Empresas
Como melhorar o desempenho de lactação das matrizes suínas?
Especialista apresenta importante cenário e orienta granjas na tomada de decisão
Diversos estudos apontam que o estresse calórico em matrizes suínas pode comprometer o desempenho da lactação, impactando o consumo de alimentos, que tende a diminuir.
Gwendolyn Jones, gerente de produto da ADM | Pancosma, alerta que, em matrizes lactantes, temperaturas acima de 25ºC podem causar estresse térmico. “Isso geralmente está associado à redução do consumo de alimento, resultando em redução da produção de leite com forte efeito no crescimento de leitões”, detalha.
“A fêmea lactante moderna está particularmente em risco de estresse térmico, pois tem sido altamente selecionada para aumentar a produtividade, incluindo o tamanho da leitegada e o peso dos leitões, que é acompanhado pelo aumento da produção de calor corporal”, acrescenta.
Estudo aponta o melhor caminho – De acordo com a gerente de produto da ADM | Pancosma, um experimento realizado em uma granja comercial com 1500 matrizes em Córdoba, Argentina, apontou um interessante cenário.
O período de teste foi durante os meses de verão na Argentina, de 29 de fevereiro a 9 de abril. As temperaturas variaram de 26 ºC a 29ºC, com uma umidade de cerca de 75%. Esperava-se que os animais experimentassem algum grau de estresse térmico.
Gwendolyn explica que 100 matrizes foram divididas em dois grupos: 1) grupo controle, alimentado com dieta a base de milho e soja, formulada para atender os requisitos nutricionais de porca em gestação e lactação; 2) Grupo teste, alimentado com a dieta de controle suplementada com 1 kg de Anco FIT por tonelada de alimentos.
“O experimento começou duas semanas antes do parto e terminou com o desmame dos leitões com 21 dias de lactação. A homogeneização do tamanho das leitegadas ocorreu dentro de 24 horas após o parto, sendo ajustadas para um número de 12-13 leitões / porca. Foi registrado o consumo médio diário das porcas durante a lactação. Os leitões não receberam ração durante a lactação”, revela.
O estudo demonstrou que o consumo de ração das matrizes aumentou significativamente no grupo Anco FIT vs. controle (5,29kg/d vs 4,39 kg/d, P<0,01). Já a mortalidade de leitões foi significativamente reduzida nas matrizes alimentadas com Anco FIT e o ganho de peso das leitegadas aumentaram significativamente em relação ao controle (42,26 kg contra 36,55 kg, P<0,01).
“A conclusão deste experimento foi que incluir Anco FIT às dietas de matrizes suínas em condições comerciais a uma dose de 1 kg/ton aumentou o consumo de alimentos e desempenho de lactação em condições de estresse calórico”, finaliza.
Especialmente formulado para capacitar os animais a uma rápida adaptação aos fatores estressantes, o Anco FIT, solução da ADM Nutrição Animal, contém substâncias bioativas fitogênicas diluídas em veículos funcionais, permitindo a redução de danos provocados pelo estresse calórico em suínos, o que resulta em máximo desempenho produtivo, mesmo quando os animais estão expostos a condições de estresse.
Empresas Duetto DE
Vaxxinova lança solução para proteção contra infestações de vermes e outros parasitas
Novo endectocida oferece uma formulação com dupla defesa e embalagem mais ergonômica
A Vaxxinova, uma das empresas líderes no setor de saúde animal, lança o Duetto DE, desenvolvido especificamente para combater infestações endo e ectoparasitas. O produto chega ao mercado como uma resposta eficaz às necessidades dos produtores diante dos desafios das doenças dos trópicos. “O Duetto DE foi criado para enfrentar os desafios únicos que nossos pecuaristas enfrentam em condições climáticas tropicais. Com esse produto, buscamos não apenas eliminar parasitas, mas também melhorar a produtividade e a saúde geral dos rebanhos”, explica Leydson Martins, gerente de marketing da Unidade de Bovinocultura da Vaxxinova.
