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Começa a semeadura do trigo no Paraná

Paraná responde, atualmente, por mais de 50% da área cultivada com trigo no Brasil

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Apesar do Zoneamento Agrícola indicar a janela de semeadura do trigo no Paraná de 21 de março até 31 de julho (com nível de risco de 20%), a intensificação das operações de semeadura começa agora, após o término da colheita de verão. O Paraná responde, atualmente, por mais de 50% da área cultivada com trigo no Brasil, mantendo mais de uma milhão de hectares com o cereal nas últimas três safras.

As épocas de semeadura do trigo são definidas de acordo com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que objetiva a redução dos riscos com fatores que ocasionam perdas de produtividade, principalmente a geada (na fase de florescimento), déficit hídrico (nas fases de estabelecimento inicial da cultura e de enchimento de grãos) e com chuva na colheita (para evitar a germinação de grãos na espiga). As datas de semeadura são em função do nível de risco de perda de safra (20, 30 ou 40%). A recomendação ao produtor é estabelecer a semeadura no Paraná entre 21 de março à 31 de julho, para o risco de 20% que possibilita contratar o seguro agrícola.

Como o Paraná possui distintas condições climáticas regionais, existem várias épocas de semeadura no Estado, considerando tanto os riscos climáticos,  como o ciclo das cultivares (precoce, médio e tardio). De forma simplificada, a semeadura do trigo no Paraná inicia no final de março nas regiões Norte e Noroeste, avançando para a região Oeste (meados de abril), depois para a região de maior altitude do Centro-Oeste e Centro-Leste (final de abril até o mês de maio), e finalmente alcançando a região mais fria no Centro-Sul e Sudeste (meados de junho até início de julho).

A orientação do pesquisador Sérgio Ricardo Silva é seguir rigorosamente o Zoneamento Agrícola, semeando o trigo nas épocas indicadas e, de preferência, escalonando a semeadura em períodos espaçados de 10 a 14 dias. “Essa estratégia permite reduzir riscos climáticos, evitando que toda a lavoura fique comprometida no caso de alguma intempérie, como granizo, geada, seca ou chuva na colheita”, avalia o pesquisador, lembrando que o escalonamento também ajuda no escape de doença como a giberela e a brusone que atacam durante o período de espigamento do trigo.

Escolha da cultivar

De acordo com a Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale, atualmente o produtor dispõe de 52 cultivares de trigo indicadas para cultivo no Paraná. A busca da cultivar “completa ou perfeita” pode levar a frustrações, já que não existe uma cultivar que seja simultaneamente produtiva, resistente a todas as pragas e doenças, eficiente no uso de todos os nutrientes e adaptadas a todas regiões de cultivo.

Deste modo, recomenda-se ao agricultor avaliar diversas cultivares de trigo em sua propriedade, repetindo a semeadura destas cultivares durante pelo menos três safras, de modo que possa concluir seguramente sobre a estabilidade de produção e resistência a pragas e doenças. Assim, será possível optar por aquelas cultivares com melhor relação custo x benefício. “Os programas de melhoramento genético têm trabalhado numa busca constante pela produtividade de grãos, associada ao menor custo de produção. Para garantir o equilíbrio na lavoura, o produtor deve priorizar cultivares com melhor sanidade e uso eficiente de nutrientes, que permitam economizar em fungicidas e em fertilizantes, os quais representam os principais custos na lavoura”, orienta Sérgio Ricardo.

Por que plantar trigo?

Para a Embrapa Trigo, a importância de cultivar trigo deve ser compreendida no contexto do “sistema de produção”, isto é, analisando conjuntamente todas as safras de diferentes culturas dentro de um ano agrícola. O trigo apresenta uma contribuição significativa para a cultura semeada na sequência (como a soja ou o milho), produzindo uma grande quantidade de palhada (geralmente entre 4 e 8 toneladas/ha de matéria seca) que é importante para a conservação do solo no sistema plantio direto, implicando em menor gasto com herbicidas na cultura de verão, inclusive reduzindo a infestação de plantas invasoras de difícil controle, como a buva e o amargoso.

