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Comitiva paranaense viaja ao Leste asiático para fomentar comércio de carnes suína e bovina

Entre os objetivos da missão internacional ainda estão atrair investimentos ao Paraná e apresentar o projeto da Nova Ferroeste a investidores do setor de transportes.

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A primeira missão comercial internacional do Governo do Paraná em 2023 embarcou no último sábado (04) para o Japão e Coreia do Sul. Liderada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, ela tem como meta expandir as exportações paranaenses aos dois maiores mercados do Leste asiático, em especial a venda de proteína suína. A comitiva também pretende atrair investimentos ao Estado e vai apresentar o projeto da Nova Ferroeste a investidores do setor de transportes.

A missão é organizada pela Invest Paraná, agência de captação de negócios do Governo, vinculada à Secretaria estadual de Indústria, Comércio e Serviços, e pelo deputado federal Luiz Nishimori. No Japão, a agenda será de 04 a 12 de março. Na sequência, a comitiva vai à Coreia do Sul, onde fica de 13 a 16 de março. Além do Japão e Coreia, já estão agendadas para o primeiro semestre viagens comerciais da Invest Paraná ao Canadá e Itália.

Além do governador, embarcam para a missão na Ásia, por parte do Governo do Paraná, o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, o secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, e o secretário de Planejamento, Guto Silva. Representarão a Invest Paraná o presidente, Eduardo Bekin, e o diretor de Relações Internacionais e Institucionais, Giancarlo Rocco. Pela Nova Ferroeste, participa o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luís Henrique Fagundes.

Entre os representantes do setor produtivo que acompanham a agenda estão o superintendente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Robson Mafioletti; o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Carlos Valter Martins Pedro, e a gerente de Relações Governamentais do Sistema Fiep, Letícia Yumi. O deputado estadual Marcel Micheletto também participará dos encontros.

“É a primeira viagem internacional do ano e queremos trazer resultados concretos. Vamos nos reunir com autoridades dos dois países, tentar abrir o mercado de exportação de carne suína das empresas paranaenses, fortalecer a relação com a indústria local e reforçar os laços que nos conectam há vários anos. O Paraná tem uma das maiores comunidades japonesas do Brasil e queremos ampliar esse relacionamento nos próximos anos”, afirmou Ratinho Junior.

“Essa é uma comitiva de peso, liderada pelo governador, cujo resultado será atração de mais investimentos para criar mais empregos e oportunidades. O Paraná está colhendo bons frutos da melhoria no nível da sanidade animal, o que abre grandes e importantes mercados para a proteína animal do Estado”, ressalta o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros. “Precisamos de mercados que absorvam nossa produção. Por isso é tão importante a autoridade máxima do Estado expor o cenário local aos potenciais compradores do Japão e Coreia do Sul”.

Dos 212 países para os quais o Paraná exportou em 2022, Japão e Coreia do Sul ficaram entre os 12 maiores compradores, relação comercial que deve avançar com a missão organizada pela Invest Paraná. De acordo com dados levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a Coreia do Sul foi o 8º país que mais adquiriu produtos do Estado em 2022, totalizando US$ 601,5 milhões. O Japão ocupou a 12ª colocação, movimentando US$ 545,3 milhões na compra de produtos paranaenses.

No Japão, a comitiva comandada por Ratinho Junior vai participar em Tóquio da Foodex, maior feira de alimentos da Ásia, que nesta edição reunirá quase 1.485 exibidores de 40 países. A missão também terá reuniões com diretores das empresas Mitsui Busan, Nissin, Marubeni e Sumitomo Rubber – essa última anunciou recentemente investimento de R$ 1 bilhão na fábrica de pneus em Fazenda Rio Grande, Região Metropolitana de Curitiba.

A missão vai tratar da habilitação de frigoríficos paranaenses no Japão diretamente com o ministro da Agricultura, Silvicultura e Pesca do país, Tetsuo Nomura. A comitiva também será recebida pelo governador da província japonesa de Hyogo, Motohito Saito, para tratar de negócios e da relação de amizade entre a província e o Paraná. Outra agenda será com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) para expandir as relações bilaterais.

