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Como diferenciar as fontes de selênio disponíveis para a indústria animal?

O selênio é um mineral essencial ao desenvolvimento de plantas e animais e sua eficácia biológica depende de sua forma química. O conhecimento das fontes de selênio disponíveis para a indústria animal, e a utilização de fonte selênio de adequada disponibilidade metabólica, como a selenometionina, é importante para o melhor aproveitamento dos benefícios deste mineral.

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Arquivo OP RURAL

O que é Selênio (Se)?

O selênio é um mineral pertencente à família VIA da tabela periódica (calcogênios), mesma família onde estão localizados o oxigênio e o enxofre. Dessa forma, o selênio (Se) apresenta características semelhantes a esses elementos, porém possui maior massa atômica e maior capacidade em trocar elétrons. Por isso, o Se é um elemento altamente reativo quando encontrado em formas livres, podendo apresentar toxicidade aos animais e plantas.

No solo, o Se é encontrado em formas inorgânicas (sais livres), principalmente como selenito de sódio. Esses sais são absorvidos pelo sistema radicular das plantas e como não possuem mecanismos de excreção, ele é metabolizado e depositado em tecidos em uma forma orgânica estável, conhecida como selenometionina (SeMet). A SeMet é um análogo do aminoácido metionina, com o enxofre (S) substituído pelo elemento Se (Figura 1). Apesar deste mecanismo ser comum a todos os vegetais, a quantidade de Se encontrado neles é bastante variável e depende de alguns fatores.  O principal fator é a concentração de Se no solo.

Assim como nas plantas, uma molécula de SeMet pode se incorporar às proteínas que compõe qualquer tecido animal e no local onde estaria presente uma molécula de metionina, sem causar alterações de estrutura ou função proteica deste tecido. Essa substituição de metionina por SeMet torna-se um mecanismo de armazenamento reversível de SeMet nos órgãos e tecidos dos animais. SeMet é a única forma de armazenar Se em organismos vegetais e animais.

Figura 1 – Comparação da estrutura química entre metionina e selenometionina.

 

Selenocisteína: a forma metabolicamente ativa do selênio

Atualmente, sabe-se que o selênio desempenha diversas funções fisiológicas através de uma família de proteínas, denominadas selenoproteínas. Para que sejam sintetizadas, outro análogo do enxofre é utilizado, a selenocisteína (SeCys). Este aminoácido é incorporado no sítio catalítico destas proteínas, sob controle gênico, por meio de um ‘maquinário’ de síntese proteica dedicado e específico. As funções biológicas particulares deste aminoácido e incorporação codificada através de genes específicos conferem à SeCys sua classificação como um aminoácido essencial para os animais, sendo considerada o 21º aminoácido essencial.

A maioria dos animais, como mamíferos e aves, possui 25 selenoproteínas diferentes, essas proteínas apresentam funções enzimáticas importantes com ações antioxidantes bem descritas e, ainda, desempenham papéis importantes na sinalização celular, bem como na desintoxicação de espécies reativas de oxigênio (ROS, do inglês Reactive Oxigen Species) e espécies reativas de nitrogênio (RNS), normalmente denominados radicais livres. As glutationas peroxidases e tioredoxina redutase são selenoproteínas bem conhecidas por seus papéis antioxidantes contra algumas ROS, como o peróxido de hidrogênio (H2O2), produzido durante o estresse oxidativo. As informações sobre outras selenoproteínas é mais recente; muitas ainda estão sendo estudadas e isso poderá explicar melhor os efeitos positivos do Se em distintos sistemas, como seu efeito na fertilidade e imunidade.

O selênio e a nutrição animal

Dada a baixa disponibilidade do selênio nas forrageiras, a suplementação desse mineral em animais de produção é uma prática quase unânime desde 1970. Durante as últimas décadas, uma quantidade crescente de estudos sugere que a forma de selênio ofertada através da dieta é fator determinante para sua eficiência e dessa maneira atingir os requerimentos nutricionais.

Atualmente, temos disponíveis no mercado dois grupos de produtos à base de selênio para nutrição animal: (1) fontes inorgânicas de Se, representadas pelo selenito de sódio e proteinatos e glicinatos de Se, e (2) fontes orgânicas, que possuem SeMet como principal componente. O desenvolvimento recente de informações relacionadas à bioquímica do selênio nos ajuda a entender um pouco mais sobre as principais diferenças de absorção e metabolismo entre essas fontes.

