Conectado com

Notícias Rota do Milho

Comitiva do Oeste catarinense participa de missão no Paraguai

Comitiva se reuniu com lideranças políticas e empresariais com o objetivo de firmar parcerias comerciais

Publicado em

em

Divulgação

Suinocultores catarinenses, empresários da região Oeste e a ACCS participaram na última semana da 19ª edição da Agro Show Copronar, evento realizado em Naranjal, no Paraguai. Durante agenda no vizinho país do Mercosul, a comitiva catarinense também se reuniu com lideranças políticas e empresariais da região, com o objetivo de firmar parcerias comerciais que favorecerão o desenvolvimento do Mercosul.

Essa relação será consolidada com a Rota do Milho, que vai integrar o Brasil, a Argentina e o Paraguai através da desburocratização das fronteiras. Conforme lideranças dos três países, os acordos para que a rota se torne realidade estão em fase final, faltando apenas a liberação da documentação das balsas que transportarão a produção entre o Paraguai e a Argentina.

Negociações 

No último dia 6, o grupo catarinense se reuniu com o intendente de Naranjal, Edoard Schaffrath, para conhecer todo o potencial da região, que é uma grande produtora de proteína vegetal como milho e soja. Todos os números foram detalhados por representantes de empresas ligadas às cooperativas do Paraguai. O encontro contou também com a participação do presidente do Banco Central do Paraguai, José Cantero.

Os catarinenses apresentaram a pujança na produção de proteína animal, que serve de referência para o mundo. Mas o setor luta contra os altos custos de produção, especialmente em razão do frete rodoviário para trazer milho do Centro-Oeste do Brasil. Santa Catarina consome todos os anos cerca de 7 milhões de toneladas de milho para a produção de ração animal, mas importa cerca de 4 milhões de toneladas de outros Estados.

O Estado catarinense importa milho do Paraguai, mas a rota por Foz do Iguaçu é longa e enfrenta dificuldades aduaneiras. A ideia é encurtar o caminho transportando o cereal paraguaio pelas estradas da Argentina. “Cada vez menos nós vamos ter condições de trazer milho do Centro-Oeste do país porque há um trabalho muito forte para enviar esse produto para outros países. Precisamos fortalecer os laços com o Paraguai e com a Argentina para que possamos continuar na atividade”, destaca o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi.

Números do Paraguai 

Conforme dados da safrinha paraguaia de 2019, das 4,7 milhões de toneladas produzidas, 1,5 milhão de tonelada será para o consumo interno, 2 milhões vão para a exportação e 1,2 milhão de tonelada é o volume excedente.

“O Paraguai é um bom produtor de soja e milho e Santa Catarina produz com excelência proteína animal. Esse é um motivo para realizar bons negócios e garantir mais competitividade para essa região do Mercosul”, enfatiza o intendente de Naranjal.

Mais benefícios 

Além de ser uma grande alternativa na oferta de insumos, o Paraguai possui leis e incentivos fiscais que viabilizam a instalação de empresas no país. “Com os benefícios que temos em nosso país podemos garantir mais competitividade para as empresas e tornar o Mercosul mais forte no mercado internacional”, avalia Schaffrath.

Conforme o vice-presidente de relações internacionais da Facisc, Milvo Zancanaro, que também participou da missão internacional, o Paraguai oferece condições para que empresas instalem filiais no país, garantindo mais facilidade na exportação de produtos. “Reforçamos a necessidade da abertura da Rota do Milho para que as nossas indústrias possam se desenvolver”.

Fórum Internacional 

Em três dias de feira, a Agro Show Copronar apresentou ao homem do campo o que há de mais moderno para potencializar a produção agrícola. O evento também oportunizou bons negócios aos expositores e momentos de lazer aos visitantes.

A Rota do Milho ganhou destaque especial em um Fórum Internacional que contou com a presença de autoridades do Brasil, Argentina e do Paraguai. “O Agro Show foi importante para debater essa integração entre os três países. Nós como cooperativa nos sentimos felizes em poder promover esse debate na feira”, diz o presidente da Copronar, Darci Bortoloso.

Fonte: Assessoria

Notícias

Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

Publicado em

em

Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Notícias

Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

Publicado em

em

Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

Publicado em

em

Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.