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Como 30 anos de pesquisas da Fundação MT contribuíram com o agronegócio

Através de seu Programa de Difusão de Tecnologia, formado por diversos eventos ao longo do ano, a instituição alcança milhares de produtores rurais, engenheiros agrônomos, consultores e técnicos, provendo informação imparcial e confiável para as decisões no campo.

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O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Mato Grosso em 2022 foi de R$ 200,8 bilhões. O PIB do estado cresceu num ritmo quase três vezes maior do que o restante do Brasil, segundo o IBGE, com o agronegócio representando 56,6% do indicador. Inserida neste desenvolvimento e crescimento, o trabalho da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) se difunde e se consolida de diversas formas, uma delas através do seu Programa de Difusão de Tecnologia (PDT). Prestes a completar 28 anos, a agenda de eventos técnicos para 2024 já está lançada e vai levar conhecimento à classe agrícola sobre as nove áreas de pesquisa da instituição nas culturas de soja, milho e algodão, além de pecuária de corte.

Bruno de Conti, head de pesquisa da Fundação MT, destaca que os eventos são o caminho pelo qual a instituição cumpre a sua missão, a de prover informação técnica, imparcial e confiável que oriente a tomada de decisão do produtor. “Todo o conhecimento que nós geramos é com o objetivo de difundir para o meio agropecuário, e os eventos são a forma mais eficaz que temos para dar vazão a essas informações para quem está tomando a decisão lá no campo, que precisa entender a safra que passou e planejar a próxima”, pontua.

Fotos: Klebyster Rios/Fundação MT

As programações são voltadas para a atualização de resultados de produtos, táticas de manejo, assuntos sobre sistemas de produção e o que tem de melhor para as decisões durante a safra. Além disso, o time técnico da instituição e especialistas convidados atualizam o público de como foi o ciclo anterior em diferentes regiões. Os eventos a campo e os demais também servem para a troca de ideias com outros produtores e profissionais do agro.

Ao longo de 2024, o PDT irá acontecer nos Centros de Aprendizagem e Difusão (CAD) de Sorriso, Nova Mutum, Sapezal e Itiquira, também nos Circuitos do Conhecimento em Primavera do Leste, Encontros Técnicos (soja, milho e algodão) em Cuiabá, de Pecuária de Corte em Rondonópolis, lives técnicas com os pesquisadores da instituição, além de muitas informações geradas para o aplicativo da Fundação MT e, a cada dois anos, com o Boletim de Pesquisa. A expectativa é repassar o conhecimento para o público-alvo de tomadores de decisão, que em 2022 foi de mais de 1.900 pessoas e em 2023 já chega a 2.196, faltando ainda um evento para encerrar o calendário.

Transformação

Com a maioria das áreas agrícolas abertas no final da década de 1970 e início de 1980, o cenário urbano e rural de Mato Grosso foi profundamente modificado até os dias de hoje. O surgimento de municípios através da agricultura é umas das principais características do estado, com cidades que são verdadeiras potências econômicas com pouco mais de 30 ou 40 anos de emancipação. A Fundação MT, com 30 anos de história, acompanhou de perto toda a transformação inserida pelo agronegócio e também se adaptou para atender o produtor rural conforme as novas realidades.

Prova disso são os avanços do PDT, que por muitos anos percorreu inúmeras cidades do estado com os eventos: É Hora de Plantar e É Hora de Cuidar. “Era um momento que precisava levar a informação de cidade em cidade. A estrutura de comunicação era diferente, as pessoas eram acostumadas a buscar informação assim, presencialmente”, relembra o profissional. O período da pandemia, por sua vez, também foi crucial e remodelou o programa para como é hoje. “Na pandemia tivemos uma adaptação forçada, de maneira disruptiva, do dia para a noite. E os eventos passaram a ser transmitidos online e continuamos assim porque vimos que dava certo. Se não fizer mais sentido um dia, vamos ajustando”, acrescenta.

Público-alvo

Realizar pesquisas, executar e colher dados no campo, cultivar a busca pelo conhecimento. Nada disso faria sentido se não fosse compartilhado com quem está na porteira para dentro. O protagonismo, que marcou a história da Fundação MT, também está em levar os resultados para os tomadores de decisão. “Produtor convidados, gerente de fazenda, agrônomo, técnico, consultor, pecuarista, pois o foco é o tomador de decisão. As empresas patrocinadoras com limite de funcionários e espaço limitado para estudantes. Para nossos apoiadores é importante e para a FMT é fundamental este perfil de público porque garante o cumprimento da missão”, destaca De Conti.

Em 2023, o PDT passou por algumas mudanças, como o Encontro Técnico Milho que será presencial. Também nos eventos indoor, agora há espaço para estandes da Fundação MT e de empresas patrocinadoras. “A participação do público-alvo é fundamental e agradecemos a presença por esses 28 anos de PDT. Que nos vários anos que temos pela frente os tomadores de decisão continuem participando para que a Fundação MT possa realizar a sua missão, contribuir com o agronegócio do Estado e com o País” finaliza o head de pesquisa.

Fonte: Assessoria Fundação MT

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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