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Como as mudanças climáticas impactam o agronegócio brasileiro

Pesquisa mostra que as variações no clima regional podem comprometer a viabilidade de 74% das terras agrícolas na fronteira Amazônia-Cerrado até 2060

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Segundo um relatório publicado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) em junho de 2024, há uma probabilidade de 80% de que a temperatura média global anual ultrapasse, temporariamente, os níveis pré-industriais em pelo menos 1,5°C durante um dos próximos cinco anos. A projeção indica que, entre 2024 e 2028, a temperatura média global próxima à superfície será entre 1,1°C e 1,9°C mais alta do que no período de referência entre 1850 e 1900.

Engenheira ambiental, Clarissa de Souza: “Eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, estão se tornando mais frequentes e intensos, exigindo ações imediatas e estratégicas para proteger esse setor vital” – Foto: Divulgação

Esse aumento reflete o contínuo aquecimento provocado pela emissão de gases de efeito estufa (GEE) e evidencia a proximidade do planeta de ultrapassar os limites estabelecidos no Acordo de Paris, que visam controlar o aumento da temperatura no longo prazo.

Os dados também apontam para um cenário de urgência global em relação às mudanças climáticas e seus impactos já estão sendo sentidos em setores essenciais da economia, como o agronegócio. “Estamos em um ponto crítico no que diz respeito às mudanças climáticas e não podemos mais ignorar os sinais. A produção agrícola, que sustenta grande parte da nossa economia e segurança alimentar, está sob ameaça. Eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, estão se tornando mais frequentes e intensos, exigindo ações imediatas e estratégicas para proteger esse setor vital. Precisamos pensar em soluções sustentáveis que garantam a resiliência do agronegócio diante dessas mudanças”, afirma a engenheira ambiental e sócia da Climate Tech Vankka, Clarissa de Souza.

Impactos no agronegócio

O agronegócio brasileiro, responsável por 27% do PIB nacional e por cerca de 20% dos empregos formais, enfrenta desafios profundos diante das alterações climáticas, uma vez que, de acordo com a Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, as variações no clima regional podem comprometer a viabilidade de 74% das terras agrícolas na fronteira Amazônia-Cerrado até 2060. “O aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas, enchentes e tempestades intensas, já está impactando diretamente o agronegócio. Esses eventos afetam desde a produção agrícola até a economia rural, colocando em risco a segurança alimentar e a estabilidade econômica das comunidades que dependem da agricultura”, afirma Clarissa.

Entre os impactos diretos, Clarissa destaca os danos às culturas, causados principalmente pela escassez de água durante as secas e pela destruição de infraestruturas de cultivo devido às enchentes. “As secas prolongadas reduzem a disponibilidade de água para irrigação, prejudicando o crescimento das plantas e comprometendo a qualidade das colheitas. Já as enchentes alagam os campos, destroem as plantações e afetam as infraestruturas rurais, resultando em perdas irreparáveis”, explica a engenheira.

Além disso, as mudanças nos padrões climáticos forçam os agricultores a ajustar os calendários de plantio e colheita, o que pode implicar na adoção de novas variedades de culturas mais resistentes. “Outro efeito grave é o aumento da incidência de pragas e doenças, que encontram condições ideais para se proliferarem em climas mais extremos, causando danos adicionais às colheitas”, afirma Clarissa.

Soluções e adaptações necessárias

A engenheira ressalta que, embora o cenário seja preocupante, existem estratégias de adaptação que podem mitigar os impactos negativos das mudanças climáticas no agronegócio. “A adoção de tecnologias avançadas, como sistemas de irrigação eficientes e variedades de culturas mais resistentes às condições extremas, é fundamental para que o setor continue produtivo. Além disso, é fundamental investir em gestão eficiente da água e em sistemas de monitoramento climático”, sugere.

Outro ponto levantado por Clarissa é a importância da educação e do treinamento dos agricultores. “Capacitar os produtores rurais para adotar práticas mais sustentáveis e de adaptação às novas condições climáticas é um passo essencial para garantir a resiliência do agronegócio brasileiro”, conclui.

Impactos diretos das mudanças climáticas 

Danos às culturas 
As secas reduzem a disponibilidade de água para irrigação, prejudicando o crescimento das plantas e resultando em perdas de rendimento e qualidade das colheitas. Já as enchentes podem alagar campos, danificar plantas e destruir infraestruturas de cultivo. Além disso, o excesso de água pode levar ao apodrecimento das raízes e ao surgimento de doenças.

Alteração nos padrões de plantio e colheita
Mudanças nos padrões climáticos podem forçar os agricultores a ajustar os calendários de plantio e colheita, bem como a adotar novas variedades de culturas mais resistentes às condições extremas.

