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Como Elias Zydek conduz a Central Cooperativa rumo ao futuro

Frimesa agrega toda a produção de leite e suínos das cooperativas Lar, Copagril, Copacol, C.Vale e Primato.

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Presidente da Frimesa, Elias Zydek: "As cooperativas se tornaram e estão se tornando grandes empresas competidoras no mundo, não só no Brasil. E naturalmente isso exige uma gestão cada vez mais apurada, uma gestão cada vez mais profissional" - Foto: O Presente Rural

O programa Voz do Cooperativismo estreou em abril de 2023 com objetivo de se aprofundar nessas importantes organizações e conhecer um pouco melhor a história de lideranças do setor e seus planos para o futuro. Nessa edição especial de cooperativismo de julho de 2024, O Presente Rural compilou os principais trechos de entrevistas com mais de 10 líderes cooperativistas, que evidenciam histórias de superação, conquistas e planos para os próximos anos no cooperativismo agropecuário. Confira trechos principais da entrevista com o presidente da Frimesa, Elias José Zydek. A Frimesa agrega toda a produção de leite e suínos das cooperativas Lar, Copagril, Copacol, C.Vale e Primato.

O Presente Rural – Quem é Elias Zydek?

Elias Zydek – Eu sou engenheiro agrônomo e sou uma pessoa do agronegócio desde formação. Posso dizer desde criação, porque eu vim do Rio Grande do Sul, do meio rural. Estudei agronomia, cheguei no Paraná como extensionista rural no serviço público e logo em seguida fui para o serviço privado, trabalhar em cooperativa. Eu poderia dizer que o cooperativismo está na minha alma. Eu considero o cooperativismo muito além de uma forma de gestão e mais uma forma de organização social. E que é nobre porque ela considera a eficiência do capital, mas considera a essência do social, que é o ser humano, que é o produtor rural, que tanto precisa de organização, de apoio para que ele desenvolva suas atividades. Então, resumidamente, acredito que eu sou rural, sou do agronegócio e sou cooperativista.

O Presente Rural – O senhor participou desde as primeiras ideias da criação da Frimesa e assumiu a Presidência. Conte um pouco dessa história.

Elias Zydek – Eu costumo dizer que a minha vida profissional se confunde com a história da Frimesa. Quando eu estava trabalhando em cooperativa, eu sentia a dificuldade. Imagina há 45 anos atrás. Eu sentia a dificuldade que o produtor tinha de viabilizar as suas atividades e tudo o que se estudava mostrava que a necessidade era agregar valor à produção do cooperado, do produtor. Lembro que, para comercializar suínos, saía do Sudoeste com um caminhão para vender em Minas Gerais. Você imagina o esforço de isso tudo e quão pouco sobrava para o produtor.

Então surgiu a ideia de reunir as cooperativas no Sudoeste do Paraná. Conseguimos reunir cinco cooperativas singulares e constituir uma central que se chamou Sudecoop, Cooperativa Central Agropecuária Sudoeste. E então o Conselho de Administração, formado pelas diretorias das cooperativas, aprovou um plano que era de atuar em duas cadeias produtivas: cadeia do suíno e a cadeia do leite. Eu considero que esse foi uma definição importante, que até hoje permanece como foco. Pode ver que hoje a Frimesa tem foco em duas cadeias produtivas. Ela não fica apostando em várias atividades.

Nós começamos desde a criação do estatuto e dos primeiros projetos, do primeiro planejamento estratégico e foi concebido então que seria construído ou adquirido um frigorífico de suínos, construída uma fábrica de ração e adquirido ou construído laticínios para receber o leite.

Isso evoluiu e logo no segundo ano entraram cinco cooperativas do Oeste do Paraná na Sudecoop, ficando dez cooperativas. Foi adquirido o Frigorífico Medianeira, que era uma massa falida em Medianeira. E essas dez cooperativas administraram o primeiro ano, mas já deu problemas, deu prejuízo.

