Notícias COP 28
Como a saúde animal pode contribuir para as metas de descarbonização do Brasil?
País deve apresentar uma proposta agressiva de até 53% nas emissões até 2030. Ainda pouco reconhecido, o setor de saúde animal poderá ter protagonismo neste processo.
O setor agropecuário deverá ter um papel de destaque na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), evento realizado em Dubai, nos Emirados Árabes, entre os dias 30 de novembro a 13 de dezembro. No total, serão nada menos do que 22 painéis focados nos temas relacionados à agricultura, pecuária, alimentação e água.
O Brasil, tido como celeiro do mundo, estará no centros das atenções. Os representantes brasileiros já anunciaram uma meta agressiva de redução de até 53% em suas emissões até 2030, um objetivo que deverá ser alcançado com a colaboração do setor agropecuário, por meio da adoção de tecnologias e do aumento da produtividade em campo.
Ainda pouco reconhecido como solução de sustentabilidade, o setor de saúde animal terá um papel decisivo neste processo de transformação, seja por meio da prevenção de doenças ou no tratamento de eventuais enfermidades, não somente no Brasil como nos demais países produtores de carnes, ovos e leite.
De acordo com estudos internacionais, as doenças nos rebanhos levam a um aumento nas emissões de Gases de Efeito Estufa de até 113% na pecuária de corte e 24% na produção de leite. “Uma maior adoção de boas práticas em saúde e criação animal possibilitará uma expansão considerável da produção de proteínas sem aumentar – ou ate reduzindo – os níveis de emissão de gases de efeito estufa”, afirma Emilio Salani, vice-presidente executivo do Sindan.
Estima-se que, no Brasil, o incremento de 1% na vacinação de bovinos de corte corresponde a um aumento de 0,7% na produção. “A vacinação e tratamento dos animais também são importantes em um conceito de saúde única. Patógenos podem transmitir doenças para populações vulneráveis e animais domésticos, como vimos com a Covid-19. Existe uma clara ligação entre pessoas, animais e o meio ambiente. Por isso, precisamos aumentar nossos esforços para melhorar a saúde animal”, completa o executivo do Sindan.
Buscando um maior protagonismo tanto na COP28 como em ações futuras ligadas à mitigação dos impactos das mudanças climáticas, o setor de saúde animal, representado pelo Sindan e o Health for Animals, entidade global que representa as indústrias fabricantes de medicamentos veterinários, está em contato direto com representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária em busca de soluções para um futuro mais sustentável.
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Falta de chuva preocupa; cotações da soja têm novos aumentos
Paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
A falta de chuva nas principais regiões produtoras de soja no Brasil vem deixando agentes em alerta, visto que esse cenário pode atrasar o início da semeadura na temporada 2024/25.
Segundo pesquisas do Cepea, nesse cenário, vendedores restringem o volume ofertado no spot nacional, ao passo que consumidores domésticos e internacionais disputam a aquisição de novos lotes.
Com a demanda superando a oferta, os prêmios de exportação e os preços domésticos seguem em alta, também conforme levantamentos do Cepea.
A paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
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Exportação de ovos cai 42% em um ano e processados têm menor participação desde dezembro de 2022
De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
As exportações brasileiras de ovos comerciais recuaram pelo segundo mês consecutivo, refletindo a diminuição nos embarques de produtos processados, como ovalbumina e ovos secos/cozidos.
De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
Das vendas externas registradas no último mês, apenas 24,6% (o equivalente a 305 toneladas) corresponderam a produtos processados, a menor participação dessa categoria desde dezembro de 2022, também conforme a Secex.
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Preços do milho seguem em alta no Brasil
Atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.
Levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho seguem em alta no mercado doméstico.
Segundo pesquisadores deste Centro, atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.
Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que a procura internacional pelo milho brasileiro tem se aquecido, sustentada pela maior paridade de exportação.
Compradores internos também têm retomado as negociações, seja para recompor estoques e/ou por temerem novas valorizações nos próximos dias.
Quanto aos embarques, em agosto, somaram 6,06 milhões de toneladas do cereal, praticamente o dobro das 3,55 milhões escoadas em julho, mas ainda 35% inferiores aos de agosto de 2023, conforme dados Secex.