lesão para a mensuração do escore.
Escores de lesão de pele em frangos de corte
ESCORE ZERO: Foi considerado escore de lesão zero, carcaças com integridade total da pele, sem quaisquer tipo de riscos ou arranhões conforme foto: Carcaça ideal.
Os demais escores foram considerados conforme descrição abaixo:
1 – ESCORES 01: poucas lesões (quantidade não limitante, mas algo próximo ao máximo de 2-3 lesões) e lesões superficiais;
2 – ESCORE 02: quantidade de lesões que compromete visualmente a carcaça, porém ainda lesões superficiais;
3 – ESCORE 03: poucas lesões, porém com maior gravidade ou maior volume de lesões espalhadas pela carcaça porem lesões com profundidade e até mesmo com escaras/purulência;
4 – ESCORE 04: Muitas lesões espalhadas pela carcaça toda e a maioria profunda e/ou com escaras/purulência;
Considerando-se a variação das lesões de pele entre cada lote abatido, os critérios para condenação podem sofrer pequenas variações entre as plantas, didaticamente padronizamos a soma dos piores escores (graus 3 e 4) para apontar esse possível descarte.
Após a coleta dos dados foi gerada a porcentagem de aparição de cada escore por tratamento, no qual somando a porcentagem desses dois escores (3 e 4) definimos a porcentagem estimada de possíveis descartes para cada tratamento (linhagem e sexo).
2.1 termográfica
O grau de empenamento pode ser evidenciado através da diferença de temperatura com o auxílio de uma Câmera Termográfica (modelo utilizado nas fotos – Flir T4 series), porém essa avaliação através da termográfica não tem embasamento numérico e uma metodologia comprovada, ou seja, não temos um modelo matemático que conseguiria transformar a imagem em um número de escore, portanto o intuito seria apenas apontar didaticamente, com foto, a diferença entre os tratamentos analisados nos escores visuais.
Na Figura abaixo (Figura 4) podemos observar na imagem da câmera termográfica as diferenças entre as cores, nas quais podem ser correlacionadas com as diferenças entre os empenamentos, uma vez que a pena é um isolante térmico, portanto é esperado que encontramos uma menor temperatura na superfície empenada comparada com a superfície corporal mensurada diretamente na pele da ave.

As áreas com maior grau de empenamento apresentam menores temperaturas superficiais, ou seja, são representadas com cores mais escuras (tons de azul, roxo e preto). Entretanto, as partes mais claras apresentam temperatura superficial mais elevada, o que representa as partes com menor grau de empenamento ou completamente sem penas, variando de acordo com a coloração de tons alaranjados para o amarelo e chegando ao branco na ordem crescente para as temperaturas mais elevadas.
- Resultados
3.1 Empenamento
Observamos nos gráficos 1, 2, 3 e 4 melhores taxas de empenamento precoce no novo produto CobbMalexC500S, comparado com as demais linhagens analisadas, representadas pela maior porcentagem de aves amostradas com escores 3 e 4.
Podemos observar no gráfico 1 que o lote CobbMalexC500S apresentou desde os 28 dias de idade, a maior porcentagem de aves com os melhores escores de empenamento na sobrecoxa, comparado aos demais tratamentos, com valores de 2,43% mais empenado com 28 dias, 29,69% com 35 dias e 11,75% com 42 dias, na comparação com o tratamento da linha Concorrente A.

Ambos os produtos Cobb apresentaram melhores índices de empenamento na sobrecoxa de machos.
A primeira idade analisada (28 dias) é importante principalmente para os clientes que produzem frangos pequenos como Griller, que são normalmente lotes de fêmeas criadas até 28 dias de idade, com intuito de venda da carcaça inteira. Portanto, para esse produto é ainda mais importante a integralidade da pele, bem como aves livres de desclassificação ou condenas parciais.
No gráfico 2 (fêmeas), temos um resultado muito similar ao observado no gráfico 1 (machos), no qual notamos que os produtos Cobb apresentam lotes mais empenados desde as primeiras avaliações com 28 dias de idade.

