Suínos
Como o controle das doenças respiratórias suínas ajuda o produtor?
Abordagem integrada permite mitigar os impactos dos sinais clínicos na granja, preservar o desempenho dos suínos e impulsionar a rentabilidade dos produtores
As doenças respiratórias representam um desafio significativo para a suinocultura, pois impactam o desempenho dos animais e, consequentemente, a lucratividade das granjas. O surgimento dessas enfermidades engloba a ação de agentes bacterianos ou virais, fatores ambientais e práticas de manejo.
Fatores como o estresse ambiental, responsável por promover queda de imunidade nos animais, e um manejo sanitário deficiente podem facilitar a incidência e proliferação das patologias na granja.
“As doenças respiratórias demandam gastos com manejo e medicação, impactam o ganho de peso dos animais, comprometem a imunidade do plantel como um todo e interferem na qualidade da proteína suína ao final da criação”, detalha Marcio Dahmer, médico-veterinário gerente de marketing da linha de suínos da Ceva Saúde Animal.
Algumas pesquisas apontam que, no Brasil, mais de 60% dos suínos apresentam lesões pulmonares ao abate, fato que eleva o percentual de condenação das carcaça nos frigoríficos acarretando mais perdas ao produtor.
Dentre as doenças relacionadas ao trato respiratório, destacam-se as infecções causadas pelos agentes, Mycoplasma hyopneumoniae, Circovírus suíno tipo 2 (PCV2) e Actinobacillus pleuropneumoniae (APP).
O Mycoplasma hyopneumoniae é o agente da Pneumonia Enzoótica (PE), uma doença respiratória crônica. Este patógeno compromete o sistema respiratório dos suínos, resultando em lesões nos pulmões e bronquíolos. A infecção geralmente ocorre em animais jovens, afetando principalmente os suínos nas fases de crescimento e engorda.
O M. hyopneumoniae coloniza as vias respiratórias, desencadeando uma resposta inflamatória que causa tosse, dispneia e diminuição do ganho de peso. Além disso, a PE predispõe os suínos a infecções secundárias por agentes bacterianos, como Actinobacillus pleuropneumoniae e Pasteurella multocida, exacerbando os sinais clínicos e os prejuízos econômicos.
Os impactos da pneumonia enzoótica na produtividade incluem a piora na conversão alimentar e atrasos no crescimento. Estudos demonstraram que a PE pode reduzir o ganho diário de peso em até 33% e aumentar o custo de produção em cerca de 10%.
Já o PCV2, agente da Circovirose Suína é considerado endêmico na suinocultura tecnificada. Altamente contagioso e extremamente resistente, o vírus causa prejuízos milionários aos suinocultores em todo mundo. Sua presença causa impactos negativos associados à queda no sistema imunológico dos leitões, sinais clínicos respiratórios e entéricos e perdas reprodutivas
A taxa de morbidade da Circovirose suína pode chegar a 70% e a de mortalidade 80%. Os animais que desenvolvem a Circovirose Suína, mas não vão a óbito, perdem peso progressivamente e passam a ser considerados como refugos na produção.
E, por fim, a Pleuropneumonia Suína é conhecida como uma das mais importantes doenças respiratórias dos suínos. A patologia caracteriza-se pelo desenvolvimento de broncopneumonia necrosante e hemorrágica, com exsudação de fibrina, causando pleurite e abscessos pulmonares.
A enfermidade acomete animais de todas as idades, mas os leitões são mais vulneráveis e severamente impactados. Em surtos ocasionados por uma cepa virulenta, a morbidade pode exceder a 50%, com índices de mortalidade variando entre 1% a 10%
A prevenção é a melhor estratégia para evitar os impactos destas enfermidades no campo. A adoção de medidas multifatoriais com investimentos no manejo, ambiente e nutrição adequados, associados à vacinação são indispensáveis e se mostram altamente efetivas.
Para auxiliar nessa missão, a Ceva, que é referência na prevenção das doenças respiratórias dos suínos, oferece aos suinocultores soluções inovadoras para manutenção da saúde e do bem-estar dos animais.
Entre elas, está o Ceva Lung Program (CLP), software desenvolvido especialmente para avaliar a saúde pulmonar dos animais ao abate, auxiliando na definição de protocolos mais adequados para cada granja individualmente.