Aumento da incidência de pragas e doenças
Eventos climáticos extremos podem criar condições favoráveis para a proliferação de pragas e doenças, que se espalham mais rapidamente, causando mais danos às culturas.

Impactos indiretos das mudanças climáticas 

Segurança alimentar
A redução na produção agrícola pode levar ao aumento dos preços dos alimentos, afetando a segurança alimentar, especialmente em áreas

Foto: Roberto Dziura Jr.

vulneráveis e dependentes da agricultura local.

Cadeias de suprimento
Problemas na produção podem interromper as cadeias de suprimento, desde o fornecimento de insumos até a distribuição dos produtos finais, resultando na falta de produtos no mercado e em instabilidade de preços.

Aumento de custos
Investimentos em tecnologias para mitigar riscos climáticos, como sistemas de irrigação mais eficientes e seguros contra perdas, podem aumentar os custos operacionais dos agricultores.

Fonte: Por Climate Tech Vankka

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Cooperados da Copacol recebem orientações de ambiência no verão nas Reuniões da Avicultura

Encontros foram realizados em Jesuítas, Formosa do Oeste, Goioerê, Cafelândia, Jotaesse e Nova Aurora.

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Fotos: Divulgação/Copacol

Estar atualizado sobre o andamento das atividades na Cooperativa permite ao cooperado ter mais segurança nas ações que desenvolve a campo. Com as Reuniões Semestrais de Avicultura a Copacol tem um momento de troca de informações com o produtor, mantendo-o sempre a par de cada detalhe referente a atividade. “Essa troca é sempre muito positiva. O cooperado sai daqui mais atualizado dos manejos que devem ser feitos na propriedade, além de ter um panorama geral de como está a Cooperativa. Isso é o que sempre buscamos: transparência nas nossas atividades com o produtor e segurança para que ele siga investindo e crescendo”, destaca o diretor-presidente, Valter Pitol.

Diretor-presidente, Valter Pitol: “Essa troca é sempre muito positiva. O cooperado sai daqui mais atualizado dos manejos que devem ser feitos na propriedade”

Os encontros foram realizados em Jesuítas, Formosa do Oeste, Goioerê, Cafelândia, Jotaesse e Nova Aurora. “Esse é um momento muito importante que temos com o nosso cooperado para trocar informações e deixá-lo atualizado. São encontros que ocorrem duas vezes ao ano, quando conversamos com o nosso cooperado sobre as ações da Cooperativa e a respeito da atividade, para que ele possa seguir crescendo e obtendo melhores resultados no campo”, afirma o gerente da Integração de Avicultura, Douglas da Silva.

O cooperado de Iracema do Oeste, Renan Lenk, participa de todas as reuniões. Nelas, ele aprende manejos para fazer a campo e melhorar o desempenho produtivo a cada lote. “Em todos os encontros aprendemos algo novo que podemos aplicar na propriedade para seguirmos crescendo. Além disso, é uma oportunidade que temos de ter uma conversa com a nossa Diretoria e saber o que está sendo feito na Cooperativa. Isso nos dá uma segurança muito grande em seguir investindo”.

Manejo de verão

Em pauta esteve a ambiência para frangos de corte no verão, palestra que foi ministrada pelo supervisor do CTA (Centro de Treinamento Avícola) da Copacol, André Watanabe. “Com as altas temperaturas e períodos de seca que temos enfrentado cada vez com mais frequência, abordamos os principais pontos relacionados a ambiência para diminuir os efeitos dessas temperaturas mais altas dentro do galpão, fazendo com que o produtor consiga manter bons indicadores de desempenho e lucratividade”, explica. Entre os pontos apresentados pelo profissional estiveram a boa qualidade da cama, o desenvolvimento inicial das aves, ventilação, uso assertivo de placas evaporativas, nebulização interna e o comportamento das aves. “São todos itens essenciais que o avicultor deve se atentar diariamente. Viemos de uma série de manejos que devem ser feitos no inverno e agora, com o aumento das temperaturas, as estratégias mudam, então é preciso que o cooperado esteja ciente e seja relembrado do que é preciso ser feito”, afirma Watanabe.

Além da palestra, os cooperados ainda tiveram uma atualização do desenvolvimento da atividade na Cooperativa e uma conversa com a Diretoria Executiva.

Fonte: Assessoria Copacol
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Notícias Balança comercial

Exportações do agro brasileiro batem recorde e alcançam US$ 14,19 bilhões em setembro

Setor registrou crescimento de 3,6% em comparação ao mesmo período no ano passado, impulsionado por aumento nas vendas de carnes, açúcar e celulose.

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Foto: Claudio Neves

No mês de setembro, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram cifra recorde, totalizando US$ 14,19 bilhões em vendas externas, um aumento de 3,6% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse resultado positivo da balança comercial foi impulsionado, em grande parte, pelo aumento do volume exportado.