As fêmeas CobbMalexC500S apresentaram 10,48% a mais, do lote com aves em estágio mais avançado, de empenamento aos 28 dias, na comparação com a fêmea Concorrente A. Essa informação, associada ao percentual de condena dos lotes de mesma idade, significam um melhor aproveitamento dessas aves para lotes de produto Griller, que representa uma fatia importante do mercado brasileiro. Com 35 dias, essa diferença entre linhagens diminui para 7,88% e, com 42 dias, chega a 2% de diferença entre os lotes de CobbMale, comparado com o Concorrente A.
Os machos com melhor empenamento no dorso foram os provenientes do tratamento CobbMalexC500S, que apresentou com 28 dias de idade uma quantidade de 7,29% a mais do lote com aves melhor empenadas, na comparação com o Concorrente A. Com 35 dias, a diferença aumentou para 15,84% e com 42 dias foi de 1,02%, ainda favorável para o CobbMale (Gráfico 3).

A diferença de empenamento entre os tratamentos das fêmeas normalmente é menor devido ao empenamento mais rápido das fêmeas em relação aos machos. Essa característica é o que possibilita a sexagem dos pintos de 1 dia no incubatório.
No gráfico 4 podemos verificar que aos 28 dias de idade o lote CobbMale apresentou um volume maior de 9,05% de fêmeas melhores empenadas no dorso comparadas com o lote Concorrente A, com 35 dias a diferença foi de 1,47% e com 42 dias 100% das fêmeas amostradas apresentaram empenamento completo no dorso, para ambos os tratamentos.

A partir dos 42 dias as três linhagens tendem a ser muito similares, devido ao maior tempo para empenamento. Apesar de o produtor não perceber esta variação durante a vida do lote, o impacto é importante para o abatedouro.
As tabelas abaixo (1 e 2) representam numericamente os dados que foram descritos e discutidos nos Gráficos 1- 4, sobre os escores de empenamento em sobrecoxa e dorso de machos e fêmeas.

3.2 Lesão de pele
Os dados para lesão de pele foram pontuados no gráfico abaixo (Gráfico 5), considerando a somatória dos piores graus de lesão (escores 3 e 4) dentre as aves que foram amostras, o que consideramos um possível descarte, nas idades mencionadas.
Nos machos com 28 dias de idade não foram observadas diferenças de perdas por lesões de pele entre as linhagens analisadas, mas também evidenciamos que tais lotes não apresentaram lesões severas tipo 3 e 4, sendo assim para os machos de 28 dias não observaríamos prejuízos com descartes na planta de abate em decorrência das lesões de pele.
A diferença entre linhagens foi constatada para lotes de machos com 35 dias de idade, em que aves de origem do Concorrente A apresentaram 2,5% do lote amostrado com os piores graus de lesões de pele, comparado aos produtos Cobb que na média apresentaram 0,5% do lote com o mesmo grau de severidade desse parâmetro.
Para as aves com 42 dias de idade e já com um melhor escore de empenamento, as lesões diminuíram e o lote Concorrente A apresentou cerca de 2% a mais de lesão do que os lotes Cobb. Apesar da redução da porcentagem de lotes que possivelmente sofreriam descartes com 42 dias, a diferença média se manteve em 2% desde os 35 dias do lote, sendo que os lotes Cobb apresentaram melhores resultados e menores taxas de condena por lesão de pele, comparados com a linhagem Concorrente A.

Para os lotes de fêmeas, podemos observar que já conseguimos notar uma diferença entre lesão de pele já a partir dos 28 dias de idade. Praticamente 1% a mais de condena para o tratamento Concorrente A, comparado aos lotes Cobb, em que esses, na amostra analisada, não apresentaram condenação alguma para os escores de lesão de pele 3 e 4 (gráfico 6) em tal idade.