A principal vantagem em suplementar os animais com SeMet frente às fontes inorgânicas é que, devido à similaridade química entre as moléculas, a SeMet é absorvida e metabolizada como uma molécula de metionina. Como mencionado, essa característica leva à formação de um depósito de Se, que pode ser utilizado posteriormente pelos animais de uma maneira mais eficiente e segura. Por outro lado, todas as outras formas de Se não criam depósitos de Se e, portanto, qualquer excesso é excretado imediatamente para evitar sua toxicidade.

Outro fator importante é a ação pró-oxidante que o selenito de sódio pode ter. Pesquisadore como Spahholz (1997) e Surai et al. (1999) demonstraram que o selenito de sódio pode ser um catalisador durante a metabolização da glutationa. Durante tal processo, o selenito de sódio pode catalisar a glutationa, culminar na formação de um superóxido e selênio elementar. A SeMet tem efeito contrário, com propriedades marcadamente antioxidantes sobre a glutationa (Schrauzer, 2000).

Uma ampla gama de produtos no mercado pode ser considerada como fonte orgânica de selênio. De uma maneira prática, são consideradas fontes orgânicas de Se, todos os produtos que possuem SeMet. De acordo com Surai (2018), fontes verdadeiras de Se orgânico são as seleno-leveduras, L-SeMet, OH-SeMet e L-Zn-SeMet.

Dada a grande quantidade de opções disponíveis, a comunidade científica busca maneiras de avaliar a eficácia destes diferentes aditivos. Admite-se que a melhor maneira de avaliar a bioeficácia é utilizando a deposição de Se em diferentes tecidos animais, sendo em músculos a mais utilizada. Diversas publicações demonstraram que a proporção de Se sob a forma de SeMet é o principal fator relacionado a sua bioeficácia. Simon et al. (2013) concluíram que a diferença de eficiência das fontes de Se pode estar relacionada aos seus diferentes conteúdos de SeMet.

A fim de comparar algumas das opções disponíveis, uma meta-análise compilou resultados de 13 estudos em frangos, onde diferentes fontes de Se foram avaliadas: Selenito de Sódio, Glicinato de Se, Seleno-levedura (Se-lev), Hidróxi-selenometionina (OH-SeMet) e Selenometionina (L-SeMet). Esta meta-analise concluiu que a deposição de Se em músculo é igual quando fontes orgânicas de Se, como a OH-SeMet e a L-SeMet, são suplementadas na ração; porém ocorre menor deposição com o uso de SeMet oriundas de levedura, provavelmente pela menor concentração de SeMet nesses produtos; e redução ainda mais evidente na deposição de Se com o uso de fontes inorgânicas (Figura 2).

Figura 2 – Efeito de fontes e diferentes níveis de Se sobre a deposição muscular de Se. Adaptado de Jachacz et al., 2017.

Seleno-leveduras, grande variabilidade em concentração de SeMet

Diversas publicações confirmam a grande variabilidade na concentração de SeMet nos produtos comerciais a base de seleno-leveduras existentes no mercado. O seu processo produtivo ocorre pela fermentação de uma cultura de leveduras, que cresce em um meio rico em selênio mineral, de forma que as leveduras são capazes de incorporar parte deste Se como SeMet. Esse processo de fermentação não é um processo simples. Suplementar leveduras com um mineral de potencial tóxico e buscar maximizar o seu crescimento gera alta variabilidade de SeMet no produto da fermentação, que pode variar de 20 até 65% de concentração de SeMet.

Nesse contexto, Bierla et al. (2012) avaliaram a composição completa de produtos à base de seleno-leveduras (Se-lev), de forma a pesquisar quais seriam os demais compostos presentes nesses produtos. Tais autores puderam evidenciar ao menos 50 outros componentes. Após a SeMet, o componente mais abundante foi a Selenocisteína (SeCys), presente nestes produtos entre 10 e 15%.

Entretanto, neste ponto, existe uma confusão; as selenocisteínas encontradas nas Se-lev não podem ser diretamente incorporadas nas selenoproteínas. Após a absorção intestinal, todas as moléculas de SeCys precisam ser metabolizadas e, por fim, sintetizar a selenocisteína “de novo”, apenas assim, poderão ser incorporadas ao sítio catalítico das selenoproteínas. Trabalhos recentes já demonstraram que a SeCys, não é capaz de ser armazenada e, por isso, não tem o mesmo valor biológico que a SeMet. (Briens et al., 2019)

Dessa forma, o valor biológico das seleno-leveduras está diretamente relacionado a sua concentração de SeMet, ou seja, sua atividade está correlacionada ao seu conteúdo deste composto e por serem produzidas por fermentação, existe variabilidade entre diferentes lotes do mesmo produto comercial (Figura 3).

