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Agro dá salto de 32,8% e sustenta alta das exportações em novembro
Apenas neste mês, corrente de comércio avançou 6,5% e agropecuária lidera alta nas exportações, enquanto a indústria de transformação puxa aumento das importações.

Na terceira semana de novembro, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,8 bilhão e corrente de comércio de US$ 12,1 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 7 bilhões e importações de US$ 5,1 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 21,2 bilhões e as importações, US$ 17,2 bilhões, com saldo positivo de US$ 4,1 bilhões e corrente de comércio de US$ 38,4 bilhões.
No ano, as exportações totalizam US$ 311 bilhões e as importações, US$ 254,5 bilhões, com saldo positivo de US$ 56,5 bilhões e corrente de comércio de US$ 565,5 bilhões. Esses e outros resultados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).

No comparativo mensal das exportações, comparadas as médias até a terceira semana de novembro (US$ 1,5 bilhões) com a do mesmo mês no ano passado (US$ 1,5 bilhões), houve crescimento de 3,5%. Em relação às importações houve crescimento de 10,4% na comparação entre as médias até a terceira semana de novembro (US$ 1,2 bilhões) com a do mês de novembro de 2024 (US$ 1,1 bilhões).
Assim, até aterceira semana de novembro, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,7 bilhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 290,75 milhões. Comparando-se este período com a média de novembro de 2024, houve crescimento de 6,5% na corrente de comércio.
Exportações e importações por setor
No acumulado até a terceira semana do mês de novembro, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores

Foto: Divulgação/TCP
exportadores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 77,41 milhões (32,8%) em Agropecuária e de US$ 31,21 milhões (3,8%) em produtos da Indústria de Transformação; houve queda de US$ 57,38 milhões (14,4%) em Indústria Extrativa.
No acumulado até a terceira semana do mês de novembro, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores importadores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 117,85 milhões (11,6%) em produtos da Indústria de Transformação; houve queda de US$ 0,74 milhões (3,3%) em Agropecuária e de US$ 1,76 milhões (2,8%) em Indústria Extrativa.

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Farelo de soja avança em novembro e pressiona oferta interna
Enquanto o óleo emplaca o quarto mês de recuo e exportações aquecidas reduzem a disponibilidade doméstica.

Após um outubro de relativa estabilidade, o mercado global de derivados de soja mudou de direção na primeira quinzena de novembro. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, o farelo registrou forte valorização na Bolsa de Chicago (CBOT), enquanto o óleo seguiu em queda, refletindo cenários de oferta e demanda distintos nos Estados Unidos e no Brasil.
O farelo subiu 14% na CBOT, alcançando US$ 321 por tonelada, impulsionado por paradas técnicas em plantas de esmagamento nos EUA, margens pressionadas pela valorização do grão e preocupação com menor disponibilidade do produto no curto prazo. A reação internacional puxou o mercado doméstico: em Rondonópolis (MT), o farelo avançou 10,8%, para R$ 1.587 por tonelada na primeira metade de novembro.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Enquanto isso, o óleo de soja manteve movimento contrário. Na CBOT, caminha para o quarto mês consecutivo de desvalorização, acumulando queda de 1,8% nos primeiros quinze dias de novembro e sendo negociado a 49,3 centavos de dólar por libra-peso. No mercado interno, o recuo também prevaleceu: no Mato Grosso, o produto caiu cerca de 1%, para R$ 6.586 por tonelada .
A forte reação do farelo no mercado internacional elevou novamente a paridade de exportação no Brasil. Até outubro, os embarques somaram 20,2 milhões de toneladas, um crescimento de 3,9% frente ao mesmo período de 2024. Para novembro, o line-up indica possível envio de 2,4 milhões de toneladas, volume que pode se tornar o maior do segundo semestre.
Esse ritmo de exportações mantém o mercado aquecido e tende a reduzir a oferta interna, contribuindo para melhorar as margens das indústrias de esmagamento em um momento de maior demanda externa pelo farelo brasileiro.
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Adidos agrícolas e setor produtivo do Mato Grosso discutem expansão de mercados
Rodada técnica aproximou produtores de especialistas que atuam no exterior e destacou oportunidades para ampliar as exportações do agro.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reuniu, na segunda-feira (24), os adidos agrícolas brasileiros e representantes do agronegócio de Mato Grosso em uma rodada técnica de conversas voltadas à ampliação de mercados internacionais. O encontro buscou aproximar produtores, cooperativas e indústrias dos profissionais que atuam no exterior monitorando tendências de consumo, exigências sanitárias e oportunidades comerciais.
A agenda ocorreu paralelamente à inauguração do escritório da ApexBrasil em Cuiabá e reuniu 40 adidos em atividade, além dos 14 que assumem funções no início de 2026. Organizados em mesas temáticas, eles compartilharam análises sobre comportamento de mercados, barreiras tarifárias e negociações internacionais em andamento.
Empresas e cooperativas do estado participaram para obter orientações personalizadas e identificar nichos de exportação com maior potencial de crescimento. Cada reunião teve duração de 15 minutos, em formato rotativo, o que permitiu ampliar o número de atendimentos e aprofundar o nível técnico das conversas.
Para o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a iniciativa encurta a distância entre o setor produtivo e o mercado externo ao aproximar as duas pontas da cadeia exportadora. Ele destacou a relevância de Mato Grosso, líder nacional na produção de grãos, fibras e proteínas, para a expansão das vendas do agro brasileiro.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua, enfatizou que o diálogo direto ajuda os adidos a compreender as necessidades dos exportadores e a calibrar estratégias de promoção comercial nos países onde atuam.
A rodada técnica reforça o trabalho conjunto entre Mapa e ApexBrasil na qualificação de empresas para o comércio exterior. Hoje, o Brasil conta com 40 adidos agrícolas distribuídos em 38 postos diplomáticos estratégicos, incluindo China, Estados Unidos, União Europeia, Japão e países do Oriente Médio e Sudeste Asiático, regiões que concentram parte relevante do consumo global de alimentos.
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ApexBrasil abre escritório no Mato Grosso para impulsionar exportações do agro
Unidade em Cuiabá atuará na atração de investimentos, qualificação de empresas e apoio direto a produtores que buscam novos mercados.