De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), os principais setores exportadores foram o complexo soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais, cereais, farinhas e preparações, além do café. Esses seis setores representaram 84,6% da pauta exportadora do agronegócio brasileiro.

Na tarde da última quinta-feira (10), o secretário Luis Rua destacou que o valor recorde de setembro também é resultado da abertura de mercados realizada nos últimos meses para produtos agropecuários brasileiros. “Quando abrimos mercados para uma cadeia produtiva que eventualmente não exporta muito, criamos novas oportunidades e, assim, impulsionamos outros mercados,” afirmou o secretário, durante entrevista para jornalistas na sede do Mapa.

Produtos destaques

As exportações de carnes tiveram grande destaque, com o setor bovino registrando o maior valor exportado pelo Brasil. Em setembro de 2024, as vendas externas de carne bovina alcançaram US$ 1,25 bilhão, um aumento de 29,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. As exportações de carne bovina in natura também atingiram um recorde histórico de volume embarcado, com 251,76 mil toneladas (+29,1%). A China manteve-se como o principal mercado comprador da carne brasileira.

O complexo sucroalcooleiro exportou US$ 1,92 bilhão em setembro de 2024 (+6,4%). O principal produto desse setor foi o açúcar, responsável por quase 95% das vendas externas do complexo. Em setembro de 2024, os embarques de açúcar de cana em bruto atingiram um volume recorde de 3,47 milhões de toneladas (+25,9%) para os meses de setembro.

Os produtos florestais, que incluem celulose, papel, e madeiras e suas obras, também registraram forte desempenho. A celulose foi o único produto do setor a atingir a marca de US$ 1 bilhão em vendas, com US$ 1,04 bilhão exportados, estabelecendo um novo recorde para os meses de setembro. Os mercados mais industrializados foram os principais importadores de celulose.

Outro destaque foi o café verde, com vendas externas que subiram de US$ 573,84 milhões em setembro de 2023 para US$ 1,07 bilhão em setembro de 2024 (+86,6%), cifra recorde para os meses de setembro. O volume embarcado também foi recorde, atingindo 243,1 mil toneladas comercializada.

Resultados de 12 meses (setembro 2023/agosto 2024)

Nos últimos doze meses, entre outubro de 2023 e setembro de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram a cifra de US$ 166,19 bilhões, o que significou elevação de 1,8% em comparação aos US$ 163,19 bilhões exportados nos doze meses imediatamente anteriores.

Fonte: Assessoria Mapa
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Programa do Governo do Estado vai ampliar em 20% as áreas irrigadas do Paraná

Com investimento de R$ 200 milhões, sendo R$ 150 milhões em créditos facilitados, Governo do Estado pretende ampliar em 20% as áreas de lavoura que contam com sistema de irrigação, atingindo cerca de 205 mil hectares. Em menos de um mês, 151 projetos já foram contratados.

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Fotos: Geraldo Bubniak/AEN

Lançado há pouco mais de um mês pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, o programa Irriga Paraná está incentivando os produtores rurais a ampliar as áreas irrigadas no Estado, para aumentar a produtividade de suas lavouras. A iniciativa do Governo do Estado vai destinar cerca de R$ 200 milhões para as ações, sendo cerca de R$ 150 milhões em linhas de crédito facilitadas para a implantação de sistemas de irrigação, que garantem mais previsibilidade e renda aos agricultores, sobretudo em regiões que sofrem mais com a irregularidade das chuvas.

A ideia é ampliar o alcance de crédito para os projetos de irrigação nas propriedades rurais, o que já estava previsto desde 2022 pelo Banco do Agricultor Paranaense, operado pela Fomento Paraná. Até o final de agosto, já tinham sido formalizados 151 projetos de irrigação no Estado, que somam em torno de 1.000 hectares de área irrigada. As propostas somam R$ 20,8 milhões em financiamentos, sendo que cerca de R$ 7,6 milhões foram destinados pelo Governo do Estado como subvenção das taxas de juros pelo Banco do Agricultor.

Além das propostas já acatadas, outros 2.500 hectares de áreas estão com projetos em elaboração pelo Instituto de DesenvolvimentoRural do Paraná (IDR-Paraná) e pelas instituições parceiras, que incluem cooperativas e empresas de equipamentos para irrigação. Além disso, o Instituto Água e Terra (IAT) já emitiu, neste ano, 1.474 documentos de outorga de uso da água para fins de irrigação.

A maior parte dos investimentos previstos para o programa será destinada às linhas de crédito de financiamento. Ao todo, R$ 150 milhões serão usados para esse fim, sendo R$ 78 milhões do Banco do Agricultor Paranaense, com subsídio da taxa de juros; R$ 42 milhões pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e R$ 30 milhões via Fundo de Equipamento Agropecuário do Paraná (FEAP), gerido pelo IDR-Paraná.