 

Figura 3 – Teor de selenometionina em produtos de seleno-leveduras (Se-Lev) de diferentes fabricantes e lotes de produção, comparadas à OH-SeMet. Colunas com cores diferentes mostram fabricantes diferentes, colunas de mesma cor representam lotes diferentes de um mesmo produto. Adaptado de Geraert et al., 2015.

 

Formas Puras: OH-SeMet, L-SeMet e Zn-SeMet

Há menos de 10 anos, algumas empresas começaram a sintetizar SeMet quimicamente. Esses produtos são frutos de reações químicas e por isso, possuem processos de fabricação controlados e capazes de garantir os mesmos resultados em todos os lotes produzidos. Essa consistência na concentração de SeMet nos produtos quimicamente produzidos, aliada ao avanço nos conhecimentos sobre a SeMet e sua importância no metabolismo, fez com que esses produtos ganhassem espaço no mercado de suplementação animal mundialmente.

Esse grupo de produtos é caracterizado por garantir todo seu aporte de selênio na forma de maior valor biológico, a L-SeMet ou OH-SeMet. Segundo Surai (2018), a OH-SeMet é facilmente convertida em SeMet após a absorção, e segue pelas mesmas vias que a SeMet, seja na sua atividade biológica ou na sua capacidade de formação de reservas corporais.

Dessa forma, todas as formas puras de selênio, OH-SeMet, L-SeMet e L-Zn-SeMet, apresentam o mesmo valor biológico entre elas, e superior ao das seleno-leveduras, dada a maior concentração de SeMet (Tabela 1).

Um ponto relevante, capaz de diferenciar tais fontes, é a estabilidade (Tabela 1). A L-SeMet purificada pode ser facilmente oxidada (Surai, 2018). O produto da oxidação da SeMet é conhecido como selenóxido (SeMetO) e é facilmente encontrado após algum tempo de armazenamento. Além disso, o SeMetO pode ser quimicamente formado no intestino (Lavu et al., 2016). De acordo com a opinião científica emitida pela EFSA, a estabilidade da L-SeMet em premix contendo minerais e vitaminas é reduzida, existindo grande perda durante seu armazenamento (55%, 54% e 37% de recuperação após 3, 6 e 12 meses de armazenamento).

Por outro lado, a alteração do grupamento químico presente na OH-SeMet confere a esse produto uma estabilidade superior entre as fontes puras, comprovada tanto ao armazenamento quanto ao processamento térmico, como peletização ou extrusão (Geraert, 2015).

Conclusão

O uso de selênio na nutrição animal teve seu início para evitar a deficiência deste mineral na produção animal. Atualmente, os nutricionistas buscam otimizar o uso deste mineral, a fim de garantir o desempenho produtivo do seu plantel frente aos desafios de estresse oxidativo e imunocompetência que os animais de alta performance experimentam. Para atingir tais objetivos, as fontes orgânicas são as que mostram maior potencial, pois são depositadas em tecidos proteicos dos animais e estão disponíveis sempre que existe essa ‘demanda metabólica’. Dentre as fontes orgânicas de Se, a OH-SeMet é a única fonte capaz de garantir todos os benefícios da selenometionina, pois é a fonte de maior estabilidade no processo de fabricação de rações. Um aditivo nutricional estável garante a concentração do produto ativo nos alimentos que oferecemos aos nossos animais.

Referências bibliográficas disponíveis mediante solicitação.

Fonte: Garros Fontinhas e Wanderley Quinteiro Filho, Adisseo América Latina

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A importância das monitorias sanitárias no incubatório de aves

A qualidade dos pintos com um dia de vida é determinada pela interação de múltiplos fatores inerentes ao incubatório

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Divulgação Zoetis

Artigo escrito por: Beatriz Silva Santos, médica veterinária, assistente técnica da Zoetis na divisão de Aves para as regiões Sudeste e Centro-oeste*

A avicultura brasileira se destaca pelo uso de tecnologia avançada, controle de qualidade e constante monitoramento microbiológico nas diversas etapas da produção. Entre essas etapas, os incubatórios de aves têm o papel fundamental de conectar diferentes origens de ovos embrionados e o destino das aves recém-nascidas em um mesmo ambiente.