Martins destaca ainda que a nova solução foi desenvolvida por uma equipe altamente competente de pesquisadores, que criou uma fórmula de ação dupla capaz de oferecer uma proteção abrangente contra parasitas externos e internos. “Uma das grandes vantagens desse novo medicamento é que ele é formulado à base de doramectina e eprinomectina. Essas duas substâncias atuam em conjunto, gerando dois picos plasmáticos após a aplicação, o que resulta em um efeito prolongado e eficiente. Essa combinação é recomendada como uma estratégia para retardar o desenvolvimento de resistência aos anti-helmínticos, melhorando o controle de endo e ectoparasitas nos animais”, comenta o gerente.
Além disso, essa poderosa fórmula foi desenvolvida com o inovador veículo Protect Oil, uma combinação de óleos biotransformados por processos de esterificação, que assegura excelente solubilidade, viscosidade ideal e liberação controlada dos princípios ativos. “Nosso objetivo não era apenas entregar uma formulação altamente eficaz, mas também inovar na apresentação do produto, pensando no produtor ou veterinário que irá aplicá-lo no animal. Criamos uma embalagem prática, desenvolvida para otimizar o uso do início ao fim, facilitando a aplicação e maximizando os resultados. Por isso, nesse lançamento, investimos em um formato mais ergonômico”, conclui Martins.
Empresas
Mig-Plus investe R$ 40 milhões para ampliar agregação de valor ao setor de nutrição animal
Entre as novidades, empresa mira o mercado aqua, com linha técnica e time especializado
A Mig-Plus, empresa de soluções em nutrição animal, está realizando investimentos para expandir sua capacidade produtiva e diversificar sua linha de produtos. Ao todo, são mais de R$ 40 milhões aplicados em novas unidades produtivas na cidade de Casca, no norte do Rio Grande do Sul. A indústria vem crescendo a uma média de 12% ao ano. Para 2024, a previsão é bater recordes em volume de produção, com um aumento de 24% já registrado no primeiro semestre.
Contando com um crédito de R$ 25 milhões da Finep, o primeiro dos investimentos é voltado a uma nova fábrica de extrusão e laminação, que deve ficar pronta no final do corrente ano. O objetivo é incrementar a atual linha de nutrição dedicada a suínos, aves e bovinos (corte e leite).
Já o segundo investimento, com aporte de R$ 15 milhões, é destinado a uma segunda linha de peletização, que deve ser concluída no início de 2025. Atualmente, a fábrica focada em pellets tem capacidade produtiva para 25 toneladas por hora. Com o incremento, duplicará.
Além de crescer nos nichos atuais, a Mig-Plus mira o mercado de aquacultura. Segundo o diretor Flauri Migliavacca, esse segmento, em ascensão, representa uma grande oportunidade para a companhia. “Vamos entrar com uma linha técnica e especializada para fomentar o mercado a granel”, detalha Migliavacca.
Estratégia de crescimento
A volatilidade dos preços do milho e da soja representa um desafio, mas a empresa vem mantendo uma performance positiva. “Adotamos uma estratégia eficiente de compras de matéria-prima, além de ter a qualidade como diferencial de mercado”, afirma o executivo. Flauri Migliavacca acrescenta que a indústria está presente em grandes cooperativas e integradoras, devido aos benefícios zootécnicos que seus produtos oferecem.
Fundada em 1991, a Mig-Plus é uma empresa familiar criada pelo médico-veterinário Flauri Ademir Migliavacca e seu irmão, Lanes Tadeu Migliavacca. Atualmente, emprega 420 colaboradores e conta com 230 técnicos/comerciais. A companhia é reconhecida pela inovação, evidenciada pela linha de solução para o desmame de leitões, que revolucionou o mercado ao reduzir a mortalidade nessa fase da produção suinícola.
Empresas
Pesquisa da Cargill identifica hábitos de sucesso em mais de 260 pecuaristas
Benchmarking Confinamento Probeef bate recorde com análise de 2.067 milhões de animais para confirmar melhores práticas dos produtores.
Com o objetivo de levar informação de qualidade e reforçar o compromisso com a pecuária de corte brasileira, a Cargill acaba de disponibilizar a 8ª edição do Benchmarking Confinamento Probeef. A iniciativa contou, desta vez, com o maior universo de todo o período analisado.