Com a sua metodologia única baseada na escala de Madec para avaliar as broncopneumonias, e na metodologia SPES, de origem italiana, para avaliar as pleurisias, o CLP classifica de maneira precisa e em poucos minutos a presença, incidência, padrões de circulação e o impacto destas doenças na granja por meio de escalas de pontuação.
“O CLP é uma ferramenta de alto valor para o suinocultor, seu banco de dados é alimentado por informações de granjas do mundo todo que, combinadas com a informação da granja a ser analisada, permite a tomada de decisões específicas e mais efetivas para a abordagem preventiva das doenças respiratórias no plantel”, Marcio reforça.
Já com foco na imunização dos suínos, a Ceva desenvolveu a DUO® uma combinação das vacinas já consagradas no mercado para a Pneumonia Enzoótica (Hyogen®) e a Circovirose Suína (Circovac®), capaz de promover dupla proteção dos leitões com uma única aplicação.
O produto transforma o manejo sanitário contra estas doenças em um processo rápido, prático e eficiente. Mais do que contribuir com a otimização dos processos da granja, a combinação destes dois imunizantes potencializa os efeitos da Circovac, que quando unida à Hyogen, é capaz de conferir uma proteção até 26 semanas de vida dos leitões contra a circovirose e a pneumonia enzoótica, atuando durante toda a vida produtiva do animal.
Outra solução que é líder no mercado, com foco contra a pleuropneumonia suína, é a Coglapix®. Esta vacina, de terceira geração, conta com cepas inativadas e seus toxoides que protegem os animais dos principais sorotipos da doença existentes no Brasil, estimulando a imunidade e evitando efeitos pirogênicos. A tecnologia empregada na vacina, estimula a imunidade dos leitões e fortalece seus pulmões, resultando em uma redução significativa dos custos de tratamento e da mortalidade dos suínos.
“O combate às doenças respiratórias requer uma abordagem integrada, que envolve biosseguridade, manejo sanitário adequado, monitoramento contínuo e ações preventivas. Desta forma é possível garantir a sustentabilidade e o crescimento da suinocultura para um futuro ainda mais promissor”, finaliza Márcio.
Suínos Minuto Agro Suínos
Nova abordagem para o tratamento de anemia e coccidiose em leitões reduz estresse e melhora desempenho
No Minuto Agro, o gerente de Serviços Veterinários da Ceva Saúde Animal, Felipe Bertiolo, apresenta uma nova técnica para tratar anemia e coccidiose em leitões. Essa abordagem inovadora utiliza uma injeção combinada que reduz o tempo de aplicação e minimiza o estresse dos animais. Estudos recentes mostram que esse método resulta em menos vocalizações intensas e níveis mais baixos de cortisol, indicando uma experiência menos traumática. Além disso, leitões tratados dessa forma demonstram um ganho de peso superior, promovendo um desenvolvimento mais saudável. A técnica beneficia não apenas o bem-estar animal, mas também melhora a eficiência do trabalho nas granjas.
Entrevistas
Nova gigante da suinocultura surge alicerçada na genética Danbred Brasil
O grupo BMG entrou na suinocultura no início de 2022, mas o ciclo completo de produção no Oeste do Paraná já começou grande e está ficando ainda maior. Até o fim do ano, eles esperam abater 1,8 mil suínos por dia.
Os “novatos” da suinocultura escolheram a genética da Danbred Brasil para ser um dos pilares de toda essa produção. Saiba os motivos na entrevista de Rafael Beker, gerente de Suinocultura da BMG, Claudecir Belous, gerente de produção da BMG, Jéssica Sulzbach, zootecnista da DanBred Brasil, e Anderson Garla, médico veterinário e coordenador comercial da DB Agricultura e Pecuária.
Suínos Minuto Agro Suínos
Biossegurança: um pilar essencial para a suinocultura moderna
A bioseguridade é fundamental para manter os rebanhos comerciais protegidos contra enfermidades com impacto econômico e na saúde pública, como zoonoses. Com o aumento da produção intensiva, a adoção de práticas robustas de biosseguridade tem se tornado essencial para garantir a sustentabilidade da produção suína no Brasil, que é o quarto maior produtor e exportador mundial de suínos.
As medidas de biosseguridade incluem controle de agentes endêmicos, prevenção de doenças contagiosas letais, como a peste suína africana, e o controle rigoroso de vetores e roedores. Essas práticas não só protegem a saúde dos animais, mas também garantem a eficiência produtiva e reduzem custos operacionais.
Confira o vídeo com o Gerente Nacional de Serviços Técnicos da Ceva Pedro Filsner