Outras formas de fomento serão regulamentadas para expandir os projetos. Também está prevista a abertura de uma linha de crédito do BRDE específica, com subvenção dos juros que vão de 7% até 12% ao ano, conforme valor do financiamento, disponíveis durante todo o ano. O governo também vai apoiar a implantação de sistemas irrigados para a agricultura familiar com subvenção direta ao beneficiário final, de até 80% do valor do projeto, limitado a R$ 20 mil.

Estiagem – Um dos principais objetivos do Irriga Paraná é ampliar em 20% a área irrigada no Estado, passando dos atuais 170 mil hectares, o que equivale a 3% da área usada para lavoura no Estado, para cerca de 205 mil hectares. A ideia é reduzir as quebras de safra por conta das estiagens, principalmente na região Noroeste, que é uma das que mais sofrem com a falta de chuva

“Por muitos anos, o Paraná não teve problemas de déficit hídrico, tinha chuvas regulares e sempre produziu bem, as estiagens eram eventos raros. Mas vemos os efeitos das mudanças climáticas, com períodos de secas e até de chuvas muito intensas que têm se agravado”, explica o diretor Técnico da Seab, Benno Henrique Doetzer. “Isso tem começado a afetar negativamente a produção do Estado. E temos uma parcela grande de agricultores que dependem dessa produção e têm sua subsistência colocada em risco. Por isso existe essa preocupação do governo em trabalhar não apenas com a irrigação, mas com a segurança hídrica de um modo geral, para garantir a produção, a renda e a segurança alimentar no Estado”.

Além do fomento aos projetos de irrigação, o Estado trabalha também em outras frentes, previstas no Programa de Segurança Hídrica para a Agricultura, instituído por lei estadual no primeiro semestre deste ano. A política busca mitigar os efeitos da escassez hídrica, para se antecipar aos efeitos das mudanças climáticas. É também um passo complementar a outras iniciativas na área, como regulamentação mais simples para o licenciamento ambiental para a reserva de água e a isenção de ICMS para equipamentos de irrigação.

Na área de pesquisa, serão destinados R$ 20 milhões com recursos do Banco do Agricultor, FEAP, Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FERH) e Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Entre os investimentos estão o aprimoramento da gestão dos recursos hídricos em bacias estratégicas, com instalação de radar e estações; o estímulo ao uso de diferentes matrizes energéticas na agricultura irrigada, por meio do RenovaPR; e a promoção da utilização de água para reúso na irrigação, sobretudo em regiões de produção de proteína animal.

Além disso, serão incentivados cursos de capacitação sobre sistemas irrigados sustentáveis. O primeiro, realizado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), teve início em 2022 e envolveu 15 técnicos do IDR-Paraná, e uma segunda turma inicia neste mês envolvendo também profissionais de outros órgãos e da iniciativa privada. O objetivo é aprimorar a assistência técnica na área, incentivando o uso racional da água.

Exemplo – O produtor rural Luis Henrique Escarmanhani tem uma propriedade de 110 alqueires em Alto Paraná, na região Noroeste, cuja maior parcela é destinada à agropecuária. Parte da área, de aproximadamente 23 alqueires, é usada para a produção de soja no verão e pasto no inverno, e passou a contar com um sistema de irrigação por sistema de pivô central, buscando otimizar a criação de gado.

Ele explica que a instalação do sistema levou em conta a topografia do terreno e, apesar do custo, a irrigação teve impacto positivo na produtividade. “Com o que investi na irrigação, eu compraria mais 12 alqueiras de terra, mas improdutivas”, conta ele. “A irrigação traz mais produtividade na área que eu já tenho. O que é importa é a quantidade de matéria verde que tenho para tratar meu gado. No fim, tenho uma produtividade maior em 20 alqueires irrigados do que teria em 50 alqueires sem irrigação”.

Apesar de não ter financiado o projeto pelo Banco do Agricultor Paranaense, Escarmanhani contou com com suporte técnico do IDR-Paraná e apoio do Instituto Água e Terra (IAT) para análise de viabilidade e autorização da outorga para uso da água para irrigação.

“A terra hoje é um bem caríssimo e você precisa otimizar, produzindo cada vez mais, senão ela fica economicamente inviável”, diz o produtor. “Com adubação e umidade adequadas, comparando com outras áreas mais produtivas, ampliaram em 30% a produtividade, porque não passa por carência hídrica. Facilitou até para fazer seguro da lavoura. Quando ela é irrigada, não há qualquer burocracia, porque os riscos são bem menores do que as não irrigadas”, completou.

Fonte: AEN-PR
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