A qualidade dos pintos com um dia de vida é determinada pela interação de múltiplos fatores inerentes ao incubatório, que podem gerar condições ideais para a disseminação de patógenos, com consequentes perdas embrionárias e de pintinhos, má qualidade das aves e enfermidades que levarão a grandes prejuízos.

As bactérias, de modo geral, podem penetrar no ovo pelos poros em menos de 30 minutos após a postura. Esta penetração é facilitada, nos primeiros minutos após a postura, pela umidade e temperatura natural do ovo. Durante a incubação, a umidade e a temperatura também favorecem o rápido aumento da população microbiana.

As fontes de contaminação em uma planta de incubação, além de ovos contaminados e penugem dos pintinhos, podem estar associadas a vários fatores como a qualidade do ar e da água, o fluxo de pessoas (funcionários e visitantes) e de veículos, a presença de pragas (roedores e insetos), pássaros, a remoção e tratamento de resíduos (biológicos, químicos e físicos) e a higienização de ambientes e equipamentos.

Os incubatórios de aves e os nascedouros também são uma área de alto risco, pois fornecem temperatura e umidade ideais para muitos microrganismos sobreviverem e se reproduzirem.

Os patógenos mais prejudiciais aos pintos de um dia que podem causar mortalidade embrionária, mortalidade ao nascer, aumento de refugos e mortalidade nas primeiras semanas de idade são: Escherichia coli, que serve como parâmetro quantitativo da contaminação bacteriana em um incubatório; Salmonella e Pseudomonas e fungos da espécie Aspergillus.

Pesquisas realizadas demostraram que 70% dos casos de onfalite e morte embrionária são causadas por Escherichia coli e quando estes embriões não morrem, os pintinhos apresentam má reabsorção do saco vitelino, não ganham peso e apresentam baixo desempenho.

O Aspergillus fumigatus é o fungo de maior importância que pode crescer em um ambiente de incubatório de aves. Existe uma associação entre a presença de grande número de colônias de Aspergillus fumigatus com o desenvolvimento de aspergilose clínica nos primeiros dias de vida do pintinho. No entanto, grande quantidade destes indica que há necessidade de uma melhor higienização dos ovos na granja ou no incubatório.

Programa sanitário

Um programa sanitário deve ser elaborado para minimizar os riscos relacionados as fontes de contaminação que prejudicam a qualidade dos produtos da “granja ao prato”, desde os ovos férteis até a carne servida a mesa do consumidor, pois afetam a saúde das aves e/ou a saúde pública, com ênfase especial aos microrganismos causadores de ETA (Enfermidades transmitidas por alimentos), como Salmonella spp, Escherichia coli, Campylobacter jejuni, Staphylococcus aureus e Clostridium sp.

O programa deve ser rotineiramente realizado e os resultados regularmente conferidos e interpretados usando processos-padrão contínuos de validação e monitoramento da população microbiológica.

Para que as aves possam expressar seu potencial genético e produtivo elas devem estar dentro de padrões de genética, nutrição, manejo, ambiente e microbiológico desde o primeiro dia de vida. A avaliação microbiológica qualitativa e quantitativa funciona como um termômetro dos processos relacionados as reprodutoras e as medidas de biosseguridade dos incubatórios a fim de conferir se o programa sanitário adotado está sendo eficaz no controle destes microrganismos.

Entre os principais itens a ser monitorados nos incubatórios estão: qualidade dos ovos, limpeza do ambiente e equipamentos utilizados nos processos (carrinhos, bandejas de ovos, caixas de pintos, triturador), limpeza e fluxo de caminhões de transporte de ovos e pintos, qualidade da água, contaminação de ovos bicados, mecônio, pintos de 1 dia, vacinas de aves, mãos dos sexadores, troca de filtros, entre outros, de acordo com a especificidade das plantas, sempre buscando cumprir as exigências sanitárias do Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) e legislações do mercado brasileiro e internacional.

Outras análises utilizadas são: pesquisa de Salmonella spp. em swabs de superfícies; pesquisa de salmonellas e/ou outras bactérias em penugens, ovos bicados, mecônio e pintos de 1 dia; análise microbiológica de solução vacinal; análise bacteriológica e físico-química da água de abastecimento e água destilada; monitoramento e diagnóstico de enfermidades através de exames sorológicos, histopatológicos, biologia molecular; entre outras análises extras.