As fêmeas do Concorrente A mantiveram o volume de aproximadamente 1% de condena para todas as idades analisadas enquanto o produto CobbMalexC500S não apresentou nenhuma ave amostrada com graus severos de escore de pele (0%) durante todo o experimento, comprovando a correlação entre a importância do empenamento na questão da lesão de pele, isto é, lotes com empenamento mais precoce fazem uma proteção na epiderme da ave, ajudando a evitar lesão e condena na planta de abatedouro.
Vale ressaltar que empenamento e lesão de pele possuem uma correlação, porém não são unicamente dependentes, ou seja, a lesão de pele não está exclusivamente relacionada a precocidade do empenamento. Outros fatores, como voracidade do lote, programa de luz, manejo, estresse, distância de fuga, restrição alimentar, qualidade da cama, intervalo de vazio sanitário entre outros fatores também são correlacionados aos níveis de lesão e condena na planta de abate.
A busca pela máxima eficiência dos lotes se torna cada dia mais relevante e desejável visto que a cadeia reduz o impacto ambiental, uma vez que disponibiliza para a população mais proteína animal de qualidade com a mesma quantidade de insumos.
Os dados demonstram que é necessário investir em genética, tecnologia e manejo para atingir o maior peso possível de carne vendável para garantir a eficiência produtiva, financeira e ambiental da avicultura brasileira e mundial.
É a nossa responsabilidade entregar o melhor.
Outras notícias você encontra na edição de Avicultura de julho/agosto de 2021 ou online.

Avicultura
Paraná registra queda no custo do frango com redução na ração
Apesar da retração no ICPFrango e no custo total de produção, despesas com genética e sanidade avançam e mantêm pressão sobre o sistema produtivo paranaense.

O custo de produção do frango vivo no Paraná registrou nova retração em outubro de 2025, conforme dados da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves. Criado em aviários climatizados de pressão positiva, o frango vivo custou R$ 4,55/kg, redução de 1,7% em relação a setembro (R$ 4,63/kg) e de 2,8% frente a outubro de 2024 (R$ 4,68/kg).
O Índice de Custos de Produção de Frango (ICPFrango) acompanhou o movimento de queda. Em outubro, o indicador ficou em 352,48 pontos, baixa de 1,71% frente a setembro (358,61 pontos) e de 2,7% na comparação anual (362,40 pontos). No acumulado de 2025, o ICPFrango registra variação negativa de 4,90%.
A retração mensal do índice foi influenciada, principalmente, pela queda nos gastos com ração (-3,01%), item que historicamente concentra o maior peso no custo total. Também houve leve recuo nos gastos com energia elétrica, calefação e cama (-0,09%). Por outro lado, os custos relacionados à genética avançaram 1,71%, enquanto sanidade, mão de obra e transporte permaneceram estáveis.

