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Suínos / Peixes

Comissão da OIE aprova pedido de zona livre da peste suína clássica para MT

Expectativa é que medida seja referendada na assembléia geral no mês de maio

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A Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) aceitou o pedido formulado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para ampliar o status de zona livre de peste suína clássica para Mato Grosso, que está mais próximo de receber a certificação internacional. 

Mato Grosso cumpre todos os requisitos para receber o certificado, conforme documento da OIE encaminhado para o Mapa. O parecer técnico recomendando a inclusão de Mato Grosso no status de zona livre seguiu para os 180 países-membros da organização para manifestação técnica sobre o assunto. A expectativa que a certificação seja referendada na assembleia da OIE, que está prevista para acontecer de 22 a 27 de maio, em Paris. 

"O Estado recebe essa notícia com grande entusiasmo. É um grande avanço, uma grande oportunidade, porque Mato Grosso é o maior produtor de soja e milho que se transforma em ração, então porque não somos um grande produtor de suínos? É obvio que haviam outras barreiras, e a principal delas era o embargo sanitário e com essa certificação internacional nos declarando livres da peste suína clássica, as barreiras comerciais serão vencidas e as oportunidades chegarão para a suinocultura do nosso Estado", declarou o governador em exercício, Carlos Fávaro. 

"Essa conquista representa um grande avanço para o desenvolvimento econômico do Estado e só foi possível graças ao trabalho realizado em conjunto, e mostra que, quando existe alinhamento para o objetivo comum, é possível fazer as coisas de maneira correta e com foco em resultados", comemora o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Seneri Paludo. 

Para o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Guilherme Nolasco, a decisão da comissão é fruto de todas as medidas tomadas pelo instituto e pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) em 2015. "É um marco para a defesa sanitária animal no Estado e certamente irá revolucionar a suinocultura. Essa decisão é fruto do trabalho realizado no ano passado, de abertura de postos e barreiras volantes, mapeamento e cadastramento de propriedades, sorologias. Cumprimos com as exigências da OIE". 

Em setembro do ano passado o Mapa enviou para a OIE o pedido de Mato Grosso mais 13 estados e o Distrito Federal. Atualmente, apenas dois estados já têm o certificado de zona livre da peste suína clássica: Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O status para os dois estados foi conquistado em maio do ano passado, durante a 83ª Sessão-Geral da OIE, em Paris. 

A doença, causada por um vírus, é altamente contagiosa e tem notificação compulsória para a OIE. Provoca febre alta, manchas avermelhadas pelo corpo, paralisia nas patas traseiras, dificuldades respiratórias e pode levar à morte do animal. Os últimos casos foram registrados no Brasil em agosto de 2009, no Amapá, Pará e Rio Grande do Norte.

O pleito foi possível em função da parceria realizada entre a atual administração estadual e a Associação dos Criadores de Suínos (Acrismat), que instalou barreiras fixas sanitárias nas fronteiras. 

Com apoio do Mapa e da Acrismat, o Indea realizou dois importantes treinamentos para médicos veterinários. O primeiro para Monitoramento e Controle Populacional de Suínos Asselvajados e o segundo, Simulado de Gabinete em Emergência Sanitária Animal para Peste Suína Clássica (PSC).

Conforme Custódio Rodrigues, diretor Executivo da Acrismat, o que já foi feito na região Sul do país, agora está sendo feito em Mato Grosso. "Iniciamos um monitoramento, desde a região Norte a Sul, ou seja, de Sinop a Rondonópolis, no eixo onde está estabelecida a cadeia da suinocultura no Estado, com objetivo de nos mantermos livres da Peste Suína Clássica e de qualquer tipo de doença que possa envolver questões mercadológicas e comerciais. O que envolve os postos fiscais e o próprio Indea-MT. Isso porque entendemos que o problema não está nas grandes granjas, que tem todo um trabalho de alicerce, equipe de veterinários, enfim uma estrutura montada. Por isso, conclamamos sempre que a Acrismat está a disposição do pequeno produtor. Tanto, que agora estamos indo na região de Barra do Garças e Nova Xavantina, atuar junto a assentamentos, pois entendemos que temos que atender também estes pequenos produtores".

Fonte: Assessoria

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Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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