Além disso, resultados de pesquisa têm demonstrado que a adubação do trigo (principalmente com nitrogênio, potássio e fósforo) deixa uma quantidade significativa de nutrientes para a cultura seguinte, o que permite a redução da adubação da soja ou do milho nas safras de verão. Assim, a simples decisão de cultivar trigo no inverno tem um efeito de redução de custos na safra seguinte, o que não tem sido levado em consideração nas planilhas de cálculo dos custos de produção, cuja apropriação dos valores gastos com insumos/operações mecanizadas é geralmente feita “individualmente por cultura” dentro de seu período de cultivo.

Quando o agricultor opta por cultivar trigo no inverno, em vez de realizar a semeadura de uma lavoura de cobertura outonal (como a aveia preta), ele otimiza o uso do maquinário, diluindo seu custo de depreciação entre duas culturas (de inverno e de verão), reduzindo ainda mais o custo da cultura em sucessão, além da vantagem de estabilizar a demanda por mão-de-obra durante os meses do ano, preservando os empregos no meio rural.

Trigo ou milho?

Nas regiões Norte e Oeste do Paraná é possível cultivar tanto o trigo quanto o milho 2ª safra após a cultura de verão (especialmente a soja). A decisão depende de uma análise complexa, envolvendo expectativa de preços futuros das duas commodities, previsão de clima durante a safra, cotação de preço dos insumos (variações na cotação no dólar), e possibilidade de encaixe da cultura no sistema produtivo regional (“janelas de cultivo”).

“De modo geral, baseado no histórico de semeadura do trigo no Paraná, temos observado que no norte do Estado tem sido mais vantajoso o cultivo do milho 2ª safra, devido à baixa produtividade do trigo em anos de déficit hídrico e à ocorrência esporádica de brusone. Entretanto, na região dos campos gerais e no Centro-Sul do Estado, devido ao maior risco de geada no final do ciclo do milho, é preferível cultivar o trigo. Na região Oeste, a decisão é sempre mais difícil. É preciso ‘fazer contas’ (produtividade x preços x riscos climáticos), além de considerar as janelas de cultivo para não comprometer a semeadura antecipada da soja. É um ‘quebra-cabeças’ bem interessante!” avalia o pesquisador Sérgio Ricardo Silva.

Resultados e cenários

Na última safra de trigo, o Paraná contabilizou 1,1 milhão de hectares (53% da área tritícola brasileira) obtendo uma produtividade média de 2.582 kg/ha (quilos por hectare), resultando em uma produção de 2,8 milhões de toneladas (52% da produção nacional), baseado em números da Conab.

O trigo apresentou melhor desempenho nas regiões Sul e Sudoeste do Paraná, cujas condições climáticas foram mais favoráveis para o bom desenvolvimento vegetativo e produtividade do trigo. Por outro lado, as regiões Norte e Centro-Leste (“campos gerais”) foram atingidas por períodos de déficit hídrico, o que comprometeu o rendimento de grãos.

Com o clima seco e frio, especialmente nas regiões Centro e Norte, foi registrado o incremento de oídio, porém, foi baixa a incidência de brusone. Por sua vez, as manchas foliares ocorreram com maior intensidade nas regiões Centro-Sul e Sudeste, quando associadas a períodos de maior precipitação pluvial. No entanto, mesmo com estas adversidades, a produção de trigo do Paraná foi 28% superior em relação à safra anterior (2017/2018).

Na safra que começa agora, a previsão do Deral é de uma redução de 6% na área de cultivo, mas com produtividade até 24% maior (estimativa de 3.212 kg/ha). Caso o clima colabore, o Paraná deverá colher 3,3 milhões de toneladas neste ano, uma safra 18% maior em relação ao ano anterior. A expectativa é que os preços se mantenham em alta até o segundo semestre do ano (Cepea).

O analista técnico de desenvolvimento da Ocepar, Maiko Zanella, avalia que o trigo tem extrema importância, tanto no abastecimento das indústrias instaladas nas cooperativas, quanto para a segurança alimentar como maior produtor do cereal no País. “A perspectiva é de uma safra boa. O aumento no rendimento deverá compensar a redução da área”, afirma Zanella.