Ao analisar os resultados é possível agir na causa do problema, em casos de amostras fora dos padrões de qualidade estabelecidos. Pode ser necessário revisar o manejo dos ovos na granja, melhorar o processo de desinfecção deles e/ou do incubatório, verificar os procedimentos de sanitização de ambientes e equipamentos, avaliar a limpeza do sistema de climatização de aviários, controlar a qualidade da água e conferir a desinfecção em incubadoras e nascedouros, conforme o mapeamento das falhas encontradas.

Tão importantes quanto as análises microbiológicas, treinamentos regulares dos funcionários, a avaliação da qualidade dos ovos (AQO), embriodiagnóstico realizado por pessoas especializadas e checklists frequentes dos procedimentos de boas práticas de produção são monitorias sanitárias que garantem o sucesso do programa de biosseguridade, e consequentemente, a qualidade do produto final do incubatório de aves, os pintinhos de um dia.

Fonte: Assessoria
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Empresas Aminoácidos sulfurados

Evonik foi destaque no 5º Simpósio das Tabelas Brasileiras para Aves e Suínos, em Viçosa, MG

Debate sobre melhor desempenho de aves com aminoácidos sulfurados, lançamento do Relatório de Matérias-Primas e coquetel de abertura entre os destaques da empresa

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Divulgação Evonik

Um debate sobre a otimização no uso de aminoácidos sulfurados em dietas de aves para melhor desempenho, saúde e lucratividade; o lançamento do Relatório de Matérias-Primas de 2023, a realização do coquetel de abertura e a participação da equipe técnica foram alguns dos destaques da Evonik durante o 5º Simpósio das Tabelas Brasileiras para Aves e Suínos, que aconteceu na Universidade Federal de Viçosa (UFV) no último mês de março.

gerente de Negócios de Essencial Nutrition no Brasil, Felipe Chagas.

Tradicional apoiadora do evento realizado pela UFV, a Evonik é uma das patrocinadoras desde a sua primeira edição. O objetivo é incentivar e promover o desenvolvimento de pesquisas na área de nutrição a fim de desenvolver o setor, defende o gerente de Negócios de Essencial Nutrition no Brasil, Felipe Chagas.

“Aqui temos a oportunidade de estar em sintonia com a universidade e com a ciência. É um evento muito alinhado com o nosso posicionamento de mercado e a liderança no setor. Quando falamos do Atlas MetAMINO e do Relatório de Matérias-Primas, por exemplo, são temas que trazem ciência, pesquisa e muito estudo”, comenta Chagas.

Ele destaca a importância dos estudos científicos para a evolução dos setores avícola e suinícola. “Aqui vemos profissionais com muitos anos de carreira e também aqueles que estão chegando, é um encontro de várias gerações. Então, vemos a evolução científica da cadeia produtiva como um todo, conseguimos chegar até aqui, no ponto em que estamos, porque tivemos muita ciência e essa harmonia entre as gerações”, afirmou.

Pré-Simpósio

No dia 25 foi a realização do Seminário Professor Luiz Albino. Com foco em “Atualizações nutricionais para a produção de alta performance”, a Evonik ministrou palestra em uma ação conjunta com outras empresas do segmento. Neste seminário, o diretor Técnico da Evonik nas Américas, Victor Naranjo, defendeu a “Otimização de aminoácidos sulfurados em dietas de aves para melhor desempenho, saúde e lucratividade”.

Chagas salienta a participação massiva de convidados. “Foi impressionante a adesão do público a este encontro. Tivemos a sala cheia, muita procura pelo debate e as palestra todas foram muito bem conduzidas”, disse explicando o nome do seminário em homenagem ao Professor Luiz Albino, falecido poucos dias antes da realização do evento. “No encerramento tivemos uma homenagem ao professor com a presença da família dele”.

Coquetel de abertura

O coquetel de abertura marcou o lançamento das Tabelas Brasileiras de Aves e Suínos, referência mundial em nutrição de monogástricos. Com 500 participantes, o coquetel foi um momento de confraternização com a presença de líderes da cadeia produtiva e nutricionistas das principais empresas do país. “Pensamos em proporcionar um momento de confraternização. Foi muito prestigiado, tivemos ali desde estudantes, passando por pesquisadores, cientistas, empresários, nutricionistas em um grande encontro da cadeia produtiva de todo o país. Vieram profissionais de norte a sul, então, foi muito importante”.