A ApexBrasil abriu na segunda-feira (24) uma unidade em Cuiabá (MT), instalada na sede da Famato, para ampliar o apoio à exportação e à atração de investimentos no estado que lidera a produção agropecuária do país. A iniciativa conecta empresas mato-grossenses, especialmente pequenos e médios negócios, a mercados internacionais por meio de consultorias, inteligência comercial e articulação com a rede de adidos agrícolas brasileiros.
A presença da agência em Mato Grosso ocorre num momento em que o estado responde por cerca de um terço do superávit comercial brasileiro. Entre 2023 e 2025, ações coordenadas entre ApexBrasil, Ministério da Agricultura (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores somaram mais de 170 agendas internacionais em 42 países, envolvendo mais de 3 mil empresas e movimentando US$ 18 bilhões em negócios projetados.
Durante a inauguração, representantes do governo federal destacaram a necessidade de aproximar produtores locais de compradores estrangeiros e reforçaram o papel dos adidos agrícolas na abertura de mercados. Esses profissionais atuam em embaixadas e consulados mapeando oportunidades, auxiliando na tramitação documental e orientando empresas sobre barreiras sanitárias e tarifárias.
O presidente da Agência, Jorge Viana, ressaltou que a instalação em Cuiabá acompanha a expansão da rede internacional da ApexBrasil, que passou de nove para 15 escritórios globais. Segundo ele, o estado reúne condições estratégicas para ampliar sua presença no comércio exterior, dada a força das cadeias de soja, milho, algodão e carnes.
A Famato também avalia que a chegada do escritório deve facilitar o acesso de produtores e empresários à qualificação exportadora. Os convênios assinados durante o evento incluem ações com Sebrae-MT, UNEM, Ibrafe e Abrapa, voltadas a etanol, farelo de milho, pulses, gergelim, feijão e algodão. O pacote de iniciativas soma mais de R$ 42 milhões e será implementado entre 2026 e 2028.
Para os adidos agrícolas, a nova base em Mato Grosso tende a aproximar ainda mais o campo da diplomacia agrícola. A atuação conjunta, afirmam, ajuda a construir pontes com outros países, ajustar percepções sobre o Brasil e facilitar cooperação em temas comerciais, sanitários e ambientais.
Com a abertura da unidade, empresas mato-grossenses passam a ter acesso direto a serviços de promoção comercial e atração de investimentos, num movimento que busca fortalecer a competitividade internacional do agronegócio local.