Fonte: Embrapa Trigo

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Combate a agrotóxicos ilegais se multiplica com ações integradas

Evento em Campinas discutiu ações de empresas e do poder público para reduzir ocorrências; destinação de produtos apreendidos foi debatida.

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Atuar na descapitalização de organizações criminosas que atuam no contrabando ou falsificação de agrotóxicos químicos e biológicos tem sido uma estratégia adotada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no combate às fraudes e crimes envolvendo o produto. O assunto foi debatido nesta terça (23), no Workshop sobre Agrotóxicos Ilegais realizado em Campinas (SP). O evento foi promovido por uma associação de empresas de pesquisa, desenvolvimento e inovação que atuam nas áreas de sementes, biotecnologia, defesa vegetal e agricultura digital, a Croplife-BR. 

O Mapa participou do evento na abertura e com uma palestra técnica. O superintendente do ministério no Estado de São Paulo, Guilherme Campos, lembrou que o setor produtivo cobra, com muita justiça, ações de combate à ilegalidade das autoridades competentes. “Vamos fazer a nossa parte para que o mercado de agrotóxicos ilegais seja erradicado da atividade produtiva no campo”, disse. 

Fotos: Divulgação/Mapa

O auditor fiscal federal agropecuário, Julio Cesar Lima, chefe da Divisão de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins, lembrou em sua palestra que as ações tomadas por diferentes atores, como polícia militar nos Estados, Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Mapa, Receita Federal, Polícia Civil, Ministério Público, Polícia Federal, entre outras, acabam multiplicando o combate aos produtos ilegais. 

Segundo ele, a recente inclusão do Mapa no Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), em 2019, incrementou a fiscalização sobre contrabando e adulteração de agrotóxicos. A divisão que Julio chefia já realizou nesses quatro anos 37 operações e 26 treinamentos teórico e em serviço para instituições parceiras. 

“Eventos como este de Campinas, onde explicamos desde o conceito de agrotóxicos até as rotas de contrabando, acabam estimulando ainda mais as ações de repressão”, afirmou. Segundo o auditor do Mapa, no passado esses produtos entravam no Brasil pelos países vizinhos, mas agora já são descobertos produtos ilegais chegando em portos e aeroportos brasileiros. 

Com a ação integrada entre várias instituições, há troca de informações e documentos oficiais que permitem ampliar as punições. Por exemplo, mesmo que o Mapa não tenha participado de uma determinada operação, os boletins de ocorrência ou autos de infração lavrados por outra instituição podem embasar o processo administrativo na instância do ministério. Desta forma, as penalidades previstas em diferentes legislações vão se acumulando. 

Outro assunto tratado no workshop foi a dificuldade de encontrar espaços disponíveis para armazenar os produtos ilegais apreendidos. Uma alternativa apresentada por Julio foi utilizar a estrutura de empresas de pesquisa que descartam corretamente seus componentes químicos. Esses resíduos são despejados em tanques, onde o líquido evapora e resta apenas a parte sólida, menos volumosa. Essa borra pode ser destinada à incineração, em uma condição mais favorável. O servidor sugeriu parcerias público-privadas para viabilizar essa medida.  

Dados apresentados no workshop indicam que cerca de 25% dos agrotóxicos utilizados no Brasil são ilegais. Legislação recente do Mapa alterou o valor da multa aplicada, passando do teto de R$ 40 mil para R$ 150 mil para casos considerados gravíssimos, como o contrabando. 

Empresas produtoras de agrotóxicos legais que participaram do evento apresentaram aplicativos e medidas investigativas que estão adotando para ajudar a identificar produtos suspeitos e conter o avanço de organizações criminosas. Uma delas afirmou que investe em processos punitivos até o final, por meio de ações judiciais. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Economia Verde do Paraná alcança R$ 140 bilhões e já representa 32,9% do PIB

Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

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Foto: Alex Adam/SEPL

O Governo do Paraná lançou nesta quarta-feira (24) dois importantes estudos desenvolvidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com foco na construção de indicadores econômicos: o PIB da Economia Verde Paranaense e a atualização da Matriz Insumo-Produto do Paraná (MIP).