Os números, mais uma vez, surpreenderam pelo volume e pela acurácia das informações. Foram avaliados dados de um rebanho superior a 2 milhões e 67 mil cabeças, recorde de todo o período, de 267 clientes. De acordo com a estimativa da Scot Consultoria, o Brasil teve 5,7 milhões de cabeças confinadas em 2023.
Realizado desde 2016, o Benchmarking Confinamento Probeef já analisou mais de 6,8 milhões de cabeças de gado para prover informações, análises e insights direcionados aos produtores que desejam obter os melhores resultados zootécnicos e econômicos do mercado.
No setor de confinamento este é o maior levantamento feito a nível nacional. Considerando que somente no Brasil existe, aproximadamente, 1,87 milhão de cabeças analisadas, o estudo chega a representar quase 30% do mercado de animais confinados.
Trazendo mais uma vez uma análise única e profunda do setor, o levantamento permite a todos os interessados uma auto comparação com a média geral dos participantes e, a partir daí, a junto com a nossa equipe de consultores a possibilidade de definição de plano de melhoria para continuar avançando nos índices e tomada de decisão das próximas ações.
“O Benchmarking Confinamento Probeef tem se tornado uma referência dentro do mercado de confinamento, trazendo insights a todos os perfis de pecuaristas e contribuindo para uma produção mais eficiente, rentável e sustentável. A Cargill, reforçando sua parceria de longa data com o produtor, disponibiliza esse material como mais uma solução para munir o produtor de informação de qualidade, e temos acompanhado que muitos deles tem usado essas informações como ferramenta até mesmo para definir como vão aportar seus investimentos dentro do confinamento”, avalia André Brichi, gerente nacional de bovinos de corte da Cargill.
Os rebanhos analisados no estudo estão localizados nas regiões Norte e Centro-Oeste, no Brasil, e na Bolívia e no Paraguai. Com uma quantidade total bastante representativa, a grande maioria dos animais está localizada no Centro-Oeste (mais de 680 mil machos), seguido da região Norte (289 mil machos), contemplando de forma significativa todas as faixas de peso.
Do total analisado pela nova edição do Benchmarking Confinamento Probeef, 88% dos animais são machos, com peso de entrada médio de 376 quilos, com 112 dias de cocho e um rendimento de carcaça de 55,7% a produção gerou uma conversão alimentar de 6,71 kg. As principais raças analisas são Nelore (62,14%) e Anelorado (16,25).
Refletindo a heterogeneidade da produção brasileira, o banco de dados do estudo está cada vez mais democrático, abrangendo diferentes faixas de tamanho de confinamentos. Nessa edição, a maioria dos participantes possui entre 1.000 e 3.000 cabeças de gado, seguida daqueles que possuem de 3.000 a 10.000 animais. O estudo também engloba confinamentos maiores, com rebanhos entre 10.000 e 40.000 cabeças.
O segredo para o sucesso
A edição deste ano confirmou, mais uma vez, algumas práticas como chave para o sucesso no confinamento, com a adoção de tecnologias se mostrando cada vez mais como diferencial do negócio. A automação de tratos, por exemplo, trouxe uma economia de cerca de 70 kg de matéria seca para engordar o mesmo animal, ou seja, nos custos de dieta da ocasião, engordar o mesmo animal com R$80 a mais de dinheiro no bolso.
Outro dado interessante do estudo é o apontamento das tecnologias mais utilizadas no confinamento. 90% dos produtores utilizam software de confinamento, 50% contam com análise de dados e consultoria e 49% contam com rastreabilidade individual. Já automação de trato é utilizada por 37% dos participantes, enquanto 35% usam software de ERP.
Em cenários econômicos mais desafiadores e com o valor do boi abaixo do esperado, algumas práticas permitem ao pecuarista e sua equipe, uma tomada de decisão muito mais assertiva a respeito do que fazer no seu negócio diariamente. Entre essas, em resumo, é possível destacar o manejo de cocho Cargill e avaliar eficiências de trato, com leitura noturna, entendendo qual período do confinamento o lote está, seu histórico de consumo, além de uso de tecnologias de automação.