Conectado com
VOZ DO COOP

Suínos / Peixes

Como a escassez de água e a alta na energia afetam a piscicultura

A falta de recursos é um dos principais problemas quando se trata de produtividade. A água e a energia elétrica são cruciais, por exemplo, para a piscicultura e, justamente em função disso, sua escassez pode afetar toda uma propriedade. 

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Sansuy

A falta de recursos é um dos principais problemas quando se trata de produtividade. A água e a energia elétrica são cruciais, por exemplo, para a piscicultura e, justamente em função disso, sua escassez pode afetar toda uma propriedade. Desde os produtores com estruturas para grandes escalas de produção até os pequenos é possível pensar em maneiras de contornar e superar esse desafio se quiser manter os resultados em alta.

A energia elétrica tem um grande potencial de impacto nos custos de produção na piscicultura, isso porque vários equipamentos dependem do insumo para se manterem funcionando. Com ela, o produtor consegue proporcionar não apenas o bem-estar animal, como a melhor conservação da sua produção.

É claro que, para evitar o problema, é necessário desenvolver estratégias de gestão que sejam eficientes. Uma ideia é automatizar algumas tarefas, garantindo sua agilidade e eficácia. Mas, além disso, é recomendado repensar constantemente os processos, procurando maneiras de implementar um sistema de melhoria contínua.

Assim como a alta da energia elétrica, a escassez de água também ameaça significativamente a piscicultura. Esse problema é decorrente das inúmeras condições ambientais que vêm sendo alteradas em função do aquecimento global, causando o aumento das temperaturas e longos períodos de seca.

Em geral, qualquer piscicultor depende profundamente das vazões dos rios para conseguir abastecer adequadamente os seus açudes. Com a mudança do clima e pouca chuva, essas vazões diminuem bastante, atrapalhando a atividade.

Soluções

Existem alguns produtos que ajudam a contornar as dificuldades do alto preço da energia elétrica e também da escassez de água, como por exemplos os biodigestores que produzem bioenergia a partir do tratamento de resíduos da agropecuária. Feitos de vários compartimentos, eles decompõem matérias orgânicas provenientes da produção vegetal, industrial, animal e até humana nas propriedades rurais. O resultado é a geração de biogás e de biofertilizantes, ambos úteis para a propriedade.

Também existem algumas soluções para armazenar água da chuva em períodos de cheia, a ser usada durante as secas, como tanques circulares de PVC, que são utilizados para cultivar organismos aquáticos e também podem ser utilizados como reservatórios de água. Uma alternativa de baixo custo e instalação mais simples e rápida, pois não é necessário escavação, apenas o nivelamento do terreno.

Há ainda cisternas agroindustriais disponíveis para o agronegócio, com o principal objetivo de captar e armazenar água proveniente da chuva ou mesmo de caminhões-pipa. Para tanto, basta ter um sistema de captação projetado para ter água disponível mesmo nos períodos mais secos do ano.

No mercado encontra-se a opção de reservatórios flexíveis de PVC para quem quer armazenar água, contando com flexibilidade e mobilidade para atendimento de todas as necessidades do negócio, funcionando como uma espécie de caixa d’água móvel, é possível dobrá-lo e transportá-lo para diferentes partes da propriedade, isso graças à sua estrutura feita em lona. É possível usá-los para diferentes finalidades, por exemplo, para reservar água potável e também para água de reúso.

Outra alternativa são tanques de PVC para o transporte de água. Estrutura flexível que pode ser movida entre diferentes partes da propriedade (ou até outras propriedades) com a ajuda de caçambas de veículos. Isso vai transformar um caminhão comum em um caminhão-pipa. A bolsa que armazena a água é completamente vedada, impedindo que o líquido vaze para fora. Pode ser presa sobre a caçamba para então começar a encher. À medida que a água entra, ela vai se moldando ao formato da superfície do veículo, evitando quaisquer problemas de adaptação.

Qualquer problema envolvendo diretamente os recursos naturais dos quais a piscicultura depende podem se tornar grandes impasses de produtividade. Nessas horas, é fundamental contar com soluções que ajudem a resolver suas principais demandas. Procure fornecedores de qualidade para que o aquanegócio pode se desenvolver de forma produtiva e preparada para enfrentar até mesmo as variações climáticas que tanto castigam o setor.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola e da piscicultura acesse gratuitamente a edição digital Suínos e Peixes.

Fonte: Por Marcelo Castagnolli, engenheiro agrônomo e gerente comercial do segmento de piscicultura da Sansuy

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Publicado em

em

Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

Publicado em

em

Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

Publicado em

em

Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
Continue Lendo
IMEVE BOVINOS EXCLUSIVO

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.