A gestão não foi muito profissional naquela época e resultou logo no rompimento da sociedade. A central, que tinha dez cooperativas, acabou ficando, no terceiro ano, já com cinco cooperativas, todas do Oeste do Paraná, que são as cinco que hoje fazem parte da Frimesa.

Aí houve uma evolução. Ampliamos os abates. Aqui em Medianeira construímos mais laticínios, principalmente a fábrica de queijos e derivados em Marechal Cândido Rondon. Mais recentemente foi adquirido mais um frigorífico em Rondon. A Frimesa veio crescendo nesse tempo.

Quando ela deu o salto de 1,7 mil cabeças para 6 mil cabeças suíno por dia, que houve também um aperfeiçoamento e uma profissionalização da gestão. Foi criada a função de diretor executivo. Nessa época, o presidente Valter Vanzella assumiu e eu fui convidado a assumir como diretor executivo.

Então passaram-se 26 anos dessa minha parceria com o Valter. Nesse período conseguimos, junto com o Conselho de Administração, traçar a visão de futuro dos planejamentos para continuar crescendo. Então é muito gratificante para mim, como um técnico, um profissional participar da criação de um projeto chamado Cooperativa Central e poder chegar hoje na Presidência dessa cooperativa. Isso, de um lado, é uma realização profissional muito grande. De outro lado, é um orgulho em poder participar do cooperativismo e de fazer parte dessa filosofia cooperativista, que é muito forte no Paraná, especialmente no Oeste do Paraná. É motivo de muita satisfação e de realização.

O Presente Rural – Quais são os planos futuros da Frimesa em curto, médio e longo prazos?

Foto: Divulgação/Frimesa

Elias Zydek – A Frimesa sempre trabalhou com uma visão de longo prazo. O nosso planejamento estratégico, desde 1.997, tem estabelecido uma visão de dez anos. Em 2015, nós passamos a ter uma visão de 15 anos, quando fizemos um planejamento até 2030. Claro que, conforme o ambiente socioeconômico do país e da região e até do mundo vai evoluindo, você tem que ir atualizando.

Em 2015 fez um grande estudo nas cadeias do leite e do suíno e estabeleceu que ela deveria crescer e que ela deveria chegar entre as três ou quatro maiores empresas de suinocultura do Brasil, porque a gente tinha produtor para produzir, estamos em uma área que produz alimentos, grãos para alimentação de suínos, tecnologia conhecida e o produtor também conhecedor da atividade. O mercado crescente, tanto o mercado interno quanto as exportações. É um produto que a nível mundial é competitivo.

A suinocultura brasileira é competitiva perante os outros países do mundo, continua até hoje. Então ouvimos que tinha a possibilidade de sair de 8.300 cabeças por dia para 23 mil cabeças por dia. Foi aí que se projetou uma unidade nova, de 15 mil cabeças, que é o frigorífico de Assis Chateaubriand, que foi concebido em 2015. Ficamos três anos em projeto e quatro anos em execução. Foi inaugurado em dezembro de 2022. Após assumir em fevereiro de 2023, a gente já fez uma revisão do planejamento estratégico e estabelecemos o Plano Frimesa 2030 deve ocupar 100% da capacidade dos laticínios que nós estamos utilizando hoje, que está em torno de 78% da capacidade, além de abate de 23 mil suínos. Isso vai fazer com que o faturamento salte de R$ 5,5 bilhões em 2022 para R$ 12 bilhões em 2030. Para isso, tem que avançar no mercado com projetos específicos de marketing, de comunicação, de distribuição e logística para conseguir colocar isso no mercado.

O Presente Rural – Uma presidência das cooperativas menos homem do campo, vamos dizer assim, e mais executiva. O senhor acha que está surgindo um movimento de um novo modelo de gestão dessas cooperativas?

