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Como identificar, tratar e prevenir a cetose em bovinos

Principal causa da cetose é a hipoglicemia (diminuição de glicose no sangue); as vacas em lactação garantem 10% da energia na forma de glicose, o restante vem de outras fontes conhecidas como ácidos graxos voláteis (AGV’s).

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Divulgação/Freepik

A principal espécie que sofre com cetose são as vacas em lactação. A cetose é um distúrbio metabólico que se caracteriza pela elevação de corpos cetônicos no sangue e ocorre devido ao balanço energético negativo (BEN). O distúrbio está relacionado ao metabolismo energético que ocorre no período de transição – final da gestação e início da lactação – sendo a principal enfermidade que acomete os bovinos de leite, também conhecida como: acetonemia, hipoglicemia ou acetonúria. A cetose bovina afeta certa de 15% dos rebanhos leiteiros de alta produção.

O período de transição é uma fase muito crítica para vacas leiteiras devido as alterações endócrinas. Nesta etapa, o animal necessita de muita energia para o crescimento fetal e o seu consumo de matéria seca é limitado devido ao tamanho do rúmen. Além disso, após o parto, o animal eleva sua produção de leite e demanda muita energia para suprir suas exigências metabólicas e, em muitos casos, os animais mobilizam muita gordura corporal, aumentando os ácidos graxos no sangue.  É importante ressaltar que a demanda por glicose e aminoácidos nesta fase é muito alta.

A principal causa da cetose é a hipoglicemia (diminuição de glicose no sangue); as vacas em lactação garantem 10% da energia na forma de glicose, o restante vem de outras fontes conhecidas como ácidos graxos voláteis (AGV’s). Dentre eles, os mais importantes são:  acetato, butirato e propionato.

Um detalhe importante sobre a cetose em bovinos são as rotas metabólicas desses AGV’s: o acetato é responsável pela síntese de gorduras, podendo não ser a principal fonte de glicose para ruminantes e cerca de 70% são mobilizados e boa parte ingressa no ciclo de Krebs. O butirato é parcialmente oxidado a corpos cetônicos e o propionato entra diretamente no ciclo de Krebs e é responsável pela formação de 30-50% da glicose em ruminantes.

A síntese de AGV´s nos ruminantes pode ser controlada pela dieta, lembrando que vacas em período de transição necessitam de um DECAD negativo (diferença cátion – aniônica).

A hipoglicemia ocorre devido a diminuição de glicose no sangue nas vacas em lactação, principalmente no pós-parto, onde o organismo demanda alta produção de energia e a glicose produzida pelo organismo ocorre via precursores (propionato, lactato e piruvato) e, esses precursores, desviam a rota metabólica para produzir a lactose do leite usando a glicose periférica, sendo ela maior que a do fígado, resultando em hipoglicemia.

Sintomas

A cetose bovina se classifica como cetose clínica e subclínica. A forma clínica consiste em uma leve perda em produção de leite, perda de peso, o animal apresenta uma alta taxa de corpos cetônicos no organismo. Já a cetose subclínica identifica alta presença de corpos cetônicos no leite e na urina, porém sem sinais clínicos. Ela pode aumentar a probabilidade de deslocamento de abomaso. Os sinais mais comuns são fezes secas e firmes, depressão moderada, motilidade ruminal reduzida, depravação de apetite, odor de corpos cetônicos na respiração, no leite e urina.

Prevenção

A presença de cetose gera gastos com medicamentos, aumento de serviços especializados e despesas com mão de obra. Para a prevenção desta enfermidade é recomendado um bom manejo nutricional no período de transição, acompanhamento de escore corporal e também o fornecimento de aditivos que forneçam um aporte energético para o fígado, principalmente aqueles que auxiliam no transporte de VLDL melhorando a saúde hepática.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura, commodities e maquinários agrícolas acesse gratuitamente a edição digital Bovinos, Grãos e Máquinas.