Fonte: Assessoria
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Empresas

Santa Catarina terá sua primeira usina de grande porte de biometano em 2025

Estado tem oportunidade de se destacar na produção de biocombustíveis

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Fotos e texto: Assessoria

Adquirida pelo Grupo Energisa em agosto de 2023, a AGRIC, empresa de compostagem de resíduos orgânicos industriais para produção de biofertilizante localizada em Campos Novos (SC), será a primeira planta de grande porte de biometano e biogás de Santa Catarina. A expectativa é que a usina produza 25.000 m³/dia de biometano, trate 350 ton/dia de resíduos e comercialize 3500 ton/mês de adubo com sua plena entrada em operação, prevista para julho de 2025. Sob gestão da (re)energisa, a marca de geração e comercialização de energia limpa e renovável da companhia, a aquisição marcou a entrada do Grupo Energisa no segmento de biogás e biometano, e contou com investimento inicial na ordem de R$ 60 milhões.

Com este aporte, os biodigestores, que convertem os resíduos em biogás, receberam aprimoramentos, assim como os sistemas de geração de energia elétrica para o autoconsumo da usina. Entre 2024 e 2025 serão investidos R$ 80 milhões, que vão impulsionar a geração de empregos diretos e indiretos, movimentar a economia local e colocar a região na vanguarda da transição energética. A dimensão deste projeto também pode ser observada com a tecnologia de ponta que a Agric utilizará. Será a mesma que é empregada na Europa, em termos de solução de gerenciamento automatizado, reatores de grande porte e engenharia de processos para maximizar o aproveitamento do resíduo como fonte de energia e nutrientes para retornar à cadeia produtiva. A expectativa é que a usina impulsione a transição energética e a descarbonização do Estado.

Segundo Frederico Botelho, líder de soluções bioenergéticas da (re)energisa, Santa Catarina é considerada um local estratégico porque apresenta abundância no suprimento de resíduos para a operação. “É um insumo de energia resiliente ao ambiente econômico, e que combina a demanda com impacto social e ambiental crescentes. Por isso, torna-se um movimento estratégico, dado que a Associação Brasileira de Gás (Abiogás) prevê o aumento de 500 mil m³/dia para 7 milhões m³/dia de consumo de biometano até 2029. O biocombustível tem a possibilidade de substituir o consumo de gás natural, GLP e diesel e seu crescimento depende apenas da sua competitividade frente aos demais combustíveis.”, afirma Frederico Botelho.

Todo o processo, da geração à comercialização do gás, será feito pela (re)energisa. O biometano será comercializado para o mercado local, atendendo a demandas já mapeadas para biocombustível e energia. Trata-se de um insumo estratégico para a marca e para o mercado em dimensões econômica, energética e ambiental. Também existem planos para replicar esse modelo de negócios em outros estados brasileiros.

“A entrada da Energisa no mercado de biometano e biogás consolida a posição do Grupo como um player integrado que oferece um ecossistema de soluções energéticas, e integra a estratégia de diversificação de portfólio da companhia. Além disso, reafirma o papel da Energisa em ser protagonista da transição energética no Brasil rumo a uma matriz mais limpa e sustentável, que promove mais segurança energética ao país e gera inúmeros benefícios para o desenvolvimento socioeconômico” conclui Botelho.

A (re)energisa participa do 6º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, que está acontecendo, em Chapecó. Além de marcar presença com um espaço no evento, o Líder de Soluções Bioenergéticas Frederico Botelho fez uma apresentação do case da AGRIC na manhã desta quarta-feira (17/4).

 

Estado de Santa Catarina é estratégico para negócios em biometano

A escolha pela aquisição do empreendimento em Campos Novos foi estratégica, considerando o alto volume de resíduos orgânicos disponíveis na região, provenientes principalmente de frigoríficos de aves e suínos e indústrias de laticínios.

Isso significa que as indústrias locais podem se beneficiar diretamente de uma unidade de tratamento de resíduos que garanta segurança ambiental no processo de destinação e também do biometano produzido, criando uma cadeia circular em que o resíduo de uma indústria pode ser utilizado como matéria-prima na produção do biometano que será comercializado para indústrias da própria região.

 

Fonte: Assessoria
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