Elias Zydek – As cooperativas se tornaram e estão se tornando grandes empresas competidoras no mundo, não só no Brasil. E naturalmente isso exige uma gestão cada vez mais apurada, uma gestão cada vez mais profissional. Esse é o desafio do cooperativismo. Se você olhar a história de cooperativas do Brasil todo, e se você olhar as que não deram certo, eu diria que 90% dos casos foi problema de gestão técnica, gestão financeira, gestão econômica e problemas de ordem comercial. Então não tem como não estar preparado para a gestão. Agora, é muito importante que esses gestores tragam em seu sangue o DNA do produtor rural, do meio rural. Acho que esse é o desafio, você conseguir juntar o profissionalismo com o rural. Se você colocar na gestão de uma cooperativa o melhor administrador da indústria de aviões, ele pode conhecer todas as ferramentas de gestão, mas se ele não conhecer a cadeia produtiva, ele não vai conseguir viabilizar. Acho que esse é o grande cuidado que sempre tem que se ter. É de, junto com o profissional, ter o DNA rural.

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Fonte: O Presente Rural

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Brasil e Japão assinam memorando para fortalecimento da cooperação agrícola

Objetivo é ampliar as relações comerciais entre os países.

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Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e Ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto - Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião bilateral realizada entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto, foi assinado o Memorando de Entendimento para fortalecimento da cooperação entre os dois países no âmbito da agricultura.

O objetivo é tratar da expansão das relações comerciais entre os países, bem como o suprimento estável de grãos do Brasil ao Japão e a promoção de sistemas agroalimentares sustentáveis.

O encontro aconteceu na tarde desta última sexta-feira (13), em Chapada dos Guimarães (MT), após o encerramento da Reunião Ministerial do Grupo de Trabalho de Agricultura do G20.

“Temos muito orgulho da relação Brasil Japão. Temos grandes oportunidade na cooperação e produção de alimentos e energias renováveis”, pontuou o ministro Carlos Fávaro na reunião.

O ministro japonês ressaltou a importância da assinatura do memorando, destacando que a medida atende a diversos aspectos da agropecuária para ambos os países.

Ele aproveitou a ocasião para parabenizar o Brasil pelo sucesso na organização do G20.

Além da assinatura do Memorando de Entendimento, a reunião tratou de temas como a transição energética. Em missão no Japão, Fávaro vistou a Toyota para tratar da fabricação de carros movidos a combustíveis renováveis no Brasil, fortalecendo a agroindústria brasileira e contribuindo como a sustentabilidade do planeta.

Fonte: Assessoria Mapa
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Brasil e Azerbaijão assinam memorando de entendimento para a pecuária e saúde animal

Acordo foi firmado na última sexta-feira (13) durante reunião bilateral no G20 Agro.

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Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov - Foto: Divulgação/Mapa

Os ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov, respectivamente, assinaram Memorando de Entendimento para a cooperação em pecuária e saúde animal nesta sexta-feira (13), durante uma reunião bilateral no G20 Agro.

A cooperação abrange o desenvolvimento da pecuária, saúde animal e matérias-primas; fomento à horticultura; e gestão sustentável do agronegócio e sustentável territorial, além de áreas como genética, biotecnologias de processamento e colheita, aprimoramento de maquinário agrícola e controle de pragas e doenças.

Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro destacou a importância do compartilhamento de ciência e tecnologia e afirmou que o acordo possibilitará avanços comerciais. “Vamos avançar na implementação dessas cooperações. Este é um momento muito oportuno para firmar novas oportunidades comerciais que sejam benéficas e equilibradas para ambos os países”, disse Fávaro.

 

Já o ministro Mammadov ressaltou a relevância da assinatura do memorando, destacando a importância da cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele mencionou que, nesta sexta-feira, houve uma reunião com a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, na qual foram discutidas parcerias para pesquisa sobre mudanças climáticas. “Entendemos a importância da colaboração e da pesquisa nesse campo. No que diz respeito às relações diplomáticas e à cooperação agrícola, nosso compromisso é firme”, afirmou o ministro do Azerbaijão.