O primeiro traz dados que enfatizam a representatividade econômica desse estrato produtivo para além da sua importância em termos de sustentabilidade. Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

A condição favorável do setor primário (agricultura) se deve à inexistência de atividades reconhecidamente danosas na estrutura produtiva, como a extração de madeira em florestas nativas, caça de animais, retirada de vegetação natural para a produção de carvão e coleta de palmito não plantado, entre outras. Em relação aos Serviços, o estudo aponta aderência à Economia Verde nas subatividades de transporte, armazenagem e correio, além da administração pública. O desafio é maior na Indústria por causa dos pesos do refino de petróleo e da fabricação de automóveis.

Outro aspecto positivo da matriz paranaense é que os chamados Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUPs), que abrangem a geração de energia elétrica e o saneamento, entre outros, estão integralmente incorporados à Economia Verde, refletindo a utilização de fontes renováveis e os benefícios gerados em âmbito social, incluindo as questões de saúde da população.

A Economia Verde é entendida como um modelo econômico que tem o objetivo de melhorar o bem-estar da população, ao mesmo tempo em que procura reduzir os riscos ambientais e promover o uso racional dos recursos naturais. Além disso, as ações propostas envolvem a mitigação dos danos ambientais e a aplicação de medidas para a amenização dos impactos das mudanças climáticas.

A discussão sobre esse setor é tendência mundial e abrange sustentabilidade, transição energética, clima, segurança alimentar e descarbonização das cadeias, áreas em que o Paraná ocupa excelente posição em relação a outros estados e países e caminha para avançar ainda mais. “O Paraná foi reconhecido, por três vezes consecutivas, como o Estado mais sustentável do Brasil e está bem posicionado naqueles grandes atributos verdes. Temos que gerar agora um ambiente favorável para que as empresas possam se capitalizar dessa realidade”, disse o secretário de Planejamento, Guto Silva.

Segundo ele, com esse recorte do PIB da Economia Verde, vai ser possível alavancar novos negócios e trazer as empresas e entidades para esse debate. “Isso é importante para que a gente possa ter um olhar a longo prazo, em que o Paraná possa gerar emprego, aumentar sua renda e, sobretudo, aproveitar essa tendência verde para o qual o mundo tem dado cada vez mais atenção”, complementou.

Os dados estão baseados em informações detalhadas do cálculo do PIB do Estado, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ipardes, e a seleção de atividades definida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), amparada em diversas pesquisas de entidades internacionais.

“Com esse novo índice, é possível observar a parcela da produção estadual de bens e serviços que está comprometida com a sustentabilidade, não somente ambiental como social, podendo subsidiar a elaboração de políticas públicas que buscam conciliar o desenvolvimento com a redução dos riscos ambientais e o uso racional dos recursos naturais”, afirmou o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.

Matriz insumo-produto

Já a Matriz de Insumo-Produto do Paraná construída pelo Ipardes com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda mede os impactos de intervenções públicas ou privadas na economia local (produção, emprego e renda) das atividades econômicas, de projetos governamentais e do setor privado de determinada região. O ano base do relatório é 2018.

A mensuração dos efeitos socioeconômicos das obras de infraestrutura ou da instalação de grandes empreendimentos produtivos é um dos exemplos do uso da MIP, que também pode subsidiar o desenho de políticas de desenvolvimento. A análise setorial por meio da MIP permite identificar quais os setores preponderantes sob diversas óticas, tais como geração de renda e emprego, inter-relação setorial, multiplicadores de valor adicionado e de impostos, entre outras.

A MIP paranaense foi construída com base na Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Estado, que, por sua vez, traz informações obtidas por meio de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) fornecidas pela Secretaria da Fazenda.

“O PIB da Economia Verde do Estado e a Matriz Insumo-Produto do Paraná são documentos técnicos que têm a função de embasar não só políticas públicas, mas iniciativas dos demais setores produtivos e realizar o diagnóstico e o monitoramento do impacto social, econômico e ambiental dessas atividades”, complementou Callado.

Presenças

Participaram do lançamento dos estudos os secretários estaduais da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o ex-governador e secretário do Codesul/PR, Orlando Pessuti, e representantes de entidades de setores produtivos.