Fonte: Por Juliana Reolon Pereira, doutora em Nutrição de Ruminantes e coordenadora técnica e comercial de Ruminantes da NutriQuest

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Raça Brahman terá jurado internacional na 89ª ExpoZebu

Este ano quem comandará os julgamentos da raça será o jurado norte-americano Kelvin Moreno, com apoio da jurada auxiliar Poliana de Castro Melo.

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Foto: Divulgação

A 89ª edição da ExpoZebu será palco das comemorações dos 30 anos da chegada da raça Brahman no Brasil. Quem passar pelo Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), entre os dias 27 de abril e 05 de maio, poderá acompanhar a evolução da raça e as competições pelos grandes campeonatos.  “Será uma edição especial da ExpoZebu, pois estamos comemorando 30 anos da primeira importação de Brahman. A raça avançou muito nessas três décadas e vamos apresentar toda essa evolução aos visitantes dos mais diversos países que passarem pela ExpoZebu”, ressalta o presidente da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), Gustavo Rodrigues.

Este ano quem comandará os julgamentos da raça será o jurado norte-americano Kelvin Moreno, com apoio da jurada auxiliar Poliana de Castro Melo. Kelvin Moreno foi indicado pela diretoria da ACBB e atuará tanto no julgamento de pista quanto no Brahman a Campo. De família de selecionadores de Brahman no Texas, ele já atuou em exposições de vários países e é secretário/tesoureiro da American Brahman Breeders Association. No Brasil, Moreno vem contribuindo com o desenvolvimento de projetos científicos junto à ABCZ.

O julgamento da raça Brahman será de 1º a 3 de maio, começando com a competição “Brahman a Campo” no primeiro dia e segundo dia. Já os animais inscritos para a pista serão avaliados nos dias 2, 3 e 4 de maio. A expectativa é de que participem 150 exemplares nas duas competições.

A agenda da raça na ExpoZebu contempla ainda a Assembleia Geral Ordinária, no dia 1º de maio, às 19 horas, na Casa do Brahman. Já no dia 02 de maio, às 20 horas, acontece o 3º Leilão de Sêmen ACBB, também na sede da ACBB. Outra oportunidade de adquirir a genética Brahman será durante o Leilão Portobello e Terra Verde, agendado para o dia 03, às 20 horas, na Confraria/Armazém do Boi.

 Mérito ABCZ
O criador da raça Brahman, Marcos Henrique Pereira Alves, será um dos homenageados com a comenda “Mérito ABCZ”, juntamente com outras 18 personalidades do agronegócio brasileiro. A premiação acontecerá durante a abertura oficial da ExpoZebu no dia 4 de maio, antes das disputas dos Grandes Campeonatos.

Titular da Fazenda Transmontana, localizada em Vassouras/RJ, Marcos Henrique é selecionador da raça Brahman desde 2000 e associado da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil. O criatório está entre os que mais realizam provas de ganho em peso a pasto no estado, utilizando touros mais bem avaliados nessas competições.

Em 2024, a fazenda já confirmou sua participação na 4ª Prova de Eficiência e Performance Brahman/BoicomBula, que será realizada pela ACBB. Outro projeto para 2024 é a realização do 20° Leilão Brahman Transmontana, oficializado pela entidade.

Fonte: Assessoria ACBB
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Indústria gaúcha de leite tem retração de quase 4% nas vendas 

Comercializações internas foram as que mais sofreram, caindo mais de R$ 350 milhões. 

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A indústria gaúcha de leite apresentou retração de quase 4% nas vendas no acumulado de 12 meses, de março de 2023 a fevereiro de 2024 contra março de 2022 a fevereiro de 2023. Os dados da Receita Estadual apontam que o volume somado baixou para R$16,61 bilhões. As comercializações internas foram as que mais sofreram, caindo mais de R$ 350 milhões.