Na Coreia do Sul, a missão paranaense vai negociar a habilitação de frigoríficos com a Agência de Quarentena Animal e Vegetal do país (APQA). Na agenda também estão tratativas com a Agência de Investimentos e Comércio da Coreia do Sul (Kotra), a B2G (agência do governo de aceleração de inovações) e a Dabida, empresa de soluções de robótica para educação. A missão também fará tratativas em Seul para trazer ao Paraná uma fábrica de tratores e uma montadora de drones agrícolas.

Proteína animal

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, afirma que a missão é uma grande oportunidade para o Paraná estreitar ainda mais a relação comercial com os dois gigantes asiáticos, em especial no agronegócio. O objetivo é que o Estado forneça não só frango, mas todo tipo de proteína animal aos mercados japonês e coreano.

“A Coreia do Sul e o Japão sempre foram grandes parceiros comerciais do Paraná, mas precisávamos superar as dificuldades sanitárias para atender ainda mais esses mercados, que têm grande necessidade de importação de proteína qualificada, o que nosso Estado tem capacidade de oferecer com sanidade reconhecida por grandes mercados”, aponta. “Entrar com a proteína suína e bovina paranaense nesses dois países vai fazer um grande bem não só à economia rural, mas a economia do Paraná de forma geral”.

O Paraná já vende em larga escala carne de frango ao Japão e Coreia do Sul. Essa proteína, aliás, é líder entre os produtos exportados pelo Estado aos dois países. A venda de frango in natura do Paraná ao Japão ano passado totalizou US$ 274,5 milhões, representando metade de todas as exportações paranaenses ao país. Já na balança comercial entre Paraná e Coreia, o frango in natura foi 30,5% das exportações ano passado, totalizando US$ 183,2 milhões.

O Estado, porém, busca avançar nos dois países a negociação de outras proteínas animais, em especial a suína. Conforme explica o diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco, o Paraná é o maior produtor de proteína animal do Brasil, o que credencia o Estado a atender os mercados japonês e sul-coreano para além da carne de frango.

“O Paraná, como grande produtor de carne, precisa abrir o canal comercial de venda para Japão e Coreia do Sul da proteína suína. Frango já exportamos, mas o Brasil tem poucos frigoríficos habilitados nesses dois países. Por isso a ideia é fazer esse lobby positivo diretamente nos dois países, com a presença do governador, secretários de Estado e entidades do setor produtivo para mostrar a responsabilidade do Paraná perante o mercado internacional”, enfatiza.

“Precisamos habilitar nossos frigoríficos no Japão e Coreia. E isso só pode ser feito de uma maneira: indo até lá para mostrar que temos segurança alimentar. Afinal, não perdemos em nada para nenhum outro país. A nossa segurança alimentar, inclusive, é muito maior do que de países que já exportam para o Japão e Coreia. Por isso vamos solicitar que os dois países enviem ao Paraná equipes para inspeção de nossos frigoríficos”, complementa o diretor.

Sem amarras

Do lado do setor produtivo, o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, também destaca que a missão organizada pelo Governo Estadual é um grande passo para destravar amarras sanitárias. “O Paraná obteve status de estado livre de febre aftosa sem vacinação em maio de 2021. A doença é bovina, mas atinge o mercado de carne suína também. Portanto, precisamos dessas tratativas com os compradores de lá. O Japão é um país com mais de 130 milhões de habitantes, com economia consolidada, alto nível de renda e que consome alimentos de qualidade. Ou seja, uma demanda a qual o Paraná, por ter boa condição sanitária e produção em larga escala, consegue suprir”, argumenta.

Entre as cooperativas paranaenses que viajarão na missão estão a Frimesa e Allegra, as quais vão apresentar seus produtos no estande da missão na Foodex, em Tóquio, e em encontros com compradores e distribuidores dos dois países. “Queremos que o mercado de lá conheça a qualidade da nossa carne suína. Culturalmente, as negociações com os japoneses são demoradas. Mas depois que se ganha a confiança deles, a relação é sempre proveitosa, a exemplo do que já acontece na venda da carne de frango e do milho”, arremata Mafioletti.

Fonte: AEN

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

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O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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