Neste ano, a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) acontecerá em novembro, na capital do Azerbaijão, Baku. O evento foi destacado pelos ministros como um marco importante, especialmente por anteceder a COP30, que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA).

Fonte: Assessoria Mapa
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No G20 Agro, Brasil e Portugal firmam memorando para produtos agroalimentares

Foco será garantir o cumprimento das normas de segurança e qualidade

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Reunião bilateral - Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro do Grupo de Trabalho da Agricultura do G20, no estado de Mato Grosso, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, aproveitou a oportunidade para realizar uma série de reuniões bilaterais estratégicas. Os encontros ocorreram nesta sexta-feira (13), no município de Chapada dos Guimarães (MT).

Os acordos visam fortalecer as relações bilaterais na agricultura e viabilizar projetos conjuntos de cooperação técnica para promover a evolução sustentável dos sistemas produtivos.

Em encontro com o ministro da Agricultura e Pescas de Portugal, José Manuel Fernandes, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério da Agricultura e Pescas de Portugal (MAGRIP). O documento regula o controle de segurança e qualidade dos produtos agroalimentares, promovendo a cooperação institucional e técnica entre os dois países.

“Esta assinatura demonstra o equilíbrio nas relações e reciprocidade entre Brasil e Portugal, além de abrir portas para novos diálogos e parcerias. Temos outros setores que também podemos explorar em conjunto”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

Na ocasião, também foram discutidos pontos de interesse mútuo. O Brasil solicitou o apoio de Portugal nas negociações sanitárias e fitossanitárias junto à União Europeia.

Cooperação Internacional

Índia

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro e o ministro da Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores da Índia, Ramnath Thakur, reforçaram o interesse e o compromisso de ambos os países em continuar o diálogo em prol dos produtores, por meio de cooperações técnicas. “O Brasil tem grande interesse em manter e ampliar as relações comerciais com a Índia. Nosso objetivo é desenvolver capacidades mútuas na área agropecuária, especialmente no setor de pulses e pecuária leiteira”, afirmou Fávaro.

O ministro indiano convidou Fávaro a conhecer os sistemas agrícolas da Índia, ressaltando que “com certeza o ministro ficará surpreso”.

Emirados Árabes Unidos

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro com a ministra das Mudanças Climáticas e Meio Ambiente dos Emirados Árabes, Amna Al Dahhak Al Shamsi, e sua delegação, o ministro Carlos Fávaro apresentou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Fávaro reafirmou o compromisso do Brasil com a sustentabilidade.”Estamos com um objetivo muito claro de zerar o desmatamento. Como? Por meio desse programa que criamos para a recuperação de pastagens degradadas”, disse Fávaro.

A ministra Shamsi destacou a importância da pesquisa para o desenvolvimento de práticas sustentáveis. “Temos avançado nas pesquisas em colaboração com universidades, o Ministério das Mudanças Climáticas e centros de pesquisa dos Emirados Árabes. É essencial para nós garantir que estamos desenvolvendo culturas climaticamente inteligentes que possam prosperar”, afirmou.

Itália

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em continuidade às reuniões bilaterais, o ministro Carlos Fávaro se encontrou com o ministro da Agricultura, Soberania Alimentar e Florestas da Itália, Francesco Lollobrigida, para debater cooperações técnicas e inovações tecnológicas entre os países.

“O G20 Agro foi um grande evento”, afirmou Lollobrigida. “Como presidente do G7, a Itália vê os temas abordados no G20 no Brasil como um ponto de convergência importante”.

Reino Unido

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião com Daniel Zeichner, ministro de Estado para o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) do Reino Unido, o ministro Fávaro reiterou a satisfação do Brasil em ter o Reino Unido como parceiro para alcançar o objetivo de erradicar a fome, promover a segurança alimentar e melhorar a nutrição global por meio de uma agricultura sustentável, com alta produtividade e resiliência às mudanças climáticas.

Fonte: Assessoria Mapa
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