Fonte: AEN-PR
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Subsecretaria de Tecnologia da Informação trabalha para modernizar Ministério da Agricultura

Objetivo é deixar o órgão mais contemporâneo, focado no desenvolvimento de inovações tecnológicas para o serviço público e para a sociedade.

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Foto: Divulgação/Mapa

Uma das áreas de atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é o de sistemas com informações voltadas para o agronegócio. Para isso, a Subsecretária de Tecnologia da Informação (STI) trabalha no desenvolvimento de inovações tecnológicas para os servidores e para a sociedade.

Um exemplo foi o lançamento, no início do mês de abril, da versão eletrônica da emissão de Certificados Sanitários Nacionais (CSN) para o trânsito de produtos de origem animal no território brasileiro. A iniciativa visa dar mais eficiência e rapidez neste processo, trazendo benefícios tanto para o serviço público quanto para as empresas que as utilizam, além de melhor rastreabilidade e maior segurança.

Já foram mais de mil requerimentos e cerca de 500 pedidos analisados. A ferramenta foi desenvolvida dentro do Sistema de Informação Gerencial do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF), em um trabalho conjunto com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). “O trabalho realizado hoje aqui no Mapa é para deixar um legado de um Ministério contemporâneo, mais moderno, mais eficiente, mais rápido, com menos gargalos, para que tudo isso funcione mais rápido”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

De acordo com o subsecretário Camillo Mussi, o próximo passo será a implementação da extensão para a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSI), de acordo com as tratativas e aceitação dos países importadores. A medida deve beneficiar as exortações dos produtos brasileiros.

Além disso, também está em fase final de desenvolvimento a certificação sanitária eletrônica internacional de produtos de origem vegetal, chamada de E-Phyto. “Isso vai trazer uma rapidez nas exportações brasileira de produtos vegetais, além da diminuição de custos para o Brasil e a diminuição do tempo de armazenamento de cagas no porto”, afirma Mussi.

Cada Secretaria do Mapa conta com profissionais de desenvolvedores e gerentes de projetos da STI para a criação de novos programas, modernização de sistemas e manutenção. Além disso, a Portaria Mapa nº 614/2023 apresenta as diretrizes para as contratações de soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação no Ministério.

Outro ponto de trabalho é a garantia de segurança de sistemas. Atualmente a Subsecretaria é responsável pela gestão dos servidores do Mapa, das Superintendências Federais de Agricultura (SFAs); do Instituto do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet); do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); e do Ministério de Pesca e Aquicultura (MPA).

Só no Mapa são mais de 10 mil usuários, além de mais de 176 pontos espalhados entre os estados, desde as SFAs e laboratórios. É a segunda maior estrutura de gestão tecnológica entre os Ministérios.

A STI realiza campanhas de conscientização de segurança da informação e links de transmissão com segurança de proteção na ponta de dados. Foram 83 instalações de aquisição de soluções de segurança, distribuídos entre os órgãos.

Entre as novidades que estão por vir, Mussi revelou que a partir do mês de maio, as Superintendências, os Laboratórios e as demais estruturas, contarão com rede de Wi-Fi sem fio com mais segurança e proteção.

Há também a elaboração de painéis de acompanhamento, chamado de dashboards, sendo uma realização em parceria com as Secretarias e os outros órgãos, como Sistema PesqBrasil e o lançamento que irá ocorrer em maio do Cadastro de Agricultor Familiar 3.0.

Foram lançados ainda a Política de Segurança da Informação o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (Pdtic) 2023-2025. Além disso, o Comitê Segurança da Informação (CSI/Mapa) realiza reuniões ordinárias e extraordinárias, conforme a legislação.

Além disso, foi trabalhado pela STI a automatização dos controles das demandas recebidas pelo Mapa na Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação, conhecida como Fala.BR. A medida gerou evolução no atendimento, com melhor monitoramento e controle das demandas, cuja resposta dentro do prazo foi facilitada. O próximo passo, em elaboração, será o Plano de Dados Abertos, parceria entre a STI e a Ouvidoria.

Para todos estes trabalhos, ações e execuções, a Subsecretaria de Tecnologia teve o investimento de 71 milhões em 2023. Para este ano, a previsão de investimento é de 80 milhões.

Fonte: Assessoria Mapa
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