No acumulado do ano, a movimentação é mais desigual: enquanto a ração registra expressiva redução de 10,67%, outros itens subiram, como genética (+8,71%), sanidade (+9,02%) e transporte (+1,88%). A energia elétrica acumulou baixa de 1,90%, e a mão de obra teve leve avanço de 0,05%.
A nutrição dos animais, que responde por 63,10% do ICPFrango, teve queda de 10,67% no ano e de 7,06% nos últimos 12 meses. Já a aquisição de pintinhos de um dia, item que representa 18,51% do índice, ficou 8,71% mais cara no ano e 7,16% acima do registrado nos últimos 12 meses.
No sistema produtivo típico do Paraná (aviário de 1.500 m², peso médio de 2,9 kg, mortalidade de 5,5%, conversão alimentar de 1,7 kg e 6,2 lotes/ano), a alimentação seguiu como principal componente do custo, representando 63,08% do total. Em outubro, o gasto com ração atingiu R$ 2,87/kg, queda de 3,04% sobre setembro (R$ 2,96/kg) e 7,12% inferior ao mesmo mês de 2024 (R$ 3,09/kg).
Entre os principais estados produtores de frango de corte, os custos em outubro foram de R$ 5,09/kg em Santa Catarina e R$ 5,06/kg no Rio Grande do Sul. Em ambos os casos, houve recuos mensais: 0,8% (ou R$ 0,04) em Santa Catarina e 0,6% (ou R$ 0,03) no território gaúcho.
No mercado, o preço nominal médio do frango vivo ao produtor paranaense foi de R$ 5,13/kg em outubro. O valor representa alta de 3,2% em relação a setembro, quando a cotação estava em R$ 4,97/kg, indicando que, apesar da melhora de preços ao produtor, os custos seguem pressionados por itens estratégicos, como genética e sanidade.
Avicultura
Produção de frangos em Santa Catarina alterna quedas e avanços
Dados da Cidasc mostram que, mesmo com variações mensais, o estado sustentou produção acima de 67 milhões de cabeças no último ano.

A produção mensal de frangos em Santa Catarina apresentou oscilações significativas entre outubro de 2024 e outubro de 2025, segundo dados da Cidasc. O período revela estabilidade em um patamar elevado, sempre acima de 67 milhões de cabeças, mas com movimentos de queda e retomada que refletem tanto fatores sazonais quanto ajustes de mercado.
O menor volume do período foi registrado em dezembro de 2024, com 67,1 milhões de cabeças, possivelmente influenciado pela desaceleração típica de fim de ano e por ajustes de alojamento. Logo no mês seguinte, porém, houve forte recuperação: janeiro de 2025 alcançou 79,6 milhões de cabeças.

Ao longo de 2025, o setor manteve relativa constância entre 70 e 81 milhões de cabeças, com destaque para julho, que atingiu o pico da série, 81,6 milhões, indicando aumento da demanda, seja interna ou externa, em plena metade do ano.
Outros meses também se sobressaíram, como outubro de 2024 (80,3 milhões) e maio de 2025 (80,4 milhões), reforçando que Santa Catarina segue como uma das principais forças da avicultura brasileira.
Já setembro e outubro de 2025 mostraram estabilidade, com 77,1 e 77,5 milhões de cabeças, respectivamente, sugerindo um período de acomodação do mercado após meses de forte atividade.
De forma geral, mesmo com oscilações, o setor mantém desempenho sólido, mostrando capacidade de rápida recuperação após quedas pontuais. O comportamento indica que a avicultura catarinense continua adaptável e resiliente diante das demandas do mercado nacional e internacional.
Avicultura
Setor de frango projeta crescimento e retomada da competitividade
De acordo com dados do Itaú BBA Agro, produção acima de 2024 e aumento da demanda doméstica impulsionam perspectivas positivas para o fechamento de 2025, com exportações em recuperação e espaço para ajustes de preços.

O setor avícola brasileiro encerra 2025 com sinais de recuperação e crescimento, mesmo diante dos desafios impostos pelos embargos que afetaram temporariamente as margens de lucro.
De acordo com dados do Itaú BBA Agro, a produção de frango deve fechar o ano cerca de 3% acima de 2024, enquanto o consumo aparente deve registrar aumento próximo de 5%, impulsionado por maior disponibilidade interna e retomada do mercado externo, especialmente da China.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a competitividade do frango frente à carne bovina voltou a se fortalecer, criando espaço para ajustes de preços, condicionados à oferta doméstica. A demanda interna tende a crescer com a chegada do período de fim de ano, sustentando a valorização do produto.
Além disso, os custos de produção, especialmente da ração, seguem controlados, embora a safra de grãos 2025/26 ainda possa apresentar ajustes. No cenário geral, os números do setor podem ser considerados positivos frente às dificuldades enfrentadas, reforçando perspectivas favoráveis para os próximos meses.