No caso do leite em pó, mais de 55% do que foi demandado dentro do Rio Grande do Sul veio de importações. “Com a entrada em vigor do decreto do Governo, que limita a utilização de benefícios fiscais por quem compra o insumo fora, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) acredita que as empresas de reprocessamento (chocolates, sorvetes e biscoitos) voltem a consumir da indústria gaúcha, fortalecendo também os produtores”, destacou Alexandre dos Santos, segundo vice-presidente do Sindilat/RS.

A apuração indica na quarta sondagem, que a compra de embalagens segue liderando quando se trata da entrada de insumos. “Isso reflete a importância para o setor lácteo da manutenção dos incentivos de equiparação fiscal, como o do FAF, sem os quais será inviável manter a competitividade no mercado, já que mais de 60% do leite processado é consumido fora RS ao passo que diversos insumos precisam ser comprados de fora, pois não são produzidos aqui”, acrescenta Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, ao reafirmar opção pela revisão da alíquota de ICMS à retirada das equiparações fiscais existentes com outros estados produtores.

Fonte: Assessoria Sindilat/RS
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Pesquisadores avaliam se microrganismos podem reduzir emissão de metano de bovinos

Avaliação já indicou que a abundância de alguns microrganismos é diferente em touros com altas e baixas taxas de emissões. Já no que diz respeito ao consumo alimentar, foram identificados tanto organismos associados  à ineficiência alimentar quanto à maior eficiência.

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Foto: Gisele Rosso

Em um ano em que as ondas de calor continuam severas, as pessoas tendem a refletir um pouco mais sobre as consequências das alterações do clima. A ciência tem feito a sua parte. Boa parte das pesquisas da Embrapa Pecuária Sudeste, localizada em São Carlos (SP) tem foco em sistemas sustentáveis de produção, ou seja, busca obter carne e leite com menor emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) para reduzir o impacto da atividade agropecuária.

Entre diversos estudos e tecnologias do centro de pesquisa, um deles avalia a contribuição de bactérias e microrganismos na emissão de metano de bovinos e na eficiência alimentar desses animais por meio da hologenômica, o estudo simultâneo dos genomas do hospedeiro e dos microrganismos.

Coordenado pela pesquisadora Luciana Regitano, o estudo, que envolve instituições do Brasil e do exterior, testou se os componentes do microbioma ruminal e fecal dos animais poderiam ser usados ​​como biomarcadores. Segundo Luciana, os cientistas querem saber se, usando a informação sobre o tipo de microrganismos abrigado pelo animal, é possível melhorar seu perfil de eficiência alimentar e emissão.

A avaliação já indicou que a abundância de alguns microrganismos é diferente em touros com altas e baixas taxas de emissões. Já no que diz respeito ao consumo alimentar, foram identificados tanto organismos associados  à ineficiência alimentar quanto à maior eficiência.

Essa pesquisa, que contou com apoio da Fapesp por meio do Projeto Temático “O  hologenoma de Nelore: implicações na qualidade de carne e em eficiência alimentar”, deve ser concluída no final deste ano. Para saber mais, veja um dos trabalhos aqui .

Hologenômica

Interessados nesse tema terão a oportunidade de participar de um curso de curta duração Análise de Dados Hologenômicos para Agricultura. O curso ocorre presencialmente de 29 de julho a 09 de agosto de 2024, em São Carlos (SP). As inscrições para seleção de candidatos estão abertas no site do evento até o dia 30 de março. Quarenta candidatos, 20 do Brasil e 20 do exterior, serão selecionados e terão custeio total de suas despesas pela Fapesp. Para inscrição, acesse aqui.

A iniciativa propõe uma visão interdisciplinar da hologenômica e de como avaliar e integrar dados de diferentes técnicas ômicas (genômica, metagenômica, epigenômica, transcriptômica, etc.). Além disso, vai discutir como essas ferramentas podem melhorar o desenvolvimento de novas tecnologias agrícolas.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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