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Comitê público-privado de ESG do Paraná vai trabalhar 10 pilares do desenvolvimento sustentável
Governador Carlos Massa Ratinho Junior liderou nesta segunda-feira a terceira reunião do comitê público-privado sobre ESG, em que foram apresentadas as duplas formadas por um ente público e um privado, responsáveis por colocar em prática as ações definidas no encontro anterior.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior liderou na segunda-feira (13) a terceira reunião do comitê público-privado sobre ESG (sigla que diz respeito a práticas ambientais, sociais e de governança) em que foram apresentadas as duplas formadas por um ente público e um privado, que vão colocar em prática dez pilares para promover a sustentabilidade no Estado.
Os temas foram definidos no encontro anterior, a partir de interessados em compor cada grupo de trabalho, com
autonomia para estabelecer sua própria dinâmica de execução. Segundo o governador, a definição das duplas foi um passo importante para o início dos trabalhos e potencializar as ações voltadas à ESG no Estado. “Esse é um projeto para planejar o futuro do Paraná, em especial nessa questão de sustentabilidade, muito diversa, ampla e inovadora. Nós estamos atuando com o nosso time da área pública, mas trazendo a visão do ente privado. É uma troca de informações muito produtiva. A organização está muito encaminhada. Hoje já temos um esboço de como vamos trabalhar”, destacou Ratinho Junior.
Artur Grynbaum, vice-presidente do Conselho do Grupo Boticário e um dos líderes da iniciativa, destacou que o encontro serviu para apresentar os avanços do trabalho e quais os próximos passos. Segundo ele, do ponto de vista socioambiental, o Paraná enfrenta uma série de desafios, mas através da dinâmica compartilhada entre os setores público e privado será possível encontrar as melhores soluções.
“É um tema muito relevante para o nosso Estado. Temos uma oportunidade muito grande de posicionar o Paraná de uma forma muito diferenciada não só no cenário nacional, mas internacional, quando se trata de ESG. Nosso objetivo com esse trabalho é fazer com que o Estado seja reconhecido pelas boas práticas e traga grandes oportunidades de desenvolvimento econômico e social”, disse.
Duplas e objetivos
Os temas são divididos em um grupo ambiental e um social. A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), por exemplo, atuará em três temas ambientais, com uma série de programas: Resíduos Sólidos, ao lado da Klabin; Biodiversidade, em parceria com a Itaipu Binacional; e Gases de Efeito Estufa, em conjunto com a JBS.
“Com ações voltadas a Resíduos Sólidos, vamos incentivar mais indústrias de reciclagem a estarem conosco. Além disso, há também uma preocupação muito grande ao lado dos nossos parceiros da valorização do sequestro de carbono e proteção da biodiversidade paranaense, com a recuperação de biomas típicos, como a Mata Atlântica”, afirmou o secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), Everton Souza.
Ainda no grupo ambiental, serão trabalhados os temas Água, comandado por Sanepar e BRF; e Energia, por Copel e Volkswagen. Já os temas do grupo social são voltados aos cidadãos, líderes, pequenas e médias empresas, incluindo, por exemplo, Diversidade, comandado pela Superintendência Geral de Diálogo e Interação Social (Sudis) e Mondelez.
Helga Franco, diretora de assuntos corporativos da Mondelez, destacou que, dentro da diversidade e inclusão, a empresa está focada em aumentar as oportunidades de trabalho. “Temos quatro grandes pilares com foco na empregabilidade e na sensibilização dos desafios dos grupos historicamente minorizados. O trabalho continua para que possamos aprofundar a discussão e sair com ações mais concretas para os próximos meses”, declarou.
Outro tema nessa área é voltado à Capacitação de Pequenas e Médias Empresas, composto por BRDE e Grupo Boticário. “Precisamos identificar as micro e pequenas empresas e se estão sensíveis a esse tema. Queremos criar um termômetro para isso e nossa meta é nos próximos dois meses ter essa identificação. A partir desse cenário, vamos fazer um processo de mobilização para que tenhamos mais participantes e uma capacitação muito forte para que entendam o que é ESG”, explicou o diretor-presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski.
Além disso, o grupo social também abrange Educação, pela Secretaria da Educação e do Esporte (Seed) e o Grupo Positivo; Gestão Pública pela Casa Civil e Nissei; e Inclusão Social, pela Secretaria de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf) e um representante do setor privado, ainda não definido.
Valorização
Dentro do plano de ação do Comitê, o Estado também planeja futuramente criar um selo de reconhecimento para
empresas que se adequarem aos requisitos do ESG. “É o Estado dando uma chancela para essas empresas que poderão usar o selo nos seus materiais institucionais, o que tem um reflexo tanto nacional como internacional, elevando nosso patamar de produtos”, destacou Everton Souza.
Comitê
Lançado em outubro de 2021, o comitê visa tornar o Paraná uma referência nacional em gestão de sustentabilidade, inclusão social e competitividade no ambiente de negócios. A expectativa é replicar o modelo a outros estados, engajando todo o País. A ponte com as empresas para a construção do comitê foi realizada pela Invest Paraná, autarquia responsável pela prospecção e atração de investimentos ao Estado.
“O Paraná tem um grande relacionamento com as empresas privadas e os dois setores precisam pensar juntos o futuro do Estado. Esse comitê é a concretização de um modelo de política pública ideal, recebendo contribuições relevantes da sociedade para agilizar também processos internos da administração pública, projetando um olhar mais sustentável”, afirmou o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin. “O comitê começou com uma reunião de poucas empresas, mas já cresceu e todas as que possuem departamentos ou setores de ESG estão convidadas”.
Presenças
Participaram da reunião os secretários estaduais de Planejamento e Projetos Estruturantes, Louise da Costa e Silva Garnica; Infraestrutura e Logística, Fernando Furiatti; Justiça, Família e Trabalho, Rogério Carboni; Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Copel, Daniel Slaviero; o controlador-geral do Estado, Raul Siqueira; os superintendentes de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Keli Guimarães; e de Diálogo e Interação Social, Roland Rutyna; o presidente da Renault do Brasil, Ricardo Gondo; o CEO da Latin America e vice-presidente da Electrolux, Ricardo Cons; os diretores de Relações Institucionais e Sustentabilidade da MRV, Raphael Lafetá; de Sustentabilidade da Seara, Marcia Fossati; e de Relações Institucionais do Positivo, Cássio Chamecki; a gerente executiva de Relações Institucionais e Governamentais da BRF; Helena Araújo; o executivo de Sustentabilidade da Volkswagen, Christopher Davies Junior; o gerente-executivo de Relações Institucionais da JBS, João Tavares; e demais autoridades do setor público e privado.
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Topgen promove a segunda edição da Semana da Carne Suína no Paraná
Campanha simbolizou uma celebração de sabor, aprendizado e valorização local.
De 3 a 10 de novembro, os municípios de Arapoti e Jaguariaíva, no Paraná, se tornaram o centro das atenções para os amantes da carne suína. A Topgen, uma empresa de genética suína, com o apoio do Sicredi, promoveu a segunda edição da Semana da Carne Suína, uma campanha que celebrou a versatilidade e o sabor da proteína suína, mobilizando comércios locais e estimulando o consumo na região que é conhecida por sua forte suinocultura.
A programação contou com momentos inesquecíveis, como o workshop exclusivo com o Chef Daniel Furtado, realizado na Fazenda Araporanga, onde açougueiros e cozinheiros da região mergulharam nas técnicas e cortes especiais da carne suína, aprendendo a explorar sua versatilidade e criando inspirações para novos pratos. Outro destaque foi o concurso de melhor prato à base de carne suína, que movimentou 15 restaurantes locais. Os consumidores participaram ativamente, avaliando as delícias e votando no prato favorito. O grande vencedor foi a PJ Hamburgueria, com um sanduíche tão incrível que os clientes já pediram para incluí-lo no cardápio fixo!
A premiação incluiu uma cesta especial com embutidos artesanais do Sul do Brasil e a oportunidade de participar do curso com o Chef Daniel Furtado, além disso, todos participantes receberam um livro de receitas clássicas com carne suína editado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), e impresso pela Topgen com o apoio do Sicredi e também um certificado de participação.
Segundo Beate Von Staa, diretora da Topgen, a inspiração para esta mobilização veio da campanha realizada pela empresa Mig-Plus em 2022, no início da crise da suinocultura. “Naquele ano, fizemos algo simples, mas desta vez conseguimos envolver toda a comunidade. Foi gratificante ver a mobilização e os comentários positivos da população”, destacou”, finalizou.
Além de valorizar a carne suína, a iniciativa buscou incentivar o consumo local de uma proteína saudável e saborosa, mostrando aos consumidores que ela vai muito além do trivial. Assista ao vídeo da campanha e descubra mais sobre essa experiência que uniu gastronomia, aprendizado e valorização da cultura local. A ABCS parabeniza a todos os participantes e ao público que tornou a segunda Semana da Carne Suína um sucesso absoluto!
Colunistas
Avanços e desafios da agricultura regenerativa tropical
Evolução das práticas regenerativas permite a melhoria no ambiente de produção com uma melhoria da qualidade do solo como principal capital do agricultor.
O mundo desafia a agricultura a dar segurança alimentar para uma demografia ainda em crescimento, contribuir com emissões negativas para as mudanças climáticas e ainda contribuir com produção com densidade nutricional e qualidade. A agricultura brasileira pode contribuir com essa agenda de forma relevante. Atualmente, o Brasil está entre os 5 maiores produtores de alimentos e é o primeiro colocado na exportação de vários produtos agrícolas.
É considerado o mais importante produtor de grãos nos trópicos. Estima-se que a produção agropecuária no Brasil já alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo e que as projeções da OCDE-FAO indicam uma ampliação considerável da importância do Brasil no comércio agroalimentar global até 2032. Vários são os motivos que levam a essas importantes conquistas.
Podemos citar a contribuição da agricultura industrial através da “revolução verde”, por exemplo. No entanto, muitas vezes a produção de alimentos vegetais e animais, fibras e energia também estão ancoradas em custos ocultos ao meio ambiente: a biodiversidade do sistema, a qualidade do solo agrícola, a saúde das pessoas nas cidades, a saúde dos consumidores finais, o bem-estar animal e das pessoas que trabalham diretamente no campo.
Além disso, é conhecido que esse sistema de produção convencional necessita de condições ambientais estáveis para garantir boas produtividades. Ou seja, o sistema convencional é extremamente suscetível às adversidades climáticas, as quais estão se tornando cada vez mais frequentes em diferentes regiões do Brasil. As externalidades negativas do sistema convencional de produção, somadas às suas limitações adaptativas aos extremos climáticos, requerem uma transição regenerativa e novos fundamentos de produção.
Dentro deste contexto de conscientização da sociedade por alimentos com ausência de resíduo químico, com características organolépticas superiores e com maior densidade nutricional, das necessidades de mitigar os efeitos de mudança climática, de garantir a manutenção dos recursos para as gerações futuras, de atender as demandas presentes e de preservar a biodiversidade do sistema produtivo, alguns produtores têm implementado práticas agrícolas bem conhecidas pela Ciência.
A novidade é que essas soluções estão sendo adotadas em escala. Essas práticas e técnicas de manejo regenerativo (Fig. 1) são capazes de reduzir significativamente a dependência de insumos importados, a poluição do ambiente, enquanto são capazes de aumentar a eficiência e a resiliência dos sistemas produtivos, permitindo a manutenção de boas produtividades mesmo em períodos prolongados (superior a 60 dias, no caso de grãos) sem chuvas.
A evolução das práticas regenerativas permite a melhoria no ambiente de produção com uma melhoria da qualidade do solo como principal capital do agricultor. Estes também começam a prestar serviços ambientais para toda a sociedade, principalmente para as cidades, fornecendo água e alimento de qualidade, bem como mitigando os efeitos climáticos através do abatimento do carbono utilizando insumos de baixa emissão, com os manejos que privilegiam o aumento de carbono orgânico no solo, e ainda permitem o sequestro de carbono de forma permanente através do intemperismo aprimorado de minerais silicáticos, que são utilizados como condicionadores de solo, bioativação do sistema, melhoria da qualidade do solo e fontes de nutrientes.
Ao promover e valorizar a biodiversidade através da integração das áreas produtivas com as áreas naturais remanescentes, estes produtores garantem o refúgio de inimigos naturais das pragas e obtêm importantes serviços ecossistêmicos. Além de tudo, por utilizarem insumos e serviços dos seus contextos locais e regionais, compartilham a prosperidade com a sociedade, criando riqueza e oportunidades para a comunidade ao seu redor, atendendo assim aos requisitos ESG (Sustentabilidade Ambiental, Social e de Governança Corporativa – Environmental, Social and Governance, em inglês) em plenitude.
Desta forma, entende-se como Agricultura Regenerativa Tropical (ART) um conjunto de ações e boas práticas que atuam na recuperação do ecossistema produtivo de forma a deixar um saldo de impactos positivo nas características físicas e químicas do solo, na micro e na macrodiversidade do solo, na resiliência da produção, na redução de resíduos nos produtos, no sequestro de carbono e na melhoria da sociedade local e regional. Esses produtores de alimentos, fibras e energia atuam conscientemente na adoção de manejos e suas práticas que visam promover positivamente o ambiente de produção utilizando recursos e tecnologias acessíveis da forma mais eficiente possível dentro de uma agricultura de processos, em que desafios bióticos e abióticos são equacionados através de manejos realizados em caráter preventivo. Por todas essas características, a ART tem uma forte conexão com o consumidor final, o qual prioriza a regeneração e cura dos agroecossistemas, visando impactos positivos ao ambiente, à cadeia e à sociedade. Com essa missão, os produtores visam criar novas formas de relacionamento com as cadeias de fornecedores de insumos, serviços e equipamentos, bem como de fidelidade com as cadeias de valor e com os consumidores, diferenciando sua produção, seja pela forma de produzir como pela qualidade intrínseca do produto final.
Entre as práticas utilizadas na ATR podemos destacar:
- Manejo integrado da fertilidade do solo através do uso de remineralizadores, fertilizantes minerais naturais, corretivos e circularidade da matéria orgânica com o processamento adequado de insumos orgânicos, visando a eliminação de patógenos e germinação de plantas daninhas;
- Rotação de culturas e sistema de plantio direto sobre a palha, visando aumentar a diversificação de plantas no sistema enquanto mantém, sempre que possível, o solo coberto e revolvido o mínimo possível;
- Uso de comunidades microbianas funcionais e de microrganismos específicos que atendam às necessidades da cultura;
- Redução e, quando possível, a eliminação de insumos que agridem a vida no solo, nas plantas e das pessoas;
- Recuperação de pastagens degradadas;
- Integração lavoura-pecuária-floresta;
- Gestão integrada da paisagem.
A implementação destas práticas depende de o agricultor sair da zona de conforto e experimentar novos processos visando a redução de custos, com uso de soluções locais e regionais. Cabe ao agricultor, pecuarista, e/ou consultor identificar a lista de prioridades a serem equacionadas e determinar a melhor forma de atuar nos processos para implementar a transição. Por exemplo, muitas doenças e a presença de pragas podem ser equacionadas com uma nutrição adequada e balanceada. Como não existe uma tabela de determinação do requerimento e balanço nutricional da cultura para cada tipo de solo, o mais adequado é construir a fertilidade do solo de forma estruturante e deixar que a planta determine qual nutriente está sendo necessário em determinada fase fisiológica.
Essa fertilidade do solo pode ser construída ao longo dos anos com o manejo integrado da fertilidade do solo, o qual visa aumentar a eficiência do uso de fertilizantes solúveis através do uso de remineralizadores, fertilizantes minerais naturais e compostos orgânicos. No início da implementação deste manejo, correções pontuais através da adubação foliar podem ser necessárias ao longo do ciclo da cultura. O monitoramento semanal da lavoura se faz necessário para atender as demandas nutricionais e de correção para a supressão de pragas e doenças.
Com bom senso e políticas públicas, a adoção das práticas regenerativas devem continuar crescendo rumo à sustentabilidade da nossa agricultura. Na perspectiva de país, a ampliação da regeneração agrícola tem muitas justificativas para se transformar numa iniciativa estratégica, implementada de forma permanente e legitimada na Política Nacional Agrícola. Pois, podemos reduzir de forma significativa nossa dependência internacional de insumos fundamentais; podemos aumentar a renda dos agricultores e ativar as economias locais com a circulação de recursos da aquisição de insumos e serviços; podemos promover uma redução significativa nas contaminações e no oferecimento de produtos de melhor qualidade; podemos desempenhar uma agricultura de carbono negativo e, finalmente, podemos atender às demandas e compromissos das cadeias de valor por produtos regenerativos.
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Carrefour boicota carne do Mercosul: decisão é vista como protecionismo
Suspensão das compras de carne pelo Carrefour francês reforça críticas ao protecionismo europeu contra o agronegócio brasileiro.
A decisão do Carrefour de parar de vender carne proveniente dos países do Mercosul, incluindo o Brasil, gerou fortes reações. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) classificou a medida como “lamentável” e reafirmou que o Brasil segue os mais altos padrões de qualidade e sustentabilidade na produção agropecuária. O anúncio foi motivado por pressões do sindicato agrícola francês FNSEA e alegações relacionadas ao impacto ambiental.
“O Brasil tem uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo. Atendemos a padrões que garantem a rastreabilidade e qualidade das nossas exportações para 160 países, incluindo a União Europeia há mais de 40 anos”, destacou o Mapa, que acusou a medida de ser infundada e prejudicial à reputação do agronegócio nacional.
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, também criticou duramente a decisão. “Essa atitude é claramente protecionista. Não há motivos razoáveis para essas restrições. O Brasil é o maior exportador de alimentos do mundo e seguimos rigorosos padrões ambientais e sanitários”, afirmou. Ele sugeriu que os brasileiros adotem uma resposta proporcional ao boicote. “Se eles boicotam nossos produtos, devemos reconsiderar a compra de produtos dessa rede.”
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex-Brasil) reforçou que o Brasil desempenha um papel essencial na segurança alimentar global. A Apex classificou como “lamentável” a postura da rede francesa, que poderia prejudicar as relações comerciais e a imagem do Brasil no cenário internacional.
O impacto da decisão também acende debates sobre a relação entre medidas ambientais e práticas protecionistas, muitas vezes vistas como barreiras não tarifárias. Especialistas alertam que atitudes como esta podem prejudicar os esforços globais de segurança alimentar em um momento crítico de demanda crescente.
O que está em jogo?
Enquanto o Carrefour cede à pressão interna, o Brasil continua sua luta por reconhecimento no mercado global, reafirmando a qualidade e sustentabilidade de seus produtos. Para muitos, a decisão francesa representa mais uma batalha na complexa relação entre o Mercosul